Crônica sobre Política
O Aviltamento da Política
I
Houve um tempo de glória e bravura,
Quando a honra regia o poder,
E a pátria, em sua estrutura,
Tinha líderes a se enobrecer.
Eram homens de ideais elevados,
Que a justiça buscavam erguer,
Seus nomes, em bronze gravados,
Nos anais que o tempo há de ler.
II
Mas eis que, em tempos sombrios,
O grito se torna razão,
E a honra se perde em desvios,
Na busca por vil projeção.
Já não há discurso elevado,
Só um eco de farsa e de dor,
Cada um quer seu trono dourado,
No império de escárnio e terror.
III
Palhaços e falsos artistas,
Influência a vender e a comprar,
O teatro da vida política,
Se torna um grotesco bazar.
Nas redes se vende a imagem,
O riso, a miséria, o horror,
São príncipes da falsidade,
Vagando sem fé nem pudor.
IV
Há os que se fazem de sábios,
Mas só exploram o irmão,
São lobos em trajes suaves,
Sedentos por dominação.
Narcisos que ao espelho se curvam,
Sanguessugas do bem social,
Que ao povo, na miséria que turvam,
Ofertam um sonho irreal.
V
E enquanto a cidade padece,
Na ausência de um plano eficaz,
A fome, o medo e a peste,
Se espalham por ruas e cais.
Segurança? Um sonho distante.
Educação? Um clamor sem resposta.
Saúde? Um tormento constante.
E a esperança? Perdida na aposta.
VI
Oh, terra que outrora tiveste
Heróis em teu solo a lutar,
Que peste é essa que investe
E tenta teu nome manchar?
Que seja quebrado o feitiço,
Que volte a justiça a brilhar,
E aqueles que vendem o vício,
Se vejam sem chão pra pisar.
VII
Pois um dia virá um futuro,
Onde o povo não há de esquecer,
E erguerá, em juízo seguro,
A força do justo poder.
E os falsos, os fracos, os torpes,
No vento serão dissipados,
E um novo clarão, como tocha,
Iluminará os estados!
Se você se habituou a reclamar dos absurdos da classe política, a lamentar a corrupção, a fazer mêmes ou pequenos "cortes" sobre as incongruências e as incoerências do seu adversário político; sinto muito te informar, mas você está se transformando em um extremista de esquerda.
O conservador por natureza, detesta perder tempo na dialética inepta, na retórica inócua, ou usar uma oratória pueril repetindo platitudes. Ele tem por finalidade, conservar os avanços sociais e civilizacionais conquistados, mas também na execução de ações impeditivas de prováveis catástrofes políticas, sociais e culturais, oriundas de pessoas líquidas e intelectualmente voláteis; por isso, foca em ações práticas na conscientização através do conhecimento empírico e no espírito pró-ativo.
Dirão às pessoas
que o povo não sabe votar,
que não participa ativamente da política
e por isso elege maus governantes,
resultando num Estado corrupto e ineficiente.
A solução, dirão eles, será que apenas uma elite
cultural e financeira possa votar.
Isso, asseverarão, proporcionará melhor qualidade de vida para todos,
num mundo plenamente desenvolvido
e com justiça social.
E as pessoas... Bom..
As pessoas acreditarão neles,
e assim caminharão para o abismo.
O que se entende por política partidária?
Nosso conceito é único, exclusivo, fornecido com base no artigo 5º, inciso IV da Carta Magna c/c artigo 13 da Convenção Interamericana dos Direitos Humanos. Portanto, política partidária é a mais autêntica e corrosiva casta da imundície; é a segura e concreta desonra da maldade; é a induvidosa falsidade humana; é a mais pura forma de engodo e bazófia; é o suprassumo da sujeira abjeta da pocilga; são os dejetos do esgoto fétido e imundo; são os germes, vírus, fungos e bactérias da doença; é a contaminação cósmica do mundo; é o câncer terminal e desesperançoso em septicemia; é o potencial protozoário que degenera; é um potencial sanguessuga e pólipo maligno que se prende ao aparelho social; é o mal do século, pandemia, endemia, pernicioso e agressivo, nojento e malcheiroso, insofismáveis camundongos roedores do erário público, cujos responsáveis pela desgraça humana se intitulam porta-vozes da razão.
Na verdadeira política, o que realmente importa é o serviço genuíno. A cada dia, vemos uma multidão crescente descrente da política, pois nos deparamos com tantos exemplos de políticos que adentram esse campo em busca de seus próprios interesses, indo de encontro ao propósito original que é o de servir. O verdadeiro político não está em busca de privilégios, mas sim de oportunidades para servir, de se dedicar ao bem coletivo, de ser um instrumento de mudança. Ele não busca ser servido, mas sim servir.
E é essa inversão de valores que nos leva à reflexão:
Até que ponto estamos valorizando e apoiando aqueles que verdadeiramente se dedicam ao serviço público? E como podemos incentivar uma cultura política baseada no verdadeiro sentido de servir à sociedade?
A política no Brasil não evolui simplesmente pela mudança de comando na praça dos três poderes. Não interessa qual é a ideologia vigente. A classe pobre, trabalhadora e escravizada doutrora, esvaiu-se perante a solidariedade socialista, e se metamorfoseou em uma classe pobre oportunista e anêmica, egocêntrica e desocupada.
170524
Política
Deus não é um ser que ame a Política dos homens. De modo algum. Toda e qualquer ação do homem em si próprio, é "pecado" aos olhos de Deus. A Política dos homens, também denominada "Doutrina da Cidade" ou doutrina da "Pólis", não faz parte dos valores de Deus. Isto terá que ser visto, depois da queda do homem, num mundo de "Pecado".
Assim sendo desde os primórdios da humanidade, logo temos, num mundo caído ou longe de Deus, algo em oposição a Deus. Toda e qualquer ação, feita no pecado, por si própria era um pecado. Podia não ser, se fosse praticada em Deus. Mas na sua maioria, na generalidade toda a humanidade estava no "Pecado".
Desde o começo dos tempos, principalmente com Caim, temos está ação "Política" no homem. Caim sai para ir morar na terra de "Node" ao oriente do Éden. Aí edificou uma cidade, a que chamou de Henoch, nome de seu filho. Assim temos o surgimento desta "Política de Cidade" ou política dos homens. O homem em rebeldia a Deus, no seu orgulho humano, mostra o seu ato de agir em oposição a Deus, sem o consultar. Depois do Dilúvio, temos o mesmo espírito no homem pecador. Assim surgem as chamadas "Cidades Estado" na terra de Sinear, fundadas por Ninrode: Babel, Ereque, Acade e Calné. "Ninrode poderoso caçador, diante do Senhor" foi o que edificou estás cidades. Note-se, não estaria errado fundar cidades, mas sim estava errado, fazer isso numa rebelião a Deus. Numa doutrina errada, o homem vai governar-se em si próprio, sem Deus.
Assim temos uma sociedade, sem Deus; o homem avança sem Deus; sem a verdade de Deus, que é eterna. A política humana é e será sempre uma oposição a Deus; Um conjunto de valores errados, que nada têm de Deus. Daí em Isaías Deus dizer " Os meus caminhos são mais altos que os vossos caminhos". Ainda assim, Deus fala ao homem ao longo da história. Falou antes da "Lei"' sempre da sua verdade ao homem, com Melquisedeque, Abraão e certamente que por meio de outros. Depois deu ao povo de Israel a sua verdade "Lei", que em si própria estava incompleta. Depois em Jesus Cristo, veio a verdade completa ou seja "o Evangelho" (Poder de Deus), para salvação de todo aquele que crê nele. João Evangelista denominou-o de "verdade".
Jesus Cristo disse "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" e ainda "Conhecereis a Verdade, que vos libertará". O homem só pode ser livre, com Verdade de Deus. Só Deus pode libertar o homem. No entanto surgem na sociedade, políticas de Esquerda, de Direita e do Centro. Mas nenhuma é a verdade de Deus. Nós como crentes temos que ter consciência, que jamais alguma política humana irá agradar a Deus. O homem foi criado para ser "Livre", mas perdeu a liberdade quando entrou no "Pecado". Nenhuma política humana poderá libertar o homem, só Jesus Cristo o pode fazer. Assim o salvo, não se deve, em termos espirituais ligar a políticas do homem, nem pôr a sua esperança nelas. Mas sim esperar em Deus, que vem brevemente para reinar com os seus santos. Ainda assim Deus escolhe os Governantes para os pôr nos governos dos países, mas a verdadeira solução será o Reino de Deus. Não uma política dos homens.
Nem Democracia, nem Ditadura são a Verdade de Deus. A Verdade é Deus. Deus vai reinar eternamente com uma Teocracia. De modo algum dá certo política do homem com verdade de Deus. Os "Estados" do homens, sabem disso. Por isso é que as Constituições, já fazem uma separação entre Igreja e Estado. Os valores de Deus, não são os valores do homem. Nem tão pouco a "Maçonaria" (Sociedade Secreta), da certo com os valores de Deus.
O homem tem o número 6, porém Deus o 7 (Perfeição). O homem, para estar perfeito, precisa que Deus esteja no homem. O homem tem que ter a justiça de Deus e não a sua própria justiça. Tudo isto agora é por fé, mas no dia do Senhor vai ser uma realidade. O homem vai estar totalmente na Verdade de Deus.
Hoje no atual cenário, os terráqueos não brigam por política, e sim pelos "políticos"...
As pessoas não estão discutindo ideias, ideologias ou políticas públicas (que seriam debates saudáveis e construtivos), mas sim brigando em defesa de políticos específicos, como se fossem ídolos ou times de futebol., sem falar na polarização política que acontece em muitos países, onde eleitores defendem figuras políticas de forma apaixonada, muitas vezes sem avaliar suas ações de forma crítica, o que era para ser algo coletivo mas em vez disso, muitas discussões giram em torno da lealdade a indivíduos.
Este livro não é sobre política no sentido tradicional; trata-se de um livro sobre poder – sobre como ele é conquistado, exercido e mantido por aqueles que compreendem as regras invisíveis que governam a mente coletiva.
Mortaza, J. (2025). O Algoritmo das Massas: Decifrando os movimentos políticos. Porto Alegre: UICLAP.
✨ Além dos Rótulos, Somos Luz✨
“A religião vestiu a fé com rótulos, a política fez da diferença uma arma, e o dinheiro trocou valor por preço. Mas a alma não reconhece bandeiras — ela clama por verdade, por paz, por eternidade. Somos centelhas do mesmo fogo, separados apenas pela ilusão do ego. A sabedoria dos antigos sussurra: quem se conhece, não divide. No fim, tudo que importa é o amor que deixamos e a luz que nos tornamos.”
Ah, a política brasileira, nosso eterno circo!
A roubalheira, que estava apenas fazendo uma pausa para um lanche, decidiu retornar com toda a pompa e circunstância.
E quem diria? O grande chefe do bando volta ao poder, não pela força, mas pelo glorioso voto do povo!
É como se o jardineiro do nosso jardim de infância tivesse entregado as chaves da caixa de ferramentas para as crianças e dito: “Vão lá, façam o que vocês acharem melhor!”
Agora, temos essa turma de malandros brincando no parquinho, testando cada escorregador e balanço, enquanto a maioria, coitada, assiste sem saber muito bem se está jogando dominó ou se tentando entender o sistema político.
Porque, claro, aprender sobre política é um verdadeiro divertimento! Afinal, quem precisa de aulas sobre ética e cidadania quando podemos simplesmente escolher nossos "heróis" com base em memes e promessas vazias?
A diversão aumenta quando percebemos que esse jogo tem regras muito particulares, e a única coisa que todos parecem realmente saber é como fazer uma selfie em frente ao palácio!
Então, vamos aplaudir essa nova fase da nossa educação política, porque, se tem algo que precisamos mesmo aprender, é como transformar o caos em espetáculo e, aparentemente, estamos indo muito bem nisso!
Mortes silenciosas se perpetuam por ideologias equivocadas. Políticas. Integrar a consciência é fundamental para ampliar nossa percepção da realidade.
Nossa Realidade
O Brasil tá na mão de PESSOAS sem ética,
Política suja, promessa vira farsa trágica.
Pobre na luta, rico se dá bem,
Enquanto o povo sofre, o SISTEMA faz o "bem".
Violência nas ruas, escola a desejar,
Saúde pública? Só pra quem aguenta esperar.
Meio ambiente em QUEDA, ninguém toma jeito,
Floresta arde em chamas, e o mundo vê a tragédia em leito.
Polarização, ódio, FAKE NEWS no ar,
O país tá dividido, quase à beira de um pesadelo viral.
Precisa mudar, precisa acordar,
Pra não deixar o FUTURO do Brasil no endereço errado a sonhar.
FANTI MC
Dez Chifres
Desde tempos pós queda de Roma. 476 Ad, que se tentou uma união política, para que Roma não acabasse, nem o seu império. Na profecia de Daniel, sobre o sonho que o Rei Nabucodonosor teve de uma estátua, cujos pés eram em parte de Ferro e em parte de barro. Desde a interpretação dos 4 reinos: Babilônia, Média Pérsia, Grécia e Roma. Apartir daqui fala-se dos tempos finais.
Precisamente os pés em parte de ferro em parte barro, que se fala do império romano, descentralizado. Ou seja um império que continuava até aos tempos finais, mas sem força ou com ela relativizada.
Digo desde 476 Ad, que depois 10 reinos que saíram do império romano ( 10 nações de reinos Bárbaros) tentaram uma união ou restauração do império romano. Estes são os dez chifres, que Daniel viu, na sua visão dos 4 animais ou 4 reinos. Mas o último reino ou a última parte do reino nos tempos finais seria um reino dividido. Isto nos fala das Democracias dos 10 reinos, nos últimos tempos.
Com Carlos Magno tentou- se uma união mas não se conseguiu, depois com Napoleão Bonaparte, também não se conseguiu essa união. Depois em 1957 pelo tratado de Roma, tentou-se outra vez, mas a união não resultou consistente. Nos nossos dias, ainda não se conseguiu com a união europeia. Até aos tempos finais vai conseguir uma união e um último rei (besta ou anticristo). Mas sempre com conflitos entre o "Anticristo" e os 10 reinos ou chifres. Diz Daniel, "até ao fim haverá guerra"! " Um chifre, pequeno entre eles abaterá 3 reinos dos 10 chifres e reinará depois deles sobre todo o mundo.
E fará guerra aos santos, nos tempos finais. Mas a pedra que caiu sobre os 4 impérios, derrubou- os e fez- se um grande Monte. E reinou eternamente sobre a terra e o céu!
Vivemos cercados por crises permanentes — de identidade, clima, política, representatividade, coletividade, saúde mental, finanças, ética, cultura, educação...
Todas, de algum modo, precarizam o horizonte, turvam o futuro e enfraquecem nossa capacidade de sonhar sentido, traçar planos e cultivar esperança. Enfrentar essas crises exige mais do que respostas pontuais; exige restaurar a capacidade de imaginar o amanhã e o desejo de construir novos caminhos.
A Política e Seus Amores de Estação
As lideranças políticas, assim como as estações do ano, vão se renovando com o tempo. Grandes nomes que um dia foram reverenciados acabam esquecidos, engolidos pelo ritmo veloz da história. Novas vozes surgem, ocupam palanques, inflamam multidões e, por vezes, também desaparecem — tudo é cíclico. Nada é eterno, nem mesmo na política.
Ideias mudam. Posições mudam. Mas quem mais muda é o povo. Muda de opinião, de partido, de ídolo. Muda até de memória. É curioso como a admiração incondicional pode, de uma hora para outra, se transformar em desprezo absoluto. Que o diga Getúlio Vargas, questionado com dureza poucos dias antes de apertar o gatilho do próprio destino. O mesmo povo que o acusava foi às ruas em lágrimas, em um luto nacional tão apaixonado quanto a desconfiança que o antecedeu.
Anos depois, foi a vez de Fernando Collor. Jovem, bem-apessoado, com discurso eloquente, conquistou a maioria esmagadora dos votos. Preferiram o novo ao conhecido — Brizola, Ulysses, Covas... velhos de guerra. Collor era a promessa embalada para o futuro. Mas o tempo, senhor das reviravoltas, mostrou que a política brasileira também ama com intensidade, esquece e julga com rapidez.
A paixão na política é quase sazonal. Tem primavera e tem inverno. Quem não entender isso, corre o risco de se decepcionar profundamente. Talvez a única constante seja essa: a instabilidade dos sentimentos populares. Líderes vêm e vão, mas o ciclo — esse sim — permanece.
Renato Jaguarão.
Bom dia a @todos!
É vergonhoso ver no poder público tanta imoralidade política ! Uma política podre desde o DNA de suas intenções até a essência de sua alma. E é terrível ver tantos seguidores da ignorância, militantes do mal e torcedores do anti patriotismo.
✍©️@MiriamDaCosta
A política não presta? Talvez. Mas também é reflexo do nosso próprio comportamento.
Compramos aplicativos piratas, pneus ilegais, atravessamos a fronteira para evitar impostos.
Queremos um país justo, mas cometemos pequenas ilegalidades todos os dias.
Como vamos escolher bem nossos representantes se não mudamos a nossa postura?
O Brasil parece dividido entre direita e esquerda…
Mas a verdade é que estamos divididos entre dois males.
E pior: fingindo que um deles é solução.
POR QUE JES SENTIU-SE TRAÍDO NO FIM DA SUA CARREIRA POLÍTICA?
A política, enquanto arte da boa governação e administração política e territorial, conduzir-nos-á para o auge. Mas, quando usada como meio de manipulação, levar-nos-á à decadência e ruína.
JES foi um dos presidentes em África que, durante a sua governação, o povo angolano teve prosperidade, através das relações diplomáticas que ele teve e manteve com outros países, tanto na África, América, Ásia e Europa. Essas relações fizeram com que ele fosse conhecido e aceite em outras partes do mundo, o que fez de Angola ser um dos países cobiçados pelos empresários e comerciantes internacionais. Por esta razão, durante a governação de JES, o povo teve: educação, saúde, emprego, bens e serviços. Não era dos melhores, mas era o melhor que ele fazia por Angola e pelos angolanos. Nunca se viu, na sua governação, o povo a mendigar o pão ou apanhar comida nos contentores de lixo. Foi mediador na reconciliação para se alcançar a paz em alguns países de África que estavam desavindos há anos. Enquanto estava no poder, era e foi constantemente elogiado e bajulado por aqueles que tiravam proveito da sua governação e outros que amavam riqueza e poder. Havia seguidores e grupos com opiniões e ideologias diferentes concernentes à governação de JES. Eles estavam divididos em cinco grupos, que eram: o partido, jornalistas, revolucionários, aproveitadores, fariseus e judaizantes. Todos eles apresentavam uma visão diferente da governação de JES. O partido anunciava que ele era amado e insubstituível, e os verdadeiros jornalistas publicavam os erros e a má gestão que muitos gestores públicos cometiam e faziam na sua governação, para que se corrigisse este mal e crime que se cometia na gestão pública. Revolucionários criticavam e denunciavam: roubos, peculatos, desvios e a desumanidade que muitos dirigentes, deputados, militares e gestores cometiam em pleno exercício das suas funções. Os aproveitadores, fariseus e judaizantes (Judas) criavam rebanhos e promoviam neófitos e gado com a finalidade de bajular e idolatrar a imagem de JES. Alguns foram até mais distantes, chegando ao ponto de fazer veneração à sua imagem. Vendo que isto não era suficiente para conter o fanatismo que alimentavam por JES, enquanto presidente e líder do partido no poder, compravam e corrompiam a mente de líderes religiosos e alguns pastores para incentivar seus membros (ovelhas) a fazerem culto de personalidade e até idolatria da imagem dele. Este grupo, como tinha relação, amizade e aproximação com ele, explorou a sensibilidade de JES, incentivando-o a perseguir os jornalistas, revolucionários e até políticos que eram a favor da justiça e da boa governação. Afirmando que ele governaria melhor e estaria livre se esses opositores, críticos, revolucionários e filósofos fossem eliminados. Os que eram contra a boa liderança e boa governação davam apoio e até conselhos para que ele seguisse. Mostravam, pelas suas atitudes, que estariam com ele até às últimas instâncias e circunstâncias. Mas, quando chegou o momento de ele se aposentar da carreira política, os aproveitadores, fariseus e judaizantes foram os primeiros a lhe abandonar, desprezar e humilhar. Esqueceram-se de todo o bem que JES lhes fizera enquanto presidente e líder do partido no poder (MPLA). Uns, mesmo sabendo que, sem JES, não gozariam de imunidade, mesmo assim lhe desprezaram. Em vez de gratidão, deram-lhe como agradecimento: ingratidão, desprezo e silêncio. Isto, no momento em que ele mais precisava do apoio, conselhos e aproximação deles. Apesar de todo apoio e generosidade que JES concedeu a eles, mesmo assim desprezaram-no. Vendo isto, JES sentiu-se traído, abandonado e humilhado por aqueles que ele ajudou, no momento em que eles mais precisavam. Por esta razão, JES preferiu passar o resto da sua vida na Espanha, distante do solo angolano e daqueles que o traíram. Ele tomou essa atitude para simbolizar o seu desapontamento e tristeza, porque viu e sentiu a dor de ser abandonado pelos seus amigos, colegas, camaradas e compatriotas. Chegou à conclusão de dar razão a Deus, dizendo: “Maldito o homem que confia no homem igual.” Se soubesse que o meu fim seria assim, não teria criado lobos, hienas e serpentes durante a minha governação, e muito menos teria convivido com eles. Numa reunião familiar, lamentando e chorando, disse aos seus filhos: “Nada é para sempre...”
O Brasil e a política da fé
O Brasil parece afundar a cada dia, não pela força de seu povo, mas pela ação de uma parcela de políticos que se mantém no poder. Ainda assim, é preciso reconhecer que a responsabilidade também recai sobre nós, cidadãos, pois muitas vezes não votamos de forma crítica e consciente. Uma parte significativa do eleitorado é influenciada por lideranças religiosas, que utilizam a fé como instrumento de controle político.
Se, no passado, os coronéis impunham sua vontade pela força das armas, hoje o poder se modernizou: a Bíblia passou a substituir a pólvora. Versículos e sermões são usados como ferramentas de convencimento, muitas vezes para legitimar projetos que ameaçam a democracia e favorecem interesses contrários ao bem comum.
Essa instrumentalização da fé não apenas compromete a autonomia do voto, como também contribui para políticas que aprofundam a destruição ambiental. Em nome de um discurso moralizante, justificam-se práticas que destroem a fauna, a flora e todo o equilíbrio ecológico do país.
O desafio, portanto, é romper com esse ciclo de manipulação, fortalecendo a educação política, a consciência crítica e a defesa inegociável do meio ambiente como patrimônio coletivo.
Para mim, militante petista, me foi perguntado outro dia: "Como você vê a política?" Eu vejo a política como uma forma de influenciar a sociedade, positiva ou negativamente. O que falamos, o que dizemos e nossas ações são marcadas por décadas e gerações, e muitas vezes influenciam a forma como as pessoas nos veem. Portanto, devemos ser políticos ao falar ou agir, para que nossas falas e ações não sejam usadas contra nós no futuro.
Precisamos saber jogar, como diz a música da imortal Elis Regina: "Vivendo e aprendendo a jogar. Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar". A vida é um jogo, a política é um jogo. Quando afirmo que vivo e sobrevivo sem auxílio de governos, estados e políticos, estou sendo um tanto quanto radical. Se eu analisar a história, tanto do presente quanto do passado, percebo que já tive ajuda do governo, de ONGs e de muitos políticos, e posso vir a ter essa ajuda no futuro.
Não posso afirmar que vivo sem a ajuda de ninguém, pois ao dizer isso, esqueço do passado e também de um futuro potencial. O futuro lembrará do que eu disse hoje. Vivo hoje basicamente do meu trabalho, mas sempre recebo alguma ajuda de políticos, em maior ou menor grau. Essa é a dança da política.
Por que digo isso? Porque no futuro, quando algum político olhar para trás, ele reconhecerá que eu não reneguei a política como forma de subsistência da minha vida. Se eu disser que trabalho sem a ajuda de ninguém, isso será pesado e equivocado. A verdade é que, de alguma forma, os políticos nos ajudam, seja com políticas públicas que beneficiam nosso trabalho, individual ou comunitário.
Devemos ter muito cuidado com o que dizemos, especialmente na internet, pois temos influência sobre a sociedade e, através dessa influência, afetamos o voto das pessoas. *Fiquei preocupadíssimo com a fala em público digital, entre os internautas, de um companheiro de lutas históricas, que disse: A luta é incansável sem ajuda dos governantes e parlamentares ".* Isso é pesado. Podemos estar sobrevivendo sem ajuda no momento, mas não devemos rotular isso de maneira definitiva. Afinal, no passado, muitas pessoas e políticos plantaram uma semente que nos ajudou a chegar onde estamos hoje.
Quando dizemos que não temos ajuda de ninguém, estamos renegando um passado recente que fez parte de nossas vidas e nos deixou um legado. Não podemos negar a existência dos políticos em nossas vidas, porque, direta ou indiretamente, eles estão conosco no dia a dia. Gostando ou não, não se vive sem política. Negar a ajuda dos políticos é uma visão muito limitada.
Este é um texto pessoal, escrito em consideração a você. Tomei cuidado de não mencionar nomes específicos, ONGs, sindicatos ou políticos. Generalizei a conversa, mas vocês entenderão a razão disso. Precisamos, principalmente em público, defender nossos políticos e as políticas que eles implementam. Fazemos política direta ou indiretamente, eleitos ou não, dentro do Estado democrático de direito. Um abraço, um cheiro, e obrigado por tudo.
Sex, 05 julho
Ano 2024 Fernando kabral
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