Coleção pessoal de gnpoesia

1 - 20 do total de 418 pensamentos na coleção de gnpoesia

Neste Natal, que o homem e a mulher velha que provém da alma ⁠possa morrer para para si mesmo e nascer para Deus, em um ressurgimento belo e eterno.

⁠⁠E as noites estavam iguais,
como todas as noites iluminando vésperas,
de uma madrugada a fio.
E tudo estava deserto, feito sol de meio dia,
a cidade estava tímida diante do luar,
e as luzes faziam sombras,
tudo muito estranho e incomum,
e de repente você me beijou,
mas o céu já estava amanhecendo,
como todos os céus sem estrela, sem lua,
e no deseto de nós mesmos,
partimos sem adeuses,
estranhamente.
Mas depois o sol amanheceu,
e tudo virou amor novamente,
mas só amor,
estranhamente.

⁠Algo para o natal,

Mais um natal, remete-nos ao nascimento do Cristo, portanto, que cada um de nós possa renascer para Deus para morrer o homem velho em que nos achamos, e que pelos olhos de nossa existência possamos enxergar os novos horizontes que deve enlaçar toda a nossa vida.

Um feliz Natal!

⁠A vida é bela,
à escória d⁠e dores indivisas.
Ainda existe flores e outras coisas sem nomes,
e o sol nasce e se põe todos os dias,
sob montanhas nunca antes amanhecidas.
Os cotidianos são reiterados, reiterados,
a vida talvez seja enternecida,
e esconde eternas coincidências,
sobre as montanhas que somos,
desoladas e indormidas.

⁠⁠Mate-me aos poucos,
a poesia é uma apologética densa,
desprezível e execrável.
Mas é a nostalgia inquieta de um desgraçado,
o êxtase de uma loucura equivocada,
pois, somos, somos equivocados.
Somos, pois.
Poetizaram as próprias incorreções,
que covardia para com a língua bandeiriana,
os sinônimos são covardes desde sempre.
dede sempre.
São equivocados mesmos,
pois a poesia que tenho é uma voz,
o sangue coalhado dos revolucionários de Princesa.
A minha voz não se equivoca,
os equivocados se equivocaram pois tinham verdades,
apenas verdades que as tinham.
Enobreço-me, pois, a minha mentira,
e o meu sangue, é da cor de todos,
mas que se alva, e se? se alva!
Na comelança dos dias ocos,
dias de talvezez e dias já diários que se doutrina:
— a farsa zuadenta de minha alma,
a poesia surda da duvidada esquina

⁠O às do tempo passou.
Ecoa-se, levemente, o futuro presagiando o passado.
As eras rabiscadas por nossas vidas esvaziaram-se,
ficou um pouco de nós, um pocuo de nós e de tudo isso.
Ao acaso o pôr do sol não corrompe o Universo?
O sol carameliza o horizonte de um falso ouro.
E nossos olhares fatigados de nada.
Vãs são seus desejos dentre seus caninos,
as ruas são cinzas de velhas madrugadas.
Mas depois vem o sol e tudo fica amarelado,
Apenas amarelado nos mesmos dias, novamente.
Há um espanto inevitável,
E um ódio não pago e desencarnado.
As flores são flrores nas dores desoladas,
E um grito se houve e que ecoa dos fiapos de mim.
E o meu insípido se torna um protesto,
E a vida se encanta diante de mim,
E o amor se vai, sem início e sem fim.

⁠Tudo se vai.
Eis, pois, um óbvio poetizado.
As pessoas inesgotáveis,
são finitas.

Os momentos eternos,
se acabam,
seja com o ocaso do sol
ou um novo dia que se insinua,

mas tudo de vai.

As mais belas palavras desaparecem
e quem está de seu lado?
O nosso lado são ilusões,
que se torna um passado e mais nada.

A nostalgia é um lapso de tempo,
é o reflexo do desconhecido de nós mesmos,
e a coisa boa que nos escraviza
se termina com um adeus, terminável.

E a nossa teimosia de ser eternos,
o beijo, intenções e mais intenções,
tudo se vai, tudo.

Mas se um dia o distante se estreitar,
brindarei elegantemente.

Mas nada será como se foi!
Você será um estranho e uma triste lembrança
Lembrança que já passou!

Se existe amor,
a vida se reinventaria,
E a dor seria apenas o olor
Do próprio amor em nostalgia.
Mas se existe amor,
O sol seria a dois, amarelando o universo,
E o vinho entorpeceria a razão,
Em um mundo duplicado, lado a lado,
Onde o amor poetizaria as tolices do coração
A ordem seria o inverso
De um horizonte sem imensidão
Coroando os nossos às de luz,
Nos estilhaços apagáveis da ilusão.
E se existe amor, o meu amor cantaria.
E viveria de canção, seja lá onde for,
Mas canção também se canta na dor,
Porém, de amor morreria,
Se existe amor?

Vai o vento de meio dia,
soprando os restos de gentes,
jogados ao sol a fio.

E cada qual o seu lamento
vai soprando lentamente
a vida de lá pra cá.

Apanho as estrelas entre as mãos,
e apago o meu sol no meu olhar.

É tudo vil e distante,
mas tua alma são diamantes,
que ainda não brilhou.

Se deitas assim tão levemente,
feito o sol, feito o vento,
que do horizonte se esquivou.

E assim, tão pouco e livremente,
voastes para o céu sem ver-te voar.

Mas sei que para longe já voou,
pois em minhas mãos o ocaso chorou,

As lágrimas pequenas de dor.

⁠È tudo tão banal e simples,
pensei que as coisas fossem complexas,
mas tudo é questão de sentir-se,
é mais fácil sentir o outro,
tudo se concentra no outro,
pois numa sociedade moderna,
da elegância e do fascínio dourado da vida,
inventaram essa coisa de modéstia,
e nos deixamos para uma hora que nunca chega,
e os dias passam,
só nos sentimentos no calor e no frio,
nunca numa declaração de amor,
pois mesmo que tudo pareça mentira,
é algo simples que nos faz feliz,
esta coisa que felicidade se experimenta,
mas se tudo devemos passar pela dor,
pelo declínio inexorável,
somos doce ao menos nas palavras,
e palavras é coisa de despossuídos,
pois tudo é simples,
não é tão banal assim!

Líder faz outro líder, se o líder não o fizer, este não o é!

⁠E gentilmente agigantou-se,
despedindo-se da vida nobremente,
deveras ser dos frejos o cantor,
embelezando-se, desesperadamente.

Enfeitar acasos é lutuoso espanto,
de tempos suavizados em vis açoitamentos,

Se os tempos refazem-se em cantos,
De espantos amar-me-ei-te, mortalmente.

⁠E o sabor de café da manhã é um estupefaciente de coisas indormidas e mal nascidas.

Meus cadernos envelheceram nos meus arquivos que param o tempo ao acaso, com informações estúpidas nascidas de minha caligrafia torta.

E os dias se abreviam em opióides para aliviar dores não lembradas mas conhecidas, comprados na farmácia de velho comerciante que me vende medicamentos sem receitas coloridas enquanto o resto são cinzas.

E tudo fica normal ou é normal - o sol nasce, as estrelas brilham - e a noite, a noite chega à revelia de meu relógio descomunal.

E mais uma vez o sol me ilumina todo dia e o dia todo, silenciosamente, e tudo se embranquece e todos são vistos como não são e a igreja toca mais uma vez o repicar de sinos anunciando mais uma morte de um senhor gentil que preferiu para de respirar e esquecer os próprios pulmões congestionado.

Pobres pulmões, o ajudou a respirar profundamente a cada passo rumo ao não sei pra onde.

E tudo isso é normal, e enfurece o que inconscientemente nos conserva por igual em um conjunto de normais que não mais choram.

Nada muda, é tudo parado, mas, estamos andando, correndo, atrás do ônibus que se vai e de amores que não existe e que se desfaz.

Ainda dá pra sentir saudades, de meu avô, de meu pai, de Dona Vera, onde estão? onde estão? e dos dias já idos, adormecidos.

Sinto saudade de minha mãe mesmo estando ao meu lado, saudade do nunca mais querendo ser futuro e do por vir serenando o presente em um sábado a tarde.

Existimos e ainda estamos vivos, sonhamos e ainda desistimos, e chegamos em casa e dormimos, e se houver outro dia? se houver outro dia? Não sei, talvez pra nunca mais.

⁠Comentando a frase de Charles Bukowski - "Há pessoas inesquecíveis e para isso não há cura".

De fato, não há cura, pois é um sentimento solitário daquilo que naturalmente não se pode esquecer, o impossível não é tão utópico. No final das contas, a culpa é nossa. Por isso, exagerar-se-á sempre da mesma coisa: poesias, álcool, filosofia e saudades. Para essas coisas loucas, uma boa filosofia com uma bebida qualquer.

⁠coisas inventadas são requintes intermináveis,
o tempo idealiza intervalos de eras,
e de eras e mais eras, os segundos são horas,
as horas mais belas dos verões desejáveis.
Os sóis do cotidiano dissimula o sangue da terra,
o céu estralado também esconde luas,
poetas desesperados escondem seu amor,
as fúrias humanas, outrossim, dilaceram.
os caminhos são longos e esquecidos,
vagam almas boas que disfarçam alguma espera,
o sangue escorre da colina dos enternecidos,
e o céu lacrimeja e chora sobre a terra.

⁠⁠⁠Ah! as ruas, são ladrilhadas de passos, caminhos que se cruzam, vidas, passados e mais passados de desconhecidos mas que se veem por acaso e não se conhecem, que fatalidade! Mas são passos de gentes, de alguéns, de caminhos e de passado.

De minha janela vejo o sol, estrelas, luzes no céu, confundíveis, clarões e noites vadias, um pouco de sereno que passa por mim e se esvazia, quem sou eu, se por acaso não existo? Se há beleza nas coisas estranhas, tudo se encontra pois somos coniventes.

A vida se revida no tempo!

⁠⁠Fazer-se-á caminhos, de nuvens cinzentas e sinuosas, aos ventos que sopram o mar, no feitio à goela dos ofendidos.

Fazer-se-ei infinitos, assobiados por aves impetuosas, que gorgeiam as primeiras horas de manhãs mal nascidas, louquejando as desnudas noites indormidas, ao sereno lacrimejante do universo,

em volúpias despedidas.

⁠⁠Perdi-me pelo esquecimento,⁠
Dos teus quereres fadonhos,
Mais nada há de iluminar,
Nem o sol, nem a lua e seu luar.

Pois teus quereres irônicos,
Nada mais há de clarear,
- nem as fiadas vezes do divertimento,
Nem a loucura tentada de te amar.

Serás escuridão quando fores luz,
E dia quando fores lua,
uma esmola sem nada pra deixar.

esperarei pelo fogo da quimera
e se perdendo pelo esquecimento
Pra nunca mais te encontrar.

⁠vou juntando as minhas "coisinhas" e seguindo...

⁠Há uma flor no horizonte -
despetalando-se - para adornar a terra vazia,
exalando o odor dos ventos a perfumar o universo,
sombreando os caminhos do sol escaldante,
A flor das ventanias, a flor dos amantes.