Poesia Toada do Amor de Carlos Drumond

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⁠Teus olhos. (Julio Bernardo do Carmo ).

Teus olhos tem a cor do mar.
Mas que cor tem o mar ?
Azul cerúleo.
Quando transpiro tua serenidade que
me acalma e me conforta.
Verde esmeralda.
Quando respiro tua esperança e me redobro
na aspiração de meus sonhos mais sublimes,
que afinal também são teus sonhos.
Castanhos escuros, como duas castanholas que repicam
a sonoridade musical de nosso amor.
Afinal de que importa a cor do mar ?
Se a luz de teus olhos me ilumina
e com tanta intensidade me fascina.

O ano é 2024. ⁠Agora, ter um relacionamento é praticamente uma aventura jurídica, você sabe com o que entra mas nao sabe com o que sai.
Sem falar que pode pagar pensão até para o filho por afetividade.

Inserida por tom_nascimento

⁠Sintonia com a natureza, minha essência.
Compaixão e compreensão aprendi a ter.
Contentamento é o que sinto em minha existência.
Na serenidade encontrei a felicidade.

Inserida por auradojardim

⁠⁠quero a capacidade de viver
cada um dos meus dias
da maneira mais plena
possível

mas quero, sobretudo, a capacidade de encarar
a finitude com o coração leve e resignado

Inserida por josegoncalves

Um lugar


Caminhei tanto por essa vida, aprendendo tantas lições, com passos certos, determinados, pulando alguns erros, distribuindo ilusões, numa falsa alegria, sem contar dos meus medos, ser feliz, queria, calei alguns segredos... lugar
perfeito nunca existiu, fiquei fantasiando, esse lugar, sempre buscando...

⁠Um lugar de encantos, de sonhos e de esperança, de muitas realizações, de presente... sem tristes lembranças. Um lugar onde me coubesse por inteira, sem invasão, sem constrangimentos, que mesmo sem existir o amor, fosse necessário, que não fosse escuro... Um lugarzinho especial chamado futuro!

Aqui chegando com tudo isso aqui, me deparei, não sei se por prêmio ou por castigo, nem sinto euforia ou decepção, os medos se foram, a esperança, creio, estagnou, das lições aos poucos vou esquecendo, desaprendendo, o futuro é um lugar frio e silencioso, chamado solidão, e desamor.



Autora:
do Livro Luar de Vidro
Escrevo no site:
Recanto das Letras

Inserida por liduinadonascimento2

⁠Já toquei muitas boiadas
Campeei com maestria,
Amansando bicho brabo,
Mostrei minha valentia,
Já varei noites inteiras
Nos braços da boemia,
Já dancei com meu amor,
No largo da freguesia,
Já fiz muitas serenatas
Até o romper do dia,
Hoje aqui no meu recanto
Só escrevo poesia.

Inserida por josegoncalves

⁠Eu quero o caos
Para nele me recompor
Eu quero o deserto
Para nele florescer
Eu quero a fragilidade
Para nela ser fortaleza
Eu quero a distância
Para nela ser presença
Eu quero a solidão
Para nela ser milhares
Eu quero o instante
Para nele ser eternidade.

Inserida por josegoncalves

⁠As vezes é preciso fechar o livro. Não se trata de apenas virar uma página. A história já acabou e por mais que tenha sido uma linda história. Ela vai ficar lá. Num lugar mágico e especial. Nossa memória.

Não dá para ficar voltando algumas páginas para dar a impressão que não acabou. Sentir o gostinho. Aceite. Foi bom, mas se foi.

Com esta compreensão teremos que começar um novo livro. Um que o final esteja longe de chegar e com as páginas em branco para que possamos escrever da forma que quisermos.

E no final se não tiver sido do jeito que queríamos. E daí? Escreva outra história. Quantas forem preciso. Afinal é a sua história.

Inserida por tom_nascimento

⁠⁠Eu sou a mãe natureza!
Sou perfeição, sou beleza,
Estou aqui e alhures.
Vou a todos os lugares,
Caibo em todos os olhares,
Basta que tu me procures.

Maria do Socorro Domingos

Inserida por mariadosocorrodoming

⁠SONETO

Deixa que eu te ame como um ideal,
Como aquele que a tempestade arrastou
Mas que na verdade do corpo é puro e leal,
E no gozo físico transcendente se encontrou

Deixa que eu te ame sem pensar naquele,
Que ao mundo se entregou sem compreender, Ingenuamente solto, sem alma e pele
Sem saber quão vulnerável é se perder

Deixa que eu te ame com a imaginação,
Com a insegurança e com desespero
Com silêncio dos gestos, só com o coração.

Deixa que eu te ame até o fim, sem medo
Dessa ilusão que só nos faz sofrer,
Pois não há outro modo de amar, nem de viver

Por Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

⁠O céu de Tupã
já não é mais o mesmo.
Morrem as florestas...
Olhamos a esmo,
Estragos causados
Por devastação.
Adeus, ,passarinhos,
Adeus, fauna e flora!
Toda a natureza
Emudece... Chora!
Preço muito alto,
O da evolução.

Inserida por mariadosocorrodoming

⁠A distração fácil não me atrai. Quanto mais desço, mais fundo cavo.

Vivo sob o risco de afundar. E aceito. Porque viver na superfície me parece uma espécie de morte lenta, embalada em risos automáticos e telas que piscam. O que me move é o mergulho — na contramão do tempo, contra a leveza tóxica que nos vendem como liberdade.

No contexto da arte, isso é quase um crime. Tudo nos empurra para o raso. Para o vendável. Para o que se compreende em dez segundos. Mas eu não quero ser entendido tão rápido. Nem quero criar o que consola. Quero o que inquieta, o que fere, o que obriga a parar.

A arte, quando é verdadeira, nos obriga a cavar. Tira o chão. Desloca. E é nesse deslocamento que penso, que existo. Filosofia, pra mim, não é sistema, é vertigem. É quando a pergunta fica maior que qualquer resposta possível. E eu sigo, mesmo assim.

Por isso escolho o abismo. O fundo. O lugar onde o olhar do outro se perde, mas onde talvez haja verdade. Porque há mais vida num gesto sincero do que em mil performances vazias. Há mais beleza no silêncio de quem sente do que no discurso de quem apenas representa.

Não quero distração. Quero escuta. Quero confronto. Quero o risco de não ser compreendido. Porque só quem desce até o fundo pode voltar com algo que vale a pena.

Inserida por EvandoCarmo

⁠VEJO A VIDA PASSAR PELA JANELA

Todo dia, sobretudo à noite, tenho a impressão de que a vida escorre pela janela. Não como um acontecimento brusco, mas como um escoamento sutil — uma espécie de adeus cotidiano que ninguém percebe, exceto quem aprendeu a olhar.
É pela janela do meu quarto que observo a lua — testemunha antiga dos meus poemas, cúmplice dos versos que escrevi para minha amada, esposa, musa. Foi ali que derramei palavras como quem tenta deter o tempo. Foi ali também que vi meu gato desafiar o espaço, se equilibrando entre o vidro e a rede de proteção, como se pressentisse que a vida, afinal, é esse jogo instável entre o risco e o repouso.
Às vezes me pego contando os dias. Não com a ansiedade de quem espera, mas com a lucidez de quem sabe que tudo se esvai. Como quem vira páginas em um calendário invisível, um calendário metafísico onde cada dia é uma página escrita com o que não vivi plenamente.
E então me pergunto: será que me resignei diante da finitude? Ou apenas me acostumei a contemplar, a escrever, a esperar? Me tornei íntimo da lua, confidente das madrugadas, contador de silêncios. Talvez tenha aceitado que a vida não se segura — apenas se observa. Como quem sabe que o tempo não espera por ninguém, mas pode ser tocado, por um instante, no gesto de olhar com atenção.
A cada noite, sinto que estou escrevendo — com meu corpo, com minha espera, com meus olhos voltados à lua — uma lenta despedida.

Inserida por EvandoCarmo

⁠O tempo é um tirano silencioso.
Não estende a mão, não consola.
Ele leva sem pedir licença,
rouba risos, desfaz promessas,
e castiga com a saudade.

Mas talvez sua crueldade seja arte —
uma forma estranha de ensinar.
Pois só no vazio que ele deixa,
floresce o que somos capazes de ser.

Inserida por italo0140

Fragmento de Alguém

Não há começo.
Há restos.
O que ficou depois que a vida passou
e os olhos ficaram presos à janela.

Não é nome o que se carrega,
mas marcas —
de amores que queimaram antes de aquecer,
de palavras ditas tarde demais,
de silêncios que falaram por nós.

Já se imaginou inteiro,
quando a juventude ainda ardia
e alguém dizia que o tempo era um engano
e amar, uma vertigem sem rede.

Depois, aprendeu a ternura dos gestos mínimos.
O chá servido com mãos que tremem,
a música baixa que cobre a ausência,
o toque que não exige, mas ampara.

Não se busca memória.
Busca-se não sumir.

Não se deseja contar,
mas apenas soprar os cacos
de quem ainda respira entre ruínas.

Não se sabe terminar.
Nem os versos.
Nem os dias.
Nem a si.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Fragmento de Mim

Não começo.
Não termino.
Sou o intervalo entre o que passou e o que nunca veio.

Carrego pedaços —
ecos de vozes que já não me chamam,
calafrios de toques que o tempo apagou.

Já me entreguei inteiro a quem não ficou.
Já ardi por dentro sem que ninguém visse a fumaça.
Aprendi a amar no escuro,
com medo da luz mostrar demais.

Hoje, caminho com mais cautela.
Não por medo, mas por memória.
Há ternura no gesto contido,
há desejo no silêncio que não grita.

Não procuro mais sentido.
Procuro abrigo.
Um canto onde eu possa não explicar.
Apenas ser — sem enredo, sem promessa.

Tenho um mundo dentro que ninguém visita.
Um vazio que aprendi a conversar.
Às vezes, só preciso que alguém escute
o que nem eu consigo dizer.

Sou feito de pausas,
de tentativas,
de páginas rasgadas que nunca viraram história.

Mas ainda estou aqui.
Mesmo que em pedaços.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Quase

eu quase morri.
não foi por falta de dor,
mas por excesso de espera.

quase fim,
quase meio,
quase gesto inteiro que se perde no intervalo.

quase vida —
essa sombra acesa que não ilumina.
quase amor —
esse sopro que não toca,
mas levanta poeira no peito.

quase ida,
porque eu ainda volto em sonhos.
quase vinda,
porque nunca cheguei por completo.

quase morte,
como um adeus sussurrado sem convicção.

quase destino,
feito linha torta que não ousa ser traço.

quase eu,
quase tudo,
quase nunca.

Inserida por EvandoCarmo

na sombra da vida
onde tudo se faz,
a noite, um açoite,
engano voraz.
o homem se perde
em plano desfeito,
sem fé, sem direito
de tentar outra vez.
a vida é só uma,
sem chance de volta.
só há revolta
e um lutar no vão.
no palco do medo,
só culpa e segredo —
sussurro de morte
e retorno ao chão.⁠

Inserida por EvandoCarmo

⁠Da minha janela, olho a lua. Está inteira, clara, e sempre me encanta, mas o que mais me espanta é o fato de que ela não tem luz própria. Como pode algo tão brilhante ser apenas um reflexo, uma ilusão de luz? Ela se mostra em sua plenitude, mas não é sua a chama que a torna visível. A luz que vemos, tão intensa e bela, vem do sol, distante e silencioso. E, mesmo assim, a lua reflete, com tamanha força, essa luz emprestada, como se fosse sua. Como pode uma ilusão ser tão real? Como algo que não emite, mas apenas reflete, pode ter tanto poder sobre os nossos olhos e pensamentos?
Isso me leva a pensar em outras coisas que, assim como a lua, existem apenas na ilusão que construímos sobre elas. A gravidade, por exemplo. Nós sentimos, nos afetamos, mas não podemos tocá-la, como se fosse uma presença invisível que nos mantém ancorados à Terra, mas, no fundo, não a vemos. E o tempo? Ele passa, nos arrasta com sua corrente invisível, e vivemos sobre a ideia de que ele é linear e certeiro, mas, na verdade, não passa de uma construção mental, uma convenção que decidimos acreditar para dar sentido à nossa existência.
A verdade, muitas vezes, é uma construção. A própria realidade, o que chamamos de “real”, não é senão um jogo de percepções e interpretações que aceitamos, até mesmo nos convencendo de que o irreal é, de fato, real. Como uma miragem no deserto, ou um sonho que, ao acordarmos, parece mais real do que o próprio mundo em que vivemos. E, ainda assim, acreditamos. Abraçamos a ilusão porque ela nos oferece sentido, segurança, uma sensação de pertencimento ao que não compreendemos completamente. E, talvez, seja isso o mais misterioso de tudo: nossa capacidade de acreditar no intangível, de fazer da ilusão uma verdade irrefutável.

Inserida por EvandoCarmo

⁠O Homem dos Sete Instrumentos

Chamam-me assim —
homem dos sete instrumentos —
mas não sabem:
não são sete,
nem instrumentos.
São cicatrizes.
São fomes.
São vozes que nunca couberam num só corpo.

Toco o violão como quem acaricia um amor perdido
que ainda respira na madeira.
O piano, como quem dialoga com espectros —
meus mortos têm teclas.
Canto como quem sangra acordes pela garganta.
Escrevo como quem rasga o próprio peito
à procura de um som
que ainda não nasceu.
Componho canções, poemas,
romances e vertigens.
Verso o que não sei nomear.

Não sou um, nem sou muitos.
Sou aquilo que sobra
quando o som se desfaz,
quando o aplauso se cala
e só resta o eco.

Sou o intervalo entre duas notas,
a pausa onde mora o abismo,
o silêncio que sustenta a beleza.

Cada instrumento em mim é um vazio domesticado,
uma ausência que aprendi a afinar.
Cada palavra, um grito soterrado.
Cada acorde, uma oração profana.

Sou feito de ecos e assombros,
de mãos que buscam o invisível,
de olhos que enxergam o que não se mostra.
Carrego um palco dentro do peito —
feito de memórias e ruínas —
onde cada noite,
sem que ninguém veja,
enceno minha última vez.

Se me chamam homem dos sete instrumentos,
é porque ainda não perceberam:
sou o que resta
quando a vida desaprende a dizer,
quando o mundo se recolhe
e só o humano
ainda insiste
em cantar.

Inserida por EvandoCarmo

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