Poesia sobre a Seca
AOS POETAS
Na seca terra do meu jardim
plantei sementes de variadas cores.
Reguei e cuidei e hoje vivo assim:
no meio de tantas e belas flores.
A cabeça dói
O corpo partilha da dor da alma
Os olhos inchados
A boca seca
O corpo treme
O medo dentro da gente
A ansiedade tomando lugar
Um lugar que não é dela
A cabeça dói
O corpo sente
A alma vagueia
Por caminhos tão distantes
Buscando o que quer
A alma é sem dono
Vagal, sem fronteira, sem rumo
Sem ida nem vinda
A alma é isso
É aquilo
O corpo aqui tem
A cabeça dói
A mão se estica, mas nada acha
A alma, por ai.
Na visão do Poeta.🌹
A vida em seca
Com existir no poder
Tem a pressa do mundo
Este que é um atleta de luto
Que descalço e ao sol
Se exibe na escuridão.
Destemido e voraz
É o dialeto da cobiça,
Cantado pelos de poder
Que sem alma e coração
Editam o destino desta já frágil e debilitada humanidade.
Nada fica ao coração
Nada é real valor
Mendigo é o seu pudor
Sem valor é o sentimento
A miséria da alma
Se fortalece no peso de uma moeda qualquer.
Faz valer o que não tem grandeza .
É o sem sentido.
Chegar ao pódio do ego.
Um cofre de gáudio material.
O jardim seco do sentimento.
Fico assim sem valor do mundo
Meu jardim amanho rosas
Minha vida ainda sinto
Um ser Humano.
José Henrique 🌹
Sede a seca.
O fogo e a morte.
Queimadas...
A tristeza...
Sem mar.
Sem vida.
Sem ar, sem amor.
Sem coração.
Sem remorso
Sem compaixão.
Triste a tristeza.
Triste são seus atos...
Sendo a gente primeira mudança.
Depois do despejo apenas a tristeza.
Transformação em um deserto de calor.
Fenômeno natural...
O homem sem paixão.
Ganância... Descaso com vida.
Desrespeito com o próximo...
A vida te pertence?
Saiba que tudo tem consequências.
A vida se revolta.
O suplício de existir diante da devastação provocada por você.
Tão belo e pleno que não respeita a vida.
Espera ter uma vida melhor a que preço?
Pois um dia irá oferecer um pouco mais...
De afeto para quem sempre te amou,
Sem perguntar quem é ou quem foi, apenas te deu
Mesmo direito todos têm de viver.
A vida é uma guerra
Romance engole pressa
Sonhos mastigados pela história
De uma ventre seca e ansiosa
Alguém quebrou o vaso
Antes das rosas murcharem
O líquido das órbitas
Alimentam o amor
A vida é uma guerra
Insônia infantil
Bate-me na alma
Dos dedos depreende
Palavras da terra molhada
Palavras do conforto
Palavras de aceitação
Palavras que abraçam
Palavras que empurram
Palavras que não choram
Palavras que são falidas
Palavras de migalhas
A vida é uma guerra
Estamos num campo
De palavras minadas
A música explode
Rasga a esperança
Rompe os olhos
Mãe, mãe mãe
A vida é uma guerra
Mas eu sou a vitória
Eu sou triunfo
Eu sou a mãe no campo
da batalha
Sou a mãe no ringue do boxing
A vida é uma guerra
As rosas sangram-nos nas palavras
As espingardas de chocolates
As lasanhas envolta do meu ego
A vida é uma guerra
As folhas permanecem verde
Verde de uma esperança murcha
Verde que não cheira a vermelho.
Estou numa guerra com a vida
Experiências com as mãos desfeitas
Agarram os meus ombros
Recuso, recuso e recuso
Acreditar que o amor o fere
Recuso, recuso acreditar
Em tudo que não faz-me sorrir
A vida é uma guerra
De emoções, de medo
De deixar de amar
A vida é uma guerra
E eu sou a Glória
Filha de Vitória.
Voltar.
Aquela seca atingia
o meu pequeno torrão
me arrancou toda alegria
e me fez deixar meu chão
ai meu Deus como eu queria
retornar de novo um dia
pra minha terra no sertão.
O braço dormente, a garganta seca,
As pernas trêmulas, aquela enxaqueca,
O cansaço levando a exaustão,
Monstruosidades despertaram.
Seu Pesadelo
O braço dormente, a garganta seca,
As pernas trêmulas, aquela enxaqueca,
O cansaço levando a exaustão,
Monstruosidades despertaram.
Na noite o seu pesadelo te encontrou,
E ao som do desespero despertou,
A lança num golpe certeiro flagelou,
Mas a força interior te sustentou.
Aquele antigo pesadelo,
Retornou pra atormentar,
Em uma prisão de gelo,
Quer te encarcerar.
Na noite o seu pesadelo te encontrou,
E ao som do desespero despertou,
A lança num golpe certeiro flagelou,
Mas a força interior te sustentou.
No fundo do túnel você avistará,
Apenas alguém com quem contar,
Apenas alguém em quem confiar,
E do seu pesadelo te resgatará.
Na noite o seu pesadelo te encontrou,
E alguém em quem você confiou,
Te resgatou.
" Madrugada zomba da terra
seca, apaixonada, pedindo amor
chuva corre nas veias dos becos abandonados
e sacia o medo do agricultor
há quem não precise de tanto!
no entanto
resta a verdade acolhida nos beirais
e pássaros inertes,
cuidando dos seus ninhos
"tomara que chova 3 dias sem parar"...
MINA!
Era a seca castigando
era a poeira no chão
era a sede aumentando
sem verde na plantação
arredei, mas tô voltando
que já tem água minando
nas terras do meu sertão.
Uma garrafa de água, seca, alguém tem sede,
Mas o plástico do recipiente será reciclado,
Se ninguém jogá-lo no bueiro mais próximo,
Causando a próxima e (in) evitável inundação.
“A terra está seca... Vejo a jurubeba, a catingueira e o gado na sombra do juazeiro... É tempo de seca. Mas olhando para o céu, vejo também esperança”.
Toinha Vicentina
Gênesis 1 : 10 E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou mares. E viu Deus que era bom.
11 E disse Deus: Produza a terra erva verde , erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra. E assim foi.
"A terra seca anseia pela chuva
Chamando a garota para a dança das gotas
Haja felicidade, comtemple o vôo das águas
Una-se ao magnífico homem! e
Venha apenas apreciar a garota dançando
Assim como a água
Evoque sua criança,
Alivie o que ela pensa a respeito do seu ser.
Gruniu o céu com luz empoderando a beleza
Aprisionada de uma mulher, quebrou-se a
Restrição que abita teu corpo?
Ouve as gotas
Tocando o rosto dela? Olhe o seu sorriso, vai
Abraçar-la, se sentires que o cheiro da chuva salta daquele corpo parabéns, tu amas de verdade."
Não...
Eu não sou uma árvore velha e seca...
Cuja morte me ronda...
Cerca e cumprimenta...
Posso não ter mais a beleza de outrora ...
Posso não mais ter o vigor de antigamente...
Porém, tenho comigo a vitória dos anos vividos...
Felizes...
Sofridos...
Histórias para contar...
Tanto para compartilhar...
Se assim desejar...
Muito disse sim...
Sem vontade de dizer...
Foi quando mais sofri...
Mais me anulei...
Em favor de alguém...
Quando aprendi a dizer não...
Incompreendido me tornei...
Desprezado...
Odiado...
Me calei...
Porém assim tem que ser...
Amar é doar...
Mas também é negar...
Tantas lágrimas caíram...
Tantas outras escondi...
Tantas, e muitas, ainda escondo...
Nem contigo...
Nem com ninguém...
Posso dividir...
Não me julgue...
Se pouco, ou nada, me compreende...
Aceite...
Meu jeito de ser...
Um pouco diferente...
De muita gente...
Que se vê por aí...
Sandro Paschoal Nogueira
Árvore seca...
De coração vazio...
Anos a fio...
Não tinha cor...
Não tinha amor...
O vácuo cada vez maior...
Raízes mortas...
Não mais florescia...
Sob um sol quente e árido...
Me contou sua história...
Foi semente...
Plantada com esmero...
Por um senhor...
Velada com carinho...
Cresceu...
Nas folhagens verdejantes...
Pássaros faziam seus ninhos...
Cantavam alegremente...
Retribuía com sombra...
Muitas flores ofertava...
Fronte de belas mulheres enfeitava...
Suas folhas eram remédio...
Doença ela curava...
Foi orgulho daquele senhor ...
Que um dia a plantou...
Seresteiros à sombra dela...
A todos encantou...
Conversas fiadas ouviu...
Pessoas que chegavam na cidade...
Um ou outro que já partiu...
O banquinho ao seu lado...
Foi ponto de encontro...
De amigos e de enamorados...
Quando o vento levou o senhor...
De tristeza a árvore chorou...
Me disse que se fechou no silêncio...
Que de saudades suas folhas cobriram o chão...
Não tinha mais forças para então florir...
Sua aurora tinha ido embora...
Sua madrugada chegara...
Sua hora findou...
Hoje...
Triste...
Seca...
Morta...
Ainda conta sua história...
Da saudade que ficou...
Do tempo que passou...
Sandro Paschoal Nogueira
Árvore, pata-de-vaca, branca, que meu pai plantou, em frente de minha casa.
Homenagem póstuma Scylla Dias Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.
Em silêncio,eu ouvia seu desabafo.
Sentia a garganta seca
e meus olhos em seu
semblante parado!
Então eu só conseguia entender que entre nós estava tudo acabado.
Minhas mãos suavam frias,
suor escorria gelado e o que dizer do meu pobre coração acelerado...
Depois de um tempo com os olhos ainda lacrimejados e percebendo meu mal estar se levantou,foi até a cozinha voltando com uma xícara esfumegante em mãos.
Na situação lastimável em que me encontrava,sei que mal
poderia ficar pé!
Que sofrimento o meu!!!
Sentindo o aroma delicioso em minhas narinas,tomei um gole saboreando
Cada momento,me sentindo bem,
restaurado e cheio de fé!
E ela já sentada esperava ansiosa
Que eu dissesse algo.
Olhei-a sorrindo e disse;
Finalmente um café!
O que tinha se transformado em recordação,
sentimento engavetado, como dentro de livro,
seca flor em botão;
o que vivia apenas na saudade das noites insones
e pela manhã, novamente envolto nas névoas do esquecimento;
O que jazia nos caminhos inexplorados,
dos olhos despercebido, esquecido no tempo,
o que era fragmento de história vivida...
Explode num arco-íris de luzes e cores,
ressurgidas no simples reencontro de olhos,
de um segundo, a fração.
Cika Parolin
Y love
Pensamos que estamos por cima da carne seca...
Mas a carne tão linda e bela vive atraindo as moscas.
MAR!
Trecho da Peça: O Sertão Vai Vira Mar
Com o tempo, a quentura e a seca começaram a fazer parte do dia a dia de todos.
De tão quente e tão sem chuva, pouco a pouco as pessoas daquela cidade foram indo embora, deixando suas casas, suas histórias e seus animais!
Os animais!
Esses sentiram os efeitos da seca.
Poucos restaram naquele sertão.
Sofreram muito com a saída dos homens, mas tiveram que lidar com o que tinham.
Cada um, do seu jeito foi se preparando para o dia que o Sertão virasse Mar.
Isso mesmo, de acordo com as teorias da Senhora Asa Branca, um dia o Sertão viraria Mar e quem não preparasse o seu barquinho, não teria chance de sobreviver.
Ninguém nunca imaginaria que o grande problema de todos, a falta de agua, seria agora, justamente um novo problema, só que ao contrário, a pá virada virou de vez, e ia ser agua demais, agua pra encher as bacias, lagoas e até uma cidade!
Um mar!
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