Cartas de Despedida de Clarice Lispector
A controvérsia do amor absoluto
As pessoas fazem cartas nas despedidas.
Mas fiz mais do que cartas,
Coloquei mais do que cartas na mesa.
Te mostrei sem medo o que era e o que queria,
Jamais deixei linhas presas...
Fui tão fundo na irrelevante sentimentalidade daqueles dias,
Que acabei inerte na correnteza que dava pé, mas se afogava na própria pouca profundidade.
Bem na verdade,
Meu amor,
Jamais te pude chamar assim,
Nem para mim, nem baixinho, mas sim agora,
No fim.
Não tenho mais medo de ouvir tu ressonares que vago na infertilidade do que sinto sozinha,
Somente em minha irracional poesia.
Sempre que te disse,
Ou ainda, escrevi,
Que era hora de lançar âncora no porto,
Que o que me corroía, logo estaria morto,
Pequei.
Pequei na ignorância de quem ama a solidão de poeta,
Um quase profeta da própria desgraça.
Agora, digo-te com a cândura dos males acometidos aos que fingem a infinita essência dele,,,
Do amor:
Juro-te estar sempre por perto,
Corando-me as faces ao ver-te te aproximares,
Pedindo a lua que se deite sob os mares,
Senão nos teus braços, então nos meus versos.
Servindo-te de sombra sem aspirações de vulto,
Orgulho embebido em amor absoluto,
Ressurge e não morre assim é o meu luto,
No preto dos teus olhos o abismo tão cego.
Farta da utopia quase pueril disfarçada sob miradas de repreensão,
Farta de repetir a mim mesma com punhos cerrados a luta pelo não,
Resolvi dizer que sim,
Que te amo,
Mesmo que eu não ame,
Que morro,
Mesmo que não derrame,
Sangue.
Dizer-te que sou tua e serei eterna aos teus desatinos,
De menino...
Mesmo que conte décadas sem teu despertar vespertino,
Ou para mim, desatino.
Na esperança de que fazendo-te acreditar que te amo, nada fará com que me chames,
Enlouquecida peço, e só peço que me ames.
Nunca o fim foi tão cretino,
Não mais escreverei o que senti,
Mesmo sendo estes os últimos que assino,
Juro ainda mais versos eternos para ti.
Eduardo,
De todas as cartas que eu já te escrevi, creio que não foram poucas, essa foi a que eu mais sentira dificuldades. Escassas, pequenas e de pouca relevância são as palavras nesse momento, nem mesmo aquelas mais sublimes encontradas nos mais lindos e emocionantes romances fizeram alguma diferença. Aqui, além de dizer-te os efeitos da sua pessoa sobre a minha, tento descrever a mágica sensação que existe entre nós.
Palavras me fugiram. Tão poucos são os vocábulos. Vi-me angustiado a procura de termos que pudessem exprimir o amor. Separei uma lista enorme contendo os mais belos adjetivos encontrados na nossa língua, tão pequenos e insignificantes perante o sentimento que você fizera surgir.
Pensei em dizer tudo isso em um carro de som, para que todos pudessem ouvir, porém existem empecilhos no pensamento de muitos e eles jamais entenderiam a nossa intensa ligação. Não foi por covardia, nem mesmo vergonha de declarar-me a ti. A possibilidade de algum indivíduo te machucar, te espancar ou até mesmo matar-te ao descobrir e ver quão imenso é esse sentimento que possuímos um para com o outro, me fez desistir de imediato. Se virássemos o mundo de cabeça para baixo para explicar o nosso amor, ainda assim existiriam muitos que jamais entenderiam. Talvez por serem leigos, por não raciocinarem ou nunca terem de fato sentido o amor.
Longe de coisas como: você é o ar que respiro, meu amor é do tamanho do universo ou eu te amo do fundo do meu coração. Você não é o meu oxigênio, nem tampouco uma barreira que me impede de respirar corretamente. A única ligação que vejo de você com a minha respiração é o modo lento e profundo que a executo quando passo fortes emoções que envolvam você, sejam elas boas ou ruins. Meu amor não é do tamanho do universo, sei que ele faz parte deste gigantesco, todavia não encontro possibilidades de medi-lo. Por mais que meu coração salte assustadoramente quando estou ao seu lado ou quando ele escuta qualquer coisa relacionada a você, não te amo do fundo dele e sei que não foi lá que o amor surgira. Quem mais vibra e sente sua falta no interior de mim é a minha alma, e sei que é ela a principal parte minha responsável pelo nosso vínculo, ela se vivifica quando sente a sua presença.
Inexplicáveis são os efeitos que o seu corpo causa ao meu. Seu toque espalha uma enorme energia que se expande por toda a extensão da minha pele. Meu coração salta feito um prisioneiro desesperado em busca de liberdade e minha alma sente-se confortada como um filho que volta a sua casa após uma grande jornada.
Eu te amo não seria o termo adequado para expressar todo o meu amor por você. O que sinto por ti está muito além de uma frase, três palavras, sete letras e das definições chulas que muitos deram ao amor.
Do homem que não escolheu te amar, mas que escolheu ser seu por inteiro:
Alex
Leon e eu somos como um castelinho de cartas de baralho, apenas um sopro para tudo se desmoronar.
Quando o vi pela primeira vez, aqueles olhos brilhantes olhando para mim, sabia que ele era cilada e que não deveria me envolver. Ele era presunçoso, metido e cheio da verdade. O rosto dele só descrevia uma coisa, o quanto ele era arrogante. Sempre me questionei como uma pessoa poderia ser tão arrogante assim? O tom de voz dele chegava até me ofender e olha que não precisava falar muita coisa. Aquela mania obsessiva de falar “aham”. Meu Deus como eu odeio pessoas que falam isso! Para mim “aham” não se resume a sim, só mostra a preguiça da pessoa a pronunciar uma simples palavra. E as manias dele não paravam por ai, ele ficava me encarando quase sempre, tirando sarro do meu sotaque de mineira, não tenho culpa se puxo mais o R em algumas palavras. Ele tem muitas outras manias, poderia até escrever um livro só que manias do Leon. Mesmo com tudo isso eu não resisti. A carne é fraca, eu sei. E acabei me envolvendo com ele, gostando dele, de estar com ele, de conversar com ele. Posso até dizer que acabei me apaixonando por ele, coisa que nunca tinha me acontecido antes. Às vezes acredito que me apaixonei pelo Leon que criei em minha imaginação. Em minha imaginação ele é perfeito, muito longe da realidade. Porque como ser humano ele é cheio de defeitos, poderia até dizer que o amo com todos os seus defeitos. Mas acredito que nem todo amor do mundo poderia suportar tantos defeitos, mancadas e vacilos. O amor é uma troca, não se pode amar sozinho. Isso não é egoísmo e nem narcisismo, mas amar sozinho é triste. Perdi a conta de quantas vezes chorei a noite procurando encontrar uma desculpa, um motivo que me fizesse tira-lo da cabeça e ama-lo menos. Não achei motivo algum, mas minhas lagrimas acharam motivo suficiente para caírem sem parar. Quando estava junto de Leon, eu sabia que ele não estava junto a mim, ele nunca esteve. Ele não é daquele tipo que se prende a alguém, ele gosta de ser livre. Liberdade creio eu é sua palavra favorita. Todo cheio da verdade sabia bem o que queria, sabia o que buscava e sabia que comigo não iria encontrar. Meu coração ele despedaçou de todas as maneiras possíveis que um coração pode se despedaçar. Deixou marcas que não sei se um dia poderão ser apagadas. Choros que não sei se um dia serão silenciado. Mas outro dia amanhece e eu tenho que me levantar, com ou sem Leon. O castelinho de cartas de baralho se desmoronou, mas esta na hora de reerguer um novo castelo.
Crônica 02
Ontem eu encontrei as cartas que você me escreveu. Em poucos minutos vi acontecer nosso pequeno romance. Vi a minha pressa para escrever uma meia dúzia de termos carinhosos, porque eu sabia que ia você ia gostar. Nada que possa ser chamado de literatura. Eu já não sei o amor é paciente ou a solidão que é exigente.
Relembrei por que gosto de cartas. As imperfeições da letra de cada pessoa ficam marcadas pela tinta, e você não tem a ânsia de mandar o que acabou de escrever para alguém, como em um email. Você pode parar para pensar antes de entregar, mudar as palavras, apagar algumas frases. Quem sabe até nem entregar. Deve ser por isso que os amantes não mais mandam cartas. O silêncio perdeu seu lugar e o amor já virou notícia.
Após terminar a leitura, percebi que nosso romance era mais crônica que poesia. Percebi que algumas coisas mudaram. Agora eu me importo um pouco mais com a minha saúde, comecei a fazer exercícios físicos. Compreendi o real valor da liberdade, descobri que era eu mesmo que criava as minhas prisões, e já consegui sair da maioria. Não é tão fácil demolir uma obra que você levou tanto tempo para construir, e mesmo que você perceba que é algo que te faz mal, o orgulho se separa da razão no momento em que ela destrói suas convicções. Mas isso passa quando você descobre que existe sempre o outro lado.
Apesar das mudanças, algumas coisas continuam iguais. Ainda sou o mesmo bobo de sempre, quase um personagem de uma comédia romântica. As alças da minha mochila permanecem desajustadas, e de vez em quando caem, e eu tenho de arrumar. Continuo acreditando que vale a pena se arriscar por uma ideia, e acredito que se empenhar já é mudar.
A escrita e a fala têm a mesma pretensão tola de sintetizar as emoções, o calor e a frieza de um momento, o modo como você se sente quando o mundo te enxerga. Na escrita você tem a possibilidade de trabalhar as figuras linguagem, como um filtro ou uma lupa para os sentimentos, na inocente certeza de que está alcançando seu objetivo. O que é uma hipérbole comparada ao momento em que você está olhando dentro dos olhos da pessoa amada logo antes do primeiro beijo? Se alguém ironiza a vida, o que é mais irônico que escrever sobre algo que não vale a pena?
Guardei as cartas no fundo da gaveta, enquanto um pequeno sorriso me tomava o rosto pela lembrança do ponto final após o “infinito”.
Dizem ser a vida um jogo de cartas marcadas; nunca soube entender esse ditado.Acho que é porque eu nunca fui boa nisso, não somente de não compreender ditados, mas nunca fui boa com as cartas. Poderia jogar poker só pelo ato de blefar, persuadir, ludibriar, envolver, seduzir, todavia, quanto às cartas eu não saberia dizer, talvez nem saiba quantos naipes um baralho possui.
Na verdade acho que a vida observa o baralho “novo” e em ordem de cada um, embaralha todo ele e espera que nós possamos ou organizá-los de volta ou jogar com o que temos, com o que restou e com as cartas disponíveis.
Há como sentir-se como a Alice no país das maravilhas, no momento o qual as cartas do baralho discutem no jardim enquanto ela observa. Pode-se preferir um outro jogo, não um tabuleiro marcado e pré-destinado a um caminho ou rota, preferir uma mágica, a surpresa, o diferente, o inusitado o original.
Não obstante, existem cartas embaralhadas, às vezes curinga, carta importante saltada diante das outras cartas, eu novamente diria: não sei jogar, você saberia, você ousaria?
Temos que aprender a jogar (a viver) com as cartas que temos, com as que não temos, com as que vamos ter, e com as que perdemos (jogar com o baralho/vida incompleto) mas temos que aprender. Não há manual, mas há VONTADE e a atitude provém daí.
Que tal um poker agora?!
E é assim mesmo. Em matéria de amor, quem dá as cartas de teu sentimento é o teu coração.
Nós, seres físicos, somos reféns dele quando o tema é o amor.
Ninguém ama uma pessoa porque quer, mas porque o coração assim determina.
O amor nasce sem dia, sem horário, sem local, sem que tu tivesses a oportunidade de escolher antecipadamente a pessoa amada, ou seja, se quero desta ou daquela forma;
O amor nasce e, sem que tu percebas, ele já tomou conta de ti.
Do teu corpo, das tuas ações.
E quando tu amas intensamente nada é obstáculo para o teu corpo, porque o comando vem dele e só dele: do coração.
Quem te dirá quanto a isto será o teu coração e tu serás refém da escolha dele, repito.
O coração de cada um, onde só ele tem o condão de definir;
E não te dará a menor satisfação das razões pelas quais levará o teu corpo a este elevado estado de espírito.
Então como eu pensava, sempre como um fogo de palha!
Você veio, embaralhou minhas cartas, minha vida. Como um furacão que passa e deixa marcas, DEIXOU. Agora não consigo me recompor, é cedo pra lembrar o caminho. Foi tão bom lembrar você, viver o sentimento que existia, imaginar coisas que poderia ser … Ah, eu queria mesmo que por poucos momentos ter a vida que imagino ao seu lado.
Os dias passam, daqui há uns meses, anos… Você vem, transforma minha rotina, muda meus pensamentos, meu foco, interfere nos meus sentimentos, revive o que você é pra mim, me vira do avesso e me mostra que o meu lado é esse e tudo o que faço é pra garantir minha sobrevivência.
Até lá, tento fingir a minha existência. Porque só me sinto viva com suas palavras, seus gestos, seus toques, sua presença.
Até.
Todos recebiam cartas
e discos pedidos
ao domingo
no Rádio Clube de Huambo
a mais de mil e duzentos quilómetros…
era a emissora que mais se ouvia
Só ele,
porque exatamente ele era só
e de longe
(talvez de lugar nenhum),
o furriel Abreu Gomes
nem uma letra vertida em magra folha de papel
Vingava-se da solidão no cigarro
que um após outro fumava
Enrolava-os com perícia tal
no fino papel de mortalha,
dois a dois de cada vez,
como se ali depositasse os fios da vida
que queimava,
como se estivesse a fechar para sempre
as abas do seu caixão
Aquele livro de mortalhas
e a cinza do cigarro queimado
que lhe morria pendurado na boca,
tinha a brevidade da vida
que ali se vivia a cada hora que passava
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Desespero
Imortalidade viceral
Desejo de vinho e cartas embaralhadas
Foi quando as vozes me disseram
O que o destino me reservou que acreditei
As janelas estão fechadas
Sem caminho e bagagem
Estou atada aos teus pés
O lençól vem em minha direção
Um fantasma sem predileto
Um canto obscuro na sala pequena e mórbida
Não tenho roupas para sair
Desse labirinto
Minhas unhas se partiram nas paredes
Não vejo escadas
Nenhuma porta para abrir
Parem com seus cantos
Vocês me ferem
Estou em prantos
Meu telhado cai ferozmente ao chão
Há poeira por todo lado
Escritos de ancestrais
Imagine como pereço
Nesse escuro longitudinal
Cortes e gritos inflamados
Montes em forma de morcegos
Asas abertas para estrilhaçar meu rosto
Pedaços meus em todo caminho
Eu não conseguirei me reatar
Tragam um pó
Onde eu seja só mais pó
E esvoace no céu
Pintando as estrelas e ofuscando seu brilho
Partam e me dêem paz!
Caruaru, 22 de maio de 2008
Ellen Miranda
Esqueça
Esqueça as cartas que te mandei,
Eu sei apenas agora que me enganei.
Esqueça as fotos que tiramos,
Talvez, nunca nos amamos.
Esqueça os discos que ouvimos,
Como esqueceu os versos que dividimos.
Esqueça meus perfumes de outras,
Sua preocupação não é mais nas minhas roupas.
Esqueça os lençóis com cheiro de nosso amor,
Eles agora possuem outro odor.
Esqueça minhas partidas de futebol,
Também das rosas, e do girassol.
Esqueça minhas notas musicais,
Nos seus ouvidos não vão entrar mais.
Esqueça-me, enquanto eu tento.
Cartas de amor
Queria escrever uma carta de amor, mas não achei palavras para expressá-la, o que sinto não se expressa em um simples pedaço de papel. O seu cheiro que sinto andando pela rua, o seu olhar que procuro a cada pessoa que passa, o sorriso aberto e que expressa tanta alegria e eu vejo nas suas fotos.
O que quero dizer não cabe em uma carta de amor, minhas palavras ocupariam páginas e mais páginas de um livro sem sentido, encheria uma prateleira de uma livraria e nela ficaria somente o pó.
Pessoas cairiam em lágrimas se eu soubesse expressar cada reação do meu corpo quando te vejo na rua, quando seu olhar cruza com o meu e você me abraça, um abraço que dura a eternidade. Enquanto você fala, os seus lábios me hipnotizam e eu caio em transe profundo. Quem dera se parte de você fosse minha, se ao menos o seu carinho pudesse me acalentar. Os meus sentimentos não cabem em cartas de amor!
Sei que deveria escrever cartas para você com milhões de palavras de amor, mas não consigo, quando me encontro com uma folha de papel e um pequeno lápis não consigo nada mais nada menos do que ficar pensando em você, mas porque não consigo escrever para você?
Entrei na conclusão que as vezes o amor não pode ser expresso por palavras, por presentes, mas pode ser expressado por pequenos gestos, por pequenos carinhos e modo de agir ao estar a seu lado.
Me perdoe se não consigo apenas escrever uma carta de amor, mas não quero escrever apenas uma carta de amor. Quero mais do que lhe escrever amores, quero te dar amores e te fazer muito feliz.
Fico por aqui meu amor. Nunca se esqueça eu te amo.
Eu descobri um baú de infinidades
cheio de cartas, amores, desamores, esperanças, dúvidas... e outros mil sonhos e
desencantos...
Todos os dias abro-o por curiosidade
exceto os dias em que mereço descanso.
Às vezes, quando penso que já não há mais nada
abro novamente e me deparo com criaturas vivas, cheias de palavras, laços, embaraços
inconscientes, espelhos e almas tocantes...
O baú da minha alma
Fonte inesgotável...
Mas o que eu não havia percebido é que,
sem querer, todos os dias, coloco coisas novas nele...
Renovo-o!
Agora entendi, o porque da sua infinidade... repleto de pensamentos e sentimentos...
Uma verdadeira contemplação!
As cartas que você me escreveu
Ontem eu reli as suas cartas
Enquanto as lembranças salgadas
Faziam borrões nos seus escritos
À medida que o tempo corria
A gramática realçava a ironia
De um ponto após o “infinito”
Nem as bordas do papel coloridas
Retomavam as cenas descritas
Por aquele texto estático
E as marcas das nossas escolhas
São as dobras daquela folha
Em um silêncio diplomático
Ontem eu guardei as suas cartas
Enquanto as lembranças fartas
Justificavam o meu ato
Abri a gaveta do criado mudo
E coloquei junto com tudo
Sua foto três por quatro
Não menosprezo a literatura,
Um ideal ou uma musa,
Camões ou Machado
Mas à medida que o tempo caminha
A vida realça a ironia
De um sentimento ser grafado
Espero por você que não vem,
Por cartas que não chegam...
Pelo tempo que custa a passar.
Não é que eu não olhe mais para o céu.
Essa pergunta já me foi feita.
E realmente, eu não posso contar.
Este é o incrível segredo das coisas.
Guardados nessas pequenas mazelas
Que temos de superar.
É por isso que não estou contando e
Nem olhando como via antes.
PASSADO
Ontem estive relendo, as cartas que um dia escrevi na intenção de entregar-lhe, quando o amor estivesse aflorado, para que nunca esquecêssemos os detalhes de tamanha paixão. Mas, infelizmente estas estão guardadas, já que aflorada esta minha dor, do que um dia foi intenção e hoje é decepção. Mas daqui algum tempo quando reler os momentos, detalhes que escrevi, poderei perceber o quanto a dor é passageira, assim como o amor, que passa mas não acaba, e de imediato sentirei graça de tantas besteiras que um dia fiz, que chorei alguns dias, por que me fizestes infeliz, mas, no entanto no momento, não haverá sofrimento, pois este passará, e quem sabe até lá outro amor eu, ei de encontrar!
Carta para você II, 10 de maio de 2010.
Não responda as minhas cartas, só preciso ter alguém para quem possa escreve-las
Hoje em Vitória, Espirito Santo, após um dia árduo de trabalho, já no final da tarde, olhei pela Janela do hotel e avistei uma árvore cujas folhas estavam se dessecando e caindo sobre a grama fria, era o vento que batia e eu sentia que o outono partia, dando lugar ao inverno.
Meus invernos tem sido tão solitários, o mesmo vento frio da estação que derruba as folhas sobre a grama, parecem querer congelar minha alma desnuda e desnutrida pela decepção de um sentimento não correspondido.
Pelo menos as folhas, aquelas folhas, não sobreviverão a este inverno, contudo, os meus olhos fixos e tão secos quanto aquelas folhas sobreviverião a este momento e talvez jamais reproduzirão a condesação do vazio que eu sinto neste instante
Olhar por esta anela, avistar este fim de tarde frio e vazio e perceber que tudo ali ainda existe, menos você, tem me deixado triste.
"Cartas para..."
Passamos nossa vida tentando alcançar as estrelas e esquecemos que as estrelas mais bonitas estão ao nosso redor, esqueça por um momento o sol que está acima de você e olhe para quem você ama e verá um brilho ainda maior... O clichê de "A vida é curta" faz tanto sentido quando estamos tristes ou apreensivos, e eu não quero dizer que sinto saudades e não ver a pessoa que amo, não quero dizer que gosto e não gostar; Queremos que os outros nos amem mas nós mesmos não sabemos nos amar, fugimos na intenção de que o outro (a) nos procure... Eu gostaria de te dar a lua ou um buquê de estrelas mas se quiser podemos viajar pelos espaços entre presente e futuro enquanto eu te dou asas para voar em direção aos seus sonhos, sei que é difícil sorrir num mundo tão cinza e pessoas tão frias mas não se preocupe...
Minhas poesias estarão sempre a seguindo onde quer que você vá!!!
CARTAS para Ela
Oh Garota?
Tenho um puxão de orelha à fazer
É! Tô falando sério Rum. Tá achando que às CARTAS são só declaraçõezinhas, palavras bonitinhas? Não, não.
Que atitude é essa de querer provocar ciúmes em mim, pra provar se há Amor ou simplesmente em ver minha reação? Me responde uma coisa, você ver alguma vantagem nisso? De irritar, até mesmo decepcionar a pessoa que você jura Amor verdadeiro, pois eu não vejo, pelo contrário acho uma baixa, um ponto negativo. Fato que o Ciúmes é a prova mais nítida. mas não se é feito testes forçados pra provar o Amor de ninguém.
Se é provado por livre e espontânea vontade de cada um e tem outras formas de se convencer. Estão aí os pequenos gestos, conversas diárias, em cada sorriso fácil ao falar com você, em cada pedido de - manda áudio, quero ouvir tua voz. No propósito de querermos apenas ser feliz, eu amo tua companhia... Veja bem meu bem, eu poderia ter ido, todas às vez que isso se repetiu, mas eu fiquei. Isso não garante que eu fique da próxima quando novamente se repetir. Não precisa se esforçar muito, eu só quero a paz em um abraço e gostaria que esse abraço fosse o seu, então faz esse pouquinho Por Favor.
CARTAS para Ela
É Gratificante saber que tem alguém batendo o coraçãozinho por você, mais gratificante ainda é saber que o mesmo acontece com o seu, e a certeza que tudo entre vocês é recíproco, quando a gente ama alguém cria-se um mundo paralelo onde se abita dois seres. Nós dois. O Amor, os assuntos, os sonhos, expectativas, cobranças, discussões, tudo se cria ali. A quem se atreva entrar, mas quando se é sólido, não tem como romper.
Quando a gente Ama verdadeiramente é assim, respiramos aquela pessoa amada quase que o tempo todo, e comigo não haveria de ser diferente.
Te confesso. Tem um pouco de você em tudo!
Tem em minha felicidade que em grande parte dela, é por sua causa.
Tem naquele evento no mês de junho, pois foi nele a primeira vez que eu te vi.
Tem você na letra de minha música favorita sertaneja, É linda e romântica como você.
Tem nas madrugadas, são nelas que a gente conversa, que a gente se recarrega de amor.
Tem no meio, nos fins de semana, até na segunda feira, pois não temos um dia que não nos falamos.
Tem teu olhar diferente, teu sorriso fácil ao falar comigo, tua voz cantando, tudo cravado em meus pensamentos.
Tem em cada 'CARTAS para Ela' que faço, pois minha inspiração e o destinatário é você.
Tem até no passado. Daí me pergunta: mas eu não estive nele. Sim, não tinha você, mas foi você quem me fez esquecer.
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