Poesia sobre Cidade
MANIFESTO BORBOLETA
Hoje pela manhã
primeira vez do meu olhar
Com um lindo panapaná
Lisonjeada e sem acreditar
Não há quem vendo aquilo
Não pare um instante
Pra com calma observar
Aquela cidade pequena
Ruas vazias e amenas,
tomadas por essa cena
cercada pela enchente
Em nove de fevereiro
Num ano décimo sexto
A planta sobre pedra
Já estava decorada
Das pétalas alaranjadas,
Por todos os lados,
E todas as ruas
Tenho algo á Declarar...
-De todos os coletivos
Ah, eu prefiro,
Um lindo panapaná
Bem cedo, pro dia bem
Eu começar
Aquelas borboletinhas
Levaram meus pensamentos
Em suas asas á voar
Ligeiras e sem rumo,
Lá se ia a greve
De um lado á outro á migrar
Monarcas Que instigam,
os olhos de quem na vida
já pôde contemplar
Depois de tudo isso
Afirmo que no mundo
Ainda há esperanças
Baseado na confiança
Da lagarta de charneira
Achando que sobreviva
Á sua Jornada
E vendo o fim
Sem ser rotulada
Tão triste o desfecho
Das tão cheias de coragem,
batem as asas de flor em flor
Vem borboletinha
Pousar na minha mão
Contagia todo sorriso
E alegra meu coração
SONETO À ARAGUARI
Os pés da infância de te é distância
O olhar ainda em ti é de lembrança
Que veem e choram na sua fiança
Dentro do peito com significância
És cidade mãe, de minas a aliança
Em ti sou vinda, a mim és rutilância
De alusão, quimeras e substância
Desenhando e roteirizado herança
Vida que morre, é tal, a vida que vive
Caminhando comigo, assim, mantive
A minha história, que eu nunca perdi
Menor dos meus desejos, de te tive
Boas memórias, em ti sempre estive
És flor na lapela: altaneira Araguari!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2016
Cerrado goiano
128 anos de Araguari (MG)
MINHA RUA (soneto)
Das tuas sombras dos oitis a saudade ficou
És a rua do príncipe dos poetas, laranjeiras
Coelho Neto, onde sonhei de mil maneiras
E alegre por ti minha felicidade caminhou
Das tuas pedras portuguesas, o belo, cabeiras
Ao chegar de minas só fascinação me criou
Se triste em ti andei também o jubilo aportou
Me viu ser, indo vindo emoções verdadeiras
Em tuas calçadas a minha poesia derramou
Criando quimeras, quimeras tais derradeiras
Da Ipiranga a Pinheiro Machado o tempo passou
Em ti a amizade os vizinhos em nada mudou
Carrego tua lembrança, lembranças inteiras
Rua da minha vida, estória comigo onde estou...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro, 16 de 2017
Cerrado goiano
ao dia 16 de fevereiro 1976,
quando chegamos ao Rio de Janeiro...
Cidade morena de pessoas serenas ,
serenas na vida jamais a partida.
Andando na afonso,de frente com a Ary...
Do radio ao campo, cidade se expande.
Leste,Oeste, Norte e Sul
a cidade de verde é esta !
Minha amanda do Mato Grosso do Sul.
Me chama pra um rolê nessa cidade
Tudo é uma questão de oportunidade
Me leva a sério, me leva pro céu
O sol já me esqueceu, já que o brilho dele perdeu pro teu
Minha Terra
Coimbra, minha terra natal.
Ainda és a capital,
Do amor e da paixão.
Por isso te canto, esta canção.
Mãe das Beiras és, por bem.
Por isso minha também.
Pois minha mãe, já me deixou
De todo, me abandonou.
Por isso, oh tu cidade, de Cid Sobral!
Toma conta de mim, aqui...
Neste hospital...
Sim tu minha terra!
Pois eis que estou em ti.
Cidade, que não tens guerra!
GUARANÉSIA - UMA CIDADE PROGRESSISTA
Todas as manhãs, o sol se descortina
Trazendo a luz divina e o amor que contamina.
Como formigas, Homens e mulheres, nas trilhas do sucesso,
Transitam lépidos na alavanca do progresso.
A cidade tem uma história rica,
Já tomou água de bica, hoje, dá asas a Cumbica.
A ela a natureza foi pródiga,
Não que existisse uma lógica!
Talvez uma explicação divina. Ontológica.
Tem os olhos fechados para a altivez.
Dá guarida com gentileza. Aqui o forasteiro tem vez.
Tem pureza no abraçar e receber,
Reconhece que todos têm seu papel por merecer.
Terra de homens arrojados,
Progressistas, competentes e abnegados.
Vislumbram um progresso crescente.
O futuro é o que se faz no presente.
Seu parque industrial é pujante,
A agropecuária sempre marcante.
O comércio tem crescido radiante,
O esporte e a cultura sempre marcantes.
O cinema fez história nacional,
O teatro segue firme como o tal.
Na música sua marca é magistral,
A sociedade sempre teve um alto astral.
As entidades sociais são invejadas.
Pela população sempre foram elogiadas.
Aqui a praga do desemprego não tem morada,
Quem aqui tem um lar, não troca ele por nada.
Élcio José Martins
Pelas ruas
fios emaranhados.
Obsoletos.
Metal esticado
carreando o nada
poluindo a visão.
A cidade é como a vida
precisa de faxina
para que haja
evolução...
Capital Paulista
Grandiosa é a capital paulista
Mais de 12 milhões de habitantes
Preenchem a gloriosa vista
Com seus sorrisos contagiantes
Cada bairro de SP te marca
Marca de uma forma diferente
Forma que, em uma aventura te embarca
Em SP não se fica carente!
Um exemplo é a 25 de março
Lotada de gente
Bem disputado é o espaço
Mas de variedade é surpreendente
Bonito é o Brás
Cheio de roupa bonita
A aventura lá é sagaz
E a ousadia é infinita
Incrível é a Liberdade
Como é lindo o respeito
O respeito à diversidade
Que mora no nosso peito
Massa também é o Tucuruvi
Eita bairro bom
Coisa boa lá eu vi, ouvi e também vivi!
Eita bairro bom
Aventura é na Lapa
Espero que tu leitor, veja!
Lá é pra quem dá a cara a tapa
Mas linda mesmo é a Igreja!
Nunca fui, mas eu sei
Que minha nação é Itaquera
Naquele bairro eu nunca andei
Só sei que é aonde o Timão mora
Tem a famosa AV. Paulista
Grande e movimentada
Atrai todos os turistas
Com sua beleza, demasiada
Como eu fui pra SP?
Eu fui por Guarulhos
Tudo de SP não deu pra falar, muito menos ver
Dessa cidade vejo bom povo, bons frutos
Futuramente com os meus amigos, irei dar um rolê
VITÓRIA-RÉGIA
As vitórias-régias e a praça arborizada
O cair-da-tarde no bairro de Casa Forte
Os jovens e adultos praticando esporte
São encantos de Recife, cidade amada
OUTRA RUA
Onde estou? Está rua me é lembrança
E das calçadas o olhar eu desconheço
Tudo outro modo em outra mudança
Senti-la, saudoso, no igualar esmoreço
Uma casa aqui houve, não me esqueço
Outra lá, acolá, recordação sem herança
Está tudo mudado do tempo de criança
Passa, é passado, estou velho, confesso
Estória de vizinhança aqui vi florescente
Pique, bola: - a meninada no entardecer
Hoje decadente, e conheço pouca gente
Engano? essa não era, pouco posso crer
Ela que estranho! Se é ela ainda presente
Nos rascunhos, e na poesia do meu viver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Agosto de 2020, 31 - Cerrado goiano
Desenho corações
Por onde passo
Risco nas paredes
Pela minha cidade
Neles eu coloco
Cada uma das emoções
A flor da pele
Eu sinto o pulsar
O vibrar destas sensações
Meus desenhos
São minha forma de expressão
Para difundir o amor
A eterna paixão
Plena gratidão
Nova Fátima....
Oh....Nova Fátima....
Um dia estive ai,
Minha "Terra Natal",
Já se faz anos,
E pros desenganos da vida,
Nao te vi mais,
Embora de ti distante,
Sua avenida central,
A que te corta ao meio,
Igrejinha da praça,
Em tardes de domingo,
Sua famosa quermece,
Tempos que ficaram pra trás,
De lápis em punho,
Agora te rascunho,
Um soluço vem sem querer,
Grafite desliza,
Molhando minha visão,
Parecendo cair chuvas,
Em meu parabrisa,
Causando-me uma emoção,
Entre pastagens e cafezais,
Muitas fazendas e tais,
E seus verdejantes canaviais,
Parece que foi ontem,
Suas rodovias fazendo montes,
Suas visinhas cidades,
Embora da antiguidade,
Respeitado povo de ternura
Nesse meu poetizar,
Te levo agora nas alturas,
Hoje...!
Ja se faz muitos anos,
Suas pessoas ilustres,
Com sangue, suor e bravura.
Te abraço “Terra Natal”.
Minha juventude aí foi um colosso,
Quem sabe um dia talvez,
Posso te ver outra vez....
Autor:José Ricardo
A Travessia
A travessia é um campo verde em densa mata localizada em meio ao nada, na área rural, protegida pelo breu noturno da roça e recoberta pela bruma da madrugada.
É escura e incerta, feito o medo que nos cerca e que faz tremer as nossas pernas, em razão do frio que corta o corpo nos ventos perenes em rajada e na coragem que de súbito nos faz crer no reencanto de nossa alma, há muito desencantada.
A travessia se estende por todo o caminho ao longo do que se pode alcançar em visagem, lá do alto da encosta que margeia esse lugar o céu é enorme e as estrelas brilham na imensidão do firmamento em um tom azulcintiloprateado capaz de encantar a qualquer um que se prestar a olhar.
Ao mirar o horizonte que se agiganta à nossa frente adquirindo dimensão de infinito, veem-se claramente as constelações estelares em formações que se conta aos milhares ou aos milhões.
Os pontinhos reluzentes, encantadores e extremamente viciantes são minúsculos ao serem observados daqui e ao reluzirem encantam e fazem aflorar os meus mais profundos, sinceros e bonitos sentimentos.
Nesse sítio onde as estrelas abundam no céu, também faz morada a lua, tímida e reservada, a lua dourada que pinta os nossos sonhos de emoção, clareia o mato alto e a copa das árvores em espetáculo digno de aplausos.
Na travessia pelo ponto mais alto da encosta, a experiência de quase todos os dias é um sincero e caloroso abraço da vida, um afago da lua mais bonita que eu já vi e um sentimento que eu nem ouso tentar explicar com palavras. É preciso sentir com o corpo inteiro a poesia que é estar lá enquanto a natureza dá o seu show.
Praia Grande
Cidade tão bela
Vive de portas abertas
Para os olhos dos turistas enaltecer
Sua beleza é divina
Muito mais que rotina
Enxe os olhos, é de enlouquecer
Apostou no trabalho
Aboliu o vigário
Seu destino é crescer
Sua vista esmera
Como poucos esperam
Ainda há de crescer.
Minha cidade- um poema,
Que se escorre na barranca..
Desenhando o doce tema:
-Corumbá -Cidade Branca!
Benedito C G Lima
"Isso é UAI
Uai, sô
Uai, sim senhor
Uai, amor
Uai maior
Uai, credo...
Uai cedo é bom dia, como vai?
Uai nasce
Uai cresce
Uai desce montanha a pé ou de avião...
Uai é um trem louco
Uai é tudo
Uai é muito
Uai é pouco
Uai é todo mundo...
Uai é saudade
Uai é uma cidade, é um Belzonte..
Diamantina
Ouro Preto
Machado
Poços de Caldas
Capelinha
Uai até o ET fala em Varginha...
Uai de São Tomé
Uai das letras.
Uai é Prados
Uai é Mariana
Boa Esperança, Uai...
Uai de Três Pontas
Uai de Carrancas
Uai, Pouso Alegre
Uai, São João Da Mata
Uai de Januária
Uai que não me sai do pensamento
Uai na ponta da língua
Uai no fundo do coração...
Uai é quase uma oração...
Um mantra
Uai, Amém!"
Existe máquina do tempo porque existe a música.
Impossível esquecer uma noite mágica. Uma estrada escura em que apenas a claridade da lua cheia iluminava o vale. Para atrás um pedacinho de cidade ficava e eu podia ver suas luzes se distanciando.
Um sonho de conhecer São Tomé das Letras realizado.
14 de dezembro - em homenagem a cidade de Caieiras/SP
Da terra roxa cortada por raízes,
De árvores gigantes,
De fábrica com chaminés fumegantes,
De famílias, sonhos, vozes.
O operário com trabalho abundante,
Fez da luta diária
O teu lar, a tua história,
Dali para o progresso constante.
A fazenda, o rio, o mineral,
A velha estação, o papel,
Os eternos fornos de cal.
Da companhia a emancipação
És o nosso orgulho, Caieiras.
Abençoado é esse teu chão.
- Eduardo Soares
