Poemas sobre abandono para expressar o vazio em versos
TRÁS-OS-MONTES
Entre o calor infernal
E a geada invernal
De abandono e saudade
Nos copos de vinho bebidos
Com a alheira na brasa
Doí a indiferença em desagrado
Neste caminhos feito pelas pedras
Que vou pisando neste reino maravilhoso
Devo eu viver a vida toda sentindo o vazio do abandono e todas as consequências psicológicas que ele, ainda na maternidade (senão antes, sentindo o desprezo desde a barriga da minha “mãe”) me causou, com quem causou vivendo a vida plenamente feliz por me manter o mais longe possível, me desprezando não apenas uma, mas duas vezes?
Devo eu alimentar esse rancor quando sei que ela pode ter tido os próprios motivos válidos para tal decisão?
Devo eu confiar que eles foram válidos mesmo?
Devo eu realmente me importar se foram válidos ou não?
Devo eu me importar com qualquer coisa que tenha ligação a essa pessoa, suas escolhas, seus sentimentos e tudo mais?
A única coisa que eu sei é que dói. E essa dor não é daquelas que a gente toma um remédio ou mesmo uma injeção e ela passa... essa dor é constante, é uma dor cravada na alma e que parece que nunca vai sumir. Eu não sei nem como seria viver sem essa dor, ela faz parte de mim. Ela está sempre ali me fazendo sentir um vazio imenso, gigantesco, insuportável, sempre que vê oportunidade.
Então me pergunto, devo eu me importar quando há essa dor infinita me lembrando constantemente e não me deixando nem escolha sobre sofrer ou não tudo o que o abandono me causou, sendo ela mesma uma das consequências, inclusive?
Eu gostaria com todas as minhas forças que a resposta fosse um simples “não, não deve se importar, apenas siga sua vida tranquilamente.”, mas sei que, por mais que eu não queira me importar, irei viver a vida toda sentindo essa dor e, portanto, me importando.
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Quando minh’alma
Em abandono
Me afastar do seu amor...
Quando o sopro
Do meu fôlego se perder
Sem encontrar o suspiro do teu beijo...
Quando o brilho
Da luz translucida
Ofuscar-se em meu olhar...
Eu saberei
Que já não estou mais aqui
Pra te amar...
Mas deixarei contigo
Meu coração e o amor
Que nunca pude lhe entregar...
Edney Valentim Araújo
1994...
Pessoas que temem à solidão e o abandono, mas que não mantém diálogo, nem presença na vida de outras, tornam-se hipócritas com sigo mesmas.
Hoje, o maior laço que se pode criar, é por meio da reciprocidade. Sem ela, não há bons relacionamentos, nem algo durador.
Fique com quem te quer por perto, e, afaste-se de pessoas que não gostam verdadeiramente de você. Pessoas assim, não acrescentam em nada, e não levarão você a canto algum. Não perca seu tempo!
" Precisamos assumir nossos vazios
nossas horas de abandono
nossos medos
e numa lucidez perfeita, evocar a verdade
assumi-la como deve ser
todos precisam aprender alguma coisa
sem isso a humanidade será cada vez mais perversa
egoísta
plena de desejos,
porém fútil em termos de sabedoria...
Folha seca
Sou folha seca, caída ao chão,
percebida mal finda o verão...
deixada ao mero abandono,
soprada pelo vento d'outono.
Fina, leve, partida em pedaços,
aos poucos tornando bagaços,
reduzida a bem menos sem dó,
demudando até virar-se em pó!
Folha seca não tem mais vida;
seu destino é ser dissolvida...
e dizem que o futuro é incerto!
Vou voando pelo céu aberto...
finda missão, então descansar,
outras nascerão em meu lugar!
Exaurido
Lábios sedentos, taças decadentes flutuam no mergulho raso do abandono,
um bolor da lembrança do trono.
Gotículas escorrem do corpo cansado
borbulham no coração enfastiado e nauseado.
Pobres lábios carentes de prazeres, desejos reprimidos, coibidos,
das taças, só veneno amargo, áspero, ácido
na escuridão do isolamento insípido.
Iluminada a translúcida água que restou a deriva
do desalento exaustas gotas rareiam.
A matéria inerte quase sem vida
verte o líquido do prazer enfraquecido, envelhecido, ferido, caído
finito...
(Bia Pardini)
" O abandono de um amor "
Me sinto destruído , sem rumo , sem saber como agir ou fazer ... Não é fácil como dizem " tudo passa " com o tempo , mais esse é o meu medo e acredito que de alguns tbm , pois um coração cheio de mágoas , medo , por uma pessoa que talvez não seja feliz contigo , ou que talvez não te ame , e as vezes você tem certeza que está certo sobre isso , mas não consegue agir , não consegue ficar longe dela (e) . Pois só de você está perto dela você ja acha que é o suficiente , mas no calar da noite é só mais uma rotina , sofrimentos , medo , dor , lágrima . Mas estou deixando rolar porque essas atitudes , falta de amor , carinho , atenção está me preparando para esse momento , do mesmo jeito que talvez ela não me ame e está pouco ligando para você , todas essas atitudes vão se agarrando em mágoas e decepção e está acabando todo esse amor que sinto por ela . Mas lute até o não aguentar mais , para que você não se arrependa e mesmo com tudo terminado você não sofra , você lutou pela aquela pessoa mas ela não fez o mesmo por ti .
Calvário da vida moderna
"No calvário da vida moderna é assim:
O abandono, cega;
O esquecimento, é horrível;
A solidão, machuca;
E a Saudade, dói...
Não há remédios para tais feridas."
nós
ser da vida
ser do convívio
ser da poesia
ser da consciência
ser do não abandono
ser da não agressão
ser firme com ternura
ser terno
ser eterno
ser amor
ser com DIO
Não quero ser teu abandono,
Nem as folhas que caem no outono;
Mas quero ser teu sustento,
Este é meu juramento.
Síndrome do Abandono
Praticamente arrebatamento em terra,
E assim ontem faltou luz no mundo,
Pois por quase em um grande absurdo,
Não encontrei você a minha espera.
Ansiedade.
Ela vem toda noite e me tira o sono.
Me faz chorar, me sinto em um abandono.
Sentimentos vão e vem
O que não me faz sentir bem
Eu te pedi carinho, você me deu abandono
Eu te pedi empatia, você me deu estranhamento
Eu te pedi reciprocidade, você me deu indiferença
Eu te pedi dedicação, você me deu displicência
Eu te pedi verdade, você me deu mentiras
Eu te pedi amizade, você me deu hostilidade
Eu te pedi lealdade, você me deu traição
Eu te pedi amor, você me deu desprezo
Você pediu minha mão.....
Eu te dei meu coração
"De repente, tudo se acalma
Entregue a doce abandono
As cigarras cessam seu canto
E as folhas bailam na rua
- alegria livre e nua -
À luz dourada do Outono."
Um sorriso, um dia encantou meu coração
Tornou-se a fonte de minha inspiração
Noutro dia o abandonou
Levando o alento do meu coração
Deixando a dor de uma ida paixão
Outro sorriso apareceu
O coração em oração agradeceu
Noutro dia desapareceu
A alegre alegria esvaneceu
O Jubiloso coração entristeceu
Mas com o sopro da esperança sobreviveu