O Poeta e o Passarinho
O Poeta Voador
Dizem que a dor e o amor fazem o poeta.
Dois lados de uma mesma moeda,
que ora dá cara ora da coroa.
Fica a bipolaridade ora feliz ora triste... consistentemente insatisfeito.
Mas de quem é o problema? Do que ama ou do amado?
No fundo do que sofre, porque sonha voar mais alto com asas frágeis e cansadas.
Enquanto planeia no alto reza que a esperança não esmoreça,
que a nuvem sustente o palácio onde reside o seu espírito lutador...
Como escrever sem deixar que possa perceber que o coração grita por você?
O que o poeta vai fazer se um aperto terrível sufoca seu ser, se só seu nome a caneta quer escrever?
É fácil se perder quando você já não é mais você.
É difícil não enlouquecer quando as lembranças só fazem doer
Não sei mais pra onde correr se todo o meu mundo se tornou você
Não sei o que vai acontecer, mas confesso que quero saber
Por enquanto só essa vontade louca de te ver
Nem queria nada dizer, apenas te abraçar e renovar minha vontade de viver
09/08/20
Dor existencial – 2
Aspirante a poeta, em versar sobre o ser
Oque sou, o que serei, para onde vou
Em ebulição com o devo e não devo fazer
Minhas origens, o passado, presente e futuro
Me encontro no meio da linha do tempo
Olho e vejo dois eus, o fui e o que sou
Mas entrementes um eu terceiro surgindo
O que serei, escolhas que afetarão a terceiros
Penso em minha nobre estirpe
Sigo seus passos, ou faço os meus
Começo a crepitar, pássaros em tumulto
Me atormentam e me questionam
Nessa bifurcação paralisei
Efêmeros eus, efêmero ser
Em consternação gritei
Serei eu a dona do meu viver!
Bloqueio criativo.
E enfim chegou o dia mais temido,
Como irei escrever novamente?
O poeta amargurado não pode amar.
Eis o lápis
Eis o papel
Eis o amor
Eo gosto do féu,
Eis um poeta
Murmurando
Entre o inferno e o céu
A tinta escupe
Seus devaneios
No último suspiro
Resmungando
seus anseios
E sua dor predileta
Seria um ultimo poema
Com a morte como companheira
Poeta e Poesia III
Ao escrever uma poesia o poeta não abre apenas as portas e janelas da imaginação para um mundo imaginário e cheio de encanto. Ele entrega-se de corpo e alma aos seus mais intensos devaneios poéticos, ressuscitando o desejo natural que constitui o império afetivo e emocional do ser humano. O espaço de sensações representadas pelo seu universo lírico interno.
A poesia é uma forma de trazer à tona emoções, sentimentos, sensações, medos, glórias, horrores, vivências do cotidiano do poeta ou simplesmente narrar um fato ou uma situação simbólica.
De qualquer forma, identidades fictícias ou não são modeladas e relatadas com base nas mais variadas nuances metafóricas do poeta.
Existe um simbolismo muito particular, diria até íntimo entre os signos que dão forma à poesia e o poeta. Simbolismo este, oriundo do fantástico entrosamento de ambos.
Os cenários criados pelo poeta quase sempre são registros simbólicos de ideologias arquetípicas emergidas do seu próprio cósmico social com uma pincelada generosa de rebeldia. Poesia é libertária, é a arte dos revoltados, dos outsiders por excelência.
Não é que todo poeta seja já um filósofo, mas voluntária ou involuntáriamente, ele 'filosofa'.
joanarodrigues.com.br
"SOU POETA DA PRAÇA"
Estendo o Varal
E a Poesia vai secando
Feito roupa
E quem passa
pode me ler
E se quiser decifrar
Os mistérios da Poesia.
Enquanto é isso
A Banda passa
E o som invisível
Caramujo-floresce
Anunciando o entardecer!
O poeta não morre, deixa sua alma imortalizada nas sementeiras das belas palavras que planta, que irão germinar e brotar como as flores mais perfumadas nas almas que ele tocou.
META FINAL
Respeitado como homem
Admirado como poeta
Ídolatrado como pai
Honrado como esposo
Amado como ser humano.
Silêncio rima com pensamento
para a cabeça de poeta;
É introspecção para o filósofo;
Transcendência para o místico;
Tédio para o baladeiro;
Música para sonhador;
Paz para os animais;
Difere da pausa, para o músico.
Mas, respinga na dor da solidão.
Poesia é um estado da alma
Só os fortes podem ler
Quem deseja um pouco de calma
Poeta não deve ser.
Apenas escrevendo poemas o poeta
acalma sua alma, e vive uma terna e eterna poesia...
ESCREVENDO POEMAS
Marcial Salaverry
Escrevendo poemas,
o poeta liberta a alma,
esquece dilemas,
recupera a calma...
O poeta diz o que sente,
por vezes parece demente,
trabalha insanamente,
sem descanso para a mente...
Nos momentos de inspiração,
ou de simples piração,
seja qual for a situação,
o poeta solta o que tem no coração,
liberta sua emoção...
Não é nada programado,
num repente, está inspirado,
e escreve arrebatado,
sem ver o que tem a seu lado...
Pensa em tudo e em nada,
liberando sua alma apaixonada...
Assim, tanto escreve para a amada,
como para uma alma abandonada...
Não tem situação e nem hora,
quando a idéia aflora,
escreve sem demora,
senão a inspiração vai embora...
O poeta só quer que todos se amem,
de sua arte não reclamem...
Quer viver do amor... com amor...
Amando o amor com fervor,
fazendo poesias na vida a cada dia,
fazendo da vida uma eterna poesia...
Marcial Salaverry
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