Coleção pessoal de PAULOEMILIOAZEVEDO

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⁠A poesia é a lente de AUMENTO da VIDA

⁠Todo mundo é o mesmo que ninguém

⁠Numa relação (afetiva), aquela coisa melada se chama chatice. Já o romantismo, recorrentemente confundido com a melação (a “melatice”), é bom que se diga que ele se nutre da doação ao outro, precisando, pois, de reciprocidade dos atos. O romantismo não sobrevive só. Isso quem o faz é o platonismo.

⁠Eu, esse daltônico, inveterado, tenho todas as cores dentro de mim, apenas dei-lhe outros nomes

⁠Gentileza é como morar numa rua silenciosa. Nunca é um problema.

⁠A estatística é análise do presente a partir de um passado. Já a probabilidade, é a projeção de um futuro a partir da estatística.

⁠O amor é uma máquina de costura com necessidade de manutenção diária. Aliás, é um bordado bem dado. Uma mão que sabe fazer tricô. Verdadeiramente quantas pessoas tricotam com desenvoltura? Pois é, poucos sabem coser entre agulhas e linhas sem tanto se enrolar, sem tanto se ferir.

⁠Espontaneidade é uma impulsividade alegre; dosada. Impulsividade é uma espontaneidade eufórica; irresponsável.

⁠Um pensador precisa de duas grandes virtudes (certamente há outras): inquietude e quietude. Sem a primeira, não alcança um projeto criativo nem de fala. Sem a segunda, não apreende a gestão do silêncio nem uma escuta.

⁠Dentre tantas questões, o que mata os relacionamentos atuais é a ausência de "saudade". É bem mais difícil senti-la neste sistema de tecnologias, controles e redes.

⁠Sempre deu tempo de fazer tudo sem precisar fazer tudo ao mesmo tempo.

´⁠Tanto faz´ e ´sei lá´ são expressões sem personalidade.

Porque todo papa antes de ser papa quando ainda não tem cara de papa fica com cara de papa depois de ser papa?

⁠Gosto de arte, essencialmente, de arteiros. Já, o termo ´artista´, acho limitador e não me apetece.

Cada vez mais se confunde "silêncio" com "silenciamento". Um dia desses comentei entre amigos que o silêncio é a alvenaria da escuta ou o prelúdio da sabedoria e o silenciamento, a porta dos fundos para a chegada da barbárie. Um desses amigos me disse que eu deveria compartilhar a reflexão - é o que estou fazendo agora. Salva uma mudança no final do texto: acredito que seja a porta da frente para a chegada da barbárie e a dos fundos para a naturalização da mesma.

O ser humano não pode aceitar ser coadjuvante da sua própria vida.

Nada de latitude. Indiferença nem pensar; nada de longitude, dessa coisa bem longe do abraço. O amor precisa de atitude.

Dessa vida a gente leva justamente o que se deixa.

Depois do advento das redes sociais, acho que as relações afetivas mudaram bastante. É intensa e efêmera; num dia 'love, noutro 'block'. Conhece-se pelas redes - cai na rede de um, depois cai na rede de outro... A internet abriu pro beijo e fechou pro abraço.

Quanto ao uso da língua portuguesa no meio digital, os brasileiros podem ser classificados em dois tipos: os que escrevem errado e os que escrevem errado, mas põem a culpa no corretor ortográfico. Certo mesmo ninguém escreve.