Exílio

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Exílio

Dê-me sua mão adentre no meu mundo sem receio, olho em volta ao meu redor à falta da sua presença me causa desespero, desacertado em pensamentos conflituosos, imagem que surgem sem o meu querer, vive distante do meu mundo pensando em você. Supondo fantasias longínquas na qual nos amamos em meio ao paraíso e nada mais importa quando me deparo com sua face meiga, as explicações se tornam obsoletas tenho a impressão de que o seu olhar penetra o profundo da minha alma fico feliz por saber que só sinto isso com você, e ninguém mais tem esse poder sobre mim, luto categoricamente para não permanecer emudecido quando sinto sua doce presença. Por você, o mais terrível do abismo saltaria sem pestanejar se minha recompensa fosse encontrá-la lá.

Inserida por TiagoDutra

canção do exílio

o poeta sem sua plumagem
é um deus exilado do cosmo
strip-teaser metafísico
só lhe resta sambar no inferninho
do caos
sob os neons do nada
sempre nu diante do espelho
sem espelho diante de si

Geraldo Carneiro
Folias metafísicas, 1998
Inserida por pensador

"Amei a justiça e odiei a iniquidade, por isso morro no exílio."

Inserida por LEandRO_ALissON

CANTO (soneto)

Na janela pro cerrado, solitário
O apressurado vento na fresta
Amigo de exílio, o meu cenário
Sibila, e teu sibilo me molesta

E, lá no ipê, alto, canta o canário
Ouvindo o canto de sua seresta
A saudade crê, no extraordinário
A alegria, no som, a alma atesta

Mas, poucos ouvem o meu dia
Calado e frio, numa poesia fria
Ajuntando o meu aflitivo pranto

E neste choro, um choro estridente
Que me faz chorar tão incontinente
Muitos pensaram que é meu canto

Luciano Spagnol
2016, novembro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

desejo a morte dia pós dia
dentro do exílio de minha solidão...
que se ampara num mar de desespero,
clamo por um momento sombrio,
tais força do destino,
impuro ardi-o, nas sombras do tempo...
simples como a água que verte
entre as sombras da vida.

Inserida por celsonadilo

EXÍLIO

O canto da parede é sua casa
Os rascunhos ao chão, são sua família
A cama é uma vizinha chata
Que belo lugar seria.

Talvez fosse por um tempo
Ou nunca foi em tempo algum
Nada ali existiu, só o tempo
Que lhe recitava um poema por dia.

O silêncio é água e as palavras alimento
A boca se cala para poder ouvir a vida
Que passa suave, lentamente com o vento
Tentando alegrar-se com a cicatriz de uma velha ferida.

Inserida por GabrieldeSantana

Se não consegues viver em teu exílio opcional, jamais conseguirás ser feliz com alguém.

Inserida por gabrieldnogueira

EXÍLIO

Exilei-me
das turbulências
da incerteza
e do medo,
e agora,
em
nova
dimensão,
sou
construtor
do amanhã!

Inserida por RMCardoso

A inveja é o exílio incontornável que o destino impõe aos escravos da frustração!

Inserida por pastoreinaldoribeiro

CANÇÃO DO EXÍLIO (Adaptação)
Minha terra tem amigos
Amigos de montão,
Mas este mundo é para aqueles
Poetas em construção.

Seja rico
Ou seja, pobre!
Seja plebeu
Ou seja, nobre!
Não importa a sua condição
O importante é ser poeta,
E poeta em construção!

Direitos Autorais: Eliud Oliveira (Ely Poeta)

Inserida por ElyPoeta

Saudade do meu violão
Meu ganha pão
Meu exílio.

Inserida por Jaco22

Sinto sua falta
Meus momentos prediletos a teu lado
Constato em seu ser exílio
A minha falta também
Gratifico em meu intimo sua presença
Sinto-me abandonado mais amado
Desconfigurado mais mesmo assim idolatrado
Deus do meu próprio mundo
Rei da minha rotina
Fadário da sorte, ao me achar
Sua felicidade vida acabou de começar
Aproveita e se alarde de costume como a solidão
Engagé seu afeto a nossa provocação
E aguente a pancada da majoração
Enrolado nas suas ideias, confuso em sua matéria
Minha saudade vai embora ao seu encontro
Mais meus dias de conforto com a solidão vão embora.

Inserida por rmatos

Nascemos em uma cidade que se chama Liberdade, o exílio é uma opção?

Inserida por reisYur

⁠O real propósito dos homens, é alcançar e conduzir à redenção do exílio imposto ao primeiro casal, enquanto suporta as dificuldades debaixo do Sol.

Inserida por JuniorLacerda

⁠Quarentena
Um estado de exceção
Assombroso para muitos
Recomenda:
Exílio
Nobreza
Terapia
Empatia
Nitidez
Amor ao próximo

Em 26/07/2020 - COVID 19

Inserida por DelvaBrito

⁠Revelação Intima -

Ser Poeta é exilio
num pais de condenados
um tormento infinito
de olhos rejeitados.

Ser Poeta é ser em vão
num mundo que não é seu
mendigo sem ter pão
loucura a que cedeu.

Ser Poeta é amargura
estar só no meio das gentes
procurar numa ternura
entender o que se sente.

Ser Poeta é noite escura
com uma candeia mão
andar na vida à procura
de matar a solidão.

Inserida por Eliot

Exílio...

Fui exilada muito antes de nascer
no fundo, no fundo.... era pra eu não ser.

Exilada... do mundo separada,
numa estrada sem direção...
estranhamento total
vivo uma vida
completamente surreal....

Irreal?

Exílio... fora do trilho,
sem qualquer razão,
sem noção... sem emoção.

Minha vida: uma vida na contramão.

Inserida por RosangelaCalza

O exílio as vezes é o melhor analgésico para amenizar a dor.

Inserida por PedroDeodatto

A complexidade do amor o levava ao exílio do seu coração e a simplicidade da solidão confortava sua alma.

Inserida por Lukas55

⁠Habitar-se é um tipo de exílio sagrado!
Sinto como se não tivesse sido feito da mesma matéria dos outros.
Minha infância era um espelho embaçado,
onde ninguém parecia me reconhecer.
E compreensível ou não, as vezes ainda carrego a mesma sensação,
como se o mundo me oferecesse moldes
que nunca abrigaram a forma da minha alma.
Tudo em mim
sempre foi um pouco desalinhado,
como se eu dançasse um ritmo
que só meu peito escutava.
Descompassado ou não, era o espetáculo que eu entregava - sem holofotes,
Sem plateia, somente a alma.
Nunca vi como os outros viam.
O mundo me parecia um palco deslumbrante e distante
e eu, um espectador melancólico,
sentado à beira do próprio abismo,
tateando sentidos com olhos em carne viva.
Ainda assim,
sempre que alguém cruzava o meu destino,
eu me doava inteiro!
Sem reservas,
sem cálculos,
sem planos de fuga.
Investia o que em mim era força,
o que era luz,
e até o que eu sabia que me faria falta depois.
Porque amar, mesmo que em ruínas,
é para mim,
uma das formas mais sinceras de tocar a vida que se deseja.
Mesmo que por um instante,
eu me permitia vibrar naquela realidade sonhada!
Ali onde o toque era cura,
a presença era templo,
e o “agora” … bastava!
Mas depois do “até logo”,
a maré me levava de volta à margem de mim.
Fechava os olhos ao mundo
e encarava, no escuro,
as rachaduras que ninguém via.
Tentava, com as mãos nuas,
tapar os vazamentos da alma,
ainda que tudo escorresse pelas frestas do silêncio.
Às vezes parecia inútil.
Às vezes era mesmo.
Mas nunca deixei de tentar.
Nunca deixei de viver com tudo que carrego.
Porque, mesmo nos dias em que a existência dói,
ainda creio que viemos experienciar a vida!
E por inteiro!
Não só o riso,
mas também o pranto,
o vazio,
as perguntas que giram sem respostas, nem repouso.
Creio que todos os dias são bonitos.
Mesmo os que machucam,
os que confundem,
os que silenciam demais.
Bonitos porque existem,
porque me atravessam a alma,
e sobretudo, me ensinam!
Alguns chegam com flores,
outros com pedras,
mas todos me convidam a sentir.
E em todos,
me mantenho aceso.
Contudo, alguns são apenas sobrevivência,
tormenta mental sem fim triunfante,
um salto visceral para os corredores mórbidos das camadas que me compõem.
E então compreendo, em silêncio:
as partes que em mim se partiram
não pedem camuflagem,
pedem reconhecimento.
Como ensina o Kintsugi,
não é preciso ocultar a rachadura -
é nela que o ouro se deposita.
É o que rompeu que revela,
é o que feriu que desenha
a cartografia exata do que sou.
E talvez, a beleza mais honesta
não esteja na perfeição preservada,
mas na imperfeição assumida
e transformada.
Porque habitar-se é um exílio, sim,
mas é também a única forma
de não se perder
no mundo dos que jamais se permitiram sentir demais.
Nem sempre por vontade,
às vezes só por não caber em lugar nenhum.
E quando não se cabe,
volta-se.
Para dentro, para perto,
para algo que ao menos ecoe,
para onde a existência faça algum sentido - mesmo que breve.
É ali, nas entrelinhas do sentir e do viver,
no ateliê invisível do tempo,
que acolho meus cacos com reverência
e os ressignifico em arte —
não para esconder a dor,
mas para deixá-la visível,
abrilhatada com ouro,
com presença e vida.
- Por Daniel Avancini Araújo

Inserida por DanielAvancini