Versos pequenos
UNIVERSO
(Bartolomeu Assis Souza)
Com um verso
Faço todos os versos
Com um verso
Crio todas as coisas:
UNI/VERSO= UNIVERSO
Um único verso que é tudo.
(METAMORFOSE: ISBN: 978-85-7893-519-1
As estranhas rimas de versos,
em minha mente vem e vão.
Fazendo questionar se em tua estranha saudade,
não me vou em vão.
Reconheço
Quando te vi em forma
De versos, não hesitei.
Em tuas páginas, me aprofundei.
Agora, te reconheço
De dentro pra fora
E do fim ao começo.
"Versos... inversos,
Escritos... falados,
Atravesso, peço,
Peço calma... alma,
Apareço... esqueço,
Escondo... compondo,
Mostro... amostra
Raschunho... de um punho,
Valor... sem dor,
Palavras... achadas,
Escondidas... econtradas,
Em lugares fundos... imersos,
Emfim... são versos."
Versos de dor
Os versos apaixonados
Tão vidrados e esquecidos
Amaçados e rasgados
Me jogaram no lixo
Lidos por ninguém
Desprezado com carinho
Embaixo assinado
Querida, minha dor
Logo digo, já na basta
Chega desse horror
Por que desprezam tanto?
Os versos do amor
INTENTO
poeta
caneta
no caderno
linha
na agulha
a poesia
acon
tece
versos
sobre
o que
poderia
ter sido
MAQUIAGEM (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)
O poeta enfeita versos
Ideias são maquiadas
Lambendo palavras dos confins do nada
A meus ouvidos
Andando pelas letras
Conhecendo as águas
Quem já lambeu desertos
Ou páginas em branco
Caneta que reduz
Tudo a rabisco
Ela compunha versos...
Versos tão lindos de amor...
Os versos eram dela, feitos pra ela.
Ela se sentia imortal nas palavras
Brincava com elas como se estivessem
Soltas ao vento a encaixar-se tão
Perfeitamente em poesia...
Ela contava os sonhos.
Eles dançavam em suas mãos
E no seu coração a certeza
Que estaria ao lado dela
Sempre com ela
Na imortalidade do amor.
O moça da pele morena tu ES o meu tema dos meus versos lindos poemas de amor
Tu ES o remédio que cura que as vezes tortura o meu coração.
Aos acordes que formei
Os lindos versos que ati morena dediquei,
Aos desencantos que enfim ganhei
Por te amar de mais meu bem...
Caneta
Deixas no papel estampas do meu pensamento,
Acaba-se dignamente em matemática e versos.
Tens alma viva em sentenças proferidas e registradas.
Na força extrema ainda dá fé,
E ao morrer num poema,
A tinta trêmula busca a reticência...
Esforço final pra dizer que
O show sempre vai ter sequência.
Entre sois sós, nós.
Entre vos há nós.
Entre vozes há versos.
Entre sós há sois.
Entre olhos, universos.
Entre em ti, e veja que.
Entre o agora e o após.
Sós, dirão à nós.
Somos mais que sois.
Entre luz há vista.
Entre vãos há vento.
Entre ventos, vozes.
Que falam de nós.
Sempre componho meus versos
Na esperança de que as palavras curem e
sarem as feridas da minha alma .
Eu ainda insisto em acreditar
que quando temos fé e absorvemos o
que nos eleve
Todo o mal que nos pese
É desfeito com calma e
a tão sonhada paz em nós
volte a reinar.