Coleção pessoal de Jean_Quintino

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TEM GENTE COM FOME

Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Piiiiii

Estação de Caxias
de novo a dizer
de novo a correr
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Vigário Geral
Lucas
Cordovil
Brás de Pina
Penha Circular
Estação da Penha
Olaria
Ramos
Bom Sucesso
Carlos Chagas
Triagem, Mauá
trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Tantas caras tristes
querendo chegar
em algum destino
em algum lugar

Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Só nas estações
quando vai parando
lentamente começa a dizer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer

Mas o freio de ar
todo autoritário
manda o trem calar
Psiuuuuuuuuuuu

Eu ia fazer um poema para você
mas me falaram das crueldades
nas colônias inglesas
e o poema não saiu

ia falar do seu corpo
de suas mãos
amada
quando soube que a polícia espancou um companheiro
e o poema não saiu

ia falar em canções
no belo da natureza
nos jardins
nas flores
quando falaram-me em guerra
e o poema não saiu

perdão amada
por não ter construído o seu poema
amanhã esse poema sairá
esperemos.

Soprarei palavras aos ventos
Para quem sabe tu possas escutar
Direi verdades que sinto
Tormentos que estão a angustiar

Direi aos ventos que lhe amo
E que não sei viver sem ti
Que de saudades por inteiro derramo
Direi dos seus beijos que outrora senti

Direi para que o entre sem avisar
E que ele com carinho seque seus prantos
Escutará o vendaval cantarolar
Será eu, que de longe lhe canto

E ainda, direi para que ele lhe declame
Um poema que pra ti escrevi
É que de amor o meu peito consome
Esquecerei até que de saudades sofri

Farei os ventos prometerem
Que entregaram o meu beijo no seu
Farei eles lhe lembrarem como somos lindos
E que apesar da distância sou teu

Por isso soprarei aos ventos
Um dia minhas palavras hão de chegar
Pode passar ano, décadas, tempos
Continuarei palavras a lhe soprar

Corro
Acordo
Morro
Acode
Vivo
Forte
Detesto
Fracote
Socorro
Morte
Figura
Silêncio
Meu palco
Aqui dentro
Poeta
Confuso
Carinho
Maluco
Espelho
Cupim
Não entendo
Reflexo de mim

-AAAAAAAAAAAAAA

Grito!

Grito em silêncio

Nem eu me escuro.

Me ama?



Decifra meu silêncio.

Menina, menina
Amo-te com carinho
Por favor, quando crescer
Não esqueça de seu cunhadinho

Seu carinho me contagia
Me enche o peito de calor
Sua transparência me fascina
Seu jeitinho cheio de amor

Obrigado, por ser você
E por me acolher em seu coração
Obrigado, por me amar
Eu lhe amo como irmão

Que Deus e os Deuses
Lhe proteja hoje e sempre
Que sua fé seja inabalável
Que seu viver seja contente

Que você tenha saúde
Para alegrar onde chegar
Que você seja muito forte
E que não deixe de sonhar

Que você seja grata
Pois, gratidão é um virtude
Que você seja humilde
E brilhe, como um vagalume

Que seus dias sejam felizes
Senhorita, Karolina
Que seus sonhos se realizem
Como o sol nasce todo dia

Que seu sorriso ilumine a noite
E que ofusque os raios de sol
Que seja alicerce p'ra quem ama
Amo-te Karol

Com todo amor
Lhe escrevo esse poema
Com todo o meu carinho
Para minha linda, morena

Querida, se tu me amas.
Quero uma demonstração.
Pois, eu por ti morrerei
Entregando-te meu coração.

Este amor que começou
Nunca ei de acabar
Pois, juro que só a morte
Há de nos separar!

Querida, amo-te com ardor
E amo sem falsidades
Se for mentira algum dia
As de saber a verdade!
Ei de me casar contigo
Para dobrar a amizade.

Seu adivinhador, José Moura.

A poesia é a minha melhor versão.

Longe de ti
Eu sinto o amor
Quando lhe vejo
Lhe toco
Lhe sinto
Lhe abraço
Lhe beijo
Lhe cheiro
Me torno o amor

Diante de ti
Nunca tive o que é meu
Diante de ti eu sou nu
Transparente de sentimentos e verdades
Transparente de defeitos e erros
Sou transparente de amor

Quando eu lhe vejo
Eu sinto amor
Fico com medo
Morro de horror
Mas quando lhe abraço
É diferente...
Seu toque, seu jeito
É envolvente
Sinto calor
Quando lhe abraço
Esqueço a dor
É automático
Pois, quando lhe toco
Não sinto medo,
Horror e, nem pavor
Quando lhe sinto, bebê
Me torno amor

A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.

Poeta
Chora que o choro é um alívio
Pois, deveria se tornar vício
Ele alivia o coração

Eu
Eu quem?
Eu, você ué
Eu, você ué?
É, eu sou você
Você sou eu?
Sim, eu sou você
E quem somos nós?
Hã?
Se eu sou você e você sou eu
Quem sou eu?
Quem é a gente?
Isso, quem nós somos?
Somos nós
Somos nós?!...
Isso!
Agora entendi
Entendeu?
Entendi!
Então me explica, porque eu não.

O foda?

É que nem os poemas me querem

Coração de poeta

Olho, me vejo
Eu não lhe sinto
Olho, te vejo
Estou sozinho
Eu grito
Nem eu me ouso
Coração aperta
Eu sou tão tolo
Pois, coração de poeta
Não possui som
Não tem vida
Vive de ilusão
É tão ingênuo
Meu coração
É tão derradeiro
Essa paixão
Pois, coração de poeta
Não tem igual
O sentimento aumenta
É natural

Sem poema, hoje é só o vazio.

Oxum
Você és o encanto em minha vida
Oxum, minha mãe
Só tu sabes das angústias vividas
Eu lhe sinto
Toda vez que me canso
Toda vez que tropeço
Toda vez que canto, Yabá
Toda às vezes que rezo
E você me escuta
Pois, sinto seu perfume
Doce como tu és
Sinto o seu toque
Seu abraço
Ouso até os seu idés
E quando repouso meu ori
Uma coisa grita em meu coração
"Não foi bom hoje
A vida é assim
Confia, filho em mim
E não desanima não".
Então eu levo fé
Levo, para todos os cantos
É que nasci do ventre de Oxum
E lá eu aprendi
O quanto amar é um encanto.

Oxum é Yabá
Morena faceira
Dona do amar
É rainha mandingueira