Textos sobre infância que encantam todas as idades
Me encontra por aí, me conta um sonho bom e chora um trauma de infância no meu ombro. Me faz a tua esquina preferida, o teu problema sem solução ou a tua rotina que não cansa. Me dá teu endereço e te muda pra cá. Me faz a tua viagem e vê se viaja em mim, mas sem passagem de volta. Esquece os teus olhos nos meus e me fala em silêncio as palavras de amor que nunca falou. Me entrega a tua parte brega e carrega contigo os meus textos secretos. Coloca na tua mochila aquele desenho sem graça que eu te fiz e anda por aí procurando por mim com uma marca só nossa numa folha de papel só tua. Fica aqui, não vai embora. Anda comigo por onde for. Porque eu nunca sei onde vou parar, mas quero sempre poder te encontrar aqui ou do outro lado do mundo. Me leva contigo e eu decoro até o teu destino
A simplicidade e o impulso da infância são seguidas pela força inquieta e indômita da juventude, e a sabedoria da idade madura. Primeiro nós cremos porque outros crêem; depois, para obter convicções pessoais, passamos por uma fase de duvidas; depois cremos ainda mais profundamente, mas de maneira um tanto diferente do que criamos no início.
Há pessoas que se guiam durante toda uma vida pelo padrão que lhes foi passado na infância e jamais se questionam se haveria uma forma melhor de viver suas experiências, como se fossem estanques e não tivessem relação entre si. Ao observador fica perceptível que nascem em determinado momento e deixam a vida como se o tempo não tivesse passado, tanto em autopercepção quanto nas mudanças que ocorreram em torno delas. Longevidade, portanto, nunca foi sinônimo de evolução.
Ela traz numa parte especial do seu coração, a leveza da infância, uma emoção doce e sincera que reluz dos seus olhos, risos bobos, que cativa ricamente as crianças a sua volta, compartilhando o seu amor a partir de um simples abraço caloroso, um lindo presente do Senhor, mulher venturosa, cujo valor é incalculável, provavelmente, será uma mãe maravilhosa e uma esposa admirável.
Desde a minha infância, que eu tenho o gosto peculiar de admirar os relâmpagos das noites de chuva, grandes flashes de luz na imensidão celeste, brilhando entre as nuvens, preso a uma satisfação momentânea, a qual fica ainda mais intensa quando os fortes trovões também se apresentam com a sua poderosa sonoridade e o que outrora era apenas um regalo divino aos meus olhos, hoje desperta por incrível que pareça algumas reflexões, emoções de tranquilidade, um pouco de estabilidade para minha mente agitada, às vezes, dispersa, nem sempre compreendida, trazendo ricas inspirações, as essencialidades que dão vida a certas palavras, poesia claramente expressiva, que possui sua alma poética, consistência significativa, que cativa e se liberta.
Fase intensa, infância demasiadamente preciosa, berço da ingenuidade, quando a felicidade se apresenta de forma grandiosa na riqueza da simplicidade, a maldade ainda não tem tanta força, brincadeiras marcantes, interações sinceras, calorosas, brilho diferente nos olhares, particularidade tão passageira, que logo vira história, emoções e vivências que se tornam saudade, um tempo inestimável que não volta, parte significante do passado, mas que pode estar presente, profusamente, viva, tanto na mente quanto no coração, revestida de amor, de muita imaginação, sendo como um distinto farol, uma cintilação de esperança, a criança interior, que adoça momentos, que faz perceber a essência de uma arte, sentir o deslumbramento pela vida, apesar das adversidades, regalo da bondade divina, tamanha singularidade.
Desde a infância, tenho uma imaginação constantemente ativa, um tipo de luz de esperança, que possibilita perceber a arte que se apresenta de várias formas por muitos lugares, diferentes cenários, cores, texturas, traços, esculturas, pinturas que estão fora dos quadros, que estão além dos muros, lindas paisagens sem molduras, uma interpretação para cada imaginário, intensificada quando somada a uma concepção poética, a uma visão artística ou pelo menos uma sensibilidade acima da média, responsável por um indispensável contentamento, dessarte, espero nunca perder esta capacidade que muitas vezes se perde com o passar do tempo.
No dia das crianças, uma auto-reflexão da minha infância: retardado mental, inofensivo, brincalhão, debochado; quando bem pequeno, montava no cabo de vassoura no quintal da casa do meu avô, e imaginava ser um cavalo. Assim, quando ia com ele no mercado, galopeava pelas ruas da Vital Brasil, parando em frente ao barzinho de esquina, na subida da rua Senador Vergueiro, quando iniciava um show fazendo meu cavalo relinchar, de modo que o cabo da vassoura, por várias vezes, atingia as pernas dos que estavam por perto, enquanto meu avô pedia desculpas rindo. Quando isso acontecia, meu avô, mais debochado do que eu, olhava para a pessoa e ainda fingia que estava dando uma chicotada no meu cavalo imaginário para o atingido ver, o que me deixava transtornado. Não se bate em animais. Meu cavalo fez época e o nome dele era Araraboia. Meu avô entrava na minha viagem. Quando eu pegava a vassoura, ele colava umas fitas de Senhor do Bonfim que tinha a rodo naquela época colorindo o cabo inteiro, No meu peito, colocava medalhas de santos e broches de clubes. Eram as medalhas das guerras que haviam me condecorado. A distância máxima que percorri com meu cavalo foi da Vital Brasil até a Moreira César, em Icaraí. Na volta, pegamos um táxi e perdeu a graça. Uma vez, meu avô foi jogar carta com os amigos no quintal. Estava assistindo televisão. Ele passou, apertou o botão da tv rindo, e perguntou onde estava Arariboia. Respondi que não queria mais montar naquele cavalo. Disse que havia crescido. Ostentei na cara do velho! Ele então me respondeu que já era velho, mas que mesmo assim o que mais lhe impressionava no meu cavalo, naquele momento, era o rosto. Segundo ele, a impressão que dava naquela manhã era que estava inchado. Disse que os poucos dentes estavam cariados e sujos, e que, certamente, só a piscina do quintal, naquele dia de sol, poderia esbranquiçar os dentes do bicho. De repente, começou a dizer que dos cantos da boca do meu cavalo escorria uma "baba bovina" que ele estava limpando com as patas manchando o sofá da sala. Disse que o animal estava no canto da sala ruminando lembranças de quando eu era pequeno. Disse ainda que o som que meu cavalo emitia naquele instante, como uma espécia de ronco, contínuo, monótono, eram como pedaços de músicas esquecidas, mas que muitas crianças queriam cantar. Na época, não entendi essa frase, mas lembro bem dela. Disse que já estava escutando esse ronco do cavalo que durava duas horas, dando a impressão de que ele estava morrendo. Perguntei como, sem perceber que estava entrando na onda dele, e ele respondeu que parecia um peixe no chão se debatendo e abrindo os brônquios: foi então que, meio descompassado com a interpretação realística do meu avô, avistei a piscina da sala, o tal Oásis que ele dizia ser capaz de ressuscitar o Arariboia. Quando saí da sala com a vassoura, a velharada amiga do meu avô gritava em coro: "pule com ele na água, pule com ele! E Tchibum, me joguei na piscina e depois avistei meu avô vindo atrás e jogando na água todos os broches e tudo mais. Fiquei ali enquanto eles jogavam carteado por mais de três horas. Rolou um churrascão. Isso tudo pra dizer (pra quem tem filho pequeno é mais fácil) que nossos cavalos vivem dentro de nós o tempo inteiro, mas asilados nos abrigos e cocheiras da idade, das dores, das dificuldades. A idade só nos faz tirar a "montaria" do cabo de vassoura. Acalma-nos, porém, o espírito... O amor, o tempo leva...
Sou um portador de inteligências múltiplas, desde minha infância, antigamente falavam em um Q.I. acima de 130 e um contumaz pensador enciclopedista em diversas áreas do conhecimento. Sendo assim, quando sou citado pela academia em diversos trabalhos e nos meios acadêmicos bem heterogênicos, não me assusto e nem me surpreendo. Só não entendo direito por que jamais, escrevi um livro.
Juarez, pronuncie como se começasse com “R”, ele sempre fez questão disso; amigo de infância que eu não via há tempos, apareceu repentinamente aqui em casa; Sempre foi um cara “cabeça”, um bom papo, só um pouco, “Maria- vai- com as outras” conversamos muito falamos do passado depois ele me segredou: Tadeu eu tô no pó”; fiquei pasmo, Juarez não era disso, era aquele tipo de cara: “mente sã corpo são...” “No pó Tadeu, tô no pó”, ratificou me entregando uma cédula de cem reais; “ sei que aqui consegue-se com facilidade; compra lá pra gente...” saí e voltei com um pacote, preparei algumas gramas pra ele, ele cheirou, aspirou ávido depois começou a pular, a falar a sorrir e gargalhar: cara eu tô legal! Eu tô legal Tadeu! Me levantou lá em cima: “você é o cara!” Prepara outra aí! Preparei ele aspirou, ficou mais entusiasmado ainda: “cara essa é da pura! Arde bem pouquinho nas narinas...” pulava e cantava: “everybody want you..” do fundo do baú... no final da tarde se despediu me agradecendo penhoradamente; devolvi seu dinheiro; ele reagiu surpreso:” faço questão de pagar Tadeu”. “Não precisa, é um presente pela nossa amizade”, respondi. Saiu cantando feliz: “Euclides, fala pra mãe...” não tive coragem de dizer que o que ele tinha consumido, era goma...
As quatro estações do ano correspondem, também, à existência do ser humano. A primavera, a infância; o verão, a juventude; outono a meia-idade; e o inverno, a velhice. Bacana é chegar ao inverno feliz por ter passado pelas outras três, e possuidor de um grande acervo de memórias, que deve ser compartilhado com a turma que está principalmente na primavera.
"a bondade da nossa infância é tão pura e limpa, que a gente nem percebe que está ali..porque não sabemos o que é..e ai as informações começam a chegar, e vai levando aos poucos a nossa serenidade e inocência, e assim a maldade entra na vida dos adultos e como consequência, as crianças são futuros adultos maldosos e infelizes."
Para crianças há um pavor em descobrir as limitações daqueles que você ama. A hora em que você descobre que sua mãe não pode protegê-lo, que seu tutor cometeu um erro, que o caminho errado precisa ser tomado porque os adultos não têm força para tomar o correto... cada um desses momentos é o roubo de sua infância.
Uma raiz da timidez é o medo de errar. Quando um erro da criança provoca reações negativas e intensas nos adultos, a criança pode se proteger sendo tímida e não se permitindo errar , isolando-se muitas vezes. A criança deve receber o apoio dos pais para encarar positivamente os erros e aprender com eles. Para vencer a timidez é preciso desenvolver a coragem de ser você mesmo."
Ainda tenho aqueles sonhos de criança, de um dia crescer e sair ajudando as pessoas, hoje em dia muito tem mudado na minha vida, não de forma financeira, mas ganhei novas visões de mundo do que venha a ser a sociedade, a política, a natureza... Estamos subordinados ao sistema que vivemos, meu ser sente saudade da infância!
Sobreviver a dureza da vida é não se abalar diante da certeza que mesmo você sabendo que é especial, ninguém se importa com seu valor. Que mesmo que voce seja inocente, sempre vão te considerar culpado, que voce resistiu a tentação e mesmo assim te acusam de pecador. Infelizmente meu irmão, esse mundo não é macio como a gente pensava na infância, é amplo demais para gente acreditar que ele é seguro como era nosso quintal.
Ao passar agora no caixa da padaria pra pagar o lanche, pra comer no trabalho, aproveitei e perguntei, por curiosidade, ao divisar na prateleira, quanto era um potinho do famoso chocolate, esse tal de Nutella, coisinha assim destamainho do tamanho de um frasco de sal de frutas Eno, outro riquinho, o meu é Sonrisal mesmo, ela disse, sete conto! Amanhã talvez eu leve um pra degustar com umas bolachas cream craker pra me amostrar, rs. E comentei com ela, enquanto providênciava o troco: "- Quando eu pequeno Nescau e Toddy era coisa de rico. Maçã e uva, outra coisa da elite a gente só comia quando tava doente no hospital. Nossos entes queridos, não sei se por remorço, pra enganar mesmo, pra ver se a gente, doentes queridos, ganhava um soprinho de vida, um estimulozinho, nos davam, como a dizer: - Olha se tu sobreviver, vai comer isso todo dia! Que nada, quando saía era só banana mesmo. Ate comi uma maçã depois numa rara oportunidade, uma raridade por essas bandas e se chamava mazanas e vinha embrulhada num cheguei, anil. Perguntei a minha mãe, depois que comi, se podia plantar, ela disse não, que era fruta de lugar frio, eu perguntei, seguindo esse raciocinio, se podia plantar na geladeira. RS. - (30.01.2020)
Uma criança confia em seus pais plenamente, até porque, isso é uma questão de sobrevivência e enxergar os pais como abusivos é uma grande ameaça a essa sobrevivência. Com o tempo a única alternativa dessa criança será formar um jeito de se defender das situações dolorosas e internalizará todo o sofrimento. Essa criança enxergará tudo em si mesmo distorcido para entender os maus tratos e assim achará que merece o sofrimento.
Na minha percepção, a timidez vem de como somos aceitos em nosso primeiro convívio escolar, se fomos vítimas de rejeição por parte de alguns educadores começamos a nos sentir envergonhados (as) e vamos nos fechando e preferimos nos calar para não sermos atingidos e nos sentirmos inferiores até mesmo incapazes de nos expressar. Falo isto porque foi o que aconteceu na minha infância. Hoje trabalhei esta questão, mais foi difícil apagar da minha memória. Bjs e sucesso em seu trabalho.
Quando criança, sempre caia da árvore e me ralava toda, eu prometia que não voltaria a subir. Em meio aos choros que eu engolia devido a dor e ardência, e enquanto olhava o sangue escorrer, eu prometia que nunca mais chegaria perto de árvores, que jamais voltaria a sentir aquela dor novamente. Mas então o sangue estancava, a dor passava e eu voltava a subir. Obviamente voltava a cair e todo o processo ocorria que nem antes. Mesmo depois de tanto tempo, continuo fazendo a mesma coisa, só que sem subir em árvores.
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