Coleção pessoal de bodstein

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⁠Ao contrário do que alguns possam pensar, não é contra as religiões que luto, mas contra quantos as usem para impor sua visão de mundo a outrem, subvertendo-lhes o direito às próprias escolhas. Religiões são benfazejas enquanto instrumentos de aprimoramento da alma humana, mas só se mostram legítimas quando ocorrem de dentro pra fora, nunca de fora pra dentro. Pregações e doutrinamento nunca serão uma condição necessária (e muito menos obrigatória) para se buscar a Deus, mas apenas tentativas arbitrárias de “padronizar” essa busca, que deveria ser íntima e silenciosa. Em se havendo um Deus que nos ampara, não dependerá de “arautos” para se revelar, atuando por si mesmo a exemplo da mudança operada em Saulo.

⁠⁠Tem coisas que nos colocam bem longe das igrejas e mais perto de nossas convicções mais autènticas. O espetáculo da “expulsão do demônio” por pastores é uma das razões que alguns julgam ser contra Deus, e eu acredito ser a forma de descobrir como ele é.

⁠Não somos um mero produto das circunstâncias, mas o resultado de nossas decisões.

⁠Quando tenho a rotina invadida meucomportamento é igual ao de um gato:Se o percebo me rebelo, e se não, eu piro!

⁠A partir do instante em que descobri como você pensa, eu parei de me preocupar com o que você pensa!

⁠O grande paradoxo do franco-libertário é o de se descobrir aprendendo mais e mais ao mesmo tempo em que se percebe menor, quanto mais avance em conhecimento.

⁠O que é o perdão? É uma coisa que temos o dever de pedir, mas ninguém tem o dever de conceder.

⁠Ao longo da vida fui aprendendo que o que me deixava mais forte, e cada vez mais confiante frente aos desafios que ainda estavam por vir, não eram as batalhas que vencia, mas enfrentar perdas cada vez menos significativas por me descobrir no final o grande vencedor da guerra contra mim mesmo!

⁠As emoções são ótimas "mochileiras", mas péssimos divãs.

⁠Até mesmo para aqueles casos mais críticos existe uma vantagem quando nós mesmos lhes demos causa, seja por algum erro que inadvertidamente tenhamos cometido, ou por uma decisão equivocada que se tomou em algum momento. O melhor lado desse tipo de percalço é que o restabelecimento da normalidade acaba quase sempre dependendo apenas de nós.

⁠Toda vez que colocamos nossas expectativas além do exequível, é certo que o resultado se traduzirá por frustração associada a culpa, perda de significado e sentimento de impotência, todos brotados de uma mesma raiz: a fantasia de poder moldar a realidade e dar a ela o formato dos nossos sonhos, ignorando pré-requisitos indispensáveis e a visão de futuro que poderia deixá-la minimamente factível.

⁠A revelação de nossa força é como aquela minúscula formiga que se vê perdida quando a pata gigantesca de um elefante se abate sobre ela, e se descobre protegida por diminutos e imperceptíveis grãos de areia que evitaram fosse esmagada. Conclui então que, na vastidão de um universo em que tudo é possível, o que menos importa é saber-lhe a forma e o tamanho, mas apenas que ele está lá!

Não basta o amor para nortear nossos rumos. A vida nos apresenta um cardápio repleto de opções, e a escolha correta cobra que se mostrem compatíveis entre si.⁠

⁠Como saber se estamos vencendo a guerra? Eu, pelo menos, o descubro ao acordar pela manhã envolvido na angústia de que não há nada mais a esperar e, em vez de mergulhar nos meus medos, percebo um ponto para muito além de mim – inacessível a olhares minúsculos e acovardados – me falando do quão insignificantes e efêmeros podem ser os eventos que eu acreditava no controle do presente para erguer muralhas intransponíveis a um futuro ainda possível.

⁠Algumas pessoas que nos amam de verdade tendem a demonstrar seu amor pelo visão de suas crenças, esquecendo que o melhor presente será sempre o que o outro gostaria de ganhar, e não o que queremos oferecer. A consequência é que suas perspectivas internas acabem criando a falsa percepção de que alguns são responsáveis pela salvação de outros, quando a mais profunda expressão de amor é a do respeito a opção por diferentes caminhos, mesmo na ocorrência de um objetivo comum.

⁠A convivência com um franco-libertário será sempre um desafio e permanente aprendizado para os dois lados.

⁠A diferença do libertário por ideologia para o franco-libertário é que este último não escolhe sê-lo: apenas descobre, em algum momento, que sempre o foi, e que terá o mundo em sentido contrário permanentemente disposto a combatê-lo.

⁠Meu papel não é ser o céu para onde voam os que me buscam: basta saber-me a pista de onde decolam. Tampouco a fonte da água que lhes aplaca a sede, mas apenas o leito do rio que a conduz até eles. Sou antes o farol na borrasca, não o Porto; o cinzel nas mãos do artista, não a Escultura; o milestone que os situa, não a Linha de Chegada.

⁠⁠Minha lógica vez por outra me ataca como a um inimigo. Cobra-me ceder espaço para o instintivo que nem tanto pensa, apenas age. E em alguns momentos o certo é dar-lhe essa voz para que não se aliem contra mim.

⁠No que toca às pessoas que tenho em alta conta como honestas e verdadeiras, nada me deixa mais feliz atualmente do que ouvir delas que discordam de mim. Isso me revela que escaparam ao “triturador de cérebros”, e por enquanto ainda conseguem pensar com a própria cabeça.