Textos que Falam sobre Mim
Viver assim; sem ciúmes nem saudades simplesmente não é para mim. Quando olho sua boca fico louca, anseio por ti perto de mim, anseio teu abraço, anseio pelo nosso passado. Viver assim com certeza não é para mim.
Te vejo pelos corredores; te olho, tu me olhas, amantes antigos se olham. A chama do amor ainda é a mesma? Eu te encaro - você nem percebe -, admiro seu sorriso, sua risada escandalosa, e o seu jeito de olhar de forma amorosa que transborda amor aonde passa.
Saudades sinto do teu jeito. Saudades sinto do teu beijo. Saudades sinto dos momentos felizes que tive com um tal sujeito que anda por aí com o resto da minha fita vermelha em seu dedo mindinho; ah, meu garotinho... sentes saudades da mesma forma que sinto?
Simplesmente não consigo viver sem ti.
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"Quando Me Reconstruí em Mim"
Sim… já me desconstruí diversas vezes em espaços que nunca foram meus. Emocionalmente, me doei onde não cabia; silenciei meus gritos em nome de uma paz que jamais me pertenceu. Apaguei meus traços para me tornar cenário em histórias que não me reconheciam. E, por muito tempo, confundi aceitação com ausência de mim.
Mas foi no silêncio do meu cansaço que reencontrei o sussurro da minha alma. Entendi que não há beleza em caber onde a gente se encolhe. Que há dignidade em partir de onde a alma já não floresce. Foi então que recolhi meus pedaços — os que chorei, os que calei, os que resistiram — e me reconstruí… sem pressa, sem moldes, sem medo.
Hoje sou inteira, mesmo quando trago falhas. Não porque alcancei a perfeição, mas porque acolhi minhas imperfeições como parte do meu caminho. Sou feita de intensidade — e isso não me diminui. Me basta. Não peço permissão para ser quem sou. Tenho orgulho da personalidade que construí, das convicções que me sustentam, da lealdade que ofereço sem reservas.
Aprendi que viver a minha verdade é um ato de amor-próprio. E ser fiel a mim mesma é o maior compromisso que firmo todos os dias. Porque não há mais espaço para ausências dentro de mim. Agora, sou casa — e minha alma mora em paz.
E, se um dia alguém se perder de si, que saiba: é possível voltar. É possível se acolher com ternura, se refazer com amor e florescer com coragem. A reconstrução é um gesto sagrado de quem escolhe, mesmo ferido, não deixar de ser inteiro.
Há muitos de mim que carrego aqui dentro, uns bons, outros maus, alguns educados, outros arrogantes.
Eu mantenho cada um e só os libero em ambientes propícios.
Sou fera feroz, sou manso e pacífico.
Mas, se me descuido, alguns dos males em mim escapam e eu preciso prendê-los novamente.
Sou multifacetado...
Outra Cor
Fale de mim ao mundo,
conte as histórias de quem eu fui,
mas saiba — aquela já não sou eu.
Rotular é fácil quando não se enxerga além,
quando o passado mal contado vira máscara
para encobrir o que mudou em mim.
Me olhe de novo,
com olhos limpos da lembrança antiga:
minha cor favorita já não é a mesma,
meus sonhos agora são outros,
minha alma, antes partida, se refez.
Eu vejo — ah, como vejo —
os risos escondidos, o deboche nos cantos,
as verdades distorcidas que contam sobre mim.
Mas não me importa:
não são suas palavras que me prendem,
não são seus olhares que me definem.
Se ao menos viessem perto,
veriam as mentiras desmoronar,
sentiriam no silêncio a minha força,
e no meu sorriso, a dor transformada.
Porque eu não morri no fim que você lembra.
Eu renasci, inteira, mais viva, mais minha.
E se falar do que fui alivia teu peito,
continue — o tempo saberá devolver.
A vida é o próprio karma,
e eu sigo em frente, leve.
... a sorrir para mim (soneto)
Passei o meu versar pelo poente
Numa alegria cheia de sensação
Daquele verso que a gente sente
Sussurrado do enlevado coração
Pedacinhos de mim mesmo, latente
Pus nos versos com aquela paixão
Suspirados, e tão na alma presente
Cá trovado numa confidente canção
Em cada linha o sentimento estava
E na sensível poética se encontrava
Deixando cada emoção tanto assim
E o pensamento que vivia no porvir
Ao sentir, pôs a empolgação a sorrir
E a cada poetizar um sorrir para mim.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 julho 2025, 11’54” – Araguari, MG
Como escapar da própria pele?
Por mais que eu tente me afastar de mim, mais perto fico.
Na travessia pelo mar da vida, deparo-me com um castelo de areia frágil, efêmero, mas incrivelmente belo.
Imagino seus cômodos, suas histórias não vividas, um universo inteiro que brota no silêncio da mente.
Por um instante, um único segundo de imaginação se faz vida: tão real quanto o toque do vento.
Mas então, sem aviso, a chuva despenca.
Molha-me. Pesa. Incomoda.
A areia gruda na pele, a realidade se impõe como tempestade.
Abro os olhos
E tudo que resta é uma poça onde antes havia um sonho.
Carta para o …
…,
Faz anos que a gente não se fala, mas mesmo assim, tem algo dentro de mim que nunca conseguiu se calar. Eu achei que com o tempo ia passar. Que com o tempo, o sentimento por você ia desbotar… mas não.
Por mais que tenham passado anos, sinto que ainda amo tanto você que chega a me machucar.
É estranho carregar isso no peito depois de tanto tempo. Mas a verdade é que você foi alguém que marcou uma parte da minha alma, e nem eu sei exatamente como explicar o porquê. Só sei que, mesmo tentando seguir, você sempre volta nos meus pensamentos. Sempre esteve ali, no fundo de tudo.
Talvez uma parte minha sempre tenha esperado que você voltasse. Mesmo depois de eu ter errado. Mesmo depois de você ter me ignorado. Eu tentei correr atrás. Eu queria dizer que ainda era você. Que eu me arrependi de ter seguido por outro caminho mesmo te amando. Mas fui silenciada. E esse silêncio virou um buraco dentro de mim.
Desde então, eu me machuco tentando gostar de outras pessoas. Me envolvo, tento começar de novo..mas ninguém é você. E isso é injusto com quem chega, e doloroso pra mim também. Porque eu queria muito conseguir abrir meu coração pra alguém. Mas parece que ele ficou preso no tempo onde você ficou.
Você não sabe, mas eu esperei por você em muitos dias. Em muitos pensamentos. Em muitas noites. Eu imaginei mil versões da nossa história, todas elas com a gente dando certo. E talvez nenhuma delas aconteça.
Eu não te escrevo isso pra te cobrar nada. Nem pra te fazer sentir culpa. Eu escrevo porque eu preciso colocar esse amor em palavras antes que ele me sufoque. E talvez, só talvez, pra você saber que alguém nesse mundo ainda te ama mesmo sem saber mais quem você é hoje.
Talvez um dia a vida se encarregue de cruzar ou não nossos caminhos de novo. Talvez nunca. E tudo bem. Mas se isso aqui chegar até você de alguma forma, eu só queria que soubesse: eu te amei. E mesmo sem respostas, mesmo sem fim, esse amor foi de verdade.
-Com tudo que ainda mora em mim,
Ig.
Sabe aquele castelo
Que você construiu para mim
Com os detalhes que eu não sabia
O alicerce era de areia
Você foi embora de lá
Me deixou sozinha
Ele foi ruindo
E me levando junto
Fugi algumas vezes
Mas voltei
Voltei, voltei, voltei...
O castelo era falso
Seus sentimentos e promessas
Uma ilusão
E eu ainda vivo presa nelas
Me destruindo
A cada parte do teto que cai
Uma janela de vidro
Que além de rasgar meu corpo
Rasga minha alma
Tudo isso foi ceifando minha vontade de viver
“Se você soubesse o quanto ainda mora em mim…”
Tem dias em que eu queria te escrever.
Só pra dizer que ainda lembro do teu cheiro.
Do teu jeito de rir das minhas manias.
Do silêncio que só era confortável porque você estava nele.
Mas não escrevo.
Porque talvez você não saiba o que fazer com isso.
Então eu guardo.
Guardo tudo isso aqui, no peito, como quem guarda uma flor que já secou — mas ainda é linda.
Se você soubesse o quanto ainda mora em mim…
Talvez sentisse vontade de voltar.
Ou talvez só soubesse cuidar melhor da próxima vez.
“Guardo você como quem guarda uma flor seca:
já passou, mas ainda é linda.”
"Eu... diante de mim"
Ele parou diante do espelho, não para ajeitar o cabelo ou a gola da camisa. Era como se procurasse alguém além do reflexo. Lá dentro, naquela moldura silenciosa, havia uma história por trás dos olhos.
Não era só o rosto — eram as noites insones, os acertos que ninguém aplaudiu, os erros que doeram mais por dentro do que por fora. O espelho não julgava, apenas revelava: ali estava um homem inteiro, mesmo quando se sentia em pedaços.
E naquele instante de pausa, ele sorriu. Um sorriso contido, como quem entende que não precisa ser forte o tempo todo — apenas verdadeiro.
Virou-se com calma.
A vida o esperava, e ele sabia que às vezes a maior coragem é encarar a si mesmo com gentileza.
Esse cara sou eu!
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
Tem uma parte de mim que grita por mudança, por cor, por vida, sair, amar, casar, maternar, sorrir. Mas outra parte só quer se esconder, debaixo das cobertas, no silêncio do escuro, com o cabelo escorrendo tristeza e o corpo pedindo pausa. Quero trabalhar, mas me sinto exausta antes mesmo de tentar. Quero cuidar, mas mal consigo me sustentar.
Quero viver tudo, mas mal aguento ser eu.
É como se eu fosse feita de vontades que se anulam, de sonhos que se empurram, de desejos que brigam entre si. E no meio desse caos... estou eu. Ou o que restou de mim.
Me escuta, mesmo que em silêncio é um pedido de socorro que não sei mais como fazer em voz alta.
E quando eu parecer boba… promete que não vai rir de mim?
É que o amor, às vezes, me escapa pelos olhos e se derrama em gestos simples.
Talvez eu seja romântica demais —
quem, em sã consciência, ainda perde o sono só pra conversar com a lua…
ou procura estrelas quando tudo em volta parece escuro demais?
desperdício de sentimentos
as nossas diferenças
cresceram em silêncio.
você se fechou pra mim,
como porta trancada
sem aviso.
e eu fiquei do lado de fora
cheio de sentimentos
sem destino.
no fim,
foi isso:
as nossas diferenças
foram o maior
desperdício de sentimentos.
— ✍️ (Alessandra 🪓 )
Se você for atirar pedras em mim,
Mire para não errar.
Já atiraram tantas pedras em mim que eu nem as sinto mais.
Mas me tornei um grande construtor.
Porque com cada pedra que atiraram em mim, eu pavimentei meus caminhos, as estradas que percorri. Se você atirar sua pedra em mim, será apenas mais uma que colocarei na calçada da minha vida...
Pedras
Meus sentimentos não passam de leve — eles rasgam, queimam, vibram na pele.
Tudo em mim sente demais, vive demais, doa demais. Deus me livre de atravessar essa vida de forma mecânica, anestesiada, e sem alma.
O que me torna tão humana é justamente essa vulnerabilidade em sentir tudo. Essa entrega sem defesas, essa coragem de sentir até o que machuca.
Porque até a dor, quando vivida por inteiro, me lembra que ainda estou aqui — viva, presente, pulsando.
E eu sou grata por isso.
Porque a vida é breve, e talvez essa seja a única chance que eu tenha de sentir tudo o que há pra sentir
eu sou profundamente grata por não ser feita de indiferença.
Pois ser indiferente seria desperdiçar o milagre de estar viva.
Adoro essa frase de Beethoven — para mim, ela vale uns 8 bilhões de curtidas e comentários:
“O único símbolo de superioridade que conheço é a bondade.”
Mas, infelizmente, a maioria das pessoas ainda admira e respeita apenas a beleza física, a riqueza, a competência profissional, o sucesso. Como se essas coisas tornassem alguém melhor do que os outros.
Só que muitas dessas qualidades não são escolhas. São resultado de herança genética, posição social, ou simplesmente sorte. Então me pergunto: superior por quê? Por nascer bonito? Rico? Por herança? Isso não faz sentido.
Ninguém é melhor do que ninguém por causa disso. A única forma legítima de “superioridade” é a bondade — não como sinal de que alguém vale mais, mas porque faz o bem ao outro, e isso é o mais elevado que um ser humano pode alcançar.
O ser humano não é uma construção individual. Somos fruto de uma coletividade, do cuidado de um outro. Esse “outro” é essencial. Mas o sistema capitalista nos condiciona a pensar apenas em nós mesmos. Faz com que muitos se tornem egoístas, competitivos, desejando parecer “melhores” porque têm mais dinheiro ou status.
E o mais triste: os que mais poderiam ajudar, os que mais têm recursos para fazer o bem, muitas vezes se ocupam apenas em comprar coisas caras para provar algo a alguém — em vez de investir no que realmente importa: o ser humano, que é o bem mais precioso do universo.
A bondade é a qualidade que mais deveria ser louvada, admirada e respeitada. Porque ela não se volta para si mesma, mas para o outro. E fazer o bem ao outro é o gesto mais sagrado que alguém pode praticar.
Soneto I
Não precisas chorar,
Quando alguém lhe machucar, amor.
Lembre mais de mim,
Do quanto eu amo ver você sorrir.
Viva, contentimente comigo.
Pare de gritar, pare de falar
Que não me ama mais.
Pare de amar, volte a me abraçar.
Vai seguindo a rua,
Logo vire à esquerda, vá no beco
Sem saída, encontre minha vida.
Ela causa uma intriga.
Se eu chegar sem avisar, se despir
E depois amar mais ainda.
Minha mãe me nomeou Matheus. Pela vida, muitas vezes, foi preciso me refazer. Dentre vários de mim se destaca um eu. Alguém que veio ao mundo nu e sabe que dele nada levará. Mas que em sua caminhada poderá criar ou imaginar mundos possíveis para aqueles que sentem-se desentendidos do eu, dos outros e talvez do mundo. Aqueles que não tem nada a perder e sabem disso dedico essas poesias.
dedico minhas poesias a quem na vida, nos cantos das paredes ou nas andanças do mundo sente-se as margens. dedico essas poesias a você a quem se sente, por vezes, um zer0 à esquerda.
Enxerguei em você o inabitável em mim:
Amor, felicidade, compreensão.
Cuspi a tristeza diversas vezes por ai
Com você era difícil não sorrir.
Na escuridão
Ao tocar seu corpo tudo se ilumina, achei a direção.
Tornei-me aventureiro diversas vezes
Desbravando um mundo desconhecido
Sem mapas, sem guias, me perdendo em pura poesia.
Wesley Nabuco.
Música- ( Par com a solidão) segunda versão.
Só dá tu
Da eu.
Fico em ti,
em mim.
Faço lar, meu par.
Com você a "sós"
Com você sou nós
Solidão, então, coração na mão.
Faz (assim) 2x
Me deixa só ( sozin),
mas fica aqui (pertin),
de mim, amor. 2x
Só dá tu,
Da eu.
Com você a sós.
(Fica nós) aqui. ( Assim.) 2x
Vem pra cá meu bem!
Fica aqui, ali.
Diz pra mim (que quer) (ficar a sós.) 2x
Que quer ficar a nós.
( Aaaaaaa nóóóoooooooooooooooh nós.)
Me deixa só ( sozinha.),
mas fica aqui ( pertin),
de mim, meu bem.
Te deixo só ( sozinha.)
Mas fico aqui ( pertin.)
de tu, amor.
Ficamos só ( sozinhos),
fazendo par com a solidão.3x
