Textos de grandes Pensadores
Todo apego inevitavelmente gerará desarmonia nos relacionamentos. Quando trabalhamos com a energia do Amor, ela ocorre de uma forma muito natural, não precisa de força para que se sinta amor, simplesmente acontece.
Forçar a barra, procurar relacionamentos para preencher o sentimento do “vazio interior” é perder tempo e energia. Uma pessoa não pode amar a outra, se não ama a si mesma. Se sente sufocamento, medo de perder, ansiedade, ainda não compreendeu que Amar é Liberdade.
Deixar o outro livre para ser quem é. Não cobrar sua atenção, mas estar aberto para se relacionar, compartilhar vivências positivas. Da mesma forma que o individualismo excessivo e a frieza mostram claramente que a pessoa não está aberta para sentir a energia, por medo ou bloqueios.
A sintonia consigo mesmo trará o relacionamento ideal por consequência. O Amor é totalmente desinteressado porque ele não tem nenhuma expectativa.
A minha vida inteira rejeitei o VENENO. Eu condenava todos aqueles que destilavam seus venenos. Hoje percebi que tenho admiração por venenos. O veneno não é mal. Observo claramente que no antídoto existe uma pequena dose de veneno. Foi então que percebi que só existe o BEM. Eu julgava as coisas como ruins sobre o meu ponto de vista, na tentativa de ser bonzinho. Tentando sustentar a máscara da bondade, eu escondia os meus desejos mais profundos. Eu era falso e não percebia isso. Entendi também que o excesso de veneno era um desastre. Eu ficava totalmente inconsciente de quem eu realmente era. Gastei boa parte da minha energia para ser uma coisa que eu não era lá no fundo. A verdade era que eu me culpava, se eu estava fazendo algo certo ou errado. Como isso me atormentava. Eu me sentia preso nesse padrão. Hoje apenas me permito ser. Aprendi que todos os sentimentos são importantes. Aprendi que tudo converge para o AMOR. Não existe erros absolutos, por mais cruéis que pareçam ser. Entendi que tudo é relativo. Existem N cores e facetas. Onde vejo e reconheço o mal, é apenas um equívoco de minha parte. É como se estivesse com os olhos vendados. Porém o CALOR da LUZ foi tão forte que mesmo não querendo enxergar nada, enxergava. Eu queria ficar com a venda nos olhos para não enxergar a realidade. Mas não consegui e tive que ceder. Agora enxergo vários "defeitos" e muitas facetas da minha personalidade que eu mesmo não enxergava. Pelo menos agora sei quem eu realmente sou. E por incrível que pareça aprendi a gostar do que eu vejo. Parei de colocar força nas minhas mentiras e agora estou aqui inteiro. E pleno. Sentindo uma leveza e liberdade para me expressar verdadeiramente. E sabendo do poder que eu tenho, escolho utilizar todos esses recursos para o BEM MAIOR. Eu precisava admitir minhas fraquezas para finalmente me tornar mais forte. Enquanto eu tentava mostrar para o mundo que eu era forte, mais fraco eu me sentia. A pessoa que realmente é forte aprendeu a lidar com suas fraquezas sem ser dominado por elas. Essa é a chave.
Na Energia da Transmutação
Metáfora de Bruno Marx Neme
INTERJEIÇÃO
Ah! Lá vem ela bela
Oh! Ri meu coração de satisfação
Olá! Dizem meus lábios a ela
Olé! Diz a presença a solidão.
Avante! Avante! Coragem! Coragem!
Cala meu medo, fala meu coração
Viva! Que maravilha de paisagem
Psiu! É ela chamando minha atenção.
Chi! Tomou-me paixão
Pudera! Estava diante de meu desejo
Silêncio! Era demais a emoção
Bis! Acabara de receber um beijo.
Te amo, disse sua boca
Não resisti a vontade louca
Gritei alto: ooooooooooooooba!"
Olhe no espelho o que você ver? O seu eu ou apenas uma parte visível dele?
O que se oculta no seu eu invisível que possibilita o conhecimento detalhado de sua personalidade? Você é o que representa ser, ou apenas interpreta um eu que pensa controlar?
Quem sabe realmente o que esconde o seu eu nos momentos em que é colocado a prova?
As reações muitas vezes fazem pensar: esse não sou eu. Mas na realidade quem é? De onde veio este outro ser? Mas não existe outra resposta senão o seu lado invisível, pois veio de você.
E agora você pensa: como controlar esta força invisível se não posso segurar com meu lado visível? Seria o pensamento correto?
Você não percebe, mas é apenas o seu eu invisível querendo que você o conheça melhor. Agora você passa a conhecer um dos comportamentos do seu eu invisível, mas não se limita a este momento, quantas reações este outro seu eu vai apresentar nas várias vezes que necessitar se expor a você?
Mesmo que seu eu invisível mostre outros momentos da sua personalidade que você ainda não conhecia. Você conhece o seu eu?
Medo
Há este sinal vermelho nas realizações
Este algo que nos prende, paralisa
Este perigo externo nas internas ações
Esta inibição exagerada que nos hipnotiza.
Esta vontade de ser que morre no temor
Este freio de um pedido, deseja sim, pensa no não
A procura de uma fonte de luz, fuga da noite
Ficar acompanhado por não querer a solidão.
Fuga! Da falta de sorte no amor
Do desamparo, prendendo-se a algo protetor
Do destino, da doença, da dor,..
Fuga! De tudo que precede a morte
Da traição, em algo que lhe conforte
De ser passageiro das fobias fracas e fortes.
A ALMA HUMANA TERRESTRE NÃO TEM O PODER DE SABER DE QUE ELA É FEITA!
Apesar da contemplação profunda a mim mesmo, como uma Alma Humana, confesso que não consigo ver-me nem imaginar-me como algum tipo de Matéria nem Energia nem Força nem Informação!
Por isso, concordo com Siddharta Gautama que enxergou o Vazio, com Jesus Cristo que preferiu dizer simplesmente "Eu Sou", com Kant que percebeu a possibilidade do Sujeito Homem ter um esclarecimento exato sobre si mesmo mas a impossibilidade do Sujeito Homem saber de que ele é feito, e com Sartre que entendeu o Ser como sendo o "Nada"!
Assim, em termos Físicos e de Matéria, a Alma é o Nada e o Espírito também é o Nada, porque não se enquadram em nenhum tipo de Matéria nem Energia nem Força nem Informação conhecido pelo Homem do Planeta Terra!
Mas, em termos de Propriedade, a Alma é uma Matriz Consciente-Inteligente influenciável gestora do Corpo e o Espírito é uma Matriz Consciente-Inteligente ininfluenciável administradora do Corpo.
Desse modo, imagino-me como o Nada, mas, apenas vejo-me como uma Matriz Consciente-Inteligente influenciável gestora do Corpo.
Portanto, o Planeta Terra é uma Dimensão de Existência em que a Alma Humana tem o Poder de esclarecer sobre si mesma e encontrar a forma correta da sua existência nesta Dimensão, mas, o Planeta Terra é uma Dimensão de Existência em que a Alma Humana não tem o Poder de saber de que ela é feita.
Não se iluda com o “bom selvagem” de Rousseau, ou com o “homem cordial” de Ortega, ou até mesmo com o “caipira ingênuo” de Buarque de Holanda, ou ainda, com o tão fantasioso, “índio pacífico”, romanceado por Darcy Ribeiro. São conceitos utópicos. Compreenda que o homo sapiens foi geneticamente programado a sobreviver ao meio, e por isso mesmo ocupa o ápice da cadeia alimentar há tantos milênios – e se você lê agora o que escrevo, demonstra a si próprio que exerce, com serenidade, a supremacia dentre os seres vivos do planeta em que estamos. O comportamento dividido entre aquilo que é “bom” ou “mau”, atinge níveis cada vez mais relativos, variando de acordo com as regras e as normas sociais que “civilizam” o ser humano.
Rousseau dizia: "Ninguém nasce mau, a sociedade corrompe". Estava certíssimo! Hoje em dia um adulto educado "passa carão" quando cumprimenta uma criança ou adolescente, e estes fingem não ser com eles e tampouco fazem questão da reciprocidade da boa educação. Onde estão seus espelhos da boa educação?
A mulher é a mais bela metade do mundo
N’este mundo existe um ser,
O primor dos seres criados,
Traz em si— doçura e prazer,
Inocência e mil pecados!
A poesia da existência
Só com ele s’encarnou;
Desde que o mundo surgiu,
Ele logo o dominou!
Dominou, dominará,
É lei…a natura o quer;
-- A trindade de um só ser:
Anjo! Demónio a Mulher!
"....a isso, porei justo raciocínio, e é o seguinte: não estás falando bem, meu caro, se acreditas que um homem, de qualquer utilidade, por menor que seja, deve fazer caso dos riscos de viver ou de morrer, e, ao contrário, só deve considerar uma coisa: quando fizer o que quer que seja, deve considerar se faz coisa justa ou injusta, se está agindo como homem virtuoso ou desonesto".
O filho de Tétis (Aquíles), o qual para não sobreviver à vergonha, desprezou de tal modo o perigo que, desejoso de matar Heitor, não deu ouvido à predição de sua mãe, que era uma deusa, e a qual lhe deve ter dito mais ou menos isto: — "Filho, se vingares a morte de teu amigo Patróclo e matares Heitor, tu mesmo morrerás, porque imediatamente depois de Heitor, o teu destino está terminado".
Ouviu tais palavras, não fez nenhum caso da morte e dos perigos, e, temendo muito mais o vigor ignóbil e não vingar os amigos, disse: — "Morra eu imediatamente depois de ter punido o culpado, para que não permaneça aqui como objeto de riso, junto das minhas naus recurvas, inútil fardo da Terra."
Crês que tenha feito caso dos perigos e da morte? Porque, em verdade, assim é: onde quer que alguém tenha se colocado, reputando-o o melhor posto, ou se for ali colocado pelo comandante, tem necessidade, a meu ver, de ir firme ao encontro dos perigos, sem se importar com a morte ou com coisa alguma, a não ser com as torpezas...
"Voltaire James Joyce e Cícero estavam certos. A esperança é o alimento da alma, ao qual se mistura sempre o veneno do medo. Desta forma, o espírito se torna o sal da conversa, não o prato principal. Se Deus fez o alimento, o diabo acrescentou o tempero. Assim, a humanidade fez da fome o melhor tempero para o pão nosso de cada dia"...
A filosofia nos dá o conhecimento do universo como uma totalidade orgânica, totalidade que se desenvolve a partir do conceito e que, nada perdendo do que faz dela um conjunto, um todo cujas partes estão unidas pela necessidade, a si mesma regressa e no regresso a si mesma forma um mundo de verdade.
Ora, o intelecto considera esta determinação como absoluta e definitiva, encerra-a na relação ao que ela quer, à realidade em geral, como aplicação a uma matéria dada que não pertenceria à essência da mesma liberdade. Assim se limita o intelecto ao que há de abstrato na liberdade sem alcançar a sua ideia e a sua verdade.
Pensar
Não vamos pensar em apenas existir
Pois de que adianta existir sem pensar ?!
É como dizia René meu amigo
Vamos raciocinar:
É cada interpretação que podemos dar à palavra "pensar"
Pensar por pensar,
Pensar em fazer,
Pensar em sentir,
Ou pensar em de fato existir.
Mas na minha opinião,
Pensar não é apenas isso
Pensar é viver
Pensar é saber
Pensar, é refletir
Refletir sobre tudo
Desde a vida, a verdade e o universo
Até o sentido por trás desse verso
A verdade é que temos duas maneiras de viver
Duas maneiras de pensar
E duas maneiras de amar
A primeira delas é a superficial
A que todo mundo faz
A segunda é a verdadeira
Já essa, pouca gente é capaz
E o meu sentido de existir se refere justo a ela
Pois, você só vai conseguir de fato existir
Se conseguir verdadeiramente pensar
E consequentemente, verdadeiramente amar
Meu único alvo de museu, foi uma menina esperta
Do qual eu sabia que seria a única
A entender meus traços
Minhas conjunções e versos
Aquela cujo sangue é de tinta
E que nos lábios falaria sobre artes
Marcaria seu nome no verso das folhas
Com uma letra estranha
Imitando Descartes
Poeminha dedicado aos riscantes bizarros, em especial ao meu primeiro alvo de museu. Abril, 22.
Foi na mais tenra idade que uma parede diante do olhar despertou o desejo de voar...
Voar no pensamento, nas ideias, nas ousadias sem importar com os banquinhos em frente a tantas paredes, com portas fechadas... com silêncios.
Nem sempre foi para pensar. Muitas vezes foi para articular um plano de guerra...ou para analisar uma joaninha que subia pela parede... ou uma pequena aranha que rodopiava com suas várias perninhas.
O canto até fez pensar mas, nem sempre puniu a menina levada, (intenção da época). Canto do pensar... Penso logo existo... Existo logo penso... cogitou!
Eis que nasce Reneé D.- amiguinha imaginária de filósofo francês René Descartes (1596-1650), o maior expoente do chamado racionalismo clássico - movimento que deu ao mundo filósofos tão brilhantes como, Blaise Pascal, Francis Bacon, Hobbes, Isaac Newton, entre outros, adolesceu.
Descartes lançou as bases do pensamento que viria modificar toda a história da filosofia.... Através da dúvida metódica, chega à descoberta de sua própria existência enquanto substância pensante - num banquinho ou não - A palavra cogito (penso) deriva da expressão latina cogito ergo sum (penso logo existo) e remete à auto-evidência do sujeito pensante.
O cogito é a certeza que o sujeito pensante tem da sua existência enquanto tal.
Voltando à menina excêntrica Reneé D, levada mas doce, transformou seu pensamento em poesia, movida pela inspiração e a delicadeza das palavras, mesmo diante de um mundo, às vezes cruel, sempre com muito sentimento e sonoridade.
Hoje, na idade da flor - metáfora do desabrochar ela segue firme, Reneé D, madura , hora senta, hora arremessa, hora chuta o banquinho – na boa!
Filosofia para iniciantes- 01
Aqui está meu primeiro pensamento filosófico:
"Sou o'que penso, portanto existo porque não penso"
Isto vem dos três pensamentos filosóficos centrais desta minha semana corrida. Dostoiévski disse: "O homem é infeliz porque não sabe que é feliz" e isto me encheu de grandeza ao perceber que resumia completamente minha vida em apenas uma frase, como isso? Logo me aprofundei no pensamento e cheguei ao princípio Hermético do TODO, que dá ênfase na terceira forma de CRIAÇÃO geralmente pouco adicionada a assuntos, a MENTALIZAÇÃO, se o TODO é tudo, e tudo faz parte dele, logo nada se pode subtrair ou somar a ele. Dito isto, o TODO é mental! Portanto, nosso universo (ainda em expansão) o complementa e não o define, logo, o universo é MENTAL. Dito isto, o ser humano também é mental, e ao princípio da correspondência onde O de cima é como o abaixo, e o de baixo é como o de cima, podemos dizer que Nós humanos, criamos através da mente, e se somos mentais, SOMOS O'QUE PENSAMOS! Portanto vem está frase: "Sou o'que penso, portanto existo porque não penso". Mas como? Se for assim, existo porque penso, não? Não! Não esqueça que na grande maioria das vezes aquilo que pensamos é apenas uma projeção de nós e não apenas nós, pode-se dizer na verdade, que SEMPRE é assim, afinal, criamos romances em nossas mentes (Pensamentos imaginários que não correspondem a sua realidade), e mesmo quando pensamos no presente, não estamos fazendo, apenas criando algo que não se fez, (?) Digo que nós somos nós apenas quando nós não estamos não sendo nós, quando estamos completamente plenos, quietos, submersos em nós e não no que seria, será, ou foi nós. No pensamento budista isso é presente, daí se dá a meditação, onde (APENAS) nos encontramos quando estamos completamente vazios mentalmente, apenas no silêncio, neste, e apenas neste momento, nós existimos.
Kaio Hermético.
Por que eu escrevo?
Escrevo porque gostaria de gerar nas pessoas a mesma sensação que sinto quando pego um livro para ler,
A sensação de infinito, de ordem, de dedicação, um orgasmo intelectual, a paz das palavras, o infinito de possibilidade do conhecimento condensado em palavras
A sensação de prazer, de aprender com um desconhecido, que não tinha nenhuma ideia que eu existia quando escreveu, mas agora me ensina a existir, nesse breve momento de paz e ordem
Penso, logo existo
O Primeiro Ritmo
O coração é o primeiro.
Não a pele que nos defende,
não o rosto que nos denuncia,
não a ideia que nos inventa.
Antes de tudo, um músculo.
Trêmulo.
Errado de tão certo.
Bate.
Sem saber se há alguém ouvindo.
Lá no escuro,
onde o mundo ainda é silêncio,
ele se apressa em existir.
Compasso clandestino,
riscando o nada com vontade.
O coração começa sem ter endereço.
Sem saber se será aceito,
se haverá colo,
ou ao menos tempo.
Ele bate.
No vazio.
Como quem chama por um nome
que ainda não foi escolhido.
Descobri isso tarde.
Como se costuma descobrir o amor.
Antes do pensamento,
há o susto.
Há o sentimento nu,
sem dicionário,
sem licença.
Descartes quis começar pela razão.
Mas a razão já é medo.
Já é contenção.
Já é tarde demais.
Antes de sermos gente,
somos urgência.
Ritmo.
Vergonha de termos vindo sem convite.
Esboço de epistemologia _ 1
Os sentimentos são entes, pois não se faz ser em em si, ou dado pela natureza; ele é produto da interpretação que damos às nossas sensações, sendo assim, são produto da percepção de algo externo a nós que nos "abala", um choque de informações derivadas do orgânico e suas funções, pertence, portanto, ao reino mental, uma contiguidade entre sensação e causa é o que gera ideias, ideia da sensação, que é sentimento; a tal contiguidade entre sensação e causa é produto quase que efeito colateral de um encéfalo demasiadamente grande (em proporção com o corpo) e denso (em n de neurônios), produto, também, da evolução, daí a semelhança entre a relação cérebro × mente e hardware × software. O que chamamos de percepção já está implícito na semântica o mental, o cérebro como função interpretar (mundo externo) o que está em contato com nosso corpo (diretamente ou indiretamente); faz-se a imagem do objeto que nos abala com o eu envolto nele, ou seja, no reino mental. Assim sendo, quando falamos que sentimos algo, falamos que intuímos um objeto dado pela percepção através da sensação ou intuímos um objeto como coisa-em-si que nos abala através da imagem dele nos entregue pela percepção, que deriva-se da sensação (do ser senciente). A impressão do objeto não é ordenado à compreensão de nosso aparato cognitivo, o ordenamento é definido por determinadas regiões do encéfalo. O ser percipiente de dar através da faculdade da receptibilidade, que provêm da 'consciência no impresso'. O invólucro entre eu e objeto é doxamente sabido ao pensarmos no objeto, quanto mais intenso for o pensar nos parece que mais distante fica de nossa compreensão; podemos inferir indiretamente pela interpretação dos ditos populares, como discursos, "O importante é viver a vida", "Não pensa de mais se não você fica doido", que o pensar nos é inútil e isto nos dar uma plausibilidade para supormos que a explicação é que 'quanto mais vou mais vai', ou seja, a busca do conhecimento inversamente proporcional ao conhecido do objeto, porém, isto se dar como fenômeno e não fato em si, vejamos, o eu não pode ser o discurso, o subproduto da linguagem, pois o eu não é acabado em sua compreensão, como bem descreveu através do conceito de identificação o psicanalista francês J.Lacan, sendo assim, o eu é antecessor ao discurso ou se estrutura nele, ou é a ele verossímil em natureza (no sentido aristotélico de essência no objeto). Primeiramente devemos pensar se a linguagem, que é a antecessora, é uma substância, se está contida em algo além do que nela está contido. Ao iniciarmos esta análise, em não muito tempo, veremos que estamos pensando sobre a natureza do próprio pensar, digo, como ato e isto é um meta-pensar que irrevogavelmente nos leva a filosofia de Descartes, ao cogito, onde a contiguidade é entre ideia e objeto, que se dar pelo método analógico, eis a crítica de Reid; para Descartes a percepção do objeto se dar através da imagem que se faz consciente no pensamento (ideia do objeto), porém, para Reid as sensações nos dão o objeto em si, não precisamos pensar na sensação de dureza da mesa ao pôr a mão sobre ela, a informação transmitida vai direto a consciência através do sentido primário; é por intermédio das funções dos sentidos na epistemologia reidiana que formamos para nós as concepções de extensão, solidez, espaço, ou seja, das qualidades primárias e secundárias também. Em síntese, os sentidos nos dá a sensação com o objeto já dado em nossa mente através da percepção dele pelo aparato cognitivo naturalmente capaz disto, então, concebemos o objeto. A problemática está justamente nas próprias correntes filosóficas defendidas, onde para ele (Descartes) o objeto é a ideia na mente, onde o próprio objeto percebido é a percepção daquele objeto e que inevitavelmente recai no ceticismo, eis a crítica de Reid a teoria das ideias; o Reid adota o realismo direto, haja visto, a adoção do senso comum, onde as crenças têm um papel fundamental na percepção e concepção, daí o fato de o chamarem de falibilista. Poderíamos traduzir estes extremos da seguinte forma, não é o encéfalo, mas a mente que interpreta os objetos (Descartes), o objeto já nos é dado (Reid), porém, não só não há evidência positiva (na neurociência) a favor ou contra a ideia de Descartes, como não há evidências fortes e o suficiente para a afirmação extraordinária que sua filosofia nos leva, é questão de proporção, peso e contrapeso, e no caso de Reid há sistemas de sobra contra a simplicidade da sua epistemologia. Ambos recaem na relação eu-objeto e adotam inconscientemente tais premissas, respectivamente, eu>objeto, objeto>eu; faremos uma breve investigação lógica a respeito disto. Sou se o mundo existe, não sou se o mundo não existe, porém, o mundo continua a ser se não existo, então, a relação não é bicondicional. Tentemos portanto o princípio da contraposição logo no universal, somos se o mundo existe (S), se o mundo não existe, então, não somos (T) ou para todo sou ( ∀S→T ⇔ ∀¬T→¬S); o mundo existe por pensarmos nele (U), porém, ficaria a par da semântica, então, a sentença é problemática em si, mas podemos utilizar o silogismo hipotético S→T, T→U ⊢ S→U, podemos interpretar, respectivamente, que sou (como universal homem) se existo é equivalente a não existo se não sou e sou (como universal homem) implica a existência do mundo, a existência do mundo implica o pensar sobre ele, então, o sou implica o pensar de acordo com a propriedade da transitividade da implicação.
O sou é sinônimo de existo, por isso quando exclamo, Sou! Automaticamente estou dizendo, Sou no mundo! Da mesma forma a força da expressão indica um reconhecimento de si em pensar através da linguagem e como existente. O sou é ato de linguagem, por sua vez, do pensar; assim como o pensar é ato sempre, também penso no pensar estando nele, ou seja, pensando. Por isso a ação intelectiva é ininterrupta, sempre está apontando para várias 'direções qualitativas', memória e imaginação. Como demonstrado no meu artigo psicanálise e lógica matemática a linguagem tem uma relação de interdependência com a razão, logo, com o pensar. Sendo o pensar no ato da razão (significante), o significado pensar está submetido ao significado do significante, ou seja, seu sentido, sendo ele desprovido de substância o pensar o seria de sentido e todo o ato filosófico seria inútil. O próprio reconhecimento de estarmos pensando pressupõe um observador, mas é aí onde mora o erro fatal de Descartes, esse salto lógico se dar a partir da analogia (método analógico) entre o ato como causal ou produto de um Eu, a causa (que deveria causar uma variação do movimento natural no eu); perceba que Descartes ao afirmar que só não posso duvidar que 'estou pensando', ele já pressupõe um eu pensante no ato de pensar como causa disto e não se direciona a este eu (cogito) e o questiona (como objeto do pensar), pois sabia ele que entraria em um ciclo infindo de dúvida, por isso o ceticismo de Descartes não o é de fato, ao certo é um método cético. Em Reid a concepção naturalmente dá uma visão da imagem real, é uma imagem metafórica, pois na mente só há pensamentos. Para Reid a imagem não é o objeto do mundo externo na concepção, entretanto, o próprio ato de conceber pressupõe isto, digo, em termos conceber é representar e por mais verossímil que fosse, nunca seria o objeto em si, daí a aproximação com as metáforas úteis de Nietzsche e com o incognoscível da coisa-em-si de Kant. O ser percipiente que se dá através da faculdade da receptibilidade, que por sua vez provém da consciência no sentido, é em outros termos o eu de Reid, o eu que concebe, enquanto que o eu de Descartes é o eu que concebe-se no ato de conceber ou identifica-se com o ato de pensar constante, o pensando ininterrupto que remete ao Ser Pensante (cogito), que deve ser uma substância no sentido dado pelo Agostinho de Hipona, T. de Aquino, ou B.Spinoza. Se fosse a essência deste ser que estivéssemos identificando, dever-se-ia haver nele categorias para além do axioma que inferimos, ou seja, haveria nele categorias além do que nos é necessário, em outros termos, haveria em nós como ser necessário a nós um ser autônomo e desconhecido para além do seu predicado essencial, ou seria todo ele o predicado em si, como o significante universal em todos, Razão e a nós desconhecido por questão de quantidade e limpidez; a sua concepção se dar apenas no ato do pensar, a autoconsciência é o pensar sobre o ato de o estar ou sobre o ato do pensando, este é pois o eu de Descartes, a substância contida em nós do todo, o campo que estamos inseridos.
Rematando, o problema de ambos também recai nas associações equivocadas, dado a causalidade como premissa implícita e não como objeto de estudo e teorização, além de ambos assumirem que o cérebro e a mente são coisas completamente distintas, onde a relação mais próxima entre elas é de bicondicionalidade. A contiguidade entre sensação e causa se dá através do ser percipiente, por conseguinte, da substância pensante (determinante na significação do ser senciente como função) e o princípio que regula está relação é a mesma que faz a lei de causa-efeito existir; semelhante ao princípio de uniformidade da natureza, e aos primeiros princípios constitutivos do ser humano, que por sua vez é semelhante ao a priori de Kant e a res extensa de Descartes. Tal princípio primevo nos diz que a existência de corpos extensos está submetida a sua forma primária, ou seja, áreas infinitesimais em progressão em série, isto é, a primeira unidade de área que trás inclusive a existência da reta e com ela qualquer área, este é pois o postulado soberano, absoluto da geometria euclidiana, o ponto, que por sua vez está associado ao número 1, também irredutível e soberano na aritmética. Os números naturais são fechados sob a função unária do sucessor, o um, depois o sucessor do 1, depois o sucessor do sucessor do um e assim sucessivamente, acontece de forma análoga com a linearidade dos acontecimentos, o erro do paradoxo de Zenão está em supor divisões infinitas, e mesmo assim é possível somar o infinito, mas em termos geométricos, como posto, forma, o um é o único que não é sucessor de algum outro, assim como o ponto.
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