Texto sobre Pobreza
O rico insensato faz da riqueza o seu deus e, ainda, por tabela, a si próprio como seu deus. Já o pobre cobiçoso, faz da pobreza sua causa de revolta contra o seu semelhante e contra o verdadeiro Deus, seu Criador. Porém, tanto um quanto o outro, são igualmente adoradores da riqueza (idolatria). Um, por possuir a riqueza e, o outro, por querer possuí-la.
Todo o lugar sem uma grande e forte cultura tradicional, uma educativa historia e com uma grande população de miseráveis nos mais baixos índices de riqueza são locais próprios e prósperos marginais que mais usam a telefonia móvel, que mais vendem celulares e por conseguinte mais usam a internet, ações que aniquilará qualquer principio independente de personalidade, princípios éticos de legalidade e moralidades existenciais.
A arte, a cultura e a educação politicamente correta devem estar sempre aliadas ao convite para um novo universo, das cores, das musicas e das palavras e proporem novas oportunidades de trabalho a todos mas principalmente aos que vivem invisíveis e esquecidos no patamar mais baixo da pirâmide social.
Privilegiar um novo artista pobre que reside dentro de uma comunidade, não é correção social alguma, muito pelo contrario é demagógico oportunismo em tirar vantagem da pobreza alheia. Agora levar o ensino da arte gratuitamente, fomentar círculos de ensino da arte e da cultura dentro das comunidades órfãs de baixa renda e mesmo colorir o ambiente com novas formas e cores, aguardando o despontar de uma nova vocação que existe, é sim o caminho mais prospero, verdadeiro e social.
Todo reinado será pobre quando o seu povo vive na mais absoluta miséria, mas são opulentos seus governantes, magistrados e políticos. Todavia, muito rico é o reino onde seu povo é rico e seus governantes, magistrados e políticos, recebem justa remuneração pelos bons serviços que prestam ao seu reino e a seu povo.
Compre os imóveis que eu vendo, acredite que está investindo, mesmo pagando o dobro do valor real. Beba meu vinho, tire fotos nos cantos da casa financiada para impressionar quem nem nota sua existência. Endivide-se comigo, depois peça empréstimo no meu banco para pagar as parcelas que não cabem no seu salário. Vista as roupas que eu vendo, aquelas que eu mesmo não uso — são feitas para você se sentir alguém que não é. Finja sucesso, enquanto eu lucro com sua ilusão. Trabalhe para pagar aparências, enquanto eu descanso com os lucros da sua vaidade. Afinal, o seu sonho é a minha renda passiva. Continue tentando subir num palco onde você só serve de plateia. Você não é meu cliente. Você é meu produto.
Ainda sonho com um mundo onde qualquer pessoa não precise mais temer expressar-se de forma diferente da maioria porque simplesmente não haverá mais minorias, mas tão somente igualdades. Onde as críticas não mais se voltem para o tema abordado na obra – que será apenas um dentre tantos possíveis – mas para o talento do autor ao criá-la. E onde este último não precise abrir mão desse talento por conta de pensamentos pequenos que não tiveram o mesmo privilégio com que o universo o presenteou para seguir em frente. A carruagem irá sempre preservar sua nobreza, independente dos cães que ladrem enquanto ela passa.
Eu vejo alguns escritores falarem de bens materiais como se tê-los fosse um crime, fosse feio, indigno ou proibido para quem quer ser feliz de verdade. Mas a realidade é que é o dinheiro que nos proporciona conforto, segurança e dignidade. Sem falar que ainda é ele que nos permite auxiliar quem por algum motivo sente na pele a sua escassez. É o dinheiro que nos possibilita ajudar quem perde tudo em catástrofes ambientes, casas de repouso, creches, orfanatos, ONGs que cuidam de animais abandonados. É com dinheiro que se constrói escolas. É a escola que constrói conhecimento e com raras exceções só com conhecimento é possível mudar a vida e o futuro de nossas crianças. É o dinheiro que financia pesquisas na área da medicina, do meio ambiente, da pecuária e da agricultura. Ainda é o dinheiro que traz uma vida com menos dor para milhões de pessoas que possuem doenças raras. Sem dinheiro seria impossível dar assistência pré-natal, pediátrica, creche para pais que precisam trabalhar colocarem suas crianças. Sem dinheiro todo sistema de vacinas estaria comprometido e muitas crianças jamais chegariam a idade adulta. É o ideal? Não! Ainda falta muito para que a maioria da população viva com a dignidade que merece. Mas a minha esperança em dias melhores não morre. Então, não venha demonizar o dinheiro e insinuar que as pessoas só serão felizes sem ele porque isso é a mentira mais deslavada que conheço. Sem as mínimas condições de sobrevivência ninguém pode ser feliz. Sem as condições básicas de moradia, transporte, saúde, alimentação e principalmente educação ninguém pode ser feliz. Nenhum pai que vê a comida faltar na mesa do filho pode ser feliz. Nenhum pai que vê o filho morrer sem assistência médica pode ser feliz. O dinheiro compra tudo? Não compra, mas todas as pessoas deveriam ter o mínimo que lhes permita uma vida digna. Dizer que dinheiro não traz felicidade é a forma mais feia que há de justificar a distribição desigual de renda que temos. Eu diria que é possível ser feliz com uma condição financeira modesta, mas sem as mínimas condições de sobrevivência ninguém pode ser feliz.
Se a sua riqueza fosse definida pela quantidade de emoções bonitas que sentiu, pela quantidade de corações que tocou em um abraço, pelas vezes que sentiu a presença de Deus em sua vida. Se a sua riqueza fosse definida pela quantidade de vezes que você deixou o serviço de lado para brincar com seu filho, pela quantidade de abraços que deu em seus pais. Se a sua riqueza fosse definida pelas viagens que proporcionou a si mesmo, pelas vezes que acolheu um amigo ao invés de julgar. Se a sua riqueza fosse definida pelas vezes que riu de si mesmo e sentiu a barriga doer de tanto gargalhar. Se a sua riqueza fosse definida pela quantidade de vezes que perdoou, principalmente a si mesma. Se a sua riqueza fosse definida pelas vezes que seus olhos brilharam diante da poesia da vida. Se sua riqueza fosse definida pela quantidade de suspiros, de olhares de amor, de gestos de paz, de atitudes de respeito que teve. Se a sua riqueza fosse definida pela gratidão às incontáveis preciosidades que você não precisa pagar para ter. Se a sua riqueza fosse definida pela saúde que você e sua família desfruta. Se a sua riqueza fosse definida pela sua superação de limites, pelas suas conquistas e vitórias independente de serem grandes ou não. Se sua riqueza fosse definida pelo bem que você fez ao próximo e por todas as vezes que se negou a compactuar com a injustiça. Se a sua riqueza fosse definida pela saudade que as pessoas que passam por sua vida levam, pelas pegadas de luz que deixa em seu caminho não pelo oposto disso tudo, você seria uma pessoa pobre ou rica?
Democracia: você pode exprimir o pensamento e eleger o seu representante. Mas daí eu me pergunto: há, de fato, a Democracia plena quando a expressão do pensamento é tolhida pela educação deficitária, manipuladora e que, veementemente, inibe a fomentação de ideias? Outro questionamento: há, de fato, a democracia plena quando o voto expressado pelo cidadão na urna é coagido pela ostensiva carência no suprimento de necessidades básicas? Ou seja, ante a pobreza que exerce um controle a fim de direcionar escolhas, para que, assim, não sejam propriamente “escolhas”?
O problema do pobre que fica rico, é quando ele entra numa outra realidade, totalmente diferente daquela que ele vivia antes de se enriquecer; e se esquece completamente de como era viver na pobreza. A maioria se torna fútil e banal. E dificilmente sabe distinguir o que é importante daquilo que não tem importância, além dos limites do próprio mundinho supérfluo.
Igreja de gente pobre, ricos não querem estar. Igreja de gente rica, os pobres são vistos com um outro olhar. Em meio a tudo isso, você como Igreja seja rico da graça de Deus e pobre na malícia, pois o reino de Deus não é comida, bebidas ou riquezas materiais, mas justiça e paz. Lá não há dor e os ladrões não se multiplicam.
Não há mérito em quem recebe (Efésios 2.8), pois todos nós somos mendigos diante de Deus e é justamente por isso que recebemos o favor imerecido. Quem achar que o mérito é de quem recebe, terá que discordar de que "não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor... (Eclesiastes 9.11)", mas que tudo isso é exatamente por graça e justamente pelo mérito da pobreza.
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