Coleção pessoal de evermondo

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⁠Meu Deus, não é espanto — é a revelação do véu se rasgando.

⁠Se a vida é uma obra de arte, então não somos prisioneiros do acaso, mas artistas moldando cada momento — criadores e criaturas, divididos por espelhos que refletem tanto o que somos quanto o que sonhamos ser.

⁠Não basta uma projeção, é preciso sustentação — sem estrutura, até a maior visão desmorona.
Ruínas também contam histórias, mas apenas dos vestígios de sonhos que não souberam se manter de pé.

⁠Vivemos em uma era de muita flexão e pouca reflexão.
Ajoelhados demais, curvados demais, submissos além do necessário.
Mas quem aprende a se levantar reencontra a clareza de refletir.

⁠Rico de Ouro, Pobre de Vida

Salomão, depois de algumas primaveras, percebeu… O pior pobre é o rico pobre, que ajuntou tesouros, mas nunca viveu. Gastou sua juventude acumulando e sua velhice contando. Agora, restam-lhe algumas primaveras — e ninguém para dividi-las.

⁠O paraíso é a ausência de resistência, onde tudo flui sem esforço.

⁠Ações e pensamentos podem ser sintomas do bloqueio do fluxo criativo, quando o que deveria fluir livremente se torna resistência. Essa resistência se manifesta como estagnação, ruído ou conflito interno. Onde há fluidez, não há sintomas — há puro movimento.

⁠Julgar rapidamente, sem consciência, é um reflexo condicionado do medo. O amor, mais que um sentimento, é um estado de consciência que, quando automatizado, gera confiança, compreensão profunda e liberdade interior. Se julgar é reduzir, amar é permitir.

⁠A fé não é um dom, nem um privilégio — é um dos músculos da consciência. Quanto mais você a exercita, mais forte ela fica. Não é algo que se peça com fervor, mas algo que se assume. Porque quem pede já demonstra que duvida.

⁠A iluminação assusta mais que qualquer assombração, porque revela o que o escuro escondia. Foi você quem apagou a luz. E o pior? O monstro nunca esteve lá — só você, o tempo todo.

⁠Você passou a vida ouvindo milhões de vozes, inclusive a sua. Mas nunca a única que realmente importa—silenciosa, mas sempre presente: a voz da sua consciência.

⁠Quando criança, eu queria tanto que o amanhã chegasse logo.
Depois que cresci, ficou a saudade do ontem.
Mas isso não é tristeza — É só um lembrete de que ainda dá tempo de viver o hoje.

⁠APRECIE COM DEVOÇÃO

A arte não se consome de qualquer jeito, não é enlatada nem apressada. É essência destilada, gotas de significado que só se revelam a quem lê com maturidade, contemplação e um certo ritual.

A arte não existe sozinha — ela dança no olhar de quem a contempla, e a cada passo dessa coreografia invisível, revela um novo significado.

⁠A Dança é ânsia da Alma

As pessoas esquecem que o espírito é vento dançando — e que a ânsia do movimento pode ser êxtase ou vertigem, prece ou pressa.

Mas o vento não se apressa nem hesita — ele simplesmente dança, sem se perder no tempo.

Só quem aprende a dançar com o vento entende que não há urgência na alma, apenas movimento.

⁠Toda invenção começa como uma mentira, uma história mal contada. Mas repita-a o suficiente, e ela se torna verdade para todos.

⁠Ovations disse: ‘De onde venho, chamamos isso de viagem sagrada. Cada passo é um portal, cada giro, uma nova dimensão.’ Dançar é viajar sem bilhete, sem destino, apenas guiado pelo ritmo da alma.

⁠Curioso como o olhar de alguém revela mais do que a própria pessoa percebe. Nada no mundo pode encantar olhos entristecidos — a não ser a própria luz que volta a brilhar neles.

⁠O paradoxo da sensibilidade: quanto mais sensível você fica, mais sensível você se torna. Isso não tem relação com fragilidade, mas com potência e expansão, pois a verdadeira força está em perceber o que poucos conseguem sentir.

⁠Olhe ao seu redor: há uma diferença imensa entre assistir passivamente à vida como espectador e apreciá-la com alma.
Entre trevos e trevas, entre sorte e morte, a felicidade é um desafio delicado, revelado apenas àqueles que se atrevem a enxergar o milagre nos detalhes.

⁠No mundo existem dois tipos de pessoas: as grandes e as pequenas.
As pequenas se chamam crianças, porque são puras das crenças limitantes, livres para sonhar, criar e acreditar sem os bloqueios que os adultos impõem a si mesmos.