Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

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As ondas da morte quebraram ao meu redor; Enxurradas de homens imprestáveis me apavoraram.

As cordas da Sepultura meenvolveram; Os laços da morte me confrontaram.(...)

2- Samuel 22:5-6

(...) Os homens céticos, os intelectuais rejeitam a bíblia, mas acham Shakespeare e Goethe gênios, desconhecem a fonte onde ambos beberam.(...)

Pobres mortais.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Contradição


Escuta o que diz a não razão
que a tristeza é estado de espírito.

Que o sonho de amar é utopia
não existe nada além do infinito.

Só o amor vale o desprezo
deste mundo, fôlego etéreo
é de Deus o seu quadro mais bonito.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Quando fores a uma exposição
ou galeria de arte, não toques em nada
o divino está na contemplação.

A beleza deve ser sempre preservada da posse
tuas mãos não foram feitas pra pensar
usa a mente, o êxtase do encanto
reside em contemplar.

Não confundas a arte com mulheres
que se usa as mãos para tocar.
Veja a arte como flor imarcescível
nuncas sabes que matéria ele usou criar.

Inserida por EvandoCarmo

⁠UM AMIGO

Poetas em erros e acertos
tentam descrever a amizade,
fazem comparações
entre um amigo e outras coisas
com severa vaidade.
Quando a vida nos arrasta
para um vendaval profundo
é normal pensar que tudo é vazio,
sem importância no mundo.
Aí surge um velho amigo,
que nos conhece tão bem
simplesmente diz: estou aqui
estende a mão e nos puxa
daquele poço sem fundo.
Poetas sempre ficarão devendo
a definição perfeita de um amigo
é coisa que vem do alto
palavras serão sempre curtas
ineficazes, falíveis
posto que um amigo
é um irmão, um ser invisível
como um sorriso de criança
mesmo que esteja ausente
pela simples lembrança de que ele existe
pode nos tirar do abismo
e nos acordar com um fio de esperança

Inserida por EvandoCarmo

⁠Hospitalidade

Meu caro irmão,
posso até te acolher
na minha tenda
contudo devo avisar-te,
que a minha paz
não está á venda
nossa conveniência
pode ser pacífica
tudo vai depender
da tua educação
e da minha paciência.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Quando bate o cansaço
é hora de girar a chave
mudar de rumo
se livrar do entrave
buscar notra fonte
o néctar da vida breve
soltar carga e o peso
do fardo que outrora
foi doce e leve.

Inserida por EvandoCarmo

⁠um poeta bêbado diz pro outro:

Meu impreterível amigo
o que há de erado,
por que essa face de Dom Casmurro?

Teu semblante flácido
onde riso frouxo não passeia
não coaduna com a tua idiossincrasia
alvissareira.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Encantado eu sigo sem descanso
minha lira afinada só destoa
como Nero eu a quero e não alcanço.

Sua boca quando abre me desarma,
me acalma o seu canto de sereia.

Quero tudo que sair de tua alma,
teu perfume de nardo me embriaga
me afagae prende em tua teia.

Inserida por EvandoCarmo

⁠"Palavra não dita,
ninguém acredita
palavra cantada
se finca na estrada
com medo se entala
o que se tem a alma
por isso se canta
onde o verbo cala."

Inserida por EvandoCarmo

⁠NEM NERUDA SABERIA

Teus olhos são estrelas
de uma constelação
joia rara, equidistante
do apelo da razão.

Tão longínqua
quanto penso
sobre a vida
em outro canto,
longe do frescor
e do encanto
da brisa do teu sorriso
sobre a paz entre os humanos
sobre a eternidade tão sonhada,
de Adão no paraíso.

O teu corpo em movimento
impossível é a descrição
pobre Neruda tentou
com sonetos de amor
que dirá de um poeta
tão infértil como eu
que tenta juntar palavras
que nunca se apaixonou?

Mas sobre a cor dos seus olhos
ainda não sei dizer, se são de mel
se são doces e nocivos
se são de mar, azuis reflexivos
se são da terra, se são do céu.

Inserida por EvandoCarmo

FUNDO DO POÇO

Estamos vivendo
No fundo do poço
A vida está dura
Pro velho e pro moço.
A guerra e a fome
O mundo consomem
Será culpa de Deus
Ou é obra do homem?"
A doença se espalha
Fere como navalha
Corpo e alma do povo.
Mas o homem não teme
Sua sorte no mal
Cresce sua altivez
Quando a culpa é só dele
Não daquele que o fez.
Poço de arrogância
Tanto velho e criança
Sábios na intolerância
Sucumbindo ao caos.
Mas a morte é distinta
Fica a obra que pinta
Para os bons,
Para os maus.

Inserida por EvandoCarmo

⁠"A coisa que tem efeito
sobre meu humor
que é capaz de dissolver minha estrutura emocional
como gelo derretendoao sol,
é o ciume sem propósito ou razão."

Inserida por EvandoCarmo

"⁠Escrever para mim, é como tocar piano, sem nenhuma analogia digital.
A nota certa só é alcançada depois de muito ensaio-assim escrevo poemas e aforismas, com os quais consigo deixar escapar minha verdade,
sobre o modo de como vejo mundo."

Inserida por EvandoCarmo

Silêncio

Quero o silêncio
onde se cria o impossível
quero o silêncio
onde se esconde o medo.

Quero o silêncio,
onde tudo é calma
onde tudo é alma,
e sem Deus e sem culpa.

Quero o silêncio
onde o vinho é doce
e o sangue esfria
e o trabalho é livre
sem suor nem lágrimas.


Quero silêncio
pois estou cansado
de ouvir mentiras
de um oráculo errado.

Quero o silêncio
do desassossego
do amor perdido
do perdão negado.

Inserida por EvandoCarmo

⁠"Quanto a tudo que faz mal ao ser humano e à alma do planeta, eu continuo neutro. Não um neutro ativista,
pois cada um deve colher o fruto
da semente que plantar."

Inserida por EvandoCarmo

⁠O tolo do Nietzsche diz que as máximas,
que ele usou exaustivamente,
são uma forma decadente de ensinar.
Segundo ele, toda máxima deve ser invertida,
para se achar o sentido, se é que
há algum sentido nos provérbios.
Concordo com ele:
"O Medo é o pai da moralidade."

Esta deve ser lida assim:
"O Medo não é o pai de moralidade,
a moral é uma invenção do medo."

Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

⁠Todo os castelos construídos nos sonhos são frágeis.
Sempre desmoronam com um toque de realidade,
como castelos de areia em frente ao mar,
não raro construídos por crianças distraídas.

Inserida por EvandoCarmo

⁠ENQUANTO DORMEM OS HOMENS

Enquanto o mundo desmorona
o poeta ainda continua
construindo castelos
em frente ao mar do absurdo
das gueras.
Em sua solidão insone
ainda encontra motivo para criar.

Como barco à deriva
conta com a sorte
espera que o vento do caos
traga uma tempestade benfazeja
que desperte do sono os animais.

Como migalhas de pão à beira da estrada
deixa rastro de compaixão e lucidez
na ilusão sublime de UM demiurgo
que seu canto rouco atonal
possa recriar outra vez
um ser melhor que nós
uma invenção melhor que o racional.

Evan do Carmo 17/08/22

Inserida por EvandoCarmo

Sobre as futilidades dos homens.

Arthur Schopenhauer conta,
que sempre que sentava num bar,
ele pegava um moeda de 20 francos
e colocava sobre mesa.

E dizia pra si:" Se a conversa destes homens
que sentam ao meu lado não girar em torno de cavalos,
mulheres e política, então eu darei esta moeda para o garçom.

Fez isso por 20 anos, e nunca ficou sem sua moeda.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Quando um escritor se propõe a escrever um romance, ele pensa: “Vou fazer assim, mas perde totalmente o controle do enredo, quem de fato assume o comando é um narrador onisciente, que abusa da condição de criador de realidades inimagináveis. Uma vez de posse do escopo, estando definido o rumo a ser tomado, personagens escolhidos e nomeados, então já temos uma história, história que será revelada a cada página. O Autor, quando entrega-se completamente à voz que escuta do narrador, não pode mais mensurar as medidas da obra que pensa que escreve.
Evan do Carmo. Autor de 30 livros. entre prosa e poesia..

Inserida por EvandoCarmo

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