Pérolas
Pérola Aos Porcos por Saik
Afinal pérola não foi feito pra porco
Eu erro também afinal não tô morto
O que pra todos é muito, pra mim ainda é pouco
O interior de alguns as vezes me parece tão oco
Incrível que tudo por conta de escolha
Bando de enrrustido que fica na encolha
Prefiro meu mundinho, meu universo, minha bolha
Do que dar um gole dessa garrafa que não vale nem a rolha
Talvez o problema seja eu que não sou desse planeta
Ou talvez eu que seja muito doido e esse mundo careta
Mas se voce está lendo isso e me entende, me prometa!
Quando a vida te trouxer a conta, seja luz e amor, deixe gorjeta
pérola
Quando a onda se aquebranta
em espumas lá na areia,
a jangada se alevanta;
quem é d'água não mareia!
Marinheiro que se encanta
não enjoa nem se espanta
com o canto da Sereia...
Não dê pérola aos porcos, galos e àqueles que desprezam coisas valiosas, dê-lhes migalhas de coisas vis, pois assim se fartarão e satisfação seus pobres apetites, sua infinita pequenez já estará momentaneamente plena
Teresina, terra adorada
Pérola do Piauí
Cidade verde esperança
Lugar da gente simples
O raiar do sol
Na faceirice nordestina
Amada ponte estaiada
Abaixo dela o Poti
A luminescência
De um povo acolhedor
Quem conhece
Não se esquece jamais!
Encontrar o verdadeiro amor é como mergulhar nas profundezas do mar e achar uma preciosa pérola, para depois guardá-la dentro do cofre do coração!
Quanto vale sua inocência?
A inocência é uma peróla cada vez mais rara, um diamante bruto, que a cada geração, se torna mais e mais difícil de se encontrar. A minha, eu vendi anos atrás, e a sua? Onde está?
A Pérola e o Grão
Ostra tranquila, em mar sereno,
não sabe do brilho que pode criar.
É no aperto do grão, no toque terreno,
que nasce a pérola, para reluzir ao mar.
Feliz é a ostra que nunca sentiu
o incômodo rude da areia a ferir.
Mas é na dor que o brilho surgiu,
é na lágrima bruta que a vida há de vir.
Não é fraqueza sentir-se ferida,
é a coragem de encarar o vazio.
A ostra se fecha, se faz recolhida,
mas dentro do peito, transforma o frio.
Assim somos nós, na maré do viver,
cicatrizes que doem, grãos que se vão.
A alma, em silêncio, aprende a crescer,
e faz da tristeza uma nova canção.
Pois, ostra feliz não faz a beleza
de uma pérola rara, nascida da dor.
Aceita o grão, e na sua dureza,
transforma a vida em puro valor.
Que a tua lágrima, então, seja luz,
um brilho suave em meio à escuridão.
Pois, a ostra feliz, em paz se seduz,
mas é a dor que faz a pérola em teu coração.
O amor é uma fonte inesgotável
de inspiração e expressão,
e ele pode ser revelado
em diversas formas,
sejam elas alegres, dolorosas,
simples ou profundas.
RAPARIGA COM BRINCO DE PÉROLA
Me destes tudo,
um corpo que divido com vírus e bactérias,
um sol que sempre me aquecerá,
uma terra que dá tudo, mas que nada devo plantar,
pois, nada posso colher.
Mãos hábeis que não posso usá-las.
De tudo que me destes, talvez, a visão foi o sentido mais inútil,
Com meus olhos, vejo-a como uma obra de arte, perfeita, num pedestal, digna apenas da minha mais taciturna admiração,
como A Vênus Milo, fêmea sem braços,
Intocável tu és.
Austero é meu desejo, cálido, puro e ingênuo,
mas não pode ir além de um frenesi que me aquece o cérebro,
pensamentos puros, mas reprováveis, tomam conta do meu âmago.
És terra de fronteira, lâmina desembainhada, és rosa amarela,
Amante desprezada, “Rapariga com Brinco de Pérola”, és proibida.
(Leila Magh Moreira, setembro de 2018)
Nos veremos nem que seja no tártaro ou inferno, creio; até lá existir uma lasca de pérola, inoperante a expressar meu amor para sempre ou que a amarei feito de eternitude no brilho (o arpejo mais carismático) mas seremos nós aqueles longínquos do que fomos supostamente croquis barrocos, em teoria; os amantes das estrelas
A frase "Ostra feliz não faz pérola" não faz sentido se a ostra um dia não abrir e mostrar o valor dentro dela...
inefável
o impossível coice de um cavalo-marinho
abriu a ostra onde havia pérola
e se eu não tivesse naufragado
jamais veria esta cena
e não teria este colar de ilusões
para aliviar a aspereza destas noites nervosas
em que o poema não vem
ou rebenta ao mínimo ruído como se fosse solitária
e o que deveria ser tudo metros mais de quinze
no papel é pouco milímetros quase nada
e em mim fica presa uma enorme madrugada
inefável indizível cá por dentro deformada
Noite sem lua, concha sem pérola. Só silhuetas de árvores. E um vagalume lanterneiro, que riscou um psiu de luz.
É impossível que aquele que encontrou a pérola de grande valor não entoe louvores. A adoração é a mais pura expressão de gratidão daquele que reconhece o tesouro que recebeu de Deus — o próprio Senhor Jesus em sua vida.
