Logo ali na Proxima Esquina
Como eu queria ser como todos vocês, que vivem ali, aqui, com este, com esta pessoa, que se adapta a tudo, que aparenta ser feliz mesmo estando morto por dentro, nem transparecer estar bem eu consigo mais.
Em meio aos seus rabiscos, ali estava..
Uma garota cujo nome não lembrava..
Seus olhos lagrimejavam
Pelas lentes dos seus óculos, ela não via nada
Usava fones de ouvido
Muito alto por sinal
A cada nota tocada, ela sussurrava
Mas sua mão não parava
Escrevia com a alma
Com a folha toda encharcada, olhou para mim e disse...
"Estou presa nessa ilusão, tentando suprir essa terrível solidão, que há dentro de mim.."
Estou com un longe sentimento realista de que os problemas estão ali parados,só aguardando... Não gosto desse sentimentos pela manhã! Hoje meus desejos são para os sonhos, vou sorrindo ao sol!
Quantas bençãos recebemos de Deus!
Olhando nosso jardim destruído pelo recente temporal,
vejo ali escondida uma pequena rosinha.
Sã e salva , como que por milagre.
Senti esse "acontecimento"
como um sinal de Deus me dizendo:
sempre há esperança e bondade
onde parece nada mais existir.
É mais fácil enumerar culpados externos, do que apontar as escolhas que nos levaram até ali e recomeçar.
No meu hábito de correr na praça todos os dias, fico reparando nas pessoas que ali cruzam o meu caminho. Tento imaginar o que se passa na vida delas, e no que elas estejam pensando. Para alguns, nem seria necessário perguntar, a tristeza e desilusão são estampa da cara. Hoje, o alvo de minha reparação foi um senhor bem de idade, tinha ele por volta dos seus oitenta anos, creio eu. Enquanto eu percorria minha terceira ultrapassagem por ele, notei em como ele pacientemente caminhava na tentativa de se exercitar. Um olhar um pouco mais demorado me fez enxergar o seu semblante, um rosto sereno, e claro. Continuei a correr e a imaginar em tudo que aquele senhor já poderia ter vivido até aquele auge da vida, e pude concluir: seja lá o que se passar na minha vida, aos oitenta quero estar no mesmo lugar que ele, em uma praça tentando exercitar meu corpo cansado, porém, com uma alma leve. Nossos corpos são apenas roupas que usamos na vida terrena, mas a nossa alma é o que nós realmente somos, cuide bem da sua!
As vezes eu ficava ali atoa, so pensando, e não tinha muito o que fazer naquele momento. Dai eu pegava o um pedacinho de papel e um lápis, e ia me divertir escrevendo aqueles pensamentos.
A poesia está ali no canto
Invisível ao olho arrogante
A poesia está ali nas ruas
Sozinha, triste e vagando
A poesia está ali no beco
Sem ninguém que acalme seu medo
A poesia morreu no banco
Mas no céu virou encanto!
Acreditava que ali existia vida
Simplesmente um enigma
Um mistério
Um leão alado
Esfomeado pelos prazeres da carne.
Carência sem explicação
Exigência inocente
Uma esfinge
Sem maldade
Que mata os viajantes
Com o seu suor lírico.
Tento destrinchar
Esmuiço as palavras
Num grande apuro
Espedaço-me com tamanha excitação
Ando a esmo!
FELICIDADE,
é um tanto de alegrias aqui, delicadezas ali,
gentilezas, sinceridades... muita saúde e
um bocado de solidariedade e compaixão.
Que tenhamos tudo isso e sejamos felizes!
Sonhei com uma vida diferente, onde não precisaria amar sozinha, você estava ali e dividíamos nossas vidas.
Todo cuidado é pouco ao pisar em terra de coração alheio, se sabes que ali não pretendes repousar seus pés, jamais o faça por piedade ou gratidão.
Piedade e Gratidão são sentimentos nobres, mas não devem nunca servir de “pagamento” pelo amor desprendido por outrem..... Afinal: “Amor com Amor de Paga!”.
- O que é aquele casal ali?
- Aquele?
- Não, aquele outro.
- Ah...
- São namorados?
- Não.
- Amigos?
- Também.
- Não to entendendo, cara.
- Acho que nem é pra entender.
- Mas eles são o quê, afinal?
- Algumas coisa que os outros não precisam dar nome.
Novamente estou aqui
Aqui e ali sempre sozinho
Eternamente só
E é só isso que eu sou
Sempre perdido
Um rosto desconhecido
Em meio à floresta anônima
Árvores e mais árvores
de almas desarvoradas
Onde ninguém
Absolutamente ninguém
Não quer, não pode
e nem significa
Muita coisa, além de nada
Atravessando a rua
Espiando através da vidraça
Caminhando pela calçada
Uns parados pensando
Alguns sumiram
Tem gente que apenas passa
Pessoas pequenas
Ocupadas
Com seu mundo, menor ainda
A melhor parte dessa história
é que ela um dia
Finalmente finda.
Odeio as "portas entreabertas"...é como algo que está alí, mas não pode pertencer-te...é metade algo, metade outro totalmente contrário. É dúvida, incerteza, angústia. Mas infelizmente, enquanto não a abrimos mais e entramos, ou simplesmente fechamos-a...ela continuará alí "uma porta entreaberta" que não significa nada, não serve de nada e não leva a lugar algum.
Vou ali ser mais feliz, começar o dia com tantos afazeres que tenho. Já me vacinei contra aquele incômodo que estava antes. Vou abrir as cortinas da vida deixando a luz da esperança e da bondade radiarem o meu coração. Não sou nada! Sou tudo quando me permito ser melhor. Sem maldades, dois pesos e duas medidas, sou leveza de ser.
João-de-barro , meu amigo
Queria na tua casa morar
Certo é que ali estaria seguro
Seguro na certeza de ter um lar
João, reforma tua casa
Aumenta as paredes, faz tudo bem certo
Me dê um quarto, serei teu inquilino
Ao menos, terei sobre mim um teto
João, é bom contigo morar
Nem me importo com você viver
Aqui é quentinho, aqui é gostoso
Aqui vou ficar e aqui vou morrer,
Mas não se mude e me deixe só
Pois morrerei a não mais te ver
João é o ser mais próximo da humanidade
Para inicio, carrega o parecido no nome
E se houve inspiração humana em João
Houve inspiração de João no homem
João estava aqui desde a moradia das cavernas
Viu a formação da primeira cidade
E antes mesmo de “criarem” o elevador
Ele já subia, mostrando sua superioridade
Inspirou desde a mansão até a cabana
Modelo europeu , tendência americana
É o responsável pelas estruturas que temos hoje
Mesmo nunca tendo levado um pingo de fama
Mas a fama até que não te interessa
O mais importante é o barro, o trabalho
É a proteção, pois lá vem a chuva
Sei que não gostas de estar molhado,
Mas também é esteticista
Muito preocupado com o formato
És o João-de-barro Niemeyer
Ou faltou em Niemeyer o sobrenome de João-de-barro
João-de-barro que tudo faz pelo trabalho ,
Mas também faz pelos filhos seus
João-de-barro, o segundo engenheiro do céu
Atrás apenas e somente de Deus.
João-de-Barro , o “faz tudo” da natureza.
O “faz tudo “ ,sim senhor!
João-de –barro engenheiro , arquiteto voador
João-de-barro aviador , compositor e pai protetor
João, o divino
Facilmente associado aos santos
João não é limitado como os humanos
João voa, João é anjo
Ele tem tudo o que alguém quer
João tem instinto, tem engenharia, tem alturas
Ele é naturalmente e por vocação
Perto de Deus e próximo das criaturas
Isso mesmo,João, o perto de Deus
Até no barro há o que se comparar
E se um se ocupou e com ele fez a sua obra-prima
O outro usa como matéria-prima para se ocupar
Pro João-de-barro só presta o barro
Molhado, ligado, pesado
Com dor, com esforço, com entrega
Aos muitos, aos poucos, revezados .
Não dói e nem reclama
Nem ao menos ele sai aos berros
João-de-barro pra fazer o que é de barro
Precisa se transformar em João de ferro
João das classes sociais
João, o falso-verdadeiro
João rico , é arquiteto
João pobre , é pedreiro
João, reforma essa tua casa
E aprende a alicerces colocar
Pois daqui há um tempo não muito distante
Não acharás altura onde morar
João , reforma tua casa
E nem precisa mais nela eu caber
Se apenas couber a ti
Conseguirás então sobreviver
João , reforma tua casa
Mas tente fazer tudo bem certo
Não quero te olhar e perceber
Que agora transitastes para João-sem-teto
João, reforma essa tua casa
Se quiseres, podes comigo morar
Pois pelo que és , seria a coisa mais triste
Se eu visse o João-de-barro sem lar.
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