Lisboa
Água Preta
O rio da minha infância
liko Lisboa
No velho água preta
Subia e descia canoa,
Era a coisa mais bonita
Água quebrando na proa,
Homem rio fauna e flora
Conviviam numa boa.
No rio da minha infância
Pesquei traíra e beré,
As antas e capivaras
Corriam de jacaré,
Passarim batia asas
Com medo de caburé.
Meu anzol de linha longa
Ia onde não dava pés,
Era no poço dos anjos
Entre os verdes aguapés,
Que morava o temido
O maior dos jacarés.
No rio das estripulias
Numa tarde eu vi Bita,
Fugindo dos soldados
Rumo a Manoel Batista,
Um salto mortal da ponte
Num mergulho sumiu Bita.
Guilermina e o água preta
O água preta e Guilermina,
Confundem a minha cabeça
Mas depois tudo germina,
O que fizeram com o rio
Fizeram com Guilermina.
Mas que pecado cometeu
Pra receber tal castigo,
Quando era um rio bonito
Tinha o povo como amigo,
Hoje velho e decrépito
É sinônimo de perigo.
O velho água preta
Era de utilidade pública,
Servia todos e a cidade
Como isso hoje explica
No seu leito perecendo
E ninguém vê a sua súplica.
O meu rio de contos
De belezas naturais,
Era o mais bonito
De todos mananciais,
Hoje agonizando
Em coliformes fecais.
O rio água preta
Velho triste e doente,
Mesmo morrendo a míngua
Ainda serve humildemente,
Carregando dia e noite
O lixo de nossa gente.
O novo quando chega
O que tá vira passado,
É preciso evoluir
Mas que fique explicado,
Rio é como provérbio
Nunca fica ultrapassado.
Liko Lisboa.
A Santo Antônio!
Santo Antônio de Lisboa,
De Pádua e do mundo todo,
Franciscano dos humildes,
Milagreiro e poderoso,
Que até o menino Jesus,
Em seu colo carregou,
Confiado pela virgem,
Santa mãe do redentor,
Rogamos por muita paz,
Harmonia, saúde e amor…
Santo Antônio de Lisboa,
De Pádua e do mundo todo,
Milagroso e poderoso,
Que até aos peixes fez ouvir,
Rogamos por suas palavras,
De bem de luz e porvir,
Que sejamos representados,
Por ti junto ao Pai Supremo,
Intercedendo nas horas,
De nossas necessidades,
Angustias e aflições,
Buscando para nós em Cristo,
Paz, amor e salvação…
Santo Antônio de Lisboa.
De Pádua e do mundo todo,
Franciscano dos humildes,
Milagreiro e poderoso,
A ti nos apegamos com fé,
Confiança e devoção,
Pedindo para as falhas, e faltas,
Pecados e omissões,
A luz e a paz de espírito,
E as bênçãos da salvação,
Que nos venha de Deus Pai,
Com o seu divino PERDÃO.
Gutemberg Landi
13/06/2010.
Esperando você
Liko Lisboa
Eu tenho medo
de sair de casa a noite
Medo que o dia
não amanheça pra mim
se o dia não amanhecer
não vou ter você
na sala de aula
perto de mim
a noite
eu durmo e sonho
com os querubins
com você chegando
de asas no jardim
do palácio azul
dos Serafins
sou eu esperando você
a tarde
ensaio um canto novo
enfeito danço
e visto a melhor roupa
só pra te ver
não sei
se vou pra BH
no ano novo
ou fico aqui sozinho
pensando em você.
Amo-te ! Lisboa.
...das colinas de Lisboa
vejo a lua beijando o mar
O Tejo conta as lendas num silêncio
...um barco corre solto, a navegar
No cais um poeta, canta e chora um fado triste
com ciúmes da lua, se torna tão bravio o mar
... enquanto a brisa namora aquela princesa de rara beleza, no seu castelo de areia, a encantar...
Das colinas de Lisboa
Onde o sol se põe, me faz sonhar
uma gaivota paira num silêncio
num imenso firmamento a voar
Nos trilhos a vida passa sem sentir essa magia
enquanto toda uma cidade se prepara para sonhar...
ouvindo o sino das tuas rústicas catedrais
a entoar um canto, de amor e paz.
Amo-te! Lisboa.
Ai quem me dera, na primavera, poder te abraçar!
No Algarve dos sonhos, regar natureza
Nos campos do Alentejo, aventurar.
De aço, são meus amores
Açores, epopeias ! Vou contar para o mundo tua beleza
sem par.
Ao serrar das estrelas
a noite me trás os montes
no frio se aquece a Madeira, uma ilha no mar
Vejo alegre e cantante
O fadista de outrora, tão presente agora,
a te enamorar
Até o Porto eu navego
nas tuas caravelas, que fizeram a história
e novos mundos brotar
Tua juventude renasce, minha querida Lisboa
a cruzar novos mares, a novos rumos tomar
... sem caravelas ! pois hoje, já é nova era
e o futuro de espera numa nave estelar
E o meu coração, continua sendo um Tejo
a desaguar nas estrelas, por entre serras e montes
beijando os teus céus e o teu mar.
Amo-te ! Lisboa.
O amor lisboa 1524
O amor sempre é paciente, sempre generoso e nunca invejoso.
O amor não se profana, não se ensoberbece.
O amor não é rude e nem egoísta. Não se ofende, não se recente do mal, não se alegra do pecado alheio. Mas se regozija da verdade, ele tudo perdoa, tudo crê e tudo espera. Tudo tolera, no que vier.
Poeta: Ângelo Neto
Inspirado no homem que me fez ser um o poeta que sou hoje.
" Poeta: Luis Vaz de Camões"." 1524 à 1580.
Lisboa-me, meu amor. Lisboa-me de Tejo. Lisboa-me de Fado e Mouraria. Lisboa-me na luz e na calçada. Lisboa-me de noite e de dia.
Lisboa-me, amor, Lisboa-me!
Vírus do bem
Liko Lisboa
Porque não criar
O vírus do bem
E contagiar
O planeta de amor
E que vire epidemia
E a prática um vicio
E viveremos todos
Em perfeita harmonia
E por falta de antivírus
Morreremos todos
De amor.
(Este poema será publicado na 12ª Antologia 2020 de Horizontes da Poesia - em Lisboa -Portugal )
AMOR PASSAGEIRO 777
Márcio Souza 31/03/20
Não vejo motivos em querer-te tanto
Alimentando minha falsa ilusão
A ficar sonhando com os teus encantos
Já não faço parte do teu coração.
Foi um começo de muita festa e risos
De carinhos e beijos apaixonantes
Mas que terminaste sob um mero aviso
Como piscar de olhos num rápido instante.
Trago na lembrança tudo que passou
Os momentos lindos de felicidade
Preferiste trocar-me por novo amor
Deixaste-me de repente e com saudade.
Tu surgiste intensa como um furacão
Senti o teu amor como rajadas do vento
Tudo não passou de sonhos de verão
Apenas tudo foi um mero passatempo.
Na vida se aprende sempre uma lição
No mundo somos apenas aprendizes
Seguirei em frente e ouvindo a voz da razão
O tempo não espera para eu ser feliz.
Márcio Souza
(Direitos autorais reservados pelo autor)
" O melhor lugar do mundo , não é Dubai, Londres , Paris , ou Lisboa, o melhor lugar do mundo é ao seu lado "
Saudades do natal em Portugal, das ruas de Lisboa e de Coimbra, do cheirinho da fumaça da lareira, e do frio que gela a face.
Alberto Pereira - nasceu em 1970 na cidade de Lisboa; licenciado em enfermagem, participou em diversas antologias, tendo obtido, em 2008, o 1.º Prêmio de Poesia "Ora, vejamos".
A 6 de Dezembro de 2008 foi apresentado em Lisboa, a obra poética "O Áspero Hálito do Amanhã" de Alberto Pereira, com prefácio de Xavier Zarco.
Obra e autor foram apresentados pelo emérito poeta Firmino Mendes. O prefaciador e o apresentador foram distinguidos com o prêmio Vítor Matos e Sá, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Janaina em PESSOA
Soubestes bem,
que de Lisboa saindo,
a ti irias buscar.
Que em Belém embarcaria,
em busca da ambição só minha,
de Janaina encontrar.
Aponta-me seu caminho
ensina-me a chegar,
mostra-me meu destino,
que é Janaina adorar.
Triste de quem vive sem esperança
e pensa nunca poder encontrar,
e faz de sua vida uma busca,
a ti vou a buscar, pelo brilho de teu
olhar.
Ó mar salgado, meu caminho pra ti
encontrar,
no instante imagino quantos morreram a
tentar,
e se o mar é perigoso, nem tanto quanto o teu
olhar.
Peço que não esqueçais,
mesmo se o barco naufragar,
em ti residem meus sonhos,
e este é a ti encontrar.
Agora no fim inverto,
como PESSOA não sei pensar,
pois já que não tenho talentos,
por tentar e ti tentar em poesia
meu mel será o teu tormento,
e a mim virás a buscar.
by
Mel
- Relacionados
- Poemas de Henriqueta Lisboa
