Fernando Pessoa Poema Hora Absurda
Amor é um poema
O amor é um poema
Um poema a quatro mãos
Feito pra pulsar, não um..
Mas sim.. dois corações
(o seu e o meu)
Gosto de tocar em você
E que toques em mim.
Sentir você...
E que me sintas também.
O cheiro da pele sua...
O sabor dos seus beijos.
O arrepiar do seu corpo...
de calor e de calafrios...
Seu respirar..
Adoro te provocar.
O sabor de seu corpo provar
O sabor do amor que me da
E que tento recompensar.
Neste pequeno poema
Que pra você ofereço
Nasceu escrito aos pouquinhos
Porém com muito carinho
Nem sei se tanto amor eu mereço.
Este poema pequeno
E pra você... É Só seu
Mas grande e este amor
Nascido entre você e eu
Poema com sentimento
Com seu consentimento
Ele nasceu de mansinho
Tem corpo, alma e além
Fazendo-me até pensar
A força que você tem.
Nem pensava em amar
Que dirá me apaixonar
Ai me aparece você.
E tudo faz renovar
Agradeço ao Senhor por tudo
Por tudo que fazes por mim
E pra você eu farei
Assim como fazes pra mim.
Te amo.
27/03/2018
13:45h
AMOR INVENTADO
É preciso inventar uma paixão
para fazer um poema de saudade
que supere as odes ao amor
de Neruda, Vinicius ou Rimbaud...
Sem contudo, me valer da pobre rima
pois prefiro, em tese, a liberdade
sobre um vício que tem todo poeta
sucumbir à inflável vaidade.
Inventar uma paixão é coisa fácil e vulgar
ora em vida, quase tudo e inventado
mas o amor, aquele que faz chorar
Este sim, não se pode prescindir da poesia
só se vive uma vez, em vida ou morte
e com sorte, vamos atrás desta vã filosofia.
Evan do Carmo 31/03/2018
POEMA MELANCÓLICO
também quero um poema com um quê bucólico
mas não conheço cantos e seus passarinhos
nem mesmo cores e suas lindas flores
tampouco encantos e seus vastos campos
o que me leva, sem demora, ao poema melancólico
pois conheço a dor que dilacera e apavora
a escuridão que traz o medo mais que a solidão
e os desencantos desta vida, em cada canto dividida
"Ah...Quem dera a vida fosse um poema. Palavras, rimas e versos bonitos.
Quem dera não existisse a realidade.
Triste fim dos encantamentos."
Meus versos se torna Poesias
Que virão Fantasias
Que se vão com Feitiçarias
Meos poema vem com Magia
Que se torna a Alegria
Nessa Maresia
Cria se uma Harmonia
Minhas Citações
Se vão como Aviões
Passando as Visões
Que começa em Refrões
E acabam em Canções
A minha Rima
E igual um Ima
Que vira Matéria prima
Pra depois uma Obra prima
Que entra nesse Clima
Que nos Queima..
Para colima
A oitava rima...
POEMA TRISTE
Poema triste de amor
Por tantos mares navegados
Numa profunda ilusão
Passado que brota vida
Num futuro sem razão
Que nasce no chão
E deixou-se levar
De coerente riso
Ou de coração quente
Pelos dedos caminham
Ou perdem-se no tempo
Num destino de alguém
Entre novos passos
Na covardia do homem
De um olhar ao relento
Num desejo silencioso
Nas águas de penas
Entre o rio e o mar
Gaivotas que voam
Nas palavras escritas
Num triste poema ou não
De um grande amor.
SUA FALTA
Hoje o poema não veio
Veio a tristeza
Veio a solidão
Veio a saudade
e a vontade de escrever...
... Mas não veio você,
e como você não veio
o verso se enclausurou
num cúbiculo escuro e úmido.
Se falta você no meu dia
voa a poesia,
e meu poema fica triste de morrer!
UM POEMA CHEIO DE RAIVA
Só de raiva vou escrever
Vou escrever a raiva de não alcançar o poema
De não ter visto poesia alguma no meu dia
Por não me deslumbrar ante a vida, hoje
Por não enxergar o sol atrás das nuvens escuras
Por me deixar intimidar pela ausência do toque
Do beijo
Do abraço
Do carinho
Da afeto
Pela ausência da tua transparência
Pela ausência do teu desejo
Pela ausênsia do teu amor
Que imenso terror ser poeta de dor!
De melancolia
De nostalgia
De noite fria
De cama vazia
Até mesmo de boemia
Que Azia!
Dói-me o estômago até o âmago
... Ser poeta de saudade
Ser poeta que escreve o que sente sem fingir
o verso que sente em verdade.
Somente por raiva escrevi este poema horrível
E não vou termina-lo com leveza alguma
Hoje não houve levezas
Nem ventos nas roupas nos varais
Nem o cantar de pardais
Nem a panapaná à revoar sobre a margarida
Hoje não houve vida
... Juro,
não houve
Ou não vi ( se houve)
Ou não senti ( se houve)
Só esta raiva de não ter tido tua presença
E esta ausência é a ausência de tudo
Porque tu és tudo
Alheio à ti,
esta raiva,
este dia cinzento.
Nada mais.
Pronto,
só de raiva escrevi.
POEMA MADURO
Eu aqui, calado, talhado no meu silencio
a procurar ele e o desvencilhar de mim
Ele, solto ao tempo, navegando canção
a dentro, sem deixar que eu o encontrasse,
até então, tudo que ele queria, era alforria...
E diante desse feito, ele corria pelas ruas
saltava pelas calçadas e jogava pedras
aos alpendres, e as janelas.
As vezes para varias ele jogava pedrinhas
nas poças d'água, só para vê-las pular como
desvairadas piabas.
Outro dia ele fugiu de mim...
Sorrateiro, correu para o horizonte
de pois se escondeu atrás dos montes
Foi apreciar o crepúsculo do sol...
Antes porem, pintou as sete cores
sob o diadema do céu e expandiu fumaças
sob os vales e as nascentes dos rios.
E eu aqui sem saber o que fazer,
na procura que procura...
E nada desse, poema da as caras a mim
... Todavia quando eu procuro,
ele fica daqui, dá li, a se esconder por ai.
E no esconde, esconde eu percebi
que quando ele saltou do caís,
abraçou o mar...
E saiu navegando em seu barco,
era noite e para saciar o seu frio...
Ele rebuçou no lençol prata da lua
e dormiu, navegando em seus sonhos,
e remando em suas saudades...
Depois fugiu por ai se camuflando
em sua diversidade.
Outro dia eu fiquei sabendo
que não adianta eu querê-lo
se ele não me quiser,
e eu pega-lo... Ele fica comigo
mas é como se eu não conseguisse tê-lo.
Antonio Montes
....um ponto final na poesia,
.....a morte da musa, o grande poema.
.........suspenso na eternidade
.................o silêncio irreprimível,
............entre ecos do acaso...
...........a fuga do poeta...
.....enigma inconfessável.
FIAR POÉTICO
E então, ó poema?
A inspiração indaga:
qual trilha, que dilema
se a intenção vaga...
Reage a página vazia
siga a tua saga
de vida
tristura e alegria
desprezo e amor
Pois, só assim
verso e reverso
o poema há de compor
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Aliceando, Alice Ruiz
POEMA MATUTINO
...E, da janela,
eu
via:
O pequeno
jornaleiro...
um
vira-lata
e uma
cadela
no cio...
Era
o cenário
que a manhã
me oferecia
para
a elaboração
da poesia.
POEMA SEM METÁFORAS
Eu primeiro fui criança
antes disso já nasci
não consigo me lembrar
só me lembro que cresci
que a vida era brincar
uma hora a eternidade
e a maior tristeza
era ter que entrar pra casa
o mundo uma brincadeira
o olhar de sinceridade.
Mas eis que surgiu a mentira
a gula e a vaidade
a bem da verdade já havia
só não sabia nomear
as crianças pouco a pouco
deixavam se abandonar
o quintal vazio e oco
e a maior tristeza
era ter que crescer também
achar na vida a rudeza,
as primeiras brigas de traição…
Era poquinha, mas já pude
entrever pela fechadura
os sentimentos mais rudes:
a solidão, o medo, amargura
quis fugir pro passado,
pro futuro, pra um lugar imaginário,
fugir de casa, de mim,
chorei, me bati,
com meus próprios punhos,
e ai, a maior tristeza
era não saber desintristecer…
Eu cresci. Fui adolescente.
Na verdade, já sentia um peso nos ombros,
não beijei, tive poucos amigos.
Esqueci de rimas e fui
rumando o desconhecido.
A maior tristeza, ai
era minha indiferença.
Queria sentir e não sentia,
era quase uma doença
sem cura que me atingia.
Quis fugir, quis morrer
planejei calculadamente
já náo tinha o que perder
tão perdida em mim somente
sem pra quê, sem por quê
toca meu peito e sente
não sabia mais bater…
Fui adulta. Não se engane
não deixei de sofrer
aprendi a enganar,
aprendi as frases feitas.
Poucos, raros amigos
o trabalho sobre a mesa
as folgas aos domingos…
não sei se era indiferença
não me lembro de pensar
de sentir o que sentia
só me lembro de me guiar
uma consciência quase vazia…
Uma casa escura e limpa.
Mas não posso afirmar
me ouve com atenção
quem sabe se não há
nessa casa um porão
abre a porta devagar
lá estão e estarão:
o brinquedo, a inocência,
o medo, a solidão,
a morte, a indiferença.
Se há, se houve, se haverá,
Ficou
Restou um rastro de poesia
Em folhas rabiscadas
Um rascunho de poema
Uma caneta trincada
Um caderno envelhecido
Pelo café marcado
Bitucas abundantes
Num cinzeiro enferrujado.
Ficou a vida sem óculos
O poeta foi cegado.
Amantes
O poema pronto precisou de muitos rascunhos,
Quem o lê nem sempre imagina,
As noites de luz acessa e as xícaras de café sobre a mesa.
Quanto se fez e desfez por uma frase,
Por um verso interessante.
Mais do que vício
Poesia é para amantes.
CRIAÇÃO DE UM POEMA
Sou o pecado que vc jamais cometerá
Eu sou o diabo vestido de Prada...
Eu sou o veneno que você já mais desejaria beber...
Eu sou um lobo em pele de cordeiro...
entre no meu jogo e te ensino como se joga
dançe entre os raios do sol, e mostre como se brilha
e deixe que eu te mostro o brilho do luar nas noites de lua cheia.
quero apenas escrever um belo poema no meio de tantos fatos e tantas coisas, mas é só vc que consegue me inspirar
Esse poema é para você que falei dos olhos num dia alegre que nunca me esquecerei:
Às vezes nós temos que deixar as coisas irem embora de nossas cidades internas para que elas voltem a nos visitar com seu olhar castanho claro e seu sorriso brilhante.
DESCULPA!
Já vi tantos poemas,
sobre a vida!
Tantas vidas
feitas de poema...
Já vivi poesia,
Já vivi a vida,
Hoje escrevo problemas!
POEMA AUTOBIOGRÁFICO
Onde eu nasci
A cidade é sorriso
Do triângulo mineiro, Araguari
O cerrado é dos pés, piso
A juventude, amanheci ali
E a saudade inciso
Na chuva, brincando cresci
Ouvi os pássaros no quintal
E as estórias de saci
Fui criança, afinal...
Hoje longe, eu aqui
E lá sempre estarei
Em nada mudei!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abril de 2017
Cerrado goiano
