Fantasia e carnaval
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Sinuca de bico.
Atado ao cais, continuo.
Papagaios prorrogados às barbas do carnaval.
Vacas, bezerros e leite que me escorre por entre os dedos:
Vicissitudes bovinas.
Coisas e amarras.
Eu não era assim.
Escuto Gainsbourg.
Ando youtubado nas horas vagas.
Saudades daí, de você e de mim mesmo
nesses ares urbanos.
Venenos, ando precisado deles...
Margaridas multicoloridas num copo d'água.
Amanhã será segunda,
outra.
Milhões de pequenas bobagens para pensar.
Quando será que vou lavar meu carro
ou limpar minhas gavetas,
ou colocar velhos livros na estante?!
Será que a vida é só isso? ...
Alguma coisa me aflige.
Meu coração está mole.
Terei que achar uma benzedeira...
Outras saudades!!!
Beijo!
r.
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É Carnaval! Que agito em Salvador...
Na paz e amor, axé, dança e calor!
Passa a "pipoca", e fica o sentimento:
Bahia não me sai do pensamento!
Escrevo até um soneto solto ao vento.
Nem dá pra demonstrar tudo que tento!
Nem liberando essa energia e dor
Do desconforto ao ver o Sol se pôr,
Da minha lágrima a molhar o chão
Do meu Brasil nesse nordeste lindo!
Na tentativa a descrever "paixão",
O som do Pelourinho já vem vindo -
E essa alegria invade o coração:
Só no gingado eu fico assim sorrindo!
Melancolias de um samba,
Tristeza em pleno carnaval
Um dilema em minha cama,
Viver ou fase terminal.
Filosofias de bar,
Ideologias fúteis de jornal.
Água levanta poeira do asfalto
O cheio me leva ao passado.
Banho de chuva,
Descalço na rua
Olhando o céu
Pensamentos aleatórios ao léu.
Os valores estão se invertendo a cada dia que passa. No Carnaval se põe banda de forró. No São João se põe banda de Carnaval...
Onde iremos parar com essa inversão de valores?
Carnaval não destrói relacionamentos, mostra apenas quais são os verdadeiros. Depois você vai lá e entra no bloco "Volta pra mim meu amor".
Anelo que, Neste CARNAVAL, você:
Beba revolução
Dirija mudanças
Transe ideias
Fume diversidade
Dance com a igualdade
Se proteja da hipocrisia
E tudo isso sem moderação!
Não preciso de carnaval pra sair cantando,pulando e mostrando felicidade, assim como não (devíamos) necessitar do Natal pra demonstrarmos solidariedade e amor ao próximo...queria que chegasse o dia em que não tivéssemos data marcada pra expor nossos sentimentos...assim seríamos menos escravos da nossa sociedade e mais obedientes ao nosso coração..
Você se amarra num livro e lê jornal
Eu só em festa, viagem e Carnaval
Nosso convívio é perfeito, é natural
O amor é capaz de explicar
Não acreditava que pudesse encontrá-lo outra vez. A festa de carnaval foi passageira no ano anterior.
Neste ano (2012) nos vimos e nos reconhecemos.
Somos assim...
Você tem um jeito menino.
Eu sendo mulher.
Você tem um sorriso largo.
Eu querendo sonhos doces,
Quase inocentes.
Você tem cor de chocolate.
Sou branca como a neve.
Você me leva para ver a cidade acender,
Sentir a brisa no rosto.
Eu o levaria ao encontro do mar
pro sol aquecer as nossas almas.
Somos assim!
Corpos com peso e forma,
cor e cheiro.
Diferentes e iguais.
Soube disso quando
ouvi sua presença.
Em meio à confusão
Vi sua cabeça.
Restava-me o desejo.
Reconheci você em mim.
Delicioso sabor,
digo ALMOR.
Contos de fadas as Vilã são encontradas,
Mais na vida real,são iguais a bailes de carnaval
Todos usam máscara.
O brasileiro, em geral, é obsediado por essa coisa chamada carnaval. É como desejar esgotar toda a ração de tristeza estocada em fevereiro.
Carnaval.
Não lembro, a não ser pelas fotos, como foram meus carnavais na infância em São Paulo na Rua Pamplona, nem no Clube Palmeiras onde me levaram e tinha também o corso pela Avenida Atlântica em Santos onde meu pai tirava as portas traseiras do Chevrolet 1.956 para que pudéssemos entrar e sair rapidamente quando o cordão andava.
Lembro pelas fotos, mas vejo que não adiantou ter sido fantasiado de Zorro, Arlequim ou de Superman porque meus heróis sempre foram e são mais reais, mais pé no chão, mais gente de verdade.
Na juventude, época dos dezoito aos vinte e poucos anos, ensaiei tímidos passos carnavalescos nos salões, do Tênis Clube de Vera Cruz e mais tarde no de Marília, Sempre empurrado pela molecada para ficar o mais perto possível das garotas de shorts e bustiê, pegar na mão de alguma ou colocar o braço nos seus ombros. Isso era o máximo da ousadia.
Tudo isso era feito meio entorpecido pelo rum com Coca-Cola ou pelo wisky Old Eight que o barman despejava sobre pedras de gelo sujas, arrancadas de barras depositadas no chão de qualquer maneira, como era usual na época. Não raro havia séria revolta estomacal na molecada, até mais de uma vez por noite.
Quando eu tinha meus trinta anos meu espírito carnavalesco esteve ainda mais recolhido na época da festa do povo e houve um tempo que eu justificava dizendo que a minha vida era um verdadeiro Carnaval o ano inteiro.
Nesses dias de Carnaval eu montava na minha Honda Setegalo e depois na Honda Gold Wing 1.000cc e fosse no Itararé em São Vicente ou no Castelinho em Ipanema, meu Carnaval e de muitos motoqueiros era paquerar, colocar uma garota na garupa da moto e “arrastar” para o apê...
Não me lembro de ter ido uma única noite num salão mas há uma lembrança generalizada de grandes noitadas.
Em toda e qualquer época para mim os desfiles das escolas de samba poderiam ser mudos e eu surdo, porque a maioria das letras não passam de um amontoado de palavras que algum inculto recolhe nuns livros e tentam, num arremedo nem sempre harmonioso, contar com suor e purpurina a história feita de com sangue, suor e lágrimas.
Mais ainda, no Carnaval pobres de todo o gênero, gastam boa parte do orçamento numa fantasia tosca, para viver numas poucas horas de euforia e um ano inteiro, como diz a letra do Chico, desengano...
Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano
Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano
Esse ano meu Carnaval não vai ser muito diferente dos últimos. Ler um pouco, escrever um pouco e refletir muito porque logo chegará a quarta-feira... e qualquer hora, desce o pano!
Carnaval do Amor
Cuíca, tamborim,
Cabrochas, pandeiro
Brilhante mestre-sala...
Sorriso de marfim
É mês de fevereiro,
Você na minha ala.
Batucando, o coração,
Entra no seu compasso
Está decretada a folia!
Meus sonhos pelo salão
Se unem com seu abraço,
Libertando a fantasia...
Meu amor como adereço
Ostentado em suas mãos...
Descrevi no samba-enredo
Seu beijo que eu não esqueço
Passista na multidão,
Revelam doces segredos.
Minha escola colorida
Ao toque da bateria,
Do samba mostra o valor...
É apoteose na avenida!
Esplendor de alegorias,
No carnaval do amor...
Não, o carnaval não é e nunca será o maior evento da terra como muitos dizem...o maior evento que vai parar a HUMANIDADE MUNDIAL será a volta de JESUS, todos verão ao vivo....
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