Coleção pessoal de claudialundgren

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Canto triste
melodia chorosa
lágrimas ardentes
entristecem face:
pesarosa!

Ela é a mulher
Da escadaria
Da periferia
Mulher de mil vidas
Que muito ouve
E finge que acredita.

A menina quis juntar
As partes espalhadas do amor
Como se as pétalas,
Desligadas do miolo,
Pudessem, a ele se unir,
E voltar novamente a ser flor.

O poeta está ali, no silêncio da madrugada. Enquanto todos repousam, uma imensidão de ideias lhe invade. A imaginação aguçada, sentimentos aflorados. Com ímpeto incontrolável, deseja pôr tudo no papel.
O relógio, que o observava, e vendo que as horas se avançavam, encurvou-se para o escritor e lhe disse:
- O sol já vai despontar. Que tal dormir agora?
- Tudo bem, mas... posso escrever só mais uma?

Caminho sem paradeiro
Andando pelo deserto
A lua linda, meu candeeiro
Em viagens a céu aberto
Do tempo, sou passageiro
Chegando a um lugar incerto
Meu destino, o mundo inteiro.

Em outro lugar
Sou sol
Luar
Aceso farol
Sou flor
Girassol.

Quando silencio
Quero dizer muito
Ah, se você entendesse
Minha quietude...
Em meu modo mudo
Falo tudo.

A vida é um campo minado
Mas estou de sobreaviso
Olho pro chão, enxergo as bombas
E nelas, já não mais piso.

Lindas, profundas águas marinhas azuis;
amarelas folhas outonais ao chão;
amor, sentimento intenso, vermelho efervescente;
Vem pintar com qualquer cor!
Iluminar-me, como o sol resplandescente!

Sol raiou, o sono voltou
A vela cerebral apaguei
Cortinas mentais fechadas
Adormeci
Mas deixei registrados
Os frutos da madrugada.

Nada foge ao Seu controle
Se aconteceu, foi permissão
Dá a ordem, o vento para
Ou deixa soprar o tufão
Tudo está em Suas mãos

Minhas mãos produzem vida
Sonhos, idas
Lugares imaginários
Emoções contidas
Poesia

De qualquer lugar
No universo alfabético
Da emoção traduzida
Sou de todos os versos.

Saí de casa, distraidamente, e dei de cara com o meu futuro. Nos entreolhamos. Foi como se já nos conhecêssemos de longa data. Seus olhos brilharam, e ele me disse:
- É claro que é você!

"Porque escrever me é necessário. Assim como o respirar."

"Dias tão longos, as horas não passam
A solidão, uma lágrima
A ferida aberta
No corpo, passível de costura
Na alma, como cozê-la?
Invisíveis, imperceptíveis
Gritantes, sufocantes
Sem previsão de cura
Amanhã? Um mês? Um ano?
Nenhum remédio, nenhuma tala
Nenhum unguento, nada sara
Apenas o tempo, mas ele não passa"

"Chega desse negócio de que há sempre um sapato velho para um pé doente, chega de menosprezar-se. Há sempre um sapatinho de cristal esperando por uma Cinderela."

"Os segundos são únicos, os minutos são únicos, horas, dias, eles não se repetem. Os momentos são únicos, e igualmente os textos. Eu poderia escrever algo parecido, porém jamais idêntico."

"Eu é que fiz bem
Em não ser amor de carnaval
Na vida de ninguém
E depois ser lançada como cinzas
Na quarta feira
Amor de carnaval não existe
No carnaval se usa
Nunca se ama
Que bom estar em casa
Paz, calma
Longe da ilusão, da decepção
Que bom é dizer não
A um amor de carnaval."

"São poucas as coisas que têm o poder de me desconcentrar e me desordenar, assim, tão completamente...perco o rumo, perco o sono, perco o ar, perco a voz, enfim, me perco...Suspiro, sorrio do nada, sonho acordada, bem assim..."