Cotidiano
Medo.
Sem entrar na definição na qual o medo é um sentimento necessário à sobrevivência do ser humano, deixarei uma pequena opinião, não querendo ser esta, uma posição final.
Muitas vezes perdemos oportunidades reais, pelo simples medo de tentar.
Para tanto, inventamos as mais diversas justificativas e usamos essas como desculpas pela nossa inação.
Perdemos projetos ousados, oportunidades de emprego e até mesmo relacionamentos, pelo medo de tentar.
Por medo, talvez do fracasso, levantamos as mais diversas justificativas, dizemos que tal proposta não está ao nosso alcance, dizemos que não temos condições ou competências, enfim, inventamos as mais variadas justificativas que, para nós, nos servirão de conforto ante as nossas fraquezas, afinal é mais cômodo escorar a culpa em algo ou alguém do que em si mesmo.
As oportunidades existem para quem ousa, são para quem faz. Agora, ousar e fazer, dependem de ação proativa, obriga querer e traçar objetivos e metas para alcançar o que foi almejado.
Se você quer ter uma profissão melhor, invista nisso, estude, se prepare, mude sua rotina, se esforce, saia da inércia, corra da mesmice.
Tudo exige sacrifício e, não há conquistas sem renúncias.
Esses esforços valem para todos campos da nossa vida, do pessoal ao profissional. Invista, não tenha medo. Seja sempre alguém além de suas próprias expectativas. Você terá sucesso se assim agir? Não sei, mas posso afirmar que você estará mais preparado do que quando começou.
Empregos que não conseguimos, concursos que não passamos, relacionamentos que não conquistamos ou que se perderam, tudo isso, não deve ser motivo de desânimo, ao contrário deve ser um estímulo à buscar novos saltos.
Invista em você, não tenha medo, arrisque-se.
O medo, sempre estará a espreita e andará de mãos dadas com as dúvidas, com a sensação do fracasso, com a saída da nossa zona de conforto, mesmo assim, não tema, se supere.
Se quer algo diferente, faça algo diferente
Massako 🐢
►Na Escadaria de Pedra
E pela janela do meu quarto eu vejo a lua
Durmo no aconchego de sua ternura
Toda a dor do dia se vai, encontro minha paz
E pela janela antiga eu observo minha amiga,
Aquela que tanto citei em minhas tentativas poéticas
Escrevo agora admirando-a, e imaginando
E, em devaneios noturnos eu me pego sonhando
Um sonho bom, caloroso, que faz bem ao meu coração
Escrevo não só para ela, escrevo para remediar as dores
Dores de uma antiga donzela, de uma amizade outrora bela
Dores de um romance desfeito, de uma traição do peito
Escrevo para sarar, para me recuperar, me alegrar.
Momentos que outrora me deixavam sereno,
Hoje se revoltaram, se tornaram um tormento
E, como passatempo, eu caminho no relento,
Procurando, buscando um sorriso meigo.
Não sei dizer o que sinto quando me encontro despedindo
De sentimentos que não foram ouvidos,
E que foram grosseiramente omitidos
Não sei o que pensar quando estou sozinho,
Sendo assombrado pelos meus medos reprimidos
E também desconheço o que é ser verdadeiramente amado
Eu gostaria de experimentar, degustar de um sentimento tão bem falado
Faço então uma tentativa escrita, um texto fraco.
Sentado em uma escadaria de várias pedras, eu penso
Estou sozinho, refletindo sentimentos
Lento, talvez seja a melhor definição para o momento
Eu penso, logo existo, em um tempo que me sinto um inquilino
Sem moradia, sem uma casinha só minha, sem nada
Reflito sim, pois o que me resta é pensar no meu fim
Estarei lamentando os arrependimentos?
Estarei sozinho? Sem uma família ou amigos?
Se eu de fato existo, logo, posso tentar pensar
Se posso pensar, por que então não posso tentar amar?
Mas amar quem? Quem me deseja ao seu lado?
Estou enlouquecendo com pensamentos insaciáveis
Eu quero amar, assim como o meu avô amou sua esposa
Eu quero acreditar, que a solidão, com a minha vontade, irá passar
Então escrevo, na escuridão das ruas do meu peito
Medo? Sempre, afinal já escrevi inspirando-me nele
Talvez a palavra que está faltando em mim é serenidade
Talvez a coloque daqui a alguns poucos meses
Escrevo junto a minha necessidade e amizade perante a caneta
Escrevo, sem dia ou hora, a minha já exposta incerteza.
Ah, os flertes urbanos. Os encantos do metrô, os artistas do centro da cidade e o moço da lambreta bege, que ainda espero encontrar de novo um dia. A timidez nos trava e nenhuma palavra é trocada, nada acontece. São apenas olhares, mas que nos trazem sorrisos a cada dia.
(Flertes Urbanos)
A importância de não se importar.
Pessoas, como seres sociais, são estranhas.
Você não acredita? Pense.
As pessoas que lhe agradam, quem são? São as pessoas que somente lhe querem bem? Que concordam com você? Que lhe dão preciosos conselhos? Que lhe dá a mão quando você cai? Penso que essas pessoas você as tem em alta estima.
Mas, pontuemos.
Pessoas que concordam com você, não necessariamente concordam. As vezes você pode estar certo, daí tudo bem, e nesse caso, a confirmação a desnecessária. Muitas pessoas em nosso ciclo, concordam para nos agradar, para não parecer chata, ou até mesmo por não ter uma opinião sobre o assunto em tela. Ou seja, apenas concordam, e essa concordância não quer dizer nada.
Pessoas que dão conselhos, cuidado. A maioria dos conselhos, são mais para a outra pessoa do que para ti mesma. Afinal, só quem errou muito e acertou pouco, é que de fato pode dar bons conselhos. E, os conselhos de outra pessoa, poderão parecer doce aos seus ouvidos, mas, de nada adiantará, pois você dificilmente irá se fartar deste doce. Se assim fosse, você ouviria mais seus pais.
Quando você cai e alguém lhe dá a mão, cuidado para não arrastar a pessoa para o mesmo fosso que você. Se alguém lhe ajudar a sair do buraco, cuidado com a escada posta, você terá que carregá-la.
Se importe, mas, não se importe.
Você será usado e usará pessoas, e isso se chama relacionamento.
Quanto mais você usa, mais afinidade você tem, mas, não confunda usar e ser usado, com amar e ser amado.
E quando as pessoas não mais lhe tiver utilidade, serão simplesmente descartadas de sua vida. Tem dúvidas disso? Pense, você nunca descartou alguém? Nunca deixou uma amizade morrer?
Damos mais importância ao nosso egoísmo sem importância, e, por isso, somos seres estranhos.
Se você tiver conhecimento disso, não se importará com suas fraquezas e as fraquezas alheias. Entenda que neste caminho, todos estão perdidos.
Pense e reflita.
Ilumine seu dia.
Paz e bem.
Seja luz.
A cada dia que passa é uma realidade a mostrar uma evidência que muitos ignoram, a de que o dia e a noite são apenas meros instrumentos que o tempo sinaliza para o óbvio, que as ilusões do cotidiano não são o caminho para a felicidade.
Mais nas reflexões da vida jamais se analisa o tempo que passa na velocidade da luz, e sim a razão pautada nos acontecimentos diários…
Efemero
Um dia tudo será esquecido.
Sejam bons ou ruins os momentos,
não importa quais sentimentos,
tudo flui a ser desvanecido.
Tudo isso já é conhecido.
Mas em meio a nossos tormentos,
nos perdemos em meio a lamentos,
nos martirizando a cada ocorrido.
O tempo é uma sentença implacável
nenhum revés pode se perpetuar.
Perde-se tempo com o execrável
em detrimento do que é salutar.
Rumando à fronteira do inevitável,
onde nada desse mundo iremos levar.
Todos nós temos uma criança interior, só que uns mais danadinha e outras mais tímidas. E isso reflete no nosso dia-a-dia.
Vida
Qual o sentido da paz
Perdoar e ser perdoado
Amar e ser amado
Aceitar o que a vida traz
Querer justiça quando injustiçado
Fazer graça com o humor alterado
Dormir tranquilo quando cansado
Acordar disposto para o trabalho
Um drink com um cigarro
Sem destino dentro de um carro
Chorar quando triste
Sorrir quando feliz
Saber que amor existe
Curar e ver a cicatriz
Vida que roda em ciclos
Dias bons dias ruins
Adquirir novos vícios
Ser o palhaço desse circo
Vida, vida , vida
Quanto tempo ainda temos
Qual a hora da partida
Aceitamos tudo que perdemos?
Seja bem vinda , chegue mais
Ou até logo , até mais
O mundo fuma
A neblina destruidora
cachimbo da paz
Paz e guerra
Paz?
Paz que carrega cicatriz da fonte
O mundo
fuma
População da poluição natural
Industrial
Até o pulmão
que não escolheu fumar,
fuma
Na casa, na rua, no lago
Fuma o mundo
Sem ar está
Prende expira expira
Fuma
O pulmão do mundo
Que não escolheu fumar
►Arco-íris
Às vezes é difícil acreditar em alguém que diz que me ama
Às vezes é difícil acreditar em alguém que me engana
Às vezes é difícil acreditar na personificação de uma dama
Eu procurei por tanto, tanto tempo, e nunca a encontrei
Eu lamentei por tanto, tanto tempo, e nunca a alcancei
Será que ela existe mesmo? Ou tudo fora fruto de minha imaginação?
Será tudo apenas uma ilusão? Uma miragem, feita para acalmar o meu coração?
Pudera eu ter uma resposta para todas essas perguntas
Pudera eu amenizar o peso que se acomodou sobre minhas costas.
Textos românticos preenchem as linhas de meus cadernos
Canções ocupam horas e contam vários momentos
Momentos estes que se foram, e encalharam na encosta
Sem jamais velejarem para o grande mar, tornando-se prosas
Melosas fora as palavras que usei para construí-los
Tediosas fora as manhãs vividas sem possuí-los
E, hoje, me vejo aqui, perdido, em busca de um arco-íris
Em busca do pote de ouro, de outro conto, de uma moça e de um moço
Um novo conto, pomposo, de um louco para outro.
Continuarei amando às cegas, com nulas promessas
Continuarei me dedicando, em frases singelas
Estarei aguardando a tal princesa,
Para me completar e apaziguar minhas terras
Minha mente está tempestuosa, me trata de forma impiedosa
Alívio, busco o alívio, já não mais respiro
Busco o arco-íris, só isso.
Enfrentar a vida cotidiana, com todas as suas exigências banais de dedicação, paciência, perseverança e sacrifícios, humildemente, sem visar o aplauso, sem grandes gestos heroicos – este é o nosso heroísmo cotidiano, invisível para os outros.
"Não permita que abismos na alma, transformem o seu ser em escuridão. Saber ignorar as rudezas do cotidiano ajuda bastante."
►Quarta-feira Imprevista
Eu não estava preparado para quarta-feira
De manhã eu perdi a confiança para com um amigo
E a tarde, junto a uma garota, fiz besteiras
Logo cedo eu fui agressivamente traído
Ao entardecer, eu tive um momento íntimo
É difícil explicar, tanto que fiquei deslocado
Ao nascer do sol fui atacado, à tarde, provocado
A história por si só é impossível, inacreditável
Mas irei tentar desenhar tal cenário inimaginável.
As sete da manhã eu estava ocupado
O tal "melhor amigo" conversa comigo
E, lavando o carro, estávamos batendo papo
Melhor do que lavá-lo sozinho
Claro, nada havia sido planejado
Em um certo momento, fui apunhalado
Melhor dizendo, agarrado, enforcado
Brincadeiras à parte, eu fiquei extremamente chocado
Chateado, desconfiado... acabado.
Entristecido e aos prantos, eu saí, descontrolado
Os óculos que deveriam me proteger contra o sol,
Escondia os meus olhos avermelhados
Eu estava desmotivado, cansado
Queria apenas dormir, deitar tudo no passado
Isso para evitar o terrível fato,
Que, sem dúvida, me assombrará.
Depois de algumas horas, voltei para casa
Deprimido, resolvi deitar e tentar apaziguar minha alma
Pensei até em chorar sobre o travesseiro, mas dei um jeito
E, assim que fechei meus olhos, acalmei meus nervos
Meu medo foi passando, um passo por vez
A verdade era que eu queria dormir até as seis da tarde
Mas tinha que ir à praça, encontrar um compadre.
Ao chegar lá, vi ele e uma possível amiga
Conversámos, e depois de uma caminhada tranquila,
Resolvi voltar para a minha casa, ele foi também, com ela
E, em um momento imperceptível, eu e ela ficámos atraídos
Quando me dei conta, a vergonha estava fixada sobre o rosto do amigo.
Tudo o que estava acontecendo estava me assustando
Como não estava previsto, fiquei sem qualquer plano
Mas, o que posso assegurar é que,
O fim daquele dia foi especial, agradável
Por conta disso, dito isso, agradeço ao amigo, Otávio
Obrigado, jovem, muito obrigado
Não há palavra que descreva melhor
Obrigado, usando apenas uma palavra, e logo após
Estarei te agradecendo pessoalmente
Obrigado novamente, por me ajudar em um momento extremo
Momento que imaginei que enfrentaria sozinho
Perdi a confiança, mas garanto ter aprendido
Por tanto, obrigado, aqui sou eu que vos fala
Jamais esqueça dessas minhas palavras.
Quando soubermos que o 'nós material' é o mesmo material que os outros, pois este material nos tem sido dado apenas como empréstimo, valorizaremo-nos por igual, e a gratidão será uma atitude tão básica, rotineira e cotidiana quanto o ato de dizer 'bom dia'.
OUÇA MINHA HISTÓRIA *
Ouça minha história,
Como se ela fosse importante,
Ofereço-lhe minha memória,
A alma temerosa, relutante...
Ouça minha história,
Vou lhe falar do quanto já sofri,
Dos amores que amei,
Das vezes em que quase morri,
Das lágrimas que chorei;
E de como enfim, sobrevivi.
Ouça minha história,
Tantos erros cometidos,
Numa luta inglória,
Palavras ditas em vão, momentos perdidos,
Em tão curta trajetória...
Ouça minha história,
Onde a felicidade também teve lugar,
Verões luminosos, inesquecíveis,
Beijos cálidos á luz do luar,
Risos francos, audíveis,
Muitos sonhos para sonhar...
Ouça minha história,
Sei que não ouvirá nada de novo,
Falo de uma vida de derrota e vitória,
A vida simples de alguém do povo.
*Poema participante do Coletivo Declame Para Drummond 2012
Trocar o certo pelo errado, para agradar a quem não pode ser agradado, é como parcelar o parcelamento, um dia fatura final chega.
As idiotices da psiquiatria: aparentemente o que você está sentindo não é o que você está sentindo, e o que você não está sentindo é o seu verdadeiro cotidiano.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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