Ânsia
A Dança é ânsia da Alma
As pessoas esquecem que o espírito é vento dançando — e que a ânsia do movimento pode ser êxtase ou vertigem, prece ou pressa.
Mas o vento não se apressa nem hesita — ele simplesmente dança, sem se perder no tempo.
Só quem aprende a dançar com o vento entende que não há urgência na alma, apenas movimento.
Ulisses Amava Penélope
No mar bravio, onde o vento uiva,
Ulisses navegava em ânsia viva.
De ilha em ilha, a jornada seguia,
Mas no peito, Penélope o conduzia.
A guerra findou, mas o herói perdido,
Cercado por deuses, jamais esquecido.
Sirenas cantavam, clamando paixão,
Mas era dela o eco no coração.
Penélope, fiel, em Ítaca esperava,
Tecer e destecer, enquanto chorava.
Cada fio do manto era um lamento,
Cada ponto uma prece ao firmamento.
Ulisses, cansado, porém persistente,
Desafiava o mar, astuto e valente.
Nem Calipso, nem Circe puderam deter,
O amor que ao lar fazia-o renascer.
E quando chegou, o tempo se rendeu,
O abraço dela, enfim, o acolheu.
A prova do arco, a justiça aclamada,
Ulisses e Penélope, almas entrelaçadas.
Que o amor resista, como o deles, eterno,
Ao fogo, ao tempo, ao inverno.
Pois na lenda dos dois, é clara a verdade:
O amor supera toda tempestade.
Ouro que Cega.
Ouro não vê, mas cega o olhar.
De quem, com sede, o começa a buscar.
Na ânsia de ter, o homem se engana:
pensa ganhar e a si profana.
Constrói impérios, destrói o chão.
Perde o afeto, fere o irmão.
Com sua ganância, sonha com poder.
Mas seu maior tesouro deixa de viver.
E qual é esse bem, tão puro e singelo?
É o riso do filho, o amor mais belo.
A paz no almoço, o toque na mão.
As coisas que moram no coração.
Na corrida por ouro, a alma se esvazia.
E o que era calor vira noite fria.
Pois nenhum ouro no mundo compensará.
O que, por cegueira, deixou de amar.
A Gana que dá ânsia
Milhares de anos se passaram
E milhares ainda poderão passar
E a busca humana continuará
Em vão
Pois, de todas as riquezas possíveis,
A riqueza financeira
Continuará sendo
A que menos preenche o coração
A vida é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o medo surreal de tudo perder. Para Schopenhauer, viver é estar preso a um ciclo infinito de insatisfação. Nunca estamos felizes e satisfeitos, a maior satisfação do sentido da vida e da feliz existência resume se na incessante busca do novo, inacessível, absoluto e efêmero, mesmo que seja ficcional ou simplesmente absurdo. Parece me que o fluido vital espalha se muito mais no querer do que ter e enfim conseguir.
Há quem escreva sobre o amor como quem o sente. Eu? Apenas o descrevo.
Falo de afetos sem a ânsia de senti-los, visto a pele do poeta sem me deixar possuir por seus delírios.
O que habita em mim não são promessas sussurradas nem versos floridos são atos, brutos e inteiros.
Minhas palavras? Fragmentos de sombra que dançam no vento. Não busque nelas uma verdade. Elas não confessam, apenas insinuam.
Quanto às músicas… não tente decifrá-las. Sou feita da curva do som, não do peso das letras.
A melodia me embriaga, mas as palavras ah, essas nunca contaram minha história.
E talvez nunca contem.
Na ânsia do meu desejo de possuir seu amor,
Luto contra minha própria vontade para te conceder liberdade.
É assim que se define o purgatório?
Os céus a brilhar na lembrança dos teus olhos,
O inferno a consumir meu coração.
Uma palavra sua e serei salvo.
Porém, hesito em lhe questionar, receando a resposta.
Continuo, portanto, vivendo o tédio de uma vida pacifica,
Fingindo que não sinto, tudo o que sinto.
É assim que se define o purgatório?
Os céus a sussurrar sua voz em minha memória,
O tormento da sua doçura entranhada em meu ser.
Uma única palavra sua e terei minha liberdade.
No entanto, você adia, e sigo sendo seu prisioneiro.
15/05/2025
A ânsia de ter e o medo de possuir.
O desejo ardente de usufruir o mundo - mas o receio de que, ao tocá-lo, ele se desfaça.
É a saudade do que nunca foi, De lembranças que habitam não o passado, mas o possível que não ousou acontecer.
São ecos do Ser, que sussurram verdades nas frestas do silêncio.
Verdades que — talvez — tenham ocorrido, não no tempo linear, mas na liberdade de Sócrates, onde o pensar é mais livre que o próprio corpo.
Ali, onde a mente fala, e revela, sem vergonha, que ela também mente.
Muitas vezes, na ânsia de "sermos alguém" aos olhos do mundo, nos esquecemos de quem já somos aos olhos do Pai.
Ser cristão em países como o nosso, onde sempre existiu e existe (ainda) certas liberdades, em comparação com outros países, parece tranquilo e fácil, mas a verdade é que não é!
A gente vai se deixando levar pelas perigosas facilidades e futilidades que "a vida" nos proporciona, nos envolvendo de forma paulatina com o sistema e padrões deste mundo, ao ponto de não nos darmos conta do que estamos nos tornando e para onde estamos indo. É tão nocivamente sutil, sedutor e convidativo, que é (quase) imperceptível!
O intuito daquele que é contrário a Cristo é fazer com que larguemos a cruz, mas de modo consciente, voluntário e desejoso, para assim nos agarrarmos avidamente aos nossos prazeres, conceitos e sonhos.
O que nos leva ao abismo não é a nossa fraqueza ou falta de fé, mas sim o excesso do "Eu" contido nas arriscadas convicções de sentimentos e pensamentos, como: "Eu posso", "eu sou", "eu quero", "eu mereço"... Eu, eu, eu...
O evangelho da Graça não é sobre nós e nossas conquistas fúteis, mas sim sobre nossos sacrifícios e generosidade genuína. É justamente sobre quem somos para o outro, e do que ou do quanto estamos dispostos a perder para não soltarmos a cruz.
Essas palavras de Jesus dizem tudo a respeito: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me". E também: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo".
Negue-se a si mesmo... Isso é tão forte e direto! Não há dubiedade nessa fala. Há quem interprete essa colocação de outra maneira que não a que está dita?
Essas coisas me fazem refletir que talvez não estejamos preparados para a volta de Jesus. No entanto, isso não O impedirá de vir a qualquer momento.
Se Ele voltasse hoje, em que situação encontraria você? Carregando a cruz com aflição e bom ânimo sem tirar os olhos e o seu coração Dele? Ou completamente absorvido pelas coisas deste mundo, acumulando tanto peso que até já deixou a cruz pelo caminho?
A nossa atual "cova dos leões" é não se deixar corromper por este mundo, conseguindo ter contentamento e gratidão com as coisas simples da vida; especialmente em um país onde a visão cristã está tão distorcida, que o amor próprio está cada vez mais evidente que o ato de "negar-se a si mesmo", e onde "aflições" é coisa de gente fraca, sem fé e sem Deus.
Muitas vezes, na ânsia de "sermos alguém" aos olhos do mundo, nos esquecemos de quem já somos aos olhos do Pai.
NESTA NOITE
Nesta noite de insónia tento escrever
Mas não consigo será desatino ou não
Ânsia que me aflige nas memórias
De um passado tão presente
Onde habitam os meus fantasmas
Embriago-me nesta solidão nostálgica
Perco-me em sussurros na vastidão da mente
Regresso ao silêncio das manhãs eternas
Rasga as rochas enfurecidas pelos ventos
Atravesso montanhas, serras em fúria
Mergulho as dores nas geladas águas deste mar
Sonho os retalhos da solidão do tempo
Das saudades dos intensos momentos vividos
Na mais profunda ilusão desta noite de insónia.
ღღ
"Lavo asneira brilhando o chão com a ignorância e o súbito da arrogância torna a ânsia presente na insistência da falsidade sangrenta de um sentimento congelante ao sol da persistência"
*John*
O poeta lírico
Busca nos sonhos,
As verdades,
Ou mentiras críveis.
Na ânsia de libertar-se
Põe os suspiros na boca da alma
Os olhos perdem-se no tempo
E o coração bate compassando
Rimando versos melódicos.
AMOR SEM LIMITES
Autora: Profª Lourdes Duarte
Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites,
Não sentiremos a intensidade desse amor
Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão,
Continuaremos sem discernir o verdadeiro amor.
E na buscar da nossa outra metade
Temos que crescer emocionalmente
Para viver a dois, um grande amor,
Antes, é necessário ser só um.
O amor quando floresce em doçura
É como uma fonte fresca em ebulição
Ou como uma chama ardente,
Que aquece o coração.
"Ópio Racional"
Quando tudo é ânsia
Me amolda o coração
Pois o efeito é (con)sequência
De longa duração
Acalme o teu coração! Ainda que o futuro possa causar-te a ânsia do inesperado, tenha a certeza, que hoje é o seu maior Presente, é dele que dependerá o seu futuro.
Acalme o teu coração! Ainda que lhe falte a esperança, jamais perca a sua fé. É ela quem o mantém em pé, todos os dias.
Acalme o teu coração! Na certeza de que Deus é contigo, te ajudará e socorrerá, sempre que preciso.
A Luz da alegria lhe fará persistir, sem jamais desistir da sua merecida felicidade.
Acalme o teu coração! Que a Paz esteja contigo, aliás, contigo ela sempre estará!
Confie no Criador, siga com coragem e serás na vida vencedor. Acalme o teu coração, na confiança de que tudo dará certo!
É esta dor que não passa,
É esta ânsia que me trespassa,
O amor que corta e recorta,
A mente que me vai e não me volta
Que me mantêm de ti a pão e água.
São gritos de tormentos
De caras vistas e revistas.
São sombras de vidas sobrevividas
Em abismos oprimidos,
A respirar palavras de ajuda
E a engoli-las a seco e em vão.
E o pânico, o medo,
As faces de horror e desalento
Espelhadas na minha as encontro,
A dar-me o frio, o gelo como certo.
Cerro os olhos que não consigo ver-me assim.
Os sonhos, as esperanças?
Perdi-as de uma vida melhor.
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