Ânsia
Vago por ai
Na ânsia de te ver
Nem que seja por meio segundo.
Vivo do que não tenho...
Nem poderia comprar...
Na ânsia de viver o novo, esquecemos que o mundo da voltas, então descobrimos que o reviver se faz presente constantemente em nossa vida.
Por minha ânsia, pressa e desatenção-- o rolo de linha-- constantemente se desenrola entre os meus dedos e cai no chão...e ainda não consigo alinhavar com perfeição o mosaico dos bordados do fugidio amor.
Tomando um café
E escrevendo poesia
Em cada xícara mais fé
De alcançar oque se ânsia
Cada xícara um verso
Liquido estimulante
Que a poesia faz companhia
E a mim estimula a mente
Corrupção dá um nó no estômago, além de uma insaciável sensação de ânsia de vômito. No Brasil é tratada como virtude religiosa, confundida com vício de oração.
..."As expectativas nascem na ânsia demasiada do presunçoso pelo o que de fato pode ocorrer e pelo o que é esperado."... - Ricardo Fischer -.
MUDANÇAS
Quanto mal há na ânsia de quem espera?
Ou na saudade de quem se foi ou nem chegou?
Quanto de mim existe hoje do que eu era?
E amanhã quanto haverá do que hoje sou?
Tudo muda a todo tempo sem parar
E é tão difícil ter certeza de onde ir
Até hoje não encontrei o meu lugar
Talvez esteja muito distante daqui
Quantos amores ainda irão desabrochar?
E os antigos ficarão onde eu deixei?
Provavelmente nunca mais irei voltar
Pra não saber se fiz o certo ou se errei!
“Eu sou carente mesmo, tenho ânsia de atenção. Gosto de carinho no cabelo e abraços inesperados. Gostam quando notam meu novo corte de cabelo, meu novo penteado, cada detalhe novo. Gosto de quem ri da minha piada mesmo sendo a mais sem graça do universo. Gosto quando notam que não estou bem e me perguntam o que aconteceu por preocupação e não por curiosidade.”
CHAMA-ME
Chama-me com voz de desejos aguçados
Com vontade e ânsia de me amar
Que irei saciar com voracidade os meus
E em minha pele tatuar os teus!
Voo no vão
Avisto a flor em vão
sonhando que fosse minha
na ânsia de saquear o néctar
descansar as asas
das desditas dessa vida.
Nas horas torturantes
mais um dia que se finda,
minhas asas já tão frias...
meu desejo é quase oração
fecho os olhos e o sonho é vão...
Jogue em meus braços
A tua ânsia louca de me amar
Te levarei aos céus…
Contarei as estrelas..
Trasbordarei dentro de você
Todos os meus versos de amor
Compostos apenas pra você.
A ânsia de ver sinais visíveis extraordinários reflete em nosso tempo o quanto somos incrédulos. Quando falta fé não há sinais que convença.
Prelúdio
A sincronia dos meus sonetos é perturbadora
Sonolenta
Me assusta em sua ânsia de afligir-se pelo inusitado
Na busca incansável pelo NOVO?!
O Neo é mero suplício ao engano
Redundância nata ao insucesso
Alívio efervescente ao tempo, intempestivo.
Talento para dissipar-se no intervalo lúcido de um desabafo
Ainda que se desloque
Enlouquece no passado estático, impávido de retrocesso.
A empáfia da mesmice forja novos (?!) dilemas
Ainda que teatral, a realidade emerge
Nos mesmos vultos de insanidade
Outrora decrépitos, que transformam-se em re-formas
Ainda que deformadas pelo conforto de suas escolhas
Estas são obrigações.
Dicotomia pré-estabelecida pela neura de não sucumbir ao conveniente .
Não há o que surgir
Nada além de prefixos fixados sob a farsa da diferenciação.
A exceção é o caos humano.
Nada sou além de funestos repetecos,
Com variantes aqui e acolá,
Temperados pelo equívoco do ser eu
O NEO EU
NEM EU,
NEM NINGUÉM,
É capaz de remover as sombras de tantos outros,
Hora envoltos em mantos de passividade e demência.
A genética previne-nos do engano
“Quem sai aos seus não degenera”
Nem gera
Apenas abriga uma nova seqüência de desejos esgoelados
Por velhos hábitos de festa.
Deformado pelas frestas da hereditariedade
Ergue-se um país, um conceito, uma fábula.
É bem verdade
Não há novidade, nem mesmo na idade
A bula da vaidade, diz “validade”, na invalidez.
Ainda que se desloquem
Repetem-se de três em três... Segundos?!
Enlouquecem os números
Seqüenciados, seqüelados pelo previsível
Quem inventará o inventável?
Eis o inevitável ideograma de coexistir,
À imagem, semelhança e discrepância de sobreviver à rotina
À rotina de ser o que se é,
Em si.
"Que saudades dos velhos tempos e dos novos que ainda não vieram dos quais me restam a ânsia de viver...."
Eis que na ânsia por sobrevivência, na luta diária e constante para sobreviver. A você eu digo: “COMO É BOM VIVER”