Seus Devaneios
AMOR QUE FREIMA (soneto)
Versos meus que chamei de ilusão
Devaneios, mas cheios de sentido
Suspiro, sussurro, na dor escondido
Versos meus a que chamei paixão
O ardor cultivei, tive sofreguidão
Também, de afeição fui servido
Nesta versificação estive aluído
Ora cá, ora acolá, varia emoção
Romantismo na rima foi colocado
Onde o meu versar fica debruçado
A espiar o existir a se movimentar
E direis, versos meus, ainda teima?
Como negar a um verso apaixonado
Se meu canto tem amor que freima.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 julho, 2025, 19’56” – Araguari, MG
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Quantos silêncios
moram em uma árvore?
Até as pedras
contam histórias
devaneios de fim de tarde.
Quando a emoção engole os pensamentos, somos submetidos a devaneios infindos. A razão, víbora, finge que é companheira, mas observa a queda em silêncio.
Às vezes, não sei se o que penso é real.
Minhas ideias parecem simples devaneios — ao mesmo tempo me perturbam e me libertam dos meus medos.
Para quem observa meus textos, talvez pareça loucura. E tudo bem.
Me identifico com Raul Seixas:
“Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes…”
O que eu era há um segundo já não me representa mais.
Esse “eu” que você viu passou.
Você conheceu o Tarin que morreu há instantes.
Se quiser me entender, tente conhecer o Tarin que está aqui agora.
Só assim suas conclusões farão algum sentido.
Perdida nos devaneios da vida, a solidão doe na alma, o peito chora e coração já não bate mais tão forte. Um dia , uma batalha, as vezes vence as vezes perde, mas segue pois o percurso é longo e a palavra desistir não existe no meu dicionário.
"Dá-me cá um imã da nascente que brota do teu peito.
Sussurre devaneios no labirinto da minha audição."
Te amo tanto, nos amamos tanto.
Só quero que seja sempre assim: sem pausas, sem devaneios, sem o peso do medo ou da desconfiança.
Só o que é leve, só o que é verdadeiro, só esse sentir que transborda quando estamos juntos e que nos basta.
Devaneios
É o tempo que passa,
é a vida que vai,
qual as águas do rio,
que não voltam mais.
É o olhar sofrido,
do sonho perdido,
do sonho que o tempo,
deixou para trás.
É a criança escondida,
num corpo surrado,
que a mão da vida,
ajudou a surrá.
Que já não desperta,
do sono pesado,
por que o passado,
não pode voltar.
Autor: Cícero Marcos
MEUS DEVANEIOS
Profª Lourdes Duarte
Oscilando entre a fantasia e a realidade
É Hora de ensaiar os meus devaneios,
Tentar me reencontrar nas minhas fantasias
Ou compreender que somos humanos, apenas...
Ainda existem almas para as quais,
O amor é o contato de duas poesias,
Nos meus devaneios te tenho por inteiro
Minha alma gêmea, mais perfeita.
A fusão dos meus devaneios é tão intensa
Vou buscando o que me convém
Um amor profundo correspondido
Um amor que permanecerá até no além.
O sangue ferve no meu corpo em êxtase
Contemplando os olhos brilhantes, apaixonados
Me entrego aos devaneios até acordado,
Então eu desço da solidão, olho no espelho e vejo
Que são apenas desejos, sonhos e meros devaneios.
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Flávia Abib diz que , "Cada pessoa tem seu modo de olhar o mundo, suas aspirações, seus devaneios, cada qual com seu discernimento. Mas, quando fala-se de amor, não há vontade nem desejo que explique, não importa o prisma, pois a capacidade de amar é o olhar mais aristocrático que uma pessoa pode ter."
"Em meio aos meus devaneios...
Dominando meus pensamentos, entorpecendo todos os meus sentidos, consigo sentir a tua presença."
Já escrevi muitas angústia como devaneios, no entanto, a tecnologia me trouxe o poder de os deletar, apresentado, como que em uma certa sugestão, moderna sentimental de os eliminar, sugerindo dissipá-los da própria vida, talvez tenha sido um simples dado de uma obra sugerida, de um exemplar mal resolvido, embora vivido, também, esquecido, recepcionado é claro, pela nova fase em novo ciclo.
Controle Cego Remoto
Mecanicamente impulsionado por devaneios de mentes e criações de engrenagens, me mantenho muito mais entusiasmado com o balanço e funcionamento da gangorra de Deus, quanto julgar erros de pessoas que montam castelos de areia por cima de uma peneira vibratória.
Devaneios de Um Caipira
Ah de haver o tempo
Tempo necessário
Necessário para viver
Viver meu sonho
Sonho simples em ser
Ser o homem que me dou feito
Feito no barro.
Do rio atrás da casa "humilde" de meus pais
Ah de haver o tempo
Tempo necessário.
Para aquela dor suave, mágica e imensa em ser criança
Em minha rua
Em minha escola
Com meus amigos de infância
Com meu amor de infancia
Com meus Padrinhos
Enfim, as cores que me forjaram
Ah de haver o tempo
Do sonho em novamente ser criança
Não qualquer criança, mas aquela criança que ainda sou.
Ivan Madeira
JAN2021
A chuva esbraveja na minha tristeza...
Minhas alegrias são parte dos maiores devaneios...
A música tornasse gotas de chuvas...
O orvalhos estremecem com luz do luar...
Sob devassas abstinências das brumas
Tenho sonhos que esperanças se deseja
A lucidez apenas amarga a solidão...
Bebendo suas gotas e murmúrios
Na questão da dor mais forte...
Muitas vezes é difícil compreender...
Mais a chuva alimenta minha alma...
Nada posso lembrar até que enfim adormeço...
E nas profundezas acordo...
No abismo platônico te sinto...
A luz do amanhecer seria linda demais
Mas desejo continuar a sonhar pelas madrugadas chuvosas.
Devaneios
Tudo é ilusão, passageiro!
Você pensa que está ali, protegido
pelo amor de outrem, por alguém.
Mas aí você percebe, por derradeiro,
Que está só, só você e mais ninguém.
Só eu posso me perdoar.
Somente eu a me amar.
Sem crítica ou cobrança.
Eu, nesta solitária dança,
De viver, de respirar, de estar.
Nessa vida nos afundamos em ilusões, alienações, devaneios porque, no fundo, sabemos que a realidade é insuportável.
Adeus a Um Sonho
Parece que as palavras fugiram em devaneios
Antes vinham como chuvas torrenciais de verão
Sinto esse amargo na língua a deixar tudo tão seco
Escondo as lágrimas que insistem marejar meus olhos ao dormir
Queria não sentir, aprender a esquecer
Fingir que nada aconteceu, simplesmente seguir
Lidar com essa dor de ainda querer olhar para ti uma última vez
E perceber o quanto nada sobrou em nós
Eu vejo ainda, tua forma de sorrir enquanto pisas nas flores que um dia te ofereci
O processo de superar a ferida que deixaste não está fácil
Porque na verdade é difícil lidar com a verdade que nada fomos, qualquer uma te consome
Nao foi o ciúme que nos separou, nunca olhaste para mim de verdade
Acho que só querias a beleza das palavras floreadas de versos apaixonados
Apenas um jogo de egos e vaidades
Mas vou esquecer tudo de uma vez, fechar essa porta que só leva a ilusões
A vida é múltipla no que tem a nos oferecer
E pra quem tem fé e a certeza da proteção de Deus no coração
A felicidade irá florir novamente em jardins de suaves e belíssimas flores ao amanhecer
Escrito por Leovany Octaviano
