Poesia sobre o Inverno
No verão semea-se
No inverno a terra germina
A primavera traz colheita
No outono tudo se renova
A planta do justo - É um caminho de nobreza, em toda estação sua colheita é brilhante como a luz da aurora, brilha dia após dia no céu, para sua vida
e abundância.
EM TI QUE A ALMA AQUENTA (soneto)
Inverno... de prosas macilentas
Cheia de saudade, melancolia
Tão triste as trovas friorentas
Carregadas de soturna poesia
Pardo inverno de horas lentas
Sempre iguais, densa melodia
Ó versar, por que te apoquentas?
Não soluces mais, adoce, alivia!
Tudo é pressa, passa, é correria
Dos dias invernados do cerrado
Vai-se na poética que acalenta
Verás sim, soneto de invernia
Que canta o canto orvalhado
É em ti que a alma aquenta.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/06/2025, 14’45” – Araguari, MG
Se nos concentrarmos demasiadamente no inverno, não testemunharemos a chegada do verão.
É crucial experimentar todas as estações.
Algumas pessoas optam por viver em um inverno constante, buscando sempre motivos para não se aventurarem.
AÑÃ’GWEA
Enquanto sinto o meu coração palpitar, observo a beleza dos raios de um sol de inverno afagar minha pele suja de terra, meus olhos pesam, apago.
Lá no alto da colina, por entre árvores criaturas fantasmagóricas dançam envoltas na brisa suave do vento.
Agora o vento sopra lentamente uma doce canção.
Será esta a canção das criaturas que habitam os céus ou daquelas nas profundezas dos mares?
Acordo desse sonho pesado algum tempo depois, a canção ainda ecoa como um grito que se sufoca
Agora posso ouvir o som da minha alma;
“Voe filha de Iamandu;
Voe bem alto e faça das nuvens um véu;
Espere pela noite e suas estrelas brilhantes;
Voe e dance como o vento no céu.”
"Quando vc passa eu sinto cheiro de chuva, porque é sempre inverno no
meu coração..."
☆Haredita Angel
18.01.2012
(Blog: as coisas que eu gosto)
Foi amor
Foi luta
Foi primavera
Foi inverno
Foi guerra
Foi paz
Foi sorriso
Foi lágrima
Hoje é música a qual eu jamais esquecerei...
Haredita Angel
09.03.25
Às 23h42 ele chega —
não faz alarde,
mas muda tudo.
O Inverno entra com passos elegantes,
casaco de bruma nos ombros
e um cheiro bom de memória no ar.
Em Jaboticabal, o vento vira pincel,
bordando as manhãs com névoa leve,
como quem desenha poesia no ar.
As flores que resistem florescem com mais força,
sabem que o frio também tem sua beleza.
É tempo de pratos fumegantes,
de vinho que aquece mais do que o corpo,
e de conversas que se prolongam no calor
de uma presença boa.
Os tons mudam:
o céu ganha sinceridade,
as ruas pedem passos lentos,
e até o silêncio parece ter mais profundidade.
Toda estação que entende de tempo
também ensina transformação.
O Inverno vem,
nos desacelera,
e convida a olhar para dentro.
Quando ele se for, às 15h19 de 22 de setembro,
vai deixar rastros:
um cobertor dobrado,
o cheiro do café,
e a lembrança de que até o frio
pode revelar o lado mais quente da vida.
Porque há calor em tudo o que é feito com cuidado.
Ode ao Inverno
O Inverno não grita,
sussurra...
Desce, quieto, pela espinha
como quem conhece
os lugares secretos
do silêncio...
É quando o mundo se recolhe
e se hiberna do fulgor estival
e a alma se ouve melhor...
É quando os areais desertos
me convidam á contemplação poética
na solitude de um momento intimista...
É quando o udito se aquece
nos estalos da madeira queimando
nas fogueiras incandescentes
das festividades juninas e julinas...
É quando o olfato se inebria
com o vapor com aromatizante
do café que sobe como reza
abençoando o ar...
É quando as ruas ficam nuas,
mas o olhar se veste
com casacos de lembranças...
Tem algo de pausa
em cada manhã cinza...
Tem algo de recomeço
no fim de cada tarde curta....
Inverno é tempo de desacelerar,
de entender que o frio
também é forma de cuidado...
Porque também há beleza
na cinéria bruma hiemal ...
Porque também há poesia
nos galhos secos
que insistem em sobreviver...
E porque também há calor
mesmo quando ele
não se vê
e não se faz ver
em tudo o que resiste...
✍©️ @MiriamDaCosta
Ode ao Inverno (2)
Ó Inverno!
Velho sábio das estações,
chegas com teu manto cinério
de névoa e silêncio,
soprando nos areais
a brisa dos eremitas
e cobrindo os dias
com véus de introspecção...
Ó Inverno!
Teus galhos nus
vestem o céu
com poemas de quietude
e de recolhimento...
enquanto a luz solar
pálida e tímida
insiste e persiste
em revelar a beleza
do que é contido...
Ó, Inverno!
No abraço frio
de suas madrugadas
descansa a alma agasalhada
em trégua e vigília
e sob o cinério
dos céus suspensos
floresce a chama oculta
da memória que sobrevive...
Ó, Inverno!
És o tempo do chá fumegante
de reflexões incombustas
e das cobertas aconchegantes
que esquentam lentamente
versos arrefecidos...
dos livros lidos
na penumbra
sob à luz dos vendavais
dos passos lentos
e hidratados de poemas
sobre as folhas secas
das amendoeiras
e de olhares certeiros
que buscam dentro,
não fora...
Ó Inverno!
Há em ti
uma nobreza silente
uma lição
de desapego e reinício
Mesmo no álgido
planto a esperança
pois a tua álgidez acalenta
e guarda a semente
da primavera...
✍©️ @MiriamDaCosta
A Serra da Tiririca
com o véu do inverno
parece uma noiva antiga
vestida de névoa e silêncios
guardando segredos
nas dobras da manhã...
As pedras úmidas
respiram memórias
de passos descalços
de cantos de passarinhos
escondidos sob mantos
de bruma...
As árvores, imóveis
rezam com os galhos
para o céu cinério...
E o vento?!
Ah o vento!
Sussurra lendas e versos
que só o poeta entende....
Ali
o tempo se curva
como o tronco velho
de um ipê adormecido...
e a alma da serra
embebida de inverno
abraça quem se atreve
a escutar sua poesia muda...
✍©️ @MiriamDaCosta
O Inverno vem pincelando
a Região Oceânica
de cinéria paisagem
inspirando silêncios
que se alongam
como brumas na enseada...
As árvores sussurram
memórias poéticas
nas folhas que não caem
mas se encolhem no frio
esperando o lume
do sol tardio...
O mar
austero e cinzento
reflete nuvens em meditação
e as pedras da praia calada
guardam segredos
em oração...
Nesse palco
de frios e ventos
a alma caminha descalça
colhendo versos
no sopro gelado
da manhã cinéria...
Cada passo ecoa
nas calçadas
úmidas e vazias
onde os ventos
riscam arabescos
na superfície da nostalgia...
A Serra da Tiririca
velada no mistério
traz no dorso
a bruma espessa
como se fosse
um manto antigo
tecido com a lã da saudade...
E há beleza
nessa ausência
de cores vivas
de vozes altas
há poesia no incolor
na respiração contida
do inverno que acaricia
com mãos frias
e delicadas...
✍©️ @MiriamDaCosta
Poesia e pensamentos....
O tempo passou você chegou o inverno demorou,
o inverno chegou você se afastou e tudo mais se desmoronou.
Autor: Jefferson Allmeida
Nasci na primavera.
Dormi no outono.
Sorri no verão.
Chorei no inverno.
Mas a primavera outra vez,me trouxe a alegria como cada estação.
Meu pai me mostrou algo novo de se sonhar,porém eu não queria acreditar. Cai e me machuquei,foi assim que descobri que a vida nem sempre é o sorrir para o novo amanhã.
Meu nome é Benjamim,sou sonhador,sou escritor e aprendiz do criador. Não consigo sentir maldade em meu coração,pois sou pleno e forte,sou conhecedor de letras. Sou menino criado no mato;entretanto sei o que faço,agora venho me despedir de você,deixando os meus passos.
Pseudoautor: Benjamim Gael
Autor: Almeida Jefferson
Soneto do inverno no cerrado
O cerrado amanhece no inverno
Dias mais frios, frio árido e tardio
A sequidão no seu ápice bravio
E as manhãs num vento galerno
Em enigmática bruma sobre o casario
Com o sol dessemelhante e alterno
E a sensação de frescor sempiterno
O cerrado se faz em mistério e fastio
O verde transfigura em cinza superno
O céu se enroupa tremulante e alvadio
E as temporãs flores finta o quaterno
As folhas hibernam num cerrado vazio
Tão ébrio, gélido e de um poetar interno
Numa canção de chuva qualquer e estio
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
01 de maio de 2016
Soneto do cerrado no inverno
Chegaste, inverno no cerrado árido
Manhãs mais frias, ventos cortantes
As seriemas e seus cantos fascinantes
Noticiam o entardecer não mais cálido
Os pássaros engurujados e suplicantes
Pousam nos galhos tortos e desfolhado
O rubro céu pelo acinzentado é trocado
Do inverno no cerrado e seus instantes
A melancolia toma conta do dia gelado
Noites mais longas e mais pensantes
Oferece pinga pra aquecer o agrado
No fogão de lenha prosas fumegantes
Aquenta a alma e ao inverno versado
Propício aos sentimentos mais amantes
Luciano Spagnol
14 de junho, 2016
Cerrado goiano
SALSTÍCIO DO INVERNO
No solstício do inverno, a luz solar
aparentemente, pode mais iluminar,
que seja, para clarear e ornar,
o afeto entre todos...
Trazendo sentimento terno,
olhar abrasador e aos corações
amor eterno...
Seja bem vindo solstício do inverno!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
UM DE JULHO (soneto)
Se sois, inverno, no cerrado se sente
De tempos frios com tal bravio vento
Que tomais a secura como elemento
E neste movimento, és inteiramente
Nuvioso,horas breves, chão sedento
Da mesma natureza, e tão diferente
Dias vão que passa no fugaz poente
Rubente o céu num encaixotamento
E desta vida em tudo ó mês valente
Sê da metade do ano, planejamento
Férias breves do docente e discente
Como do calendário és afolhamento
E teu entardecer não mais reluzente
Tudo em vós, julho, traz sentimento
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
INVERNO (soneto)
Inverno, gélidas manhãs e noites
Dias curtos, saudades em açoites
Sentimento coroado de melancolia
Acanhamento do sol, nublado dia
Flores embaçadas e transfiguradas
Trovejantes são as luas nas madrugadas
Embaladas pelos ventos e seus uivos
Aos sentimentos, os brilhos ruivos
Quem és, que trêmula o afeto assim
Nos pingos crepitantes do confim
Das estrelas, dos céus e seus querubins
É o convite aos odores enamorados
Aos amores nos lençóis entrelaçados
Calefação a alma, ao amor, apaixonados.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12 de junho, 22’45”, 2012
Cerrado goiano
Incertezas no cerrado
Primavera, verão, outono, inverno
Qual estação no cerrado é decisão
Ficar ou partir neste desejo interno
Em ebulição no meu mesmo coração
Saudade? Tristeza? Encanto? Dorido?
Aqui debruçado na vida, em suma
Como sabê-lo? Se o incerto está partido
E os trilhos da razão dão em parte alguma.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/03/2016, 05'55" - Cerrado goiano
NO TRONCO DO IPÊ (soneto)
O ipê resplandece, na sede do inverno
Árido e frio chão, resistir o seu nome
Durar, no estio, que assim o consome
A belicosa árvore, floresce no inferno
Com o tal vigor generoso e fraterno
Pária com honra, se a chuva lhe some
Mingua a água, e, que a vida lhe tome:
A ventura. Ainda é um aparato eterno
Do próprio fel, do cerrado, é proveito
Faz do atravanco, triunfo na desgraça
E ao planalto central marca e respeito
Possui, na rispidez da terra crassa
A própria glória, o seu maior feito:
Florindo em beleza, de pura graça.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
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