Poemas Góticos de Amor
Veja a noite,
escuridão,
gritos ecoam
pelas esquinas,
por onde caminham
em silêncio
as almas perdidas
tão sem chão,
nem notam
que a noite
é pura poesia !
O silêncio pode as vezes gritar
O sorriso pode as vezes chorar
O medo pode as vezes ganhar
O início pode não começar
O fim pode não terminar
A dor pode não parar
As feridas podem não cicatrizar
O ódio pode prevalecer
A vitória as vezes não significa vencer
O recomeço não significa esperança
Nem sempre quem acredita sempre alcança
Um compromisso não tem significado sem aliança
Chorar não significa ser fraco
O amor as vezes se mantém só de um lado
A reciprocidade só existe por acaso
Ser forte é levantar mesmo estando em cacos
Ou jogar fora aquele mísero retrato
Pra encerrar o recado mandado
O mundo é dos otários
O conhecimento se tornou algemas para os sábios
Que por fim sofrem calados.
Retidão
Existe tempo para tudo
Tempos de solidão são para ajeitar
reorganizar as idéias
planejar os novos caminhos
O tempo passa devagar
basta-nos ter fé na alma e no coração
Entender que devemos faze-lo
é o primeiro passo para aceitação
O que fazer, devemos assimilar
que o silêncio nada mais é que trégua
para as atribulações da vida
Pessoas vão ao Tibet... vão a Índia
na busca desta introspecção
Sejamos monges... amemos a vida
saiamos desta vida de atribulações
Assim devemos estar
mas que tenhamos Deus no coração
Fé, amor e sublimação
Tenhamos a certeza que nada é acaso
é presente divino, mesmo que pareça punição
(09/08/2018)
LEMBRANÇAS...
O dia amanheceu sorrindo
O sabiá laranjeira saudou
O sol se espreguiçando
entre as nuvens esparsas.
Nos campos o orvalho reluzindo
A névoa colinas descortinando
Aos poucos o ronco dos motores,
caminhões, e tratores.
Na pequena cidade
a caminhonete do leiteiro
e a sirene da fábrica
rompem o silêncio.
Ecoam as buzinas dos motoqueiros,
outrora eram arrojados vaqueiros
parrudos sertanejos, alguns truculentos
tangendo gado, abrindo porteiras.
Sem pressa, levanto, abro janelas
Esquento água, preparo o café
Espalho pão-de-queijo, acendo o forno
Relembro o crepitar da lenha.
O tilintar de copos, talheres, louças
alvoroça os cães, alegres, ruidosos
querem entrar, também disfrutar
do aroma, do calor da cozinha tosca.
O pensamento viaja, ligeiro
Corre solto pelas trilhas
Entre a mata cerrada
À beira dos córregos,
Desbravando nascentes.
Ressurgem detalhes nítidos
Cheiros, cores, sons do passado
Não muito distante, em especial
Aquela linda jovem, diáfana,
Olhos brilhantes, sorriso franco...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Poesia Silênciosa...
Nesta manhã fria
onde o silêncio é poesia.
Meu estado de espírito,
sereno e manso... voa
perante o suave deslizar
deste rio tão belo e puro.
Sonhando acordado,
pergunto às suas águas
como pode o belo, ser tão belo !?
A resposta vem silênciosa, a quem sabe ouvir...
-- josecerejeirafontes
Silêncio espiritual.
As mais altas realizações espirituais;
são as mais fáceis de encontrar;
E você se desgastou;
Porque acha que está indo bem;
Vou lhe dizer algo:
Toda oração e súplica deve ser no espírito,
a glória é resultado de uma oração verdadeira,
oração silenciosa,
ou seja, no espírito; me torno tão quieto que perco a noção do que está acontecendo perto de mim,
esqueço que estou no culto.
O silêncio de Deus é uma voz,
voz que não tem som, nem barulho,
que testemunha no espírito,
voz conhecida no coração
e não nos ouvidos.
O silêncio se torna sua presença;
E sua presença; se torna o silêncio.
Silêncio
Nasci do silêncio
Cresci nele
Calei-me diante dele
Me vi nele
Deparei-me com as amarguras
Sorri para ela
Fingiu não me ver
Silencioso sussurrei
Porque não me enxerga
Tú ainda não aprendeu
Silêncio fala
Silêncio sente
Só você não vê
Se calou sempre
Diante das adversidades
Sobreviveu holocaustos
Nem gemeu, dor existiu
Seu coração sentiu
Corpo não padeceu
É no silêncio que você aprendeu
Não implores
Nem sucumbe
Fortes é tú
És o reino do infinito
Que silencia dentro de você
Acredito que o mistério
e o silêncio,
moram na mesma casa
e descansam na mesma cama da cumplicidade.🤐&🤐
SÓ
Eu, que o destino pândego impeliu à vida
Moldando- me com forjas de imprecação
Este que de má sorte na criação, nascida
Apenas para ao peito dar dor ao coração...
De flagelo em flagelo tem a poesia ferida
Sem fidelidade no caminho, outra direção
Sangra, rasga, na tranquilidade retorcida
Dos acasos servidos, os sons da solidão
Silêncio nas madrugadas, noites de luto!
Dias embatucados, me vejo em desalinho
Alma acabrunhada, de triste e vago olhar;
E, no horizonte do cerrado árido e bruto
E, talvez há de estar, no sempre: sozinho!
Sem o amor, sem tu, a chorar, a suspirar...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
09/04/2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SOLIDÃO
É assim...
Ausências de nós
Mudando o silêncio de lugar
O silêncio daqui pelo batido
Surdo do meu coração acelerado
Deste quarto em que estou
Pensando em você,
Querendo te ver.
O silêncio soa como
Chamando seu nome
Querendo carregar você no colo,
Mas não tem você.
Só eu, tateando o silêncio,
Escutando as paredes
Dizerem "estás só".
Prolixo silêncio.
Seres humanos eram pra ser racionais...
E a racionalidade está no diálogo, silêncio só traz uma coisa,
Separação, distância,
Então se um dia eu tiver que responder com silêncio,
Ele vira com certeza com um antecessor adeus.
Em certas situações a melhor forma de se defender
é ignorar os fatos irreais, e lutar através do silêncio.
Nunca use as mesmas armas que a do seu adversário.
ruído interior
ouço sussurro,
mesmo acompanhado
e eles estando em silencio.
fico acorrentado,
mesmo em um lugar fechado
e não pisando sobre cimento.
sinto sozinho,
mesmo em um evento
e cercado de argumentos.
não quero mais sentir,
muito menos ficar aqui,
quero parar de ouvir.
´PERGUNTO-TE
Se falo que te amo,
dizes que eu minto,
Te querer eu posso?
-Não sei, te exibes muito.
Que faço então?
-Podes deixar de mentir
e de te exibires.
Fala direto com o meu
coração.
E depois?
-Ama-me no silêncio das noites,
no calor dos dias, entre os meus
braços fica, beija-me muito, assim
como fala que o fazes.
Faz então.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Retorno
Gastei toda aquarela, recolhida. Silêncio de barcos acidentados, fruta madura espatifando-se na terra. Colhi no ventre da treva estas
palavras tocando-as devagar, com medo de que por trás de suas faces frescas me aguardasse uma emboscada. Sei pelo avesso suas formas
conturbadas, atormentam-me seus abismos híbridos. Vê-las pulsando salva-me da lábia estofada cotidiana, mas também me expõe à rude dimensão da liberdade e seu preço poucas vezes raso. Cintila a pedra noturna dos meus olhos nos seus olhos, sei que posso atravessá-los num sopro. Após tantas águas fugidias, o refluxo. As portas batem, como nos dias arejados.
Mero silêncio, essência
Resta apenas viver o silêncio
Silenciar os sentidos,
E apenas viver essa essência,
Escrever, esse íntimo solidão
Pois viso olhares e pensamentos
De um mero admirador de palavras
Mais um em suma existência.
A água cai levemente em meio a um corpo exausto.
A poeira de um dia vazio desce ralo abaixo. Palavras que não foram ditas saem dos lábios num sussurro e se perdem no vapor morno.
Abraços que não foram dados, sorrisos que não foram mostrados, olhares que não foram trocados, são levados, arrastados pela água morna do chuveiro.
Uma alma inteira, sentimentos inteiros são levados todos os dias, pela água morna do chuveiro.
29/12/2018
Teu silêncio
Quando em silêncio te quedas,
imagino-te a dialogar com os próprios sentimentos:
tua espiritualidade e,
o que voga na própria imaginação.
O silêncio remete ao jardim interior, onde reina a paz e a beleza.
Procuras por respostas de situações aflitivas do momento.
Procuras também por segurança nos passos em momentos decisivos,
Quando o coração se agita pede atenção:
quer gritar, bater mais forte, abraçar e gratificar em tristeza ou alegria,
a euforia dá o tom do que lhe ocorre enfrentar.
É no silêncio da alma que os olhos se abrem para a porta do coração,
que fala o que os lábios não conseguem pronunciar.
O silêncio é bom quando harmoniza,
e na leveza da alma,
declina o que atormenta
e apascenta o que eleva.
O silêncio que emudece acorrenta e imobiliza o ser,
enquanto o silêncio que engrandece, exulta a alma e acaricia o coração.
Que o teu silêncio seja pleno em oração e paz!
Tornei-me em palavras intrínsecas,
Prolixidade me passa,
Como num dia chuvoso,
Tempo nublado,
Impetuoso vento,
Logo o cinza do silêncio dá lugar ao azul alaranjado do céu,
Cores quentes,
O calor do sol esquenta a pele,
As palavras voltam a soar.
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