Poemas de Ausência
Meu coração dói com a ausência e o silêncio do meu senhor. Um vazio toma conta de todo o meu ser e sinto o mundo coberto por uma espessa camada de névoa que me impede de caminhar em segurança.
Todavia o sol ressurge em meio ao céu cinzento e dissipa toda treva e sombra, iluminando o caminho para que eu possa enxergar as mãos firmes do Dom que me conduz em segurança rumo a um novo e belo horizonte. Todo meu ser se aquece com o seu calor e a vida pulsa em minhas veias renovando o ânimo e devolvendo-me o viço na face. Os sorrisos são fáceis e fartos dispensando razões para a expressão de tranquilidade e felicidade estampada na feição daquela que sabe que pertence a alguém. Esse alguém que mostra toda leveza e simplicidade de todas as coisas com suas palavras e gestos de cuidado por vezes é duro em seus ensinamentos mas demonstra carinho e proteção em todos os momentos.
Estou segura nas mãos do meu Dom.
Sou grata por pertencer ao meu senhor.
Senhor de tudo em mim!
Que sofrimento é esse que não passa!
O vazio da sua ausência me faz querer gritar de desespero.
Não apenas te amo... Preciso sentir sua presença de qualquer maneira para acalmar meu coração.
Quando isso vai passar ...
Meu labirinto
Não me atentei em minha ausência
Mal residente em plena essência
Profundo e enigmático
Na tormenta aflora, vai à forra
Se me há perdido
É provável que em mim também me perdi
E como máquina a escavar
Arrisco-me sem saber o que irei encontrar
Se me há perdido
Em mim me perdi
Estarei profundo
Entre canetas e papéis não eis de me encontrar
Será por um tempo
Não muito tempo.
Uma simples ausência
Nem tanto assim.
São fugas, batalhas
Esperanças e esquecimentos.
Assim se mantém os pensamentos.
Nem tudo são flores,
Nem tudo é de ouro.
Vasos se quebram
Muitos viram pó
O orgulho ferido
Não é motivo de dó
É erguer a cabeça e continuar
A vida é muito bonita
Para deixar virar pó.
Vou e volto. Sem demoras
Eu retorno.
No meio da ausência existe uma coisa chamada vida...
A vida independente da ocasião está sempre em movimento e se renovando, e com os acontecimentos do cotidiano vai preenchendo às lacunas e mudando a essência da ausência...
Algumas vezes a mudança cria laços inquebráveis, mas há aquelas vezes que a mudança leva pra longe, desfaz e torna tudo em nada, e se compara a uma tempestade pois deixa marcas e rastros que fica m difíceis de serem esquecidas, mas após a tempestade vem o sol e mostra que sempre a um novo amanhã pra quem fica e quem parte.
Você sabe que faz falta em mim. Sua ausência diária me reduz a um triste sonhar, um dia ridículo e comum termina e não ouvi sua voz, e você sabe que faz falta.
Digo o seu nome e não há retorno, seu numero ainda está na minha agenda, mas não ligo pra falar e você não vai reclamar que soa estranho quando eu digo o seu nome.
Sinto o tempo passar insosso e triste, arquitetura de silêncio, solidão, como um castelo de cartas fadado à ruína. Enquanto meu pensamento voa sem direção, sinto o tempo passar...
O dia vai acabar com a mesma solidão de ontem, a mesma de amanhã, a mesma de sempre. Se você não acabar com essa ausência, infelizmente o dia vai acabar com a mesma solidão.
E eu vago pelo jardim da ilusão, passo os olhos nas flores que nascem do lixo, despertando a emoção de ver as cores do meu castelo de cartas, no meu sonho, eu vago pelo jardim da ilusão.
Tenho pesadelos com aquele dia em que tudo acabou, uma hora e tudo o que foi construído ao longo de anos ruiu, virou pó. Falei tantas besteiras que agora tenho pesadelos aquele dia.
Minha inspiração é um esforço inútil de encontrar beleza e criar poesias, mas a poesia mais linda anda por ai desdenhando da minha verdade que, sem você, minha inspiração é um esforço inútil.
Você faz falta, meus dias refletem a mudança que aconteceu desde que você se retirou da minha vida e me forçou a sobreviver com sua ausência e depois esquecer que você fez falta...
PRESENTE AUSÊNCIA
Aquele nó que o peito recebe a cada ânsia e constância do teu olhar em fuga,na rota dos nossos caminhos tortos,no abismo que a saudade causa aqui dentro.Na incerta certeza de que um dia houve nós.Ânsia da saudosa saudade,vontade e ansiedade de te ter em mim e me perder em você,vontade de estar entrelaçada nos teus braços,teus amassos,pra junto me aquecer.Tua pressa,me apressa,virou saudade,lembrança da antiga e reluzente paixão.Tua amarra no meu peito não se deu,oque me causa aflição.Ta difícil conviver com a presença da ausência do teu amor,teu querer,pra me querer.
Ass: Emilly
todos os dias
Em busca de um consolo da sua ausência, falo para mim mesma.
Não vale apena ele nem merece isso, sai dessa você consegue.
Mas verdade seja dita, é mais difícil que pensamos.
O ALIMENTO DA ALMA
Saudade sofrida mesmo é a ausência de tudo aquilo que não se teve, com a imprecisa lembrança do que não se fez. Isso sem esquecer a lancinante angústia de uma vida inteira presumida: relembrando as inúmeras promessas solidificadas no desquerer do destino, ou lamuriando por cada desejo não consumado. Entretanto, ainda pior, será a contaminação deturpada para a descrença no novo alvorecer. Porque, somente amanhã, redobra-se o otimismo, recicla-se a força e se torna capaz de sonhar com tudo aquilo novamente.
Pois, quando desistimos de lutar pelos nossos sonhos, nos tornamos mais indiferentes, amoldados e desvidrados. As inolvidáveis frustrações dos sonhos amortecidos permanecem aprisionadas para sempre nos subterrâneos da nossa mente. Onde guardamos um amontoado de coisas preciosas, que se perderam entre a vontade, o medo, o tempo, o acaso, a desmotivação, a desistência, os pretextos, as obrigações, a rotina etc. Enfim! Onde tentamos enterrar dentro de nós mesmos, à ausência de tudo aquilo que não fomos além das expectativas presuntivas dos nossos atulhados anseios.
A pior morte, portanto, é aquilo que deixamos de ser, ainda em vida, quando renunciamos aos nossos sonhos. O conformismo, o contentamento, e a apatia pela ausência de ambição, desnaturaram as almas que vagueiam opacas pela vida sem mais nenhuma fantasia. Os sonhos não são apenas cobiçosos desejos físicos, são os alimentos da alma ante aos anelos do coração. Uma vida sem sonho é como uma praia sem areia, uma primavera sem orvalho, uma flor sem perfume. Os sonhos atribuem novos significados a nossa própria existência, rejuvenescem a alma, regozijam a esperança, e preenchem com encantamentos a languidez do nosso cotidiano. E sem o embevecimento que os sonhos suscitam, a vida se torna austera, os risos sóbrios, e os nossos caminhos entenebrecidos. É quando deixamos de viver, e passamos, simplesmente, a existir.
TROVAS - SAUDADE
Na ausência que me consome,
vivo sem a liberdade,
com um poema sem nome,
eu trovo minha saudade.
No balanço da saudade
a lembrança vai e vem
Embalo a oportunidade
para eu poetar também.
É exatamente por isso que é preciso mudar.
O que mata o jovem é a ausência de educação, de emprego de segurança, Saúde e moradia digna. O Estado não faz a parte dele simples assim.
E não me venha falar que a população pobre também não faz nada para evoluir porque é uma generalização absurda. Aliás, um dos grandes problemas do pensamento atual são as generalizações. Devido à um ou mais casos especificos colocam todos na mesma panela.
É complexo por que precisamos individualizar caso a caso, mas individualizar exige analise apurada e pensamento crítico e por isso mesmo da muito trabalho.
E como nós, como sociedade, obteremos esse grau de lucidez se a matéria prima abundante é formada por cérebros preguiçosos?
AUSÊNCIA DE PALAVRAS
De tudo para quanto vivi,
eras tu do que mais morri.
Da ausência de palavras,
do canto que não ouvi.
Eu sinto porque tu foste,
pelo amor e o desgosto...
Era uma verdade tão vã,
que só durava no afã
das palavras ditas com escárnio
travestindo-se o riso dos falsos
versos de Chamfort.
Era sua verdade tão vã!
De tudo o quanto vivi,
eras tu do que mais morri.
Dor
Você é o melhor poema,
Que o meu coração eternizou,
Sua ausência é um dilema,
Devido a saudade que deixou.
Pétalas coloridas e perfumadas,
Encantam esse necessitado ambiente,
Coração cansado da dura jornada,
Coração puro,quebrado e carente.
Coração que caminhou o duro deserto,
Que navegou os grandes mares,
Que teve a coragem sempre por perto,
Coração que foi privado de manjares.
Você é o inexplicável,
De um mundo imensurável,
Desejável e amável,
De segredo,insondável.
Segredo de um momento vivido,
Naquela noite de êxtase e prazer,
Como foi bom ter conhecido,
E no meu coração, a ter.
A maldade do destino,
No universo de um menino,
Como o soar de um sino,
Causando tamanho desatino.
Silêncio e solidão,
Sentimentos e emoção,
Tormento e devoção,
Fragmentos e ressurreição.
Lourival Alves
Mas, o que é carência!?
ausência daquilo que gostaria de ter!!!
Diante disso muitos se entregam a outros em
relacionamentos sórdidos, doentios e mesquinhos...
onde não há o menor sentido para ambos estarem ali, um por carência;
o outro, sem perceber sua carência... ..
Cada dia que passa sinto mais sua ausência
Não ausência física, mas sim das lembranças, ausência sim, de saudade, ausência de vida,da sua vida, então percebo que você está morrendo dentro de mim.
Morrendo por se fazer ausente, morrendo por não se fazer presente, morrendo por se fazer de morto, por não querer ser vivo aqui, morrendo por mera defesa do meu coração.
A farsa pode ser viciante na ausência do fato agradável, mas uma das coisas que mais queremos é o amor. Algo que descarta as sombras, algo que é puramente belo e traz um significado incrível a nossa existência.
Mas o mundo se afoga em farsas e as vezes só o que o mundo consegue é fingir beleza. Uns fingem mais que outros, que dependem também dos que acreditam, os desesperados e extremamente necessitados do belo. Eles aplaudem e promovem, mas parece realmente que encontramos o belo em lugares que ninguém quer pisar. As vezes em canteiros destruídos e esquecidos, as vezes em valas... ninguém quer existir lá.
Mas é no caos que nascem as flores.
Vivo apenas da paciência,
se não desisto é porque espero.
Chegando à tua ausência,
não agonizo, pois, é o que eu quero.
Ah! Saudade…
Essa ausência que invade o peito
Quebrando todas as regras
Mostra o que é verdadeiro
Sentimento assim, bem sei
Nem o tempo leva.
"Decepção tem nome e sobrenome
É ausência do que não foi vivido
Visto, sentido, ouvido, tocado...
Recitado, lambido ou acariciado.
Enfim...
É lembrança ruim do que não se teve
E, no campo da eternidade,
Nunca mais retornará"
(Homem do mar, p. 55)
TUA AUSÊNCIA (soneto)
Sofro, ao recordar-te, com minha saudade
Da tua ausência. Meu poetar se transporta
Minha alma se vê numa penúria que corta
E meu sossego, nervoso, cheio de vontade
É verdade, toda essa minha infelicidade
Que percorre está poesia, aqui tão torta
Escorrendo por motivo que não importa
Largando os versos, árduos, na ansiedade
Aí, que confuso clamor que transtorna
Das orgias das trovas de outrora fausto
E agora, penosas e tão malfeito se torna
Ofensiva sensação, funesto holocausto
Que na solidão figura, e na dor amorna
A vazia inspiração e, o silêncio exausto
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/06/2020, 09’43” - Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando
