Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Anseio-te com o aroma de rosmaninho.....
Na nossa cama...de ferro...preto....
Sinto o teu corpo ausente....
Distante.....com uma solidão instalada...
Oprime-me e induz-me.....a uma insônia inquietante...
Adormeces......meu anjo....meu amor.....
Mesmo com o vento a assobiar no nosso quarto..
Eu sei, sou como as folhas no outono...secas..
Brilhantes...de todas as cores.....apesar disso....
Sinto-te ausente......distante....
Como um relógio parado....sem corda....
Com os ponteiros a percorrer.....as horas da nossa noite...
De um presente....de um passado......feito de insônias...
Pelas madrugadas....
Perdi a coragem...de dizer-te...fazes-me falta..
Tentei dizer com o meu coração o que sentia.....
Em forma de versos.....cálidos.....quentes e espontâneos....
Desfolhados pelo tempo.....quimera ilusão ...
Espero-te com os meus lábios....
Ofereço-te os meus braços.....anseio-te com aroma de rosmaninho.!!!
Vou dormir com a lua
pois só ela traz pra mim
um branco fosco e escuro
um preto de brilho sem fim.
Vou acordar no mar
pois só a maré pode trazer
um sal que adoça meu azedo
o mel que me leva a você.
Vou me descansar na nuvem
pois só ela é pureza sã
deitar por somente deitar
sem pensar no amanhã.
Vou me esconder com o sol
pois só ele tem a chama
que eleva cada vez mais
o nosso fogo na cama.
Melania Ludwig
1 de novembro via celular
próximo a São José do Rio Prêto · Editado
MEU MEDO
Caminho pela casa a esmo... me perco...mesmo...
Esbarro em minha sombra... tropeço...desço...
Fujo dos espelhos que eu mesma coloquei por todos os cômodos...incômodos...
Tenho medo da minha cara de medo...
Onde fui buscar este inimigo...perigo?
Se eu quebrar os espelhos aumentarei a sua força...minha forca...
Cada caco será mais um...buraco...
Infinitamente perdida no escuro de cada lâmpada que ainda não me ensinou qual é o interruptor correto...aperto...
E onde foi parar o meu equilíbrio para andar no escuro? Tudo virou muro...
Cada passo é um ponto de interrogação...sem noção...
Estou perdendo meu norte
preciso de um suporte
O tempo passa e a aprendizagem é mais escassa
Quero uma mão que me fala...não bengala...
Olhos que me enxergam sem me tocar...só de olhar...
Se ninguém me fizer isto... eu desisto...
mel - ((*_*))
Das coisas.
Das diferentes maneiras, aquilo que é preto
Pode ser o branco escurecido por sua própria sombra
Nem sempre se tem um acerto sobre tudo
Pois aquilo que tememos pode não ser o que nos assombra
Da vida se leva a dor, o amor e o perdão
Da morte, quem sabe a escuridão?
Então de que vale viver em vão?
Sem amar, viver ou se afogar
No mar de nossos próprios sentimentos
óh, Preto...
o teu líquido que da arabia fez-se sagrado
E que faz dos Áries da Etiópia mais vívidos
Preto como o povo de vossa origem
És tropical como as Índias da terra nova
Da província francesa até a terra da Árvore Vermelha,
Na terra dos Santos mais diversos,
Que enfim começa na destruição, negra
A cultura desvairada, mas
Derradeira faísca, Amazônia, Deusa grande!
A negritude, como esse fruto de 1727,
preto como o povo:
Convergiria já a vã coincidência?
Cinza Mascavo,
Negro Café
Negro Povo sempre ali,
Negro Carvão vegetal,
Pretos olhos dos Barões.
E quem diria, agora preto óleo?
Mas só no fim se, não, vê cor
és o branco amarelado do globo do Escravo,
sua palma que trabalha também
O branco do açúcar refinado,
que o francês adoçou sem permissão dos donos do Kahwah
Cotidiano
Quente, morno, frio
Preto, branco, cheio e vazio
Claro, escuro, fim do mundo
Sentido, amigo, eterno abrigo
Sorrir, brigar, deitar e sonhar
Contar, chorar, extravasar
Noite, céu, calor do dia
Nuvens brancas, chuva, agonia
Liberdade, linda felicidade
Paixão, amor, caridade
Criança, menino e menina
A paz, a bela, saudade antiga
Porta e janela a alma da Vida!
Leonard contemplava um fim de tarde em preto e branco
O céu acinzentado resplandecia ao seu redor
O dia terminava sem graça
Era só um garoto, sentado no banco de uma praça
Nos últimos instantes da vida se foi sem saber
Uma alma esquecida,
sem o sabor, de um grande amor para viver
- Senzala -
Parece que ele tem cabelo de preto, mas é de seda...
Sua pele de breu é luz de estrelas.
Conforta os caminhos que seus pés pisam:
Mar deserto, flores do campo...
Vejo seus olhos brancos acastanhados à paisagem.
Passos longos, passos curtos...a um passo do beijo.
Parece que ele cheira tanto, que fede.
E o suor que pede, exprime poesia.
Se tudo de mim é fantasia, dele é água que escorre.
Mina de corpo, febre, sopro de voz, doçura...
Ele me faz...
Sideral
O silêncio da noite
no interior
decifrado no preto do céu
mesclado com os incontáveis pontos brilhantes
Tua estrela,
aquela que te dei
e desenhei troncha
no contorno dos teus sinais,
tua estrela
estava lá:
longe dos meus olhos,
inalcançável,
mas imersa
- lá em cima
e no fundo escuro
e inatingível
de mim
(in)atingível:
in:
dentro:
entre.
me ache.
mergulhe.
Hoje minha vida é o branco e o preto
sem ser em preto e branco...
dias cinza... nuvens carregadas
céu desazulado,
coração desesperançado.
Um alvo manto
era o que eu procurava
uma luminosidade por toda parte
só escuridão eu encontrava.
Foi tudo o que você me trouxe...
uma vida branca e preta sem ser em preto e branco...
mas é como se fosse...
Ele é preto ou tá escuro?
O preto só é preto quando está escuro. Quando de repente, falta de luz em todo lugar. Quando está claro, o preto deixa de ser visto como preto, ou melhor; o preto torna-se cor, é só, a mais densa das cores. Torna-se visível porque há luz, porquê identificou-se que não se trata do que não via, e agora já se vê. É uma cor. O preto tornou-se escuro - nem sabe-se se é (preto) -, não se vê. Não se pode enxergar coisa alguma (parece outra coisa). Isso é o que não se pode dizer que viu. Ou está cego pela escuridão e não se pode dizer que cor é, ou, é só, a ausência total de luz. Tem cor, mas não se viu (não se sabe qual era).
Às vezes, estamos certos, mas outras vezes, estamos no lugar errado. Ou só, ainda, na posição errada. Não é ele que é preto, ele só está à sombra. Sob à luz, ele é quase amarelo.
Texto extraído de: As Crônicas da Guerra - O que tem no Amarelo. De: Douglas Melo.
Se eu preto e branquear o horizonte
Desnudaria todo verdejar
Faria muitos tons de cinza
E tiraria o azul do céu
Não teria nuvens cheias
Nem flocos brancos formariam estas imaginações
Se descolorir...
☾.•°*”˜˜”*°•.✫
Pessoas tristes e magoadas enxergam tudo em preto e branco,
pois falta a essência mágica que da cor e preenche o espaço
vazio com a simplicidade do Amor ✫ . ¸ ¸ . • ´ ¯ ` » Paulo Ursaia
Hoje escrevo sobre este cabide que me suporta o preto e branco deste mundo
Refúgio que encontro nestas paredes que me escutam o meu choro no qual estes lençóis que me vão cobrir, o calor que me vai mantendo quente e o salgado que é palpável do meu murmúrio explosivo.
Coração que bombeia estre tremor de me esfaquear e me inundará as minhas retinas e pestanejar sobre uma decomposição dia a dia que me separa da realidade
Arrastão que me atrai até ao meu canto
Memórias, sentimentos, recordações das quais respiro......
(Adonis silva)2020)®
Não tenho vontade de viver
nem forças para sorrir!
Estou no mundo preto e branco
sem uma janela para sair...
Não tenho motivos para viver
e nem vontade para sair
estou acabado por dentro.
Não quero mas existir.. [...]
O preto combina com minha alma e personalidade.
O preto para mim, é vaidade.
Às vezes vazio, mas intensamente preto.
Pois o preto, é o toque de felicidade!
Momentos preto e branco,
realçam alegrias ou prantos
ao perpassar na nóstalgia de tantos.
Sintonizados nos instantes de recordos ou sonhos, concretizados ou deixados de mão.
Podem valer mais que um tostão
Por ficar marcado em um coração.
Preto
O encanto das cores
escuras na alma
Transmite a essência das noites
Num tom de preto…
Preto escuro ou preto claro
perpassando ao suave gris do manto
Que aquece o Ser noturno
Que não dorme nas noites
Para apreciar o simples
Escurecer dos lares
Que apagam as luzes da multidão
E escurece as faces
Que sonham
Que pensam
Que roncam
Na imensa mansidão
Que ensurdece os ares.
