O Poeta e o Passarinho
Esquecido, meu talento se foi embora.
Hoje sei:
- já não sou mais um poeta!
Não consigo escrever uma linha certa
sem que a inspiração logo me escape!
O poeta que havia se perdeu?
Será que o sentimento se acabou?
Talvez, nunca existiu... que tolo, eu!
Se o pensamento, entre linhas, se perdeu
e a luz da emoção se apagou
Foi porque a da Razão se ascendeu...
sim! O poeta então, pois, morreu!
VERSUS
Poeta ao [in] verso (?)
Trava,
Vai, engole o verso!
Diz que não pode
e explode...
Im.pa.ci.en.te
A palavra desacata
a fera ardente.
O dom, ata.
Magoa ...
A.ci.da.men.te!
...Vocifera...
Rui.do.sa.men.te!
Poeta é sujeito carente, quase sempre escrevemos folhas e folhas, trancados num quarto com uma imensidão de idéias surgindo na mente, e assim encontramos a solução pra todos os problemas, talvez poeta é o maior ser em sintonia com a própria alma, sempre em busca de explicações, ou não. Viver é aventura pros loucos, paraíso pros que podem, inferno pros que sofrem e uma chance pra quem sabe aproveitar, viemos somente uma vez e temos somente isso pra demonstrar o quem somos. Uso palavras pra me aliviar e pra levar a você algo que toque de verdade, valorize tudo e nada passa despercebido, valorize o mal, se não fosse ele o bem não existiria e já que a vida não é um conto de fadas, é necessário valorizar as adversidades, assim você irá descobrir um caminho certo a seguir.
A poesia
Poesias não são palavras ao vento
Mas sim palavras que transpassam sentimento
O poeta retrata um mundo obtuso
Em palavras doces, sem abuso
A poesia é um jeito meigo de retratar a morte
Uma forma brusca de mostrar a vida
A poesia é a expressão de um desesperado
Que se vê angustiado, e que por ela é aliviado
A poesia pinta um mundo colorido
Não de rosas vermelhas que respingam sangue
Mas das infinitas cores que nossa imaginação cria
Para escapar dos infinitos problemas do dia-a dia
A poesia ecoa nas ruas gritos de desespero
Gritos de uma mãe que perde seu bebê pela violência
Do idoso mal tratado
Do jovem abandonado
Do homem escravizado
A poesia interpreta a vida
Finge ser realista
Faz-se moralista
Nos traz alegria
A poesia mata sentimentos
Acaba com a raiva, com o medo
Demonstra o amor
Mas nunca deixando de ser a simples poesia.
Poeta é um ser mentiroso, portanto não acredite em tudo que lê. Não acredite nas ações que dizemos cometer, não acreditem nos sentimentos, não acreditem nas palavras. Podem acreditar, mas desconfie sempre.
Flor do sertão.
Sertão meu bom sertão
tu me deste aquela flor
que florou no coração
do poeta sonhador
no jardim dessa união
brotou o mais lindo grão
da raiz do nosso amor.
Toda a imbecilidade é capaz de torna-lo poeta e gênio. Na vida robotizada e de rituais místicos se pede: “Deus não me leve agora”, pois ainda convém às modinhas das vitrines, o sorvete da esquina, o sol que arde, o dor que pouco se acalma. Bem quanto à bagunça que ninguém o leve a mal. Dissemos ao mundo que aprendemos quando estamos calados, então já não temos mais nada a fazer além de passear ao dia e dormir à noite. Como dizia Raul: “Viva a sociedade alternativa”.
Toda a imbecilidade é capaz de torná-lo poeta e ou gênio. Em rituais místicos se pede: “DEUS NÃO ME LEVE AGORA”, pois ainda convém às modinhas das vitrines. Como dizia Raul: “Viva a sociedade alternativa”.
UMA PENA
Com uma pena...
Escrevia um poema
o poeta do tempo,
os olhos dos sentimentos...
Registrava o presente
ressaltava o passado,
destrinchava os galhos
de um amor confinado.
Com uma pena...
esboçava as tristezas
inoculava o amor
dava cor a beleza
expressava a dor
e as ordens da realeza.
A pena, que esboçava rima
registrava ira o alto estima
assinava sina
esvoaçava a sorte...
o óbito a morte
planava pela imensidão
demarcava o sul
rascunhava o norte.
Com uma pena, uma pena
... Aterrorizava o forte
o poeta e seu tema...
refletia as contendas
registrando o milênio
apenas com uma pena.
Antonio Montes
Sou um poeta sem caminho
Perdido na manta do destino
Esquecido sem o teu abraço
De alma gélida no espaço
Levando marcas de cansaço
Erguido em lágrimas de dor
Esperando por algum amor
Sentindo neste coração
Muitas pétalas de solidão
Este poeta abandonado
Morrerá sem ser amado.
Lá vai o poeta
Sozinho no tempo
Perdido no espaço
Com o sentimento
Sem o teu abraço
Foi-se o momento
Ficou o cansaço
Sem eira nem beira
Naquela esplanada
Sentindo o vazio
Sem a sua amada
De olhar fulgente
E o corpo quente
Sabendo somente
Na verdade nada
Passa um segundo
Contemplando o mundo
E naquela hora
A dor o devora.
Passa mais um dia
Sem a companhia
Numa sinfonia
Muda e vazia.
Valerá à pena a espera, pois duras são as penas do poeta que criam o início de um fim com poucas algumas gotas rubras de tinta úmida advindas dos corações marcianos.
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