Falar da Vida Alheia
TROVAS -
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Quem cuida da vida alheia
Vejam só o que acontece:
A inimizade semeia
E da sua vida esquece.
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O que se planta se colhe,
Isto sempre afirma alguém.
Mas há quem plante o mal, olhe,
Querendo colher o bem.
É tanto palpite na vida alheia, que acho que a maioria das pessoas não acerta na loto porque não querem...é tanta certeza que "fulano é gay", que "beltrana é kenga", que "cicrano é traficante"...
Palpite e adivinhação (certeiros) dão $$ minha gente!
Aos tristes amantes de privilégio singelo resta assistir ao espetáculo da vida alheia por de trás das cortinas. Aonde os personagens fingem ser felizes."
Vida Alheia
Todo mundo tem sua vida
...Na poeira, na neblina
Sobre a mesa ou debaixo do tapete.
Abrimos as janelas;
Fechamos as cortinas...
destrinchamos nossas relíquias,
Nossas fraquesas.
Seu rumo... Minha tragetória...
Na sua, na dele, na minha.
Todo mundo tem sua vida.
Cultive seu jardim;
Cuida lá da sua vida...
Eu aqui cuido da minha!
Imagine se as pessoas não perdessem tempo falando da vida alheia de modo depreciativo. Certamente, teríamos mentes sãs em abundância. Reflita!
Quem muito fala (julga) pouco faz. Quem muito se incomoda com a vida alheia é porque não tem vida. Quem muito censura a felicidade alheia não consegue ser feliz.
Quem cuida da vida alheia, a dele em falta continua necessita de alguém como ele para vir cuidar da sua.
Cuidar da vida alheia é feio e inconveniente, pois a minha vida já é farta e tão cheia cuidar de mim é bem mais que o suficiente.
“É fato que só nos interessamos pela vida alheia e nos regozijamos com o tropeço de outrem quando a nossa vida não vai bem. Isso é sinal de frustração pessoal, um sinal claro de algo mal resolvido na vida deste. Isso eu diria para um amigo.” (Henrique Musashi Ribeiro)
Sua elegância nunca muda, e, sua curiosidade, é pra esquecer da vida alheia, prá pensar somente em mim.
A vida alheia é uma casa fechada; é um cofre codificado; é um terreno frutífero que, mesmo quando não é cercado, não te dá o direito de invadir.
Do desejo de acabar com a vida alheia provém o ódio
Perversor das boas obras do homem, possuído por ele de todas obras do alto se despreza
Inveja da felicidade vende a harmonia e compra-se a arrogância
No pedido de guerra na oração do fim
Do sangue derramado pela espada gotejada
Não deixa os vivos viverem se entristece com a felicidade, massacra o desejo
Como aliado da escuridão obstáculos opõem a veracidade
Instiga a maldade e a pregação venenosa do orgulho
Se estiver na retidão, não vai humilhar piedoso e saberá dosar seu sentimento
Profanem aos seus filhos que suas obras e heranças se espalhem
Coração cheio de pressão, arrepender e voltar pelo caminho não será vergonha
Eleva sua alma e proporciona a trajetória da alegria
Do fígado adoeceu enquanto do ódio se supria na mesma forma que castigo será castigado
A falsidade estimava um bom tratamento, no virar de costa a raiva reinava
A prosperidade foi de stress, de nada frutífero será recolhido assim como o ofendido na recusa do perdão
A balança será a mesma para os dois lados, não será oprimido e opressor
Sereno e como o pacificador de toda dor surge a luta
Da sua terra surgirá a herança da derrota, pacifique suas casas e encontrando a trilha do rio
Suba as cachoeiras e se afaste, mesmo que não digam que é para fazer
Na alva o sol esplandecera é a rinha esvaecera.
