Conto Amor de Clarice Lispector
Lindo olhar quando me olhas
Impossível esquecer
Lembro-me a todo instante
Incoerência? Insanidade?
Amar é assim, louco pra quem nunca viveu
Não ligamos para o que vão pensar
E simplesmente amamos.
Amada, querida, desejada
Meu coração acelera só em pensar em você
Impossível esquecer
Todo carinho que temos
Respeito e admiração por essa super mulher
Amor surpreendente, inconsequente
Não pergunto se pode, saiu invadindo meu peito
Oro para isso nunca terminar.
Deus é fiel e nunca nos desampara
Eu creio nisso.
Amor crescente
Linda, inteligente, graciosa
Emocionado-me a cada dia
Não acreditando no que estou vivendo
Certo de que serei melhor a cada dia ao seu lado
Romântico? Alguns dizem que é cafona.
Imprescindível é estar com você todos os dias
Mulher guerreira, forte e ao mesmo tempo meiga e carente
Babaca, idiota, cafona… fico de estar longe de ti
Amando loucamente
Saudades apertam meu coração
Sei que quando estou com você, tudo se torna paz
Amo-te ontem, hoje e sempre
Haverá algum dia que ela dirá eu te amo?
Yes? No? Não importa, continuarei lhe amando.
Liliane Amitrano de Alencar Imbassahy
Eu nunca vi seu rosto
Eu nunca senti seu cheiro
Por isso não conseguiam conquistar
Não conseguiam obter a coroa digno de um rei
Mas quando olhei em seus olhos
Quando eu vi você
Sua flecha perfurou-me
As 7 chaves foram dissolvidas
As muralhas se corroeram
Nunca vi seu rosto
Nunca senti seu cheiro
Mas no profundo da floresta
Meus olhos acharam você
Digno de um rei
Digno de uma coroa
Dancei ao amor por você
Senti o calor mesmo no frio extremo
Seus olhos brilhavam ao sol
Sua flecha perfurou-me
Digno de um rei
Digno de uma coroa
Você se tornou o rei no meu mundo
À Procura: L. C. O.
Passei anos da minha vida procurando uma pessoa, que nem se quer sabia se existia!
Em meus pensamentos ela era "incrível".
Ela era perfeita (pra mim).
Gostava de jogar vôlei, malhar, correr e fazer meditação.
Gostava de praia, mas não era muito fã de entrar na água.
Ela respeitava o mar.
Ama viajar, conhecer lugares novos, fazer amigos.
Final de semana era certo, um boteco ou um encontro com amigos. E claro: cerveja.
Por que ela gosta de tudo que eu gosto.
Ela aprecia arte, mas não entende nada.
Gosta de ler. E de mostrar que sabe das coisas.
Adora cinema, ver filmes (só não pede para ela escolher o filme rsrs) e maratonar uma série.
Ela ama música e interpretações. Ela é uma artista só não sabe isso.
Adora se manter informada. Fala sobre tudo. Qualquer assunto. Se ela não souber falar sobre, pelo menos já ouviu falar.
Ela é tranquila e serena, mas também brava
como as ondas de um mar em ressaca.
Imparcial as vezes.
As vezes muito apoiadora da causa.
Dona da opinião. rsrs
Politizada jamais.
Ahhh, a gente se parece tanto...
Ela prefere sofrer sozinha, do que incomodar alguém com os seus problemas.
Esta sempre ali para apoiar um amigo. Tem sempre um ombro esperando. Companheira para todas as horas.
Foi tentando encontrar essa pessoa perfeita que eu ME PERDI!
Já dizia à música: "Vou me perdendo,
Buscando em outros braços seus abraços...".
Caetano é entendido das coisas.
Mas depois de tantos abraços sem sucesso e desencontros, eu percebi que essa pessoa não existia.
Não! Na verdade ela existe. Mas eu estava procurando no lugar errado.
Depois de exaustivas noites pensativo, percebi que esta pessoa "perfeita" (no sentido de gostar das mesmas coisas que eu) era eu mesmo.
Passei a minha vida inteira me procurando em outras pessoas... tolice.
Mas hoje eu entendo que o que faz o amor ser perfeito, são as nossas imperfeições.
E não existe nada mais perfeito e humano do que os nossos defeitos.
Tem uma mulher
que eu amo.
Olhos doídos, pálpebras mornas.
Já acalentou crianças,
deu-lhes o corpo,
alimentou, limpou suas lágrimas,
fez sorrir com voz calma.
Filhos, talvez netos.
Soube renascer neles tantas vezes.
Conhece a fragilidade humana.
Eu beijo os lábios
fechados dessa mulher,
a partir dos cantos,
em pequenas lascas de ternura
e queda no vazio.
Essa mulher viveu coisas
que me abastecem.
Ela fala de alegrias,
de sóis, sobremesas, decotes,
livros, enganos.
Vai falando e contornando dores
com pequenas pausas,
no que os cílios superiores tocam
os cílios inferiores demoradamente,
e ela afunda.
Aperto sua mão e ela emerge.
Enquanto a ouço,
beijo seus olhos.
Digo-lhe que é uma mulher, ainda.
Deus não quer que você se vanglorie de suas obras e sim que você negue o que satanás deseja de você.
Jesus era capaz de fazer tudo o que satanás lhe propôs, no entanto nada fez, pois somente a Deus devemos obedecer e honrar.
Assim como Jesus, você não precisa transformar pedra em pão para que certifique sua fé, basta negar satanás quando estiver no deserto.
Pois a essência não é mostrar ao Homem, mas sim a Deus a sua obediência.
Jesus foi crucificado pelo homem e glorificado por Deus.
Há pessoas que não podem ser libertas, não porque Jesus não é capaz de liberta-las, mas porque a pessoa não quer se livrar do que a aprisiona.
No Egito os israelitas eram escravos, e durante toda a trajetória de libertação, questionavam a Moisés.
Você pode sair da prisão, mas se a prisão não sair de você, jamais será liberto.
Não importa como termina a minha história;
Não importa se vão sofrer;
Não importa se iram lamentar;
Não importa , teve que ser assim;
Não importa Deus aceitou assim;
Não importa mais.
Importa que este dia tenha iniciado bem;
Importa que tudo vai passar;
Importa muito pra mim, que outros possam sorrir;
Que eu tenha sorrido muito mais que chorado.
Importa que eu vou estar bem, com Deus.
Não importa , nada importa;
E quem se importa;
Nem eu vou me importar;
Só quero sorrir muito mais que chorar.
AMO-TE CEDO
Ele é .
Como?.
Não vou dizer.
Não vou conseguir.
O que sinto?!
Se é que sinto.
Saber não vou te permitir.
Sei eu que sinto.
Sabe ele se lê.
Lê sem vírgulas pontos ou palavras.
Leio eu quando sua voz falha.
Eu viveria um romance desses de filmes adolescentes facilmente.
Eu sei amar até doer.
Eu sei chorar pra parar.
Sei que é triste até dizer
Suponhamos que assim venha ser .
Ele me ame assim por eu ser .
O que geralmente não sabem que eu sou.
Me amasse por cada letra.
Cada palavra sorteada.
Cada poema meu de amor.
Se fosse amor.
Amortecedor.
Sendo amor que tece a dor.
Ou amor te, cê dor...
Ou até mesmo a morte... medo...
amo-te cedo...
É cedo demais pra ser versificado?
É bonito mesmo os casais entrelaçados?
Poderia me amar por esse meu outro lado?
Dos meus versos, pelo menos você não ser um alienado?
Me deixar sonhar com o amor.
Amor tessido em felicidade.
Podemos lidar com isso de verdade.
Leia meus poemas por eu ter te amado.
Eles são mesmo os resultados.
Mas leia antes do registro da minha morte.
Leia hoje se for forte.
São só uns cinquenta e nem todos falam dessa minha sorte.
ENTERRAMADO
Eu sou a muito tempo a petrificação da raiva.
Meu corpo já foi assim.
Meu corpo já foi liquidificado.
Meu corpo já juntou na terra.
Eu já fui enterrado,
em terra amarrado,
enterramado.
Meus pais, filhos e avós já choraram,
E já desistiram de lacrimejar.
Minha compania já se casou no verão,
Nem vem mais me visitar.
E eu sou solidão,
Aqui no fundo do mar.
Do mar bíblico,
onde o colosso da justiça,
lança o pecado.
Cá estou .
No mundo do esquecido.
Oque fiz eu pra isso?
Bom não me lembro,
morro esquecido.
Lembro do pior acontecido.
Morri.
Não foi de febre,
Nem de saudade,
Não foi porque quis,
Nem pela idade.
Morri por má sorte,
Porque encontrei no caminho o espírito covarde.
E os anjos estavam ocupados.
Sei lá, talvez no céu ceavam.
E eu fui machucado.
Me espancaram.
Me mutilaram.
Me enforcaram.
Me alvejaram.
Me estruparam.
Me jogaram no lago.
Mas calma,
não foi simples assim .
Me machucaram, quando voltava da missa, próximo do ponto de ônibus me raptaram, me doparam, me usaram.
Me quadricularam, me puserram fogo,
me deixaram na terra.
E como esses, meus outros também me abandonaram.
Me espancaram, quando fui ouvir minha música favorita,
riram da minha roupa,
me chamaram de bicha,
me jogaram no chão,
arrastaram pelos cabelos,
me segaram com os próprios dedos, arrancaram minha roupa e enfiaram todos os dedos em mim.
Depois levaram minhas feias roupas,
sem deixar meu corpo eu cobrir,
nem minha mãe me descobrir,
eu não tinha nem um dente,
minha cabeça se fundiu com a calçada, quem me viu ,
até hoje não consegue dormir,
minha mãe acha até hoje que na verdade eu só fugi.
Me mutilaram, quando neguei dois tragos.
Me espalmaram a cara,
me prenderam no quarto,
e tiraram do peito meu filho,
me empurraram pela casa,
me levaram pra fora,
levaram também uma faca,
ela andou por tudo,
andou bem mais que as minhas lágrimas,
só perdeu pro meu sangue na caminhada,
com cigarros me queimaram,
onde já nem doia,
doía deixar meu filho ainda no início da vida.
Me largaram lá mesmo do lado de fora as traças,
depois do jornal eu fui capa,
meu filho já estava longe,
e eu nem constava no mapa.
Me enforcaram, quando menti dizendo que não sabia onde ela estava,
tinha medo que ela acabasse enforcada,
fui levada pro banheiro,
ajogada na privada,
eu gritava mas a TV estava ligada,
me deram vários tapas na cara,
me ergueram pelos cabelos,
me estrangularam na mão,
deixaram a vida me escapulir de olhos abertos,
foram perversos.
Me alvejaram,
perto de casa,
eu só caminhava com uma sacola de pão,
a morte vinha automatica,
seu barulho eu conhecia,
me veio não sei de onde,
foi de costas possívelmente,
esse tipo de morte,
por satisfação e lazer nunca vem de frente.
Corri mas já era tarde,
senti sede mas nessas horas a garganta arde,
a vizinha gritou,
chutou a roda do covarde,
a sirene soou mas já era tarde.
Na sirene mais alarde,
na minha morte mais covardes.
Me estruparam,
quando fui tomar banho de rio,
quando me escondi atrás da pedra,
Escondida do meu tio,
quando corri entre a plantação de pinho, quando me espremi entre os frepinhos, quando cai em meio aos espinhos,
quando eu não tinha nada,
nem sabia falar os corrigindo.
Me deixaram ali as margem do rio,
e naquele dia choveu,
fui pra depois da fronteira,
o porco da selva fria meu corpo comeu.
Me jogaram no lago, quando beijei ele depois da aula,
se consumiram de inveja,
me seguiram até a passarela,
me pediram satisfações,
eu não tinha pra lhes dá,
então levaram meu celular,
gravaram eu apanhar e me empurraram de lá,
aproveitaram que ninguém viu chamaram seus primos,
e me tiraram da água,
brincaram comigo,
me lançaram no fundo do lago,
que é tão frio que até hoje existo.
Em dois planos em alma vivo,
entre esse lago ou aquele do destino esqueçido.
Há quem sou ,
Ou melhor quem eu teria sido.
Não vale a vida ,
Se na verdade nada é vívido.
Não tem razões me dar um nome,
se passar o resto dos anos no subsolo pérfido.
Não queria ter pisado nesse mundo perdido.
Não tenho se quer um túmulo vazio,
Eles casaram,
Morreram de velhice,
Foram condecorados,
Praticaram outros assassinos,
Voltaram pra casa e almocaram.
E eu estou aqui,
pra sempre calado.
Eu sou o morto,
Eu sou o que colhe os frutos do cruel.
Se existir justiça,
Ela não está nem aí na terra,
Nem aqui no céu.
DE COR
Esse jogo de correr é sem fim
Você corre das contas,
Dos problemas,
De mim.
Foge de tudo
No início
Meio
Fim.
Sabe o que busca e tem medo
Sabe o que quer e não estende a mão.
Destrói tua prosa e teu verso
No medo de outra ingratidão.
Esquece que outrO risco é viável
Abre mão do que há de melhor.
Sozinhos são todos mais livres
Livres, infelizes e só.
Abre os braços e vá de encontro
Desencontro que ata esse nó.
Ser feliz é possível, é palpável
Eu prometo, disso eu sei de cor.
ERRANTE
sonho
tornei-me assim devaneador
quando o anseio, enfadonho
despiram as quimeras em dor
de mim então fracassei
me achei e me perdi
nesta vontade, chorei!
ficou a frustração comigo
criou raiz na imaginação
tal um áspero castigo
indignação...
os olhos de tristura
choviam pela emoção
escoando amargura
sou tal qual um incessante
enxurro, transbordo, derramo
teimosia, um pescador andante
sangro, e no amor me esparramo
(nesta turra, errante!)
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
19/09/2017
Araguari, Triângulo Mineiro
Tenho por você os sonhos mais improváveis, e mesmo assim não deixo de sonhar.
Tenho por você a espera inútil, o tempo que apenas intensifica o vazio, as noites que trazem as luzes escuras, escondendo a beleza do céu, e ainda assim, admiro-o sem lua e estrelas.
Tenho por você as estradas velozes, que te procura em meio ao chão seco e frio, numa tempestade de fracassos endossados pela solidão.
Tenho por você a rebeldia da mentira, que esconde o amor e todas as suas verdades sentidas.
Tenho por você os odores que enfeitam as árvores, que trazem a primavera em pleno outono, fazendo tudo em minha volta, tomado por sua existência, perfumar.
Tenho por você a impossibilidade de amar além do amor que te tenho.
Porque você dorme e acorda em meus dias, tornando-se presença marcante em meus sentidos; tempero de sonhos e realidades que se misturam entre espectros, fantasmas reais de um coração que deseja te encontrar.
Tenho por você os extremos das vontades de todo amor que nesta vida há.
E ainda que os sonhos com você sejam improváveis, mesmo assim, não paro de sonhar.
Já pensou se não fosse a fé? Como a minha mãe se levantaria todos os dias para cuidar da minha irmã Aline que vive há 30 anos em cima de uma cama após um erro médico? Se não fosse a fé, como a minha vizinha teria fôlego para se recuperar diante da perda de um jovem filho em um fatídico acidente de moto? Só a fé abraça as mães que esperam o tempo passar em suas dores internas e invisíveis. Se não fosse a fé, como uma colega sobreviveria a um tratamento agressivo contra o câncer? E da fé tirava o riso e a certeza de que tudo ficaria bem um dia. Se não fosse a fé, como seria a vida da minha prima que, após anos de casada, precisou recomeçar a vida por dentro para sobreviver com o que restou na sua casa vazia. Se não fosse a fé, como a minha irmã Lucinha suportaria o luto pela perda do Geraldo após cinquenta anos de casada? Se não fosse a fé, como eu escreveria todos os dias? Como eu abraçaria os distantes corações doloridos de quem me alcança através das palavras? Como você chegaria até essa parte do texto, se não fosse a fé? Não digo a fé que lotam as igrejas, que lotam os bolsos dos que lucram com a fé alheia. Estou falando da fé destemida. A fé que enxergo ao olhar nos olhos da minha mãe. A fé que sinto na vida da minha irmã Aline sob a cama. Estou falando da fé. Simplesmente, fé.
.
É possível?
Caso houvesse uma possibilidade
Caso tivesse uma porcentagem
Talvez você me olharia de outra forma?
Se você visse minhas ações
E porventura soubesse o significado
Talvez você pensaria a respeito?
Se eu dissesse mil indiretas ambíguas
E você tentasse entender
Talvez você me compreenderia?
Se eu morresse por você
E vendo minha morte
Talvez você visse quem a ama?
...
Bom, não é que não vejo
Já vi a muito tempo
Mas... não é recíproco
ENSAIO SOBRE NOÇÃO DE ACUSAÇÃO E PERDÃO NA ESFERA ESPIRITUAL
Não é que Jesus aprovava o que o bandido fazia, o que o prostituto fazia, o que o falso discípulo fazia, mas que ele amava cada um por sua essência como gente. A concepção do amor de Deus vai contra o “instinto” do homem.
Porque não entendiam seu pensamento, suas ações e reações, tinham-no por revolucionário em meio a uma sociedade cujos conceitos abrangiam sentimentos de ódio, vingança, justiça com as próprias mãos, revelando a falta de amor “interior” que inundava a alma contra a qual ele se pronunciava porque Deus é amor.
Esse amor de Deus é incondicional, imparcial, i.e., sem acepção de pessoas, mas o problema jaz no interior do homem. Por isso, Jesus pediu a Deus para que perdoasse aqueles que o injuriavam porque não sabiam o que faziam. Quem poderia compreender tal amor?!
Todavia, o sistema ao qual a humanidade se adaptou é o que aplica a lei mosaica “Olho por olho, dente por dente: assim como feriu será ferido” em detrimento da graça revelada por Jesus “Amarás o teu próximo como a ti mesmo “.
Esse sistema que invade mentes e corações, proclamando punições — diga-se, en passant, “devidas” conforme o delito cometido por cada delinquente — não esclarece que a punição é tão somente para o malfeitor, e não para suas vítimas, pois se a vítima manifesta sentimentos contrários à doutrina do amor cristão, ela está se corrompendo interiormente.
Por isso, está escrito: “Irai-vos e não pequeis”, ou seja, a ira que clama por justiça não é pecaminosa; pecaminosa é a reação interior que culmina na destruição da pureza do ser porque elimina, destrói, erradica toda a possibilidade da manifestação do perdão, motivo pelo qual Jesus veio a nós como homem, como nós, para que soubéssemos que assim como ele perdoou aqueles que o injustiçaram, nós devemos fazer o mesmo. Nisso está a pureza da alma que não se contamina.
O mal não tem poder para corroer e corromper o amor, a não ser que a pessoa permita. Se ela permite, ela é responsável pelo mal que ela coloca sobre ela mesma e dentro de si mesma. O mal não estava nela, mas entrou com a sua permissão. Da mesma forma que Jesus bate na porta do coração pedindo permissão para entrar. É a pessoa quem abre a porta do coração, para o mal ou para o bem, e, depois disso, cada um responde segundo suas obras.
Por isso que depois a pessoa não compreende porque está passando por isso por aquilo, porque não lembra dos pecados cometidos, pois acreditava que não era pecado, mas senso de justiça. No entanto, é preciso compreender o que é senso de justiça para não a confundir com as diversas faces da vingança. É aí que entra a razão da vinda de Jesus: perdão para salvação.
Muitos, porém, confundem o amor de Jesus com rebelião ou afronta às autoridades ou imbecilidade por estarem com os ouvidos tapados e os olhos vendados para não compreenderem a verdade que liberta, pois se encontram nessa condição por serem eles os verdadeiros rebeldes à causa de Cristo.
A verdadeira justiça não extingue a manifestação do amor pelo próximo — um ser igual com suas respectivas diferenças. É mister que o indivíduo permaneça incólume em sua constituição trinitária de corpo, alma e espírito a fim de corresponder às instruções dadas por Jesus, se é que é um seguidor fiel, e não de carteirinha ou por status social ou da boca para fora! Essas últimas manifestações não refletem o amor de Cristo, mas um fim amargoso. Jesus jamais os conhecerá.
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24:12,13).
"Através do tempo fui me perdendo,
A essência do meu ser é a mesma, mas aquilo que não fui capaz de realizar, as decepções que causei, as que vieram até a mim e me decepcionaram, tudo isso me levou a entender que não estou me perdendo e sim estou me encontrando."
Ame-se e verás tudo de forma diferente...
Bday
Hoje é o dia dela,
Daquela que o destino, ou algo divino,
Me fez apaixonar.
Carioca malandro,
Foi saindo, ficando, quando viu...
Namorando e casando no altar.
Amei a primeira vista,
Ela é maratonista, nadadora, ciclista
e algumas vezes arrisca de motorista.
Mas gamou no turista,
De sotaque surfista,
Conquistou a paulista e decidiram casar.
Que este dia
seja radiante alegria
na singela companhia
do meu ser.
Visita Inesperada
Sei que se eu pudesse escrever tudo o que eu sinto certamente me perderia em meio às palavras e em meio a mim. Pois não me compreendo, de modo que sinto tudo e todos. Experimentaria escrever um pouco sobre o que eu tenho sentido por esse jovem de cabelos encaracolados e pele levemente avermelhada, que muito me atrai. Também ousaria escrever sobre o sexo, sobre o gozo e sobre amor. AH... o amor... Esse sentimento que me é tão sagrado, antes mesmo de amá-lo. Essa coisa que ninguém compreende, que faz alguns o projetarem em forma de ódio, outros o mascaram e o suavizam, de modo que parecem dizer: - amar é perigoso. E é mesmo, o amor é um perigo que tortura a alma, que muitas vezes tira o sono ou o interrompe naquela noite mais fresca, em que o sono se fazia leve. São 7h da manhã e veja bem... meu sono foi interrompido por ninguém mais, ninguém menos que o amor. Veio agora, de mansinho e bateu na minha porta. – Oi estou aqui.
Amor é coisa que vive e, se vive, se morre, e para o amor não morrer, se deve inundar suas raízes de um fluido que o faça sereno, que mantenha suas estruturas. Que trabalho difícil alimentar as raízes. Essa fragilidade insana, que sempre foi um mistério para mim. Acho inclusive que nunca irei compreender o amor, assim como não compreenderei jamais diversas coisas que sinto, que parecem acontecer apenas dentro desse casulo misterioso que chamo de “eu”. Amar não me causa espanto, mas me indaga, em um dia você está vazio, pensando em tudo e em nada, noutro acorda 7h da manhã porque o amor bateu a porta. Quem deixou? Eu deixei? O amor é coisa que precisa ser autorizado? Essas são perguntas que não saberei responder e, que talvez nenhuma área do conhecimento humano saiba. Porque o amor é coisa que não se calcula, que não se pega nas mãos e todas as vezes que tentei pegá-lo, falhei. Por isso, tomo o maior cuidado de não tentar pegá-lo agora, vejo o amor como aquele canário amarelo, que um dia foge da gaiola e que ninguém o captura novamente. Tomo o maior cuidado de não o capturar, temo que ele fuja pelos espaços entre meus dedos.
Às vezes, só às vezes, o amor não foge, nem morre, nem o matam. Ele simplesmente se vai e, voa como o canário amarelo em tela. A pior perda de amor certamente é essa, mas também é a ferida que mais rápido se cura, pelo menos para maioria das pessoas, porque não há culpados, certamente há erros, mas não culpados. Conhecendo o pouco que conheço de mim, essa me seria a pior forma de aniquilar o amor, talvez porque eu sou muito teimoso e precise que as coisas terminem ferindo meu ego, para que eu me defenda de algo que nem eu compreendo, ou também porque muito idealizo e idealizar demais é sofrer um pouco mais. Não sei, quando o assunto é amor, pouco sei. O amor é uma confusão tão prazerosa, só consigo pensar se em algum lugar do mundo, outro alguém sente o que eu sinto, porque me parece algo tão singular. O amor não é direcionado, agora é, mas o amor é um sentimento que sempre se fez presente em mim. Gosto de amar e sinto que o amor será o único sentimento que nos salvará nos dias sombrios. Não me dou o luxo de não amar, de não ser intenso, de não expor. Exponho, amo, intensifico. Permito-me ceder, porque a vida é rara, porque sentir amor nesse vale de lagrimas é um desafio que quero enfrentar e, mais que enfrentar, quero vencer.
Calor de paixões
Do calor do meu quarto Imagino o calor dos seus braços
Que me envolviam
Que mentiram
Que me prometeram cuidado
Do calor do meu quarto
Sinto toda carícia daquela noite
Em que você me atirou em seu fogo e queimou-me em desejo
Devorando-me as vísceras
Do calor do meu quarto
Nasce um espirito que o deseja secretamente
Impossivelmente
Porque sabe, que é impossível amar o inexistente
Do calor do meu quarto
Nasceu a ideia
De talvez, por um único dia
Ó meu Deus, um mísero dia
Ser seu
Saborear-te o mel
E provar do fel
Que escorre, por entre as pernas
"Aprenda que o tempo muda quase tudo, aparência física, gostos, sonhos, planos, mas nunca muda a essência que o ser emana! Talvez, isso justifique o porquê de tantas relações duram uma vida toda e outras que não vingam nem uma semana...
Tem amores que levamos pra toda uma vida no coração e outros que também ocupam seu lugar na estante da mente, como uma bela e querida recordação.
