Coleção pessoal de Arcise

161 - 180 do total de 657 pensamentos na coleção de Arcise

A cura interior é um processo doloroso

Nem sempre a vida proporciona alegria, às vezes a gente se chateia, nunca conseguimos terminar o que nos propusemos a fazer, ou ficamos tristes por não conseguir comprar aquele vestido em meio à crise.
A vida vai passando e vamos aprimorando a capacidade de tomar decisões em todos os campos da vida, depois de patética sucessão de erros a gente vai aprendendo com as lições que a vida dá.
Criei o hábito de devolver ao universo aquilo que não me serve, chafurdei um pouco meu coração e visualizei várias coisas desnecessárias. Comecei com as pequenas mudanças, aquelas que incomodam menos.
Tive que enxugar as lágrimas, mesmo que eu me sinta forte, elas insistiam em cair, afinal toda mudança é dolorosa e eu estava topando qualquer coisa para ter mais qualidade de vida.
Sempre acho que aquilo que escolho é o melhor, algo que vou amar por toda vida, mas a vida é bem diferente de tudo isso, a gente deixa de se encaixar, o que era maravilhoso perde a importância com o tempo.
Gostaria de poder ter dito que “ainda não”, ou poder ter dito mais “não posso”, ou “não quero” ou ainda, “não devo”, “não estou a fim”, usar essas frases libertadoras sem sentir culpa ou remorso.
Passei a dar valor as minhas coisas, tudo conquistado, com suor, sacrifício e honestidade, passei a pensar na vida que desejo ter daqui a 20 anos, pensei em dialogar mais sobre tudo que virou tabu ou me engessou a consciência.
Criei a cultura do desapego, senti mais felicidade em dar e achei mais importante do que acrescentar. No entanto, mesmo com muitas novidades positivas ainda existe uma ferida muito grande.
Tenho medo de mulheres inseguras e desconfiadas, medo de abrir a boca e levar uma bronca, medo de acreditar na crueldade como punição, medo da morte não compreendida, medo de fazer jus a rótulos. Estou em processo de cura.

Arcise Câmara

Não alimente sentimentos ruins

Não me envergonho de chorar na frente de quem quer que seja, não me envergonho de eliminar da vida falsos amigos, muito menos de mostrar fragilidade, gosto de estar perto com quem se parece comigo.
Curto companhia de quem não me desperta culpa, gosto de compatibilidade. Chega de dor de amor, chega de tirar as mágoas do lugar e bagunçar o coração, chega de ser responsabilizada por opiniões de terceiros.
Eu não sou nem metade do que eu gostaria de ser, preciso me adaptar a uma vida mais saudável, queria o luxo de dormir oito horas, queria descomplicar quem amo e valorizar mais o que tenho.
Queria deixar de mentir para agradar ou ainda deixar de brigar com aquela amiga que gosto de montão, sei que sou extremamente difícil, como alguém consegue ser bruta e sensível ao mesmo tempo.
Morro de medo de perder minha liberdade, tenho medo de abordar assuntos não favoritos, não sou adepta a olhar para trás, nem parecer ser aquela família perfeita que de perfeição só há o amor.
Cansei de ficar triste por assuntos que eu não posso mudar, não sou apegada as coisas, nem mesmo as coisas que para os outros tem valor sentimental. Já falei atrocidades inimagináveis das quais já fui perdoada, mas no fundo eu não me perdoei.
Já ouvi um dobra a língua para falar de alguém, quando eu realmente estava sendo injusta e julgadora. Sempre choro quando alguém chora. Me sinto desconfortável em me separar de quem amo.
Eu por vezes fui cercada de pessoas que adoravam me colocar para baixo, eu já fui muito magoada por quem amei, eu já deixei datas comemorativas perderem o seu sentido festivo.
Finalmente conseguir enxergar quem não me trazia alegria, me afastei de quem reclama muito da minha voz enjoadinha, me afastei de quem acha um exagero minha desordem organizada, me afastei para evitar o desgaste.
Cansei de fazer tudo para agradar, cansei de ser devorada pela ansiedade, cansei de sofrer continuamente tentando ser aceita num modelo ideal que não existe, cansei de sucessão de erros de me moldar a padrões para valorizar quem não faz nada por mim.

NÃO!

Depois de vários anos tentando, tentando, tentando, aprendi a dizer “Não”, motivos de comemoração, afinal já disse muitos “sim” e fui humilhada, já disse muitos “sim” e fui maltratada, já disse muitos “sim” e fiquei sufocada, já disse muitos “sim” e fiquei fazendo serviços meus e dos outros, já disse muitos “sim” e carreguei o mundo nas costas. Minha lombar não aguentou, meus “SIM” tornavam minha vida cheia de “NÃO”.

Dia Feliz!

Hoje o dia foi lindo, lindo mesmo. Sabe quando você gosta de ser iludida, pois é estou nessa fase.
Entre palavras doces e melosas e atitudes fique com as palavras doces e melosas, pois é surtei. Me interna?
Ele me faz bem, sinto ou sei que é mentira, mas ele me faz bem, muito bem. Bem até demais. Meu ponto G com certeza está nos ouvidos. EN-LOU-QUE-CI!

Ócio, me espera tô chegando...

Sempre quando entro de férias decido cometer um quase suicídio virtual (não vão soltar fogos de artifício hein??), procuro desligar de tudo, relaxar, dormir, ler, não atender telefonemas a não ser os importantéssimos
Vontade de:
Cortar cabelon
Fazer tatoo (ô medo de me arrepender, sai desse corpo)
Mudar estiloooooo, tipo ser mais light e menos formal, clássica, poderia começar com estilo restart?? (nadica combinando com nadica) PQ non??
Ser mais phina, em todos os aspectos a ângulos.
Plumas, brilho, neon.
Bjós

Mudanças Floridas

Quando as pessoas ao redor não mudam. Mude você! Cansei de esquentar cabeça, ficar "pult@", estressar, xingar até a sexta geração e acabar com meu físico ou psicológico (Srta.Arcise, menos).
Dizem que só fazem com a gente o que a gente permite, eu ando permitindo muitas coisas, ando permitindo desaforos, intimidades, disse-me-disse, desrespeito, desconsideração (eu sempre acho que as pessoas fariam por mim, o mesmo que eu faria por elas), ando permitindo que pessoas tomem conta da minha vida (como é que desautoriza isso??). Apanho surras imaginárias, recebo discursos moralistas e falso moralistas aos montes. Há um tempinho atrás, resolvi, arrancar na marra, umas pessoinhas do coração, como moeda de troca pela minha paz de espírito, preciso hoje, abrir a gaveta, pegar aquela receita de volta e quitutar minha vida urgentemente.

Sou Nojentinha

Desculpa, sei que não sou melhor que ninguém, mas sou nojenta, quase sempre tenho ânsia de vômitos e estômago embrulhado. Argh! A bola da vez foi o momento do “café”. Resolvi tomar um chocolate quente, ou melhor, águalate quente (chocolate cadê você?? Nem gritando ele apareceu no meu copinho) e comer “cremecraque”, não sei por que cargas d’água, sempre acho que comida cura minhas dores de cabeça (meus 76 kg que o digam), até que um mui amigo (vamos elevá-lo a categoria de anjo) me toma a bolacha “Jesus te chama” e diz: você não queira saber os bastidores dessas bolachas. Queridos bastidores vocês são impublicáveis...
E eu, além da dor de cabeça, agora ganhei enjoo no estômago. E como notícia ruim, vem uma atrás da outra, pela septuagésima quinta vez me perguntaram como tava o bebê, isso se chama gordurinha e não nenêzinho. Ando me sentindo tão má, tão “má - gra”.

Terapia Barata

Pensando no amor...
Resolvi expurgar alguns pensamentos bobos sobre amor, casamento, união, querer que o outro seja como você idealizou, a segurança do casamento, os foras e tudo que tive que passar e experimentar desde os meus 12 anos, data do meu primeiro beijo traumatizante. Não que eu não tenha amado antes, sim! sim! amor platônicos e fraternais.
É lamentável analisar que meu carrão tem mais tempo comigo do que qualquer romance, amoreco, casamento. Que juras de amor eterno, não passaram de uns outonos e que até que a morte nos separe virou sinônimo de até nunca mais nessa vida!
Eu realmente desejo o melhor para eles, eles me fizeram conhecer a mim mesma, me fizeram entender que o amor, sozinho, não tem forças para manter uma relação feliz. E que é muito dolorido ralar o coração, principalmente quando se gosta.
Eu sempre gostei de homens sorrisos, aqueles de sorriso fácil e largo, espirituoso, feliz, bem-humorado, com sorriso bonito, dentes alinhados, brancos. Também gosto de homens populares, expressivos, conversadores, animados, brincalhões. Bonitos e Gostosos (ao menos para mim que sou míope de carteirinha).
Mas no amor, pelo menos até agora, sempre tomei decisões infantis, muito levada pelo coração, pela emoção, pelos sonhos. O mais interessante disso tudo é meu oitavo sentido, meu aguçado sentido para perceber quando as coisas não estão bem, para pressentir encontros com ex-namorada e eu me sentindo uma pessoa horrível, indigna de ser amada em sua totalidade.
Arrumei várias desculpas fundamentadas para deixá-los, mesmo em alguns casos eles ainda estarem apaixonados por mim, mesmo muitas vezes o meu oitavo sentido me avisando que tudo não passava de um jogo ou de imaturidade.
Cansei de ser empregada dos amores, de adivinhar pensamentos para agradar, de ser boa o bastante mas não o tempo todo.
Quando tudo é marasmo ou tende a ficar pior, fica pior e ponto.
Recebi muitas agressões gratuitas, palavras que não deveriam ter sido ditas mas que foram ditas mesmo assim e eu só pensava na resposta-perfeita para me defender dias depois. Nunca tinha argumentos, ficava tão atônita com as coisas que ouvia que não esmiuçava nenhuma re-ação. Por várias vezes me sentia levando um soco no olho, ou vários, dependendo da situação.
Depois do término passava pelo primeiro estágio de "É tudo uma crise, volta pra mim, volta logo! vem, te espero!" e depois firmava o pensamento em "Acabou! Morra!" e por fim, "Adeus, seja feliz!".
Não gosto de relacionamentos desgastantes, entediantes, esses não despertam meu interesse. Não preciso de homem para me sustentar, isso é um bom sinal, não acho homens todos iguais e nem acho que fidelidade é coisa de mulher.
Não me sinto só, muitas vezes os livros são minha únicas companhias, eles se transformam em seres mágicos e muitas vezes leio o que estou precisando no momento, palavras escritas para mim. E quando não me agrado do livro, fecho-o para não abri-lo nunca mais.
Tenho fortíssima opinião, sou geniosa e franca, às vezes peco por isso, não sei florear, rodear e ser sensível para dizer o que penso, digo na lata. Até teria milhões de exemplos, mas o texto não caberia. Sou cheinha de verdades pomposas, acredito nas minhas verdades. E vivo por elas.
Meu humor oscila, não tenho mau-humor gratuito, desses de acordar e não querer falar com ninguém, mas tenho mau-humor diante de muitas situações e a mais comum é a falta de civilidade e coletividade das pessoas. Ninguém pensa no outro mais nesse mundão?
Eu só queria dizer que me importo com cada amor que tive, que me machuca termos que conviver como estranhos, num dia amores e projetos no outro indiferença e antipatia, estranho, muito estranho.

O que foi ou poderia ter sido

Eu acredito muito que o que tem que acontecer, acontece e pronto. Que o que tem que terminar, termina e pronto, que nada que você pudesse ter dito ou feito mudaria o desfecho da sua vida no momento. Ficar no remorso, trilhando o caminho do "se" não resolve em nada a sua vida, ficar na indecisão e fantasiando o passado não tá com nada. Quem te garante que o seu final era pra ser feliz no momento, e se não foi feliz é porque ainda não acabou. Mas vou ser feliz só no final? Não! Você vai ser feliz quando encontrar o parceiro certo. Serei 100% feliz? Não! Terás momentos felizes e momentos não tão felizes, mas nos momentos não tão felizes você se sentirá mesmo assim, amada, repeitada, querida, admirada e lá no fundinho, lá no fundinho mesmo, se sentira fe-liz! Porque a esperança do outro dia, a esperança do sol que se põe e volta na manhã seguinte estará acesa no seu coração.
Nada de prometer dedicação exclusiva, há outras áreas da sua vida que merecem dedicação e você não está amando um inválido, uma criança ou um débil mental. Nada de incontestáveis loucuras de amor, aja sempre com o coração, com a liberdade de fazer por amor, por respeito com base no equilíbrio, tudo que é demais, é cansativo. O amor não se mede com palavras, o amor está enraizado nas atitudes, no companheirismo. Esteja satisfeita consigo mesma, esteja paciente, faça vista grossa para algumas tolices suas e do amado (vale ressaltar que ninguém é perfeito!).
Observe tudo que viveu e tire lição para os próximos amores e não se envolva novamente com alguém que parece se importar mais em ter um carro, um bom endereço, boas viagens, uma louça, um título à você!

Overdose de Livros

Sou apaixonada por leitura, não sou de ler qualquer coisa, gosto de ler o que me interessa e assuntos bons para mim são sempre: amor, psicologia, atualidades, romance, educação, política, qualquer coisa baseado em fatos reais, gosto de ler estatísticas do IBGE (rá-rá-rá). Também gosto de ler sobre ex-esposas sacais, me sinto um anjo, a melhor ex-mulher do mundo e sinto um alívio na alma! Por ser do Bem como Ninguém! Os livros são fascinantes, faz você sonhar, deixa a vida mais leve, dá sentido e responde a muitas perguntas e muitos porquês. Além do mais às vezes a conversa com o livro é ultrainteressante, outras são conversas infinitas a noite toda com base no nada.

Eu nunca quis magoar você

- Sei que não!
- Sei que muitas vezes seus gestos e atos eram impensados.
- Sei que muitas vezes precisávamos apenas parar de focar nos defeitos do outro e concentrar nas qualidades.
- Sei que poderíamos ter nos divertido mais e nos zangado de menos.
- Podíamos ter feito menos o mal um ao outro.
- poderíamos não ter agido muitas e muitas vezes no piloto automático.
- Poderíamos ter sido menos críticos e menos chatos.
- Poderíamos ter decidido que as diferenças nos uniriam e não nos separariam.
- Poderíamos ter percebido de imediato que alguns amigos e minha família com a sua vida era algo irreconciliável e fonte de discórdia constante.
A princesa Ariel e o príncipe Eric estão se casando, motivo de emoção para mim e de palavrão pra você.
Não foi por mal, eu sei, sei que me apaixonei por um menino-homem bom.

Trivialidades

A vida me presenteou com menos noites de sono, com olheiras escuras, rosto inchado e aparência factual de quem não dormiu. A noite mal ou não dormida dá uma tortura, algo silencioso e inquietante do que devemos fazer para dormir, muitas vezes sem sucesso. A vida vira gangorra, num minuto alta, entusiasmada, confiante, afetuosa, noutro minuto, baixa, caindo, traiçoeira e desconhecida do próprio eu e das próprias atitudes. Inerte em frente ao novo inimigo a vontade de dormir x sono nenhum.

Minha Juventude

Minha amiga Patrícia, Mãe de Guilherme me pediu para falar sobre a juventude. Talvez minha juventude tenha sido muito parecida com a dela pois vivi momentos mágicos e incríveis.
Minha Amada juventude foi repleta de amor, amor que transbordava, cheinha de amigos-irmãos e muitas histórias para contar. Fui uma jovem quase qualquer, frequentei Village Café e Mikonos nas matinês de sábado e domingo, dancei horrores ao som de música eletrônica. Era fã de Menudo e Dominó. Tinha amigos pobres, ricos e classe-média e nada disso importava. Era promotora da paz, pelo menos tentava ser. É claro que a cada desobediência (rebeldia) eu ouvia do meu pai: "É isso que você aprende no Focolare?" (Movimento Cristão). Tanto meu pai como eu tínhamos a certeza que Não. A pergunta só vinha para me confrontar de que eu estava agindo totalmente ao contrário do que aprendia por lá. Vendia pão no sinal para a padaria Per Te, Morava no Boulevard e passeava em casa como dizia meus pais. Tinha muitos amigos, a vida de doação sempre me fascinou, e na sala de aula era a psicóloga, a primeira a saber que a amiga tinha engravidado na adolescência, a única a saber de algum problema familiar e assim me tornei a Sra. Conselheira, aquele ombro amigo, com palavras bonitas, respostas sinceras e resolução de todos os problemas do mundo. Sofria? Não me lembro! Estava tão voltada para amar o meu próximo que apesar de ser quase sempre briguenta me sentia leve em ajudar, quanto mais eu ajudava mais disposta ficava. Tive uma juventude de pouco namoro, esse não era o meu foco principal, aliás nunca foi. Está aí umas das minhas qualidades importantes. Sou feliz sozinha. Sou feliz comigo mesma e isso desde o tempo de menina. Mas amo ser feliz no coletivo, em comunidade.
Briguei no colégio e fora dele, distanciei de amigos, julguei, errei e recomecei. O tempo vai passando e tudo de ruim que aconteceu fica sem sentido, tudo parece lembranças vagas como sonhos ou porque não, pesadelos.
Eu não era perfeita, nunca fui, perfeição tava longe e ainda está, mas tenho uma sensação tão boa de dever cumprido, de ter aproveitado bem cada momento, de ter dado valor a quem merecia valor, de ter acreditado nas coisas simples da vida, no amor, na paz, na harmonia por mais estranho que possa soar uma geniosa, a Sra. Pólvora acreditando na paz.
Na juventude despertei para lutar por meus ideais, mesmo que parecesse careta, insano ou chatice. Sempre levantei a bandeira das coisa que acredito, sempre lutei. A juventude para mim é sinônimo de Amizade. Amizades essas que carregarei no coração para sempre!

Quando o luto chega à porta

A gente nem espera e ele aparece, desestrutura a gente, ficam os porquês. Sei que da morte ninguém escapa, vou eu, vai você, mas assim sem avisar, na rapidez, sem chances para despedidas calorosas e amáveis. Vontade de ir primeiro, ir na frente, ficar no lugar do outro, ir junto. Estou sem forças, quero morrer junto, qual é o sentido viver sem meu esposo, meu amor, meu marido, meu companheiro, meu filho, minha vida? Força? Onde eu compro? Quem vai substituí-lo? Quem vai me ouvir, me fazer rir ser meu companheiro de viagem? Quem vai abrir a porta do carro, namorar e falar com delicadeza e respeito sempre desde que nos conhecemos. Quem será o inteligente que acompanhará meus raciocínios políticos, profissionais e intelectuais? Para todas essas pergunta a resposta grita em meus ouvidos. NINGUÉM, ninguém substitui um ser insubstituível, ninguém substitui os momentos de amor, de alegria, de união, de uma vida maravilhosa. Eu tirei a sorte grande e não busco substitutos, o que busco é a vontade de tê-lo ao meu lado para sempre, sempre com amor, amor que nunca acabará.

Lapso de Consciência

Verifico meu e-mail, o celular, o facebook, o msn, se tinha carta ou bilhete na portaria e me recusava a acreditar que a ficha ainda não tinha caído pra ele. Isso era inacreditável. Ele sempre cuida dele, ele sempre preocupado com ele, ele sempre pensando nele. Por inúmeras vezes achei que ele teria um lapso de consciência, pediria desculpas sinceras, mas não, depois de todo o horror que eu tive que escutar eu ainda me sentia abandonada e ele pelo visto, sem um pingo de culpa em ter ido embora momentaneamente em uma situação difícil, julgando que aquilo não era só problema meu. As escrituras afirmam que amigo fiel é o bálsamo da vida e eu queria um amigo fiel naquele momento, queria um em especial. Companheirismo entende? Uma pessoinha ali do teu lado sem julgamentos. Sem faça isso, não faça aquilo. Como eu podia adorar aquele ser tão incomum. Tão diferente e ao mesmo tempo tão adorável na frente dos outros, cheios de fã-clubes. Depois daquele dia do abandono, nada era tão urgente como me livrar do Sr. Egoísta, ele ficou pintado de ovelha negra, o brilho, a cor desapareceram, toda vez que penso ou falo disso, acho tudo muito insano, fico mortificada. Idealizo a catástrofe do século e aquele filho da mãe sem um pingo de sentimento a minha dor, sem um pingo de vinagre nas veias. Agora entendi e compreendi a célebre frase: quanto mais conheço o homem mais amo minha gata Tiffany. Nós dois sabíamos que não estávamos mais funcionando juntos, as pilhas tinham acabado e não eram recarregáveis. Peço desculpas se não sou a pessoa que você acha que eu deveria ser. Eu precisava dele, precisava ser tranquilizada por ele. Só isso. Simples Assim.

Sabotagem

Tem gente que se sabota o tempo todo. Pára de estudar, às vezes não tira nem o ensino fundamental. Trai a si e a outros. É insegura ao extremo. Devotada ao maridex tipo: faço tudo por ele e nada por mim. Fascinante mas sem juízo, amalucada. Ninguém acredita em você e no seu potencial se você mesma não acreditar. Não tem liberdade. Sente culpa e se perde sem saber para onde ir (qualquer lugar bostinha serve). Não tem percepção do que é certo e do que é errado. Perde a noção de tudo, de tempo e de espaço. Tenho certeza que se olhasse de fora, não aprovaria seu relacionamento. Se deixa enganar por caras bonitos, boa pinta, desculpa pisar no teu calo, mas eles não são reais. Prossiga com a sua vida. Seja normal. Sonhe, anseie, busque, lute, chega de inércia. Fique de mal com o mundo se precisar, mas pára de se sabotar. Faça com que sua vida tenha sentido!

Sedutor ou Confiável?

A sedução nos enlouquece, mas quase tudo é jogo, galanteio, tudo devidamente premeditado, não ligo agora senão ela vai me ver como desesperado, não falo tal coisa por isso, ou falo por aquilo. Homens bonitos e charmosos, sedutores e carismáticos, risonhos e gentis, parecem astros de Hollywood, aqueles de olhar fatal e do qual você suspira à noite toda depois da sessão cinema. Parece impossível ele se apaixonar por uma pobre mortal: eu, isso euzinha. O cara se diz de 4, ops de 5, tinha esquecido de contar o step, faz juras de amor, você é tudo que ele sempre quis. Muito cuidado com a intensidade das coisas, quanto mais rápido o envolvimento "por toda a vida" mais non verdadeiro. Ele é obsessivo, te trata como propriedade, você não precisa ter amigos, colegas, ele te basta. Ele te separa de si mesma e da sua família, te quer sem origens. Os sentimentos dele para com você, o que parece proteção e zelo nada mais é do que sentimentos não retribuídos, com vida cheia de conflitos e pavor a compromissos. Ele diz e desdiz. Ele compete com sua carreira, não sabe jogar limpo (costumam sumir após conseguirem o que querem, ou seja, após conquistar, adoram a conquista!). Tem aversões ao seu animal de estimação, aos seus gostos pessoais para filmes e comidas, quase sempre é gentil e pergunta o que você quer beber ou comer, se suas escolhas coincidem com as dele, ótimo ele passa por cavalheiro, se suas escolhas diferem, ele te olha e diz: amor, eu queria tomar sopa nesta noite fria. Você é religiosa demais pro gosto dele. Usa roupas de velha ou feias.
Não acredite em homens que trocam suas esposas ou namoradas para ficar com você, você corre o mesmo risco de ser trocada também. Mas será que eu não posso ser feliz se esse homem espetacular surgiu na minha vida? Pode! Mas será que ele é espetacular, duvide se ele não foi espetacular com a ex. Fuja de homens que só veem defeitos, defeitos todos temos, mas ficar apontando o dedo como se fosse o ser perfeito, não dá! tracajá. Não somos perfeitos, devemos ser sinceros. E quando o dito cujo diz que vai aparecer e nunca aparecia. Você frustrada chorando, molhando travesseiro, nem você, nem seu travesseiro merecem lágrimas. Geralmente sedutores são manipuladores, tentam controlar e manipular para conseguir o que querem. De-sa-ce-le-re! Um relacionamento do século, será um relacionamento do século, mesmo que você não tenha pressa, um cafajeste, será um cafajeste com toda a pressa do mundo, afinal, querem todas, não tem tempo a perder. Se ele for a pessoa ideal vocês terão a vida inteira para um usufruir a companhia do outro, sem neuras e sem joguinhos infantis, sem máscaras e sem querer ser super-herói.

Eu sem você

Você tenta me controlar de alguma maneira. Seu lado excessivamente romântico, sonhador e confiável parecem as três melhores maravilhas do mundo. Mas depois de certo tempo você me faz me sentir mais mal que bem. Suas críticas esmurram minha autoestima, eu começo a ter ciúmes, a imaginar coisas, a fuçar seu celular (eu sei que não devo). Então você diz que precisa de espaço e que seu sonho é poder trabalhar viajando bastante. Choro muito, minha natureza chorona me faz chorar em casamentos, funerais e noites de domingo a domingo. Você sempre me aparece com mais uma novidade que indica que você, apesar de todo o controle que tenta e muitas vezes exerce sobre mim, está indo embora, está de passagem, está logo ali dizendo adeus. Você me parece a melhor pessoa do mundo quando estamos bem e a mais cruel quando estamos mal. Tento rejeitar você em meu coração, tento me preparar para o fim, mas sinto atração pelo pra sempre. Eu não quero viver de problemas, não quero ter minha vida aprisionada, não quero me sentir sozinha estando acompanhada. Mais controle, por traz consegui perceber que ele só se importava com as próprias necessidades, o nosso relacionamento só funcionava quando eu fazia tudo que ele queria sem reclamar. Era muito mais fácil me derrubar, me magoar, me ferir, me colocar abaixo do chão do que se elevar ao meu patamar. Eu sei que você é um homem bom, não o bastante para mim, sei que seu defeito é a sua insegurança, para isso é movido à críticas, eu não sei me vestir, estou gorda, minha comida não presta, falo alto demais e reclamava que eu nunca prestava atenção ao que você dizia, mas você não dizia, mandava, obrigava. Teve uma vez que fiquei com medo de ser agredida, sei que você não teria coragem, mas ter medo de ser agredida é a pior coisa que poderia ter me acontecido. Foram muitos abusos emocionais, você me queria dependente de você, mas não precisava tudo isso, eu já era emocionalmente dependente. O seu controle estava disfarçado como ser útil e prestativo. Você me controlava matando meu ego, tentado me isolar de amigos e família, ameaçando ir embora. Cuidado com o controle, você pode sim dizer não, você também pode dizer que está ocupada, alguém que te ama, não vai desaparecer por causa disso. Com o tempo eu comecei a me perguntar o que eu tinha visto nele, pelo menos minha consciência não ficou adormecida. Não via mais futuro no relacionamento, desacreditei totalmente, mas eu queria consertar o inconsertável, no fundo eu queria meu relacionamento de volta, aquele dos primeiros dias, do primeiro mês, sem atentar que aquele relacionamento nunca existiu de verdade. Eu sobrevivi a separação e me tornei uma pessoa mais forte, sábia e madura, quando ainda tinha dúvidas se o queria ou não de volta você estava orgulhoso demais para pedir desculpa ou ter um lapso de consciência, mas quando decidi que não o queria mais, você reaparece na minha vida, mas ficou tarde demais não consigo conviver com suas chatices, sua carência, seus resmungos, seu controle, sua insegurança, sua insensibilidade e principalmente seu mundo egocêntrico.

Comparações

Não existe nada mais massacrante que a comparação, você percebe que vocês não são mais dois corações que batem como um, a simbiose acabou logo ali. Somos seres únicos, não existe 100% compatibilidade com outro ser a não ser com nós mesmos e comparar não é uma atitude inteligente, traz estragos profundos na alma. Não vou me calar e não admito que tais comparações me diminuam a categoria de mulher inferior comparada as outras. A super-mulher batalhadora, lutadora, macho está supercansada com tudo isso. A mulher na qual eu era comparada existia como pessoa, mas não existia como perfeição, era apenas mais um artifício para eu me tornar aquilo que ele queria que eu fosse, argumentos invasivos para me tolher.

Trauma de Velocidade

Tenho trauma de velocidade, tenho trauma de estrada, tenho trauma de acidentes de trânsito, tenho horror a hipótese de morrer, ou me acidentar.
Viajar na estrada requer todo um ritual intitulado "indo para o paraíso", tenho sempre a sensação que vou morrer, que vou me acidentar, que um bêbado irresponsável vai bater em mim, vai sair ileso e eu vou ter uma morte prematura. Preciso me tratar, eu não era assim, adquiri esse pânico a pouquíssimos anos, fiquei proibida de dirigir em sua companhia, fiquei mortificada com alguns episódios de luta entre Davi e Golias, fiquei nervosa e chorosa, tensa, sair de carro não tinha a menor graça, não era agradável, feliz, meu coração apertava. Tinha medo que ele atropelasse alguém, dando lição de moral, tinha medo de morrer por irresponsabilidade do outro, do motorista ao meu lado. Me sentia desrespeitada ao perceber que ele só dirigia loucamente e estressadamente ao meu lado, que por mais que cenas provocantes acontecesse no tráfego, se alguém mais estivesse no carro ele se controlava, o descontrole estava proporcionalmente ligado ao meu medo, ao meu pânico.