Coleção pessoal de Arcise

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Mente em confusão ou agitação

Tenho andado nervosa, insatisfeita, não durmo direito, estou explodindo a cada cinco minutos, logo eu que sempre acreditei que felicidade significa paz de espírito, bem-estar.
Ando preocupada com meu casamento, tenho sete anos de casada, passamos por inúmeras crises, talvez essa fosse mais uma, mas minha intuição diz que tudo está próximo do fim.
Meu marido é muito assediado, no entanto, ele não corresponde e isso sempre foi motivo de alegria para mim, porém eu dou muita liberdade para ele e nesses tempos eu me sinto insegura se ele realmente sabe usar a liberdade que tem em mãos.
Não espero traição, mas também o nosso relacionamento não está mais em estado de serenidade, perceber que as outras se atraem por nosso amor e que não há nenhum respeito pela aliança que ele usa desorganiza minha autoestima confiante.
Eu me sinto responsável quando as outras se comportam mal é como se eu precisasse me impor, apesar de não pensar desse jeito, quem precisa de um freio imaginário e real é que está sendo assediado.
Desde jovem gosto de conversar com pessoas simples, esse é meu mundo particular, meu desejo crescente em ajudar, cultivando a intimidade a aprendendo o valor das coisas não pagas.
Eu tento tratar qualquer pessoa que eu conheço como um velho amigo, sou de agradar, fazer aos outros aquilo que gostaria que fizessem a mim, uma íntima decisão em cultivar amor igual.
Atualmente não há apoio na minha relação ao invés ele me desestimula, sei que sinto amor, apego, medo, mas continuo interessada que o amor persiste, quero transformar essa insegurança em mais amor.
Não quero vincular meu marido a maridos que traem, eu apenas quero compartilhar do mesmo pensamento que nos uniu em casamento: A família sempre em primeiro lugar.
Não gosto de exageros ou bajulações, não curto aventuras extraconjugais de quem não se importa com os sentimento dos outros, insisto em mudar pelo bem da família, insisto em tornar séria a nossa relação, com as expectativas da reciprocidade.
Muitas pessoas trabalham duro, sozinhas por um casamento feliz, por uma vida mais confortável, por se sentir grata, pelas afinidades, e assim, continua mantendo outros interesses além do casamento, não abandonam amigos, lazeres, hobbies, eu sou assim, uma dessas pessoas que para se sentir feliz precisa não só de uma pessoa, mas de um conjunto de coisas que me dão prazer.
É durante as fases de maior adversidade que surgem as oportunidades de fazer o bem aos outros, não tenho respostas profundas, não devemos pensar só em nós, não quero distorcer tudo que já disse aí em cima, mas ficar pensando no "se" não me tira do lugar, e se meu marido me trair, e se minha liberdade o fizer ter outra, e se ele deixar de gostar de mim...
Quero vencer as distorções e aflições, quero curar minhas neuroses de amor, quero ter atitudes que corrijam erros, quero crescer no amor não escravizado, curto o amor independente.
Talvez eu tenha um espírito ignorante e indisciplinado, um cultivo a alegria, uma visão de amar que supere todos os obstáculos, a arte de escutar, talvez eu possa entender que eu não tenho nada a temer e que minha maior riqueza é amar, cabe o outro valorizar ou não.

Não me peça presentes

Acontece comigo direto, pessoas das quais não tenho nenhuma intimidade, pessoas que eu não gastaria nem um real com elas, pessoas que são apenas conhecidas, colegas de trabalho, pessoas que eu apenas trato bem por educação, mas sem qualquer afinidade me pedem presentes e acredite, pessoas que nunca me presentearam, telefonaram, ou fizeram qualquer gestos de carinho.
- Gosto tantos dos seus colares, meu aniversário está chegando.
- Poxa, soube que você viajou e nem trouxestes um presente para mim.
- Quando é que vais me trazer um presente.

Atualmente substitui o sorriso amarelo e a cara de paisagem pelo “Estou em crise rsrs”.

Feliz Dia do Trabalhador!

Feliz Dia de levar comida na marmita.
Feliz Dia de colocar a paixão em cena.
Feliz Dia de falar besteira com os colegas de trabalho.
Feliz Dia de ser generosa com as palavras e com a escrita.
Feliz Dia da vontade de desaparecer na segunda-feira.
Feliz Dia do "cansei".
Feliz Dia do "tá tudo errado".
Feliz Dia do apesar dos pesares, estou empregada.
Feliz Dia da selvageria por um cargo de destaque.
Feliz Dia do agir certo.
Feliz Dia de sair da zona de conforto.
Feliz Dia de família reunida em torno da mesa, já que é feriado.
Feliz Dia do não dei importância pela injustiça.
Feliz Dia de evitar brigas e explosões.
Feliz Dia das armadilhas.
Feliz Dia do chefe desmancha-prazeres.
Feliz Dia do não me importo, se importando.
Feliz Dia da crueldade da demissão que não foi a sua.
Feliz Dia de não julgar ser maior do que ninguém.
Feliz Dia do Trabalhador é um bicho gozado.
Feliz Dia das justificativas prontas e palpáveis.
Feliz Dia de fazer parte do mundo corporativo.
Feliz Dia do sou muita areia para seu caminhãozinho (assédio existe, sim).
Feliz Dia do não assisto Big Brother, nem a Fazenda, muito menos novela.
Feliz Dia do eu já tinha ouvido falar isso na Copa.
Feliz Dia da privação do sono, da inteligência emocional, da autoestima e da assertividade.
Feliz teu dia! Feliz meu dia que já passo por isso há 25 anos.

Mesmo exausta eu não conseguia pegar no sono

Eu não consegui dormir revivendo o que eu disse e não deveria ter dito, a situação pouco agradável, eu tinha sofrido emoções fortes demais nas últimas duas semanas, tinha me apaixonado perdidamente por um cliente, tinha terminado um relacionamento de cinco meses, tinha um orgulho cravado no peito, tinha uma religião arraigada desde criança, tudo parecia tão desigual, tão diferente.
Eu estava me sentindo bonita, mas não confiante, eu estava na verdade seguindo um rastro na rotina, os meus olhos arregalaram-se diante dos meus conflitos internos e a minha cabeça não parava de funcionar enquanto ela deveria estar descansando.
Cheia de ideias até o pescoço, nenhuma prova concreta que eu conseguiria dormir pelos próximos dias, eu tinha o desejo de contar a minha paixão a primeira vista, sim eu desistira de alguém para amar outro alguém, apesar de cinco meses juntos tivemos a intensidade de poucos relacionamentos e éramos considerados modelo de casal para todos, apesar dele ser retraído e quieto demais para o meu gosto.
Boa oportunidade para unir o útil ao agradável, não queria demorar em relações que me geravam dúvidas, ri muitas vezes dessa minha pressa em dar certo, provoquei o destino que sempre foi danado comigo, fiquei curiosa em saber o que eu tinha visto nele e ele em mim já que minha autoestima não era grandes coisas.
Voltei cheia de ideia mirabolantes, estava ficando a cada dia mais apaixonada e pensando em união, coisa que nunca pensei de fato direitinho, essas coisas não passavam tanto pela minha cabeça, talvez a sabedoria, talvez a força de um divórcio, talvez o colo amigo que nunca veio quando me senti só, traída e sem expectativa.
Meu coração não tinha necessidade de um amor tão rápido, meu corpo queria apenas dormir, eu estava arrependida por algo que não voltaria atrás, você realmente diz algo que não queria e se arrepende na mesma hora, mas e o enquanto será que acabou por causa disso.
Não sei em que acreditar e em que duvidar, aprendi que não dá para se envolver e ficar aglutinando pensamentos por várias madrugadas, sei que isso não é bom, tinha que ter um meio termo, a minha teoria e prática em dormir, dormir muito, minha cabeça não poderia se transformar numa máquina registradora.
Esse relacionamento todo arrumadinho não me convence, não é que eu curta uma briga, não é que eu desafie teorias, não é que eu me sinta perdida, é que relações sem divergências é escravidão para um dos lados.
Nem sempre conseguimos o objetivo, às vezes sinto vergonha de ter sido trocada pelo marido, outras, fico a contragosto de ser flagranteada trocando de namorado, mas ele é tudo que eu queria para mim.
Nem sempre a nossa cabeça trabalha em vão, eu era do tipo de pessoa que desistia por muito menos, francamente eu ainda não recuperei a autoconfiança, não é que me sinta incompetente, nem tenho provado o gosto amargo de tomar foras ou me achar desinteressante, não é que eu esteja agindo ou reagindo de forma exagerada, ou que estivesse deprimida ou infeliz, eu estava apenas agitada demais, em duzentos e vinte volts como dizem.
Eu faço parte de um núcleo que sente e vive o amor sem julgamentos, eu descubro a cada dia que tudo vale a pena, eu não finjo ser o que não sou, não perco o controle psicológico da relação, eu não sou muita coisa, mas não me acuso de coitadinha.
Coloquei meus questionamentos contra a parede, fui digna em assumir o que me tirava o sono, contei os dias para me restabelecer e descansar a mente como me convém, dei sumiço aos problemas, desapareci de mim mesma, evitei pensar... Busquei alegria e a serenidade em entender que nada volta atrás, nenhuma palavra dita ou maldita, nenhuma atitude construída ou impulsionada, nenhum contato íntimo ou superficial. Adivinhem, após entender esse universo de tempo, espaço, pensamento e atitudes a única alternativa era apagar a luz e relaxar.

Feliz Dia das Mães!

Toda mãe queria ter umas horinhas a mais do dia para dar conta do recado. Eu sempre acreditei nisso. Mãe se doa, se doa e se doa, esquece-se do tempo, mãe coloca acelga e espinafre no prato do filho como se ela não gostasse de um belo e grande hambúrguer.
Mãe é histérica e bipolar, pragueja com os olhos quando o filho é mordido pelo coleguinha da mesma idade, mascara a cebola na comida para que ninguém sinta, mãe esquece-se de comer.
Mãe não são negociáveis. Que história é essa! Faça o que eu digo e pronto sempre ouvi e ouvia mais, é pro teu bem menina. Ser Mãe é ter momentos simples cheios de entusiasmos, mas também um mecanismo de autossabotagem, o filho é desculpa para preguiça em se arrumar, cortar o cabelo, usar salto.
Ser Mãe é fazer uma lista de todos os seus desejos e nele não incluir nenhum para si, a lista carrega coisas boas materiais e espirituais para os filhos. A mãe sempre antecipa o que vai acontecer. E não é praga, é sabedoria materna.
Mãe que fica com a cabeça em outro lugar por poucos minutos se arrepende pro resto da vida, crianças surpreendem, adultos também, a desgraça é sempre certa quando há muito silêncio com filhos pequenos.
A resposta frequente para todos os convites para uma mãe é o: Se der eu vou! Mãe não se cansa de externar com carinho o quanto gosta da cria, mãe jamais se cansa, mãe não tem a chance de cansar sem remorsos.
Mãe vira capacho dos filhos sem se dar conta, mãe não desiste do apego mesmo que eles estejam grandes, casados e com filhos, mãe é um corta-tesão mais eficaz no mundo.
Situações colocam à prova a força de uma mãe, mãe não precisa está em forma, mãe se comunicam por sinais, olhares, reconhecem-se. Mãe são todas as dádivas do universo personificadas em uma única pessoa.
Mãe nunca diz: Se você for embora, não precisa voltar nunca mais, mãe sempre diz: a casa será sempre sua, a porta tá sempre aberta, se não estiver feliz, mamãe tá aqui. Mãe tem sentimentos similares a que temos em velório quando os filhos se casam com alguém não muito compatível com o que elas sonham.
Mães pregam o amor e não a intolerância, mãe odeia filhos mentirosos, frouxos, debiloides, ignorantes, pés-rapados, mas às vezes contribui mimando-os demais e sendo responsáveis por suas responsabilidades.
Mães não ficam enferrujadas, mães berram, atacam, mandam, mas são bondosas,
Mães não estão muito a fim de comemorar seus aniversários, mas guardam cada centavo para os temas dos filhos. Mãe não fica chateada por mais de dois minutos, mãe se dá bem perto ou longe, mãe controla os impulsos para não bater, mães sempre acham que tem sérios problemas para resolver quando na verdade é uma besteirinha.
A vida não acontece do jeito que a gente quer, mas ser mãe é DIVINO.

Não vejo alegria no seu olhar

É difícil interpretar o outro, é difícil entender um pseudo-religioso, é difícil fingir ser séria e incontestável, a verdade antes vem à tona, nenhuma palhaçada é eterna, eu nunca me dei ao trabalho de questionar se as pessoas são felizes de verdade.
Ela está sempre crivada de hematomas, não esquenta com nada, seus pontos e vírgulas estão no mesmo lugar, sente-se orgulhosa demais para a família que construiu.
Deixou aos poucos de ser jovial, tornou-se passível de investidas desumanas, socos, pontapés, chutes na barriga, nunca decidiu se libertar, evitava participar de confraternizações com os olhos roxos, estava sempre com o sorriso maravilha de sempre.
Todo mundo comentava que homens traem, que homens desrespeitam, que homens mandam ver, mandam brasa, cresceu com a percepção distorcida de igualdade e justiça.
Durante as férias eu quis distância dessa amizade, sofria com suas mentiras, suas desculpas, seu jeito de honrar a família, dói em mim ver a vida passando para ela, dói a ver passando e você representando o papel de mulher perfeita, de sabedora da moral e dos bons costumes.
Me explica essa história direito que eu não estou entendendo, o que faz um “felizes para sempre” desse jeito, para mim felicidade é igual passagem de ano novo, um ritual igual para todo mundo, mesmo com expectativas diferentes, sentimentos bons ou ruins, sensação de reflexão ou não, parte da rotina ou incutida pela sociedade cheia de regras.
Sei lá, não consigo conviver com sujeitos de lua, ou de gente que acha que não foi amada suficiente quando criança, ou ainda que precisa superar a ingerência de alguém, ou homens que acham que podem fazer tudo, inclusive bater e as esposas tem que aceitar.
Amor ambíguo, todo mundo feliz, pretextos para cada perdão, enquanto você é tratava com pétalas de rosa após um surra horrorosa. Calma! Calminha! Faz parte de sua natureza se arrepender e fazer de novo, se arrepender e mais uma vez, se arrepender e ouvir caladinho um sermão de que aqui não é casa da mãe joana e que as coisas serão diferentes de hoje em diante... Até a próxima porrada.
Desculpa se fui indelicada, todo dia eu me perguntava cadê a coragem de dizer as minhas verdades, cadê a minha humildade em aceitar o que de fato ela aceita para si mesma, cadê o meu inconsistente que não me deixa deixar pra lá.
Às vezes a sinto pela metade, por vezes descarregou suas necessidades em mim, jogava a sujeira no ventilador quando estava saturada, mas depois contava outras versões e jurava de pé junto que jamais falou algo do tipo e é capaz de me chamar de louca.
Por motivos que eu desconheço ela vive essa vida e garanto que ela não é infeliz o tempo todo, mesmo desse jeito amador, mesmo sendo grossa comigo, mesmo me mandando eu não me meter eu matava no peito e engolia o sapo.
Ela era uma mulher forte e não se deixava vencer, era uma decisão para peixe grande colocar a família em primeiro lugar, sem rifar ninguém ou rifando a si mesma. O sangue ferve para defender o amado, cheiro forte digno de amor me invadiu, sendo freada o tempo todo é assim o que ela sente por felicidade.
Já me poupei de crises de nervos, as coisas não são oito ou oitenta, podemos muito bem separar as coisas, sem nos enfezar ao extremo, sem gesticular bastante, sem jogar um jogo de vida ou morte em que a pancada possa ser irreversível, sem achar que nunca vai morrer, sem acreditar que aos poucos ele se cansa de bater e principalmente sem fingir um sorriso que não convence ninguém, nem a si mesma.

Sou um diferencial

Fiquei feliz com o convite, madrinha de casamento de ex-amor não é para qualquer uma, eu tenho outros segredos além desse, sou movida a paixões arrebatadoras seguida de amizades malucas das quais ninguém entende.
Jamais quis sabotar a felicidade de nenhum ex-amor, eu sei muito sobre mim e uma das coisas que sei é que se acaba é porque chegou ao fim, se acabou por capricho é porque chegou ao fim, por imaturidade, chegou ao fim, por ciúmes, chegou ao fim.
Muita gente fica curiosa, e uma loucura desejar o bem a quem fez seu coração de alguma forma sofrer, eu não consigo lembrar do primeiro beijo, nem dos estragos da relação, não consigo me lembrar de que alguém precisou ser solidário comigo para eu não morrer sufocada no próprio choro.
Acredito em alma gêmea, muitas mulheres quando se casam deixam de lado outros interesses, eu não acho isso saudável, pois bem, o que aconteceu entre mim e meus ex-amores foi lindo, mas sempre tive medo de me envolver.
Dei um aviso, dois, três, falei dos meus descontentamentos, nunca quis o papel de mulher indefesa, nada que passasse perto disso, nunca imaginei ser tão amiga de quem convivi intimamente, uma feliz coincidência porque aberração para mim é ter ódio de alguém que um dia você amou.
Eu credito em coincidências, convenhamos tem coisas que sem esforço nenhum acontecem, faz nosso coração vibrar, são muitas evidências dessas coincidências na minha vida, a vida zomba dos nossos sonhos, dos nossos desejos.
Não preciso explicar o óbvio, nota a ironia, a loucura, vejo coisas onde não existe, mas mulher tem que ser independente, estudar, ter vida profissional, ser louca de paixão por alguma coisa que não seja família.
Ser propriedade de sua própria vida, amar uma boa conversa e muita música, amar o que é verdadeiro e deixar ir o que por um tempo foi eterno, não dá para misturar os sentimentos.
Hoje tenho tempo de sobra para tudo ou nada, seria muito atraente resolver os mal-entendidos dos nossos últimos encontros, rezar, sem ter realmente necessidade de pedir algo.
A vida não é justa, nunca foi, vivia sob empurrões até que um homem bem-sucedido me pediu em casamento e esse sentimento se sustentou sem a ressaca do fim, sem o disparate de duvidar que não seria possível.
O olhar vazio deu lugar a sorrisos largos, um homem humilde como eu sempre sonhei, eu vivia rindo que nem uma boba, achando-me paranoica por ter um homem inteligente, feliz, boa praça ao meu lado.
Estou me sentindo péssima em não me achar digna desse amor, a gente não deve questionar os desígnios de Deus, pelo menos sob esse aspecto estou muito feliz, tenho um marido interessado em me fazer feliz, não me leve a mal, mas eu amo o fazer feliz também.
Sou filha única temporã em tão você já sabe que todas as expectativas foram holofoteadas em cima de mim, não por mero acaso, afinal a causa era justa, minha mãe já tinha desistido da maternidade tardia, seu coração estava encharcado de desesperança.
Ninguém aprovava muito nossa intimidade, era estranho alguém se dar tão bem com um ex-amor, mesmo que eu arriscasse dizer que não sobrou mágoas entre nós, ninguém se convencia. As pessoas me diziam que em qualquer casamento só há espaço para duas pessoas. Ok. Entendi. Mas sou amiga e não concorrente.

Eu vou te dar um cansaço

Do amargo gosto do presente eu sou a causa, o efeito, os erros, os acertos, a infelicidade roubando a minha vida, eu sou a pouca demonstração de intimidade, os segundos infinitos, as ideias que perturbam...
Como se fosse um deles, eu sou a pessoa que perde o embalo, que odeio cenas e amo formalidades, sou desrespeitosa e descontrolada, sou ansiosa e nervosa, sou o que deveria ser, calma, quieta, centrada, sou do tipo que morro pela boca, pelas palavras.
Comporto-me de forma inquieta, às vezes acredito em mim, outras não, tem dias que obedeço, outros, peço desculpa, tem noites que faço baderna, outras fico em cima da cama fazendo nada. Mas eu odeio me sentir pressionada. Ah isso eu odeio.
Desdenha-se de mim só uma vez, meu potencial é excluir da minha vida, é enquadrar a pessoa na minha pirâmide do desprezo. Uma ova que vou dá chance para ser magoada outra vez.
Nunca sinto certo remorso, meu vocabulário é cheio de palavrões, reconheço meus erros, peço perdão quando convém, lamento por coisas que eu disse ou deixei de dizer, por vezes quis falar da minha doença, do meu pânico, do meu dia lindo que acaba em desespero.
Sei ignorar as regras básicas, sei investir nos meus talentos, sei publicar a mesma notícia com pontos e vírgulas, sei ser imediata e satisfeita, sei ser alguém sem novidades, sem respostas, sem coração.
Tudo que fizemos com o outro estamos fazendo conosco, isso não é tão fácil de aceitar, espalho a desordem, nem tudo desperta meu interesse, mesmo duvidando ainda tenho fé no ser humano, no coração que bate mais forte por uma boa causa.
É fundamental fazer pessoas felizes incontáveis vezes, é importante ter uma ideia melhor, fingir que se enganou, ser mais competente, sem desconfiar de nada, pegar a sobra para si.
Se eu reclamo é porque me sinto incomodada, se fico chata é porque já estou exausta, se estou morna é porque cansei do abuso. Odeio liberdade que ofende, ansiedade que fazem os segundos virarem dias, sustos inevitáveis.
Eu me sentia muito amada, mas não desejada, eu me sentia desleixada e era um desleixo de dentro para fora, eu queria ser amada do tamanho do universo, essa era a minha carência, a bomba sempre estourava na mão de quem quisesse me dar amor.
Que coisa horrorosa, eu passei a conter despesas, passei a ser o topo das regras, passei a ferir os corações que tentavam me dar apoio, passei, como de costume a desacreditar em mim.
Não me sinto bem, necessito de folgas e férias merecidas, mereço assiduidades em praias e corpo fechado para o cansaço. Agora ri de mim mesma, acredito em muitas coisas, menos nessa de corpo fechado, mas também não duvido de muita coisa.
Julgamentos de hoje não são válidos amanhã, a gente tenta entender essa vida maluca, embora ainda compenetrada a muitas heranças mal ditas e coisas estranhas vindas de gerações.
Se não pode ser esperado é porque não é para ser, eu sempre achei esse negócio de sexto sentido uma verdade absoluta, sempre fui feliz acreditando nessa intuição, sempre sonhei coisas malucas que me deixaram com medo ou pé no chão, sempre me comuniquei com telepatia com quem amei. Mesmo me sentindo ridícula, essas teorias fazem parte da minha vida.

Eu estava ali, de certa forma, representando um papel

Senti minha mente se abrindo a novas ideias e possibilidades, estava gostando da ideia de mudar de ideia, tornei-me inseparável de alguns livros, de algumas lições aprendidas, estava ressentida, ok, mas era algo tão interno, tão escondido que ninguém precisava saber.
Coisa boa é ser você. Pois é! Estava tão difícil ser eu ultimamente, vivia encafifada, cheia de grilos, perguntava-me se era amor ou carência por beijinhos, perguntava se realmente ele satisfazia meus rigorosos padrões. Diacho! Porque amar é tão complicado.
Lamento a indelicadeza quando fui rude com ele, eu não gostaria de retribuir favores, nem um jantarzinho a dois para conversar sobre um passado tão remoto para mim, eu estava me sentindo maravilhosa, om mais de trinta amigos, estava amando com a naturalidade jamais alcançada, eu realmente tinha botado o passado em seu lugar, eu não sabia o que tinha dado em mim, meu amor por mim mesma era superior a tantos sofrimentos amorosos do passado.
Sei que precisava viver isso, amadurecer, sentir que estava perdendo pessoas importantes, me sentir louca por não lutar pelo amor errado, pela insensatez, jamais admiti, mas tinha e tenho medo de ficar sozinha, os pares parecem mais felizes.
Não havia uma ameaça evidente em meu coração, ultimamente ele estava batendo mais forte por homens errados, num destino óbvio de sofrimento...
À pressão da opinião pública para que eu construísse um lar de verdade era sem tamanho, as circunstâncias me incentivavam a reagir ou reclamar, eu não tinha essa eterna preocupação com o futuro, mas tinha medo de deixar escapar.
Eu tenho o péssimo costume de comer comidas diferentes, amo experimentar, amo a realidade da culinária local, amo o jeito novo de cada prato delicioso, eu evidenciava alguém que não evidenciava a si mesmo, eu saía de casa com um certo pressentimento e não dava em outra coisa a não ser tristeza.
Agora sou bastante seletiva na hora de escolher um par, não fiquei amargurada como dizem, mas certos perfis não combinam comigo nem para um beijo de selinho, não sei gostar de quem não gosta de si, não tenho um projeto sem base alguma, estou apenas mais preocupada com minha própria felicidade do que atender expectativas esquisitas.
Por vezes fiz vistas grossas a relacionamentos politicamente incorretos, por outras tantas interpretei os sinais de decepção com serenidade, eu sei que muita gente me fala que vou me arrepender se não for mãe, eu sei que muita gente me avisa que eu preciso de alguém para cuidar de mim, mas eu sei também que não posso colocar um bebê inocente no mundo sem ter certeza plena.
Insinuações tortas são apenas exageros de quem ver a vida de outro jeito, ameaça de infelicidade são apenas sua ótica sonolenta de “talvez isso dê certo para você”.
Ainda consigo ver a bondade e felicidade em seus olhos de quem não amamentou, ainda consigo entender que ter compromissos não faz a vida completa, ainda aprendi que algumas coisas são prêmios outras são zebras caídas de paraquedas.
Enquanto isso eu resolvo o que fazer com a minha vida, enquanto isso eu finjo que esse discurso único não me atinge, enquanto isso me sinto impotente com a idade chegando, enquanto isso eu preciso me sentir valorizada em outros aspectos.
Talvez a única explicação lógica permitida seria eu entender que o tempo não chegou, que não adianta eu me arrumar para algo que talvez nem aconteça, que nenhuma cartada de mestre traz resultados iguais para todos e que há outros meios de ser feliz.

Nos deixamos dominar pela raiva, mágoa e revolta

No momento em que estamos vivendo algumas situações me levam a reflexão:
Alguns que só consegue emprego com privilégios;
Um país que não pensa no todo;
As mudanças que precisam ser feitas;
As apostas em casos perdidos;
A militância em causa própria;
As diligências para uma reforma política;
A verdadeira liberdade do povo brasileiro com saúde, educação, infraestrutura, emprego e moradia;
Assumir a própria idade e liberta-se do “rouba, mas faz”;
Remediar a política brasileira;
Fazer por merecer tudo que se tem;
Teimosia não é independência.
Os tempos precisam mudar, não se promove medo, insegurança, preocupações e ansiedade, não se aceita as coisas como elas são, poderia ser perfeito, poderia dar orgulho, poderia ser simples e fraterno, lamento como as coisas andam acontecendo dos dois lados, na verdade é tudo um lado só, está na hora do povo assumir o poder, ser fiel ao seu país, contaminar a nossa vida com o bem, o respeito, a luta por dias melhores, amar o Brasil na prática, vamos nos manter com a fisionomia calma, vamos lutar por antigas ou novas ideologias sem desrespeito, vamos deixar na gaveta a sensibilidade, vamos sentir o coração bater com mais força.
Absorva informação, mas não acredite em tudo que se diz ou lê, transforme em praticidade o que você observa, fale menos, não seja cruel nem agrida ninguém com posicionamentos diferentes, ajeite tudo, eu e você também somos povo, somos Brasil, somos raça, somos credo, somos som, somos vida, eu e você podemos dirigir a nossa vida com mais amor, mais ética, mais cumplicidade ao próximo, eu e você poderíamos evitar bares e tabernas, salões e jogos e nos concentrar numa reforma política que fosse boa o suficiente para todo o povo brasileiro, independente de filosofia partidária.
Uma expressão de já chega está estampada nas pessoas que vestem vermelho e verde amarelo, que vestem preto ou branco, azul ou rosa. Recuse-se a tomar partido, tome partido pelo seu país, observe que o dinheiro é nosso, a riqueza é nossa, o país é nosso. Olhe igual os desiguais e não desanime nós vamos mudar, vamos crescer e vamos nos orgulhar de um país LIMPO.

Tome distância do que lhe acontece, olhe com o olhar dos outros, na briga das reações anormais existe o caminho do equilíbrio.

Talvez eles não sejam capazes de perceber o que você viu no seu namorado, ninguém acredita que você não escolheu o dinheiro, a beleza, você escolheu o Amor.

Sabotamos nosso relacionamento de forma sutil ou explicita, não nos habituamos a enxergar o que fazemos de pior, mesmo quando a atmosfera está insalubre.

A duração do relacionamento não está relacionada ao apoio da família e dos amigos, aliás, certas coisas não estão relacionadas a ninguém, a eternidade da relação só depende de mim e de você.

Qualidade única, com surpresas triviais, virtudes individuais que entrelaçam nossas relações.

Atencioso e possessivo, a gratidão em pessoa, porém só sou o que sinto e por isso sinto muito. Acabou.

Atração fatal mortal, uma atitude irracional que não combina com as festividades de fim de ano.

As pessoas não podem viver um dia de cada vez porque se tem pressa, eu me agrido quando machuco os outros, sofro por tudo de ruim que faço, mesmo assim tenho pressa e atropelo as coisas.

A vida pregressa amorosa não é prova confiável de nada

Desafios cotidianos diários, conflito de interesses, eu gostava dele mais facilmente se ele acatasse minhas sugestões massageando assim meu comportamento carente ou grudento.
Tenho limitações e deficiências, coisas sem sentido em nome do amor, trato de assuntos importantes com muito sofrimento e crises humanas, gosto de fazer o trabalho andar para o meu bem.
O Amor é a delícia das delícias, eu acho que você não respeito sua opinião sobre um monte de coisas que não combina com a minha, eu acho que deveria ter uma reação mais contida, eu acho que seus amigos fazem seu coração vibrar.
Sinto pressão para casar com ele, mas ele foi um safado a vida toda, ele não respeitou infinitas mulheres, ele já se divorciou três vezes, é difícil não me incomodar com seu jeito de ser e como ele foi no passado.
Nenhum amor nos faz poderosos para mudar o outro, sei que não mudarei, mas ele se apresenta hoje de outra forma, mas seu passado me faz agir de forma insegura e imatura, eu sei que a vida tem suas surpresas, às vezes me sinto deslocada ao lado dele, parece que somos de mundos distantes, outras vezes me defendo tentando minimizar os riscos para não amar verdadeiramente.
Tenho habilidade de debater e argumentar e fiz isso quando vi algumas fotos comprometedoras, ele se saiu muito bem, disse que era passado e que eu conhecia o seu passado escuro.
Descubro algo pessoal sobre ele na primeira conversa, ele já sofreu por amor, já fizeram canalhices com ele e por causa disso ele igualou para pior todas as mulheres que eu superestimo.
Fiquei enlouquecida, cheia de transtornos comportamentais e tornei-me passiva e contida. Em um mundo ideal, poderíamos ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa, mas eu tinha medo dele se apaixonar perdidamente, tinha medo que ele se arrependesse de ter maltratado alguma ex, tinha medo de não ser boa o suficiente para segurá-lo.
Você vai ter a vida que quiser ele me dizia me dando total liberdade para eu ser eu mesma, eu vivia contando os dias para casar, ter filhos, falar abertamente para todo mundo que eu tinha uma família cheia de sentimentos e sem problemas.
Eu ficava chateada por ainda não conhecer os pais dele, talvez eu seja de outro tempo, eu vivia tentando me interligar a ele mesmo que a medicina fosse algo chato para conversar.
Colocava na minha cabeça que coisas acontecem quando têm de acontecer e o passado não interessava mais, o que importava era o momento presente e as escolhas de hoje.
A conversa descamba para revelações íntimas e eu não gosto de escutar muitas coisas que ele me diz sem eu perguntar, coisas que eu não gostaria de saber, sei que não foi culpa dele ele só queria um laço de sinceridade entre nós.
A importância da lealdade e do amor é o ensaio do felizes para sempre e nessa hora entendi o quanto fui intolerante ou criança em não perceber o quanto o passado dele não me deixava viver o nosso presente.

Um sentido para a própria vida é o estado emocional equilibrado presente inclusive na imunidade no organismo, à comunicação entre razão e emoção.
Fique feliz com o que tem, você não é insubstituível, não seja tolo, revele a profundidade de seus sentimentos.