Vou Evitar
Quando a dor me chama
Diz que me pega na saída
Eu não espero
Eu não arrego
E vou à luta
Pra fazer o coração bater
Ou levar.
Não fujo do choro
Do coro do desconforto
Devo e pago o quanto puder
Sinto até esgotar o carnê
Vou até o fundo
Não deixo furo.
Dor à primeira vista
Ou em três vezes parceladas
Sem juros.
O PEDREIRO SEM MESTRE
9 de setembro
22:33
não vou dormir em casa
a tortura é diária
de um hipotético amor
restou o veneno
injetado homeopaticamente
em doses diárias
matando o respeito
lentamente
corrosivamente
com a sensibilidade artística
de um pedreiro sem mestre
num entulho de obra
de vidas em reforma
MEU CAMARADA
Oh meu camarada!
Eu vendi todos os meus garrotes
Já comprei o meu passaporte
Vou meter os meus pés na estrada.
Ser feliz nessa jornada
Não se importe
Apenas porte
Se comporte
Eu sou forte
Vou conhecer o sul
Eu vou conhecer o norte.
Se me der na teia
Vou correndo
Vou de trote
Ah... Eu ia me esquecendo
Não é que eu comprei
Duas pernas de garrote!
KKKKK E não vou fazer geleia...
Não é mocotó!
Eu vou fazer estilingue!
Atirar pedra no mundo
Sem pena nem dó
Isso não é nó.
Talvez eu derrube uma estrela
Lá do céu
Uma estrela linda! Mais que flor
Brilhante com seu pó cintilante
Só para dá-la ao meu amor
Rô, rô, rô.
Antonio Montes
Foi só abrir os olhos para eu ver que eu tenho um mundo inteirinho em minhas mãos… Vou pra luta, vou na paz, vou vencer!
História Improvável
Autor: João S Moura Júnior
Vou contar uma história,
de uma menina e um menino,
que antes de nascerem
já traçaram seu destino.
Há 13 anos antes dela,
Nasce assim o menino,
Esqueçam a Cinderela
Foi um traçado Divino.
Esse moleque nerdão,
Era assim muito tímido,
Estudava em pé no buzão
Até compunha uns hinos.
Filho de pais muito humildes,
Mas nunca se esmoreceu,
E vendo todas adversidades
Estudou, estudou e cresceu.
Professor, palestrante o futuro aconteceu,
E aquela menina do passado,
Menina? Sim ela apareceu,
E ele ficou embaraçado.
Na sala de aula a encontrou
No principio a indecisão assusta
Mas logo de cara convidou
Cantar muito lhe gusta
E sem assunto tentou
Foram há um barzinho
E em versos cantou
Romântico era o caminho
Cantando não era bom, desafinou
E pouco a pouco foi propagando
Com muitas prosas a conquistou
E assim já não estava mais vagando
Foram se conhecendo,
e assim se gostando,
Se divertiam aos poucos,
um pelo outro se amarrando.
Na porta da escola,
pararam e se olharam,
A cada passo pertinho
Porém pouco falaram.
Apenas uma coisa interrompeu,
aquele lindo momento,
Uma senhora não sei o nome
perguntando "o que estão fazendo?"
A partir daquele beijo ,
ficaram viciados,
tudo por um ato ,
aquele beijo roubado.
Os dias foram passando,
e eles não imaginavam,
os dois estavam juntos
e juntos se amavam.
Hoje fazem 15 anos,
que concretizaram as semelhanças,
os dois estando juntos
unidos por 3 alianças.
E aquela diferença
que eles tinham na idade
Simplesmente restou
amor e cumplicidade
O nome desse casal,
vou contar então,
ela a Dani, ele o João
por muitos anos se amarão.
E naquele mesmo dia,
ele não conseguiu se segurar,
E ao revelar toda sua história
um beijo dela foi roubar.
sem saber da reação,
depois daquele roubo,
os dois saíram do carro
rindo um com o outro.
Ficaram horas e horas,
A conversar sem parar,
Assuntos eram tantos,
Sem a oratória esgotar.
Continua...
Eu vou sonhar enquanto houverem estrelas no céu pra me lembrar que nada do que conhecemos chega aos pés do que há na imensidão do universo.
VOU ROUBAR O PRETO E BRANCO DOS SEUS SONHOS E COLORIR
SONIA SOLANGE DA SILVEIRA·QUINTA, 16 DE MARÇO DE 2017
Quando fores dormir, roubarei as cores dos seus sonhos..
para escrever em versos, uma poesia, e falar do céu que você navega.
A velocidade do seu coração acelerado, que pulsa na velocidade da luz.
Muda de lugar girando muito rápido, de cima para baixo como as estrelas,
Sorrindo entre as galaxias, vou contar pra todo mundo, que você ultrapassa suas barreiras, brigando com o vento, subindo e descendo montanhas, pulando ondas, e conquistando horizontes...
Nele é tudo que vejo, pois são muitas cores, pintando arco iris depois da tempestade..
Tudo junto e misturado com o Sol...
Vou dizer também, que nele, você coleciona borboletas de todas as cores, naquele seu jardim
Se é a noite que adormece..não você..!
Também sei que você deita e rola na cama, dezenas de vezes.
Pensando que já adormeceu.. acordada ( o)..!
Se é você que voa a noite toda, e de madrugada nem deixa os pássaros dormir..
Porque o dia ainda nem nasceu e você canta primeiro que o galo.
Pois é por isso você acorda cansada( o), você pensou que fosse uma águia, estava apostando voos, com a fênix..e acordou...depois da primeira hora.
Mas você sabe sonhar muito bem..
..
Mãe a maior tristeza que sinto,é que a senhora partiu e nem deu tempo de me despedir. Mas um dia vou matar essa saudade com muitos abraços e bjinhos.
Te amo minha mãe....
Vou roubar a cena
Cair no teu colo
Beijar
Bulir com teus dedos
Morder tua boca
Arrepiar
Arrancar segredos
Puxar tua roupa
Roubar teus gemidos
Tocar!
Me jogo
Sou explosão
Paixão que queima
Fogo
Faço gostoso
Chamego
Vou mexendo
Sacudindo
Me esfrego
Vou tocando
Deixando marcas
Com jeitinho
Ensinando
Sou professora
Doutorada
Na arte do amor !
18/03/2017
ENTRE LAÇOS
É no meu sapato
com tanto talco
que vou p'ro palco!
E vou de salto
na mímica e tato
e os meus atos.
É no meu sapato
com embaraços
que tanto faço!
Com meus braços
entrelaço regaços
me acho e desfaço.
É no meu sapato
que recebo recado
da quebra de pratos...
Depois, ouço calado
do saco ingrato
desse mundo chato.
Antonio Montes
Eu vou chegar ao meu destino
De qualquer forma, pois minha fé
Mantêm-me vivo ao andar pelas
Estradas solitárias com provações,
Tribulações, angústias e frustrações.
Por vezes me pergunto por quê,
Não me vem qualquer resposta.
É uma estrada longa até o meu
Destino e ao crer que Ele estará
Lá por mim, de uma forma ou de
Outra, eu chegarei ao meu destino!
Élcio José Martins
UMA DOCE LEMBRANÇA
A história que vou contar,
Muitos, também vão se lembrar.
Casinha na roça e laranjas no pomar,
Sombras das mangueiras e noites de luar.
Piso de chão batido ou tijolo mal cozido,
Telhado de estrelas com fissuras de vidro.
São goles e goteiras de saudade,
Portas e janelas de humildade.
Lamparina ou lampião,
Davam luz na escuridão.
Na trempe do fogão cozinhava-se o feijão,
No fumeiro, o toucinho e a linguiça à altura da mão.
Na taipa do fogão aquecia-se do frio,
Causos eram contados, davam medo de arrepio.
Para o fogo não apagar era um grande desafio,
Lenha boa fazia brasa e queimava noite a fio.
A água era da bica,
Era saudável, era rica.
O colchão era de palha,
Não existiam grades e nem muralha.
Biscoito no forno era a sensação,
Dia de pamonha tinha muita emoção.
Porco no chiqueiro ficava bem grandão,
Carne não faltava, tinha em toda refeição.
Carne na lata a gordura conservava,
Quando matava porco era alegria da criançada.
Vitaminas eram naturais e saborosas,
Colhia-se do pomar as frutas mais gostosas.
As conversas eram sempre prazerosas,
Damas habilidosas eram muito prestimosas.
Na redondeza eram famosas,
Envergonhadas, disfarçavam, não davam prosas.
O paiol o milho lotava,
Os bois e os porcos, vovô tratava.
No moinho o milho era moído,
No pilão o fubá era batido.
O cavalo arreado era para a lida e a peleja,
A carroça e o carro de bois carregavam a riqueza.
A colheita era certeza,
Era o fruto do trabalho feito com destreza.
No monjolo a farinha era preparada,
No engenho a garapa era gerada.
Da garapa fazia-se o melado,
A rapadura era a alegria do povoado.
Das galinhas eu me lembro com saudade,
Hora do trato era alegria e felicidade.
O milho espalhado pelo terreiro,
Só faltava abrir o portão do galinheiro.
Lembro-me das modas de viola,
Reunia-se a vizinhança pra fazer a cantarola.
No sábado o bailinho levantava o pó e a poeira,
Era saudável, tinha respeito e não havia bebedeira.
Cobras, sapos e lagartos. Só não tinha iguana.
A palha de arroz servia como cabana.
O prazer era subir nas árvores para apanhar os frutos mais altos,
O guerreiro marchador gostava de dar seus saltos.
Cedo as vacas encostavam. Era hora da ordenha.
Bem cedo descobri o que é uma vaca prenha.
Até hoje ainda ouço o mugir,
É bom e é gostoso a lembrança emergir.
Saudade daquele tempo. Era duro e trabalhoso,
Com certeza não tem ninguém que não se ache orgulhoso.
Não tinha luxo, não tinha vaidade,
A viagem mais longe era compras na cidade.
Pés descalços com espinhos e bichos de pé,
Tinha festa todo ano com barraca de sapé.
Tinham doces, quitandas e salgados. Só não podia faltar o bule de café,
Rezava-se se o terço, pois primeiro vinha à fé.
Da infância levo a saudade,
Levo o amor, o afeto e a amizade.
Faltava o alfabeto, mas muita educação,
É da roça que se ergue o sustento da nação.
Mesmo com dificuldade o pai à escola encaminhou,
Queria ver seus filhos tudo aquilo que sonhou.
Com sacrifício criou os filhos para uma vida melhor,
A estrela foi mostrada por Gaspar, Baltasar e Belchior.
Hoje é só agradecimento,
Nada de tristeza, de lamento ou sentimento.
Cada um é um vencedor, pois mudou o tom da cor,
O sacrifício da família deu aos filhos o caminho e o amor.
As pedras no caminho serviram de degrau,
Os desvios da vida fizeram distanciar do mal.
Os meandros dos sonhos fizeram um novo recital,
Do sertão para a cidade e depois pra capital.
Fez doutores e senhores de respeito,
Deu escola, deu lição, muro de arrimo e parapeito.
Nosso dicionário não existia e palavra desrespeito,
Com orgulho e gratidão encho o riso e choro o peito.
É colheita do que se plantou outrora,
Tudo somou e nada ficou de fora.
O fruto de agora,
É a luta, é o trabalho, é a fé. É a mão de Nossa Senhora.
Élcio José Martins
"...e assim vou bordando
os meus dias..
Com fios de luz...
com elos de amor...
suavidade na alma...
Perfume de flor."
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