Clara Mello

"Sou tudo que escrevo, mas nenhuma sílaba é minha. Me torno o que sou e entrego a quem quiser"

Quero a sorte de ser nada, e poder inventar tudo.

Sou mais estranha do que posso
Sou mais feliz do que acredito
Serei mais louca do que tenho sido
E me desdigo, assim como confirmo.

Talvez seja nada
que a grana não sobre
Que a rima é tão pobre
se sou amada

O ser humano, à despeito de suas misérias, é da matéria do sonho.

Adoro dias comuns. Eles preparam os extraordinários.

O eu te amo de todo dia, é diferente a cada dia.
Bom dia!

Mais importante do que as grandes oportunidades ou o maior público, é fazer tudo com autenticidade e amor. Nossa verdade sempre chega na dos outros.

Quando a linearidade é traço irregular, retorcido, emaranhado de retas do seu corpo contra o meu, eu no seu, e tudo em nós, deixo de ser linha paralela, vou de encontro, sou infinita.

Se você precisa acreditar que eu não sou nada demais pra se sentir bem...Deixa! Se sou mínima ou gigante, você continua do mesmo tamanho!

Atrás das grandiosas pétalas e cores da textura magnífica das flores,uma erva tão pequena e perfumada chama a atenção
de quem tem olhos maiores que o jardim.

Mas se há angústia em todo ser que vive
Só cumpro a regra de existir, que agride
Mas não sou louco, poeta, nem santo
Apenas canto, e desafino triste.

Me vendo grande ou pequena, seja por bem ou por mal, o meu tamanho continua igual.

Se cupido me testa
Me enfia a flecha com gosto
Ta pensando que meu coração é osso?

"Nossas misérias são só a outra face das nossas grandezas."

"Gosto de seguir seu ritmo e dançar com você, de passos errantes, flutuantes, sem saber direito ao que estou sendo conduzida. Gosto de tudo que você me trouxe, sou grata por todos os efeitos."

Quando a dor me chama
Diz que me pega na saída
Eu não espero
Eu não arrego
E vou à luta
Pra fazer o coração bater
Ou levar.
Não fujo do choro
Do coro do desconforto
Devo e pago o quanto puder
Sinto até esgotar o carnê
Vou até o fundo
Não deixo furo.
Dor à primeira vista
Ou em três vezes parceladas
Sem juros.

"Eu opto pelas pontes, pelos afetos. Eu opto pelos pontos de convergência, eu opto pela inserção. Escolho as semelhanças, prefiro o que nos une ao que nos afasta. Prefiro olhar para o que nos completa, eu opto pelo que nos congrega, que nos integra. Eu escolho usar a ponte como ponto de união, e não de segregação. Eu opto pelos encontros."

Te faço as juras
do amor eterno
Agora
O amor é o dia
E sua hora
O momento seguinte
Suspenso
Suspense
Na urgencia de um grito
No minuto exato
Te faço enquanto posso
As juras do amor infinito
Não é estranho
Não é bonito
Que todo amor
Já nasce
temendo a morte?
Eu te amo hoje
E amanhã
A gente tenta a sorte.

Como desatar esses nos
se, olhos nos olhos
Ainda somos nós?

Posso dar muito
e preciso de pouco
Um cafezinho
Um beijo de bom dia
Um amor de madrugada
E juro,
Mais nada.

Quero o salto profundo
O mergulho mais fundo
E nada menos que isso
me completa
O raso e o que me afoga
só sei viver submersa