Versos e Rimas
O POETA DE PASSO FUNDO
O poeta de Passo Fundo
Faz versos para todo mundo
É o orgulho do Brasil
De Carazinho*, num segundo
Lançou um olhar bem profundo.
Para o céu azul anil.
Traz os versos na alma
Sua poesia acalma,
Amigo bom e gentil.
Traz a pena na palma,
É simples, fisionomia calma.
Esperança primaveril.
São versos de esperança,
Numa alma de criança,
Brincando com letras mil.
Para o futuro avança,
Em sua eterna andança,
Com o seu lápis servil.
(Regina Madeira)
Poema recebido da amiga poetisa Regina Madeira.
À minha volta... Só os amigos versos.
Se houver os reversos... Não são os meus.
Os reversos meus?! ...
Eu (re)esqueço todos os dias.
Versos tortos
Meus versos já não mais vejo.
Mal e baixinho apenas os escuto.
Não instigam meus desejos
No meu poema vesti luto.
Fiz silêncio por um tempo
Até mais do que um minuto,
Na saudade que hoje sento,
Até as lembranças eu insulto.
Não vou vesti-los de preto
A cor pra mim não importa,
Depois de mata-los não tem jeito,
Não é a perda, é a tristeza que me entorta.
Tem gente que é assim: apaixonante.
Sabe as notas certas para colocar no meio dos versos.
Leva a vida de peito aberto para o mundo e para os momentos. Quem é movido pela paixão derrama em tudo o que toca um punhado de inspiração.
Acabou o a(dor)mor
Deu-se o fim dos meus belos uni(versos)
Tira esse véu, não há mais perigo na esquina, da vida.
Meu bem
Explodiu o nosso céu
Réu. Absol(vida)
Eu não te amo
Estranho...
O meu ganho foi te perder
"SINFONIA"
Passeiam os escritos da minha poesia
Pensamentos tão meus em versos
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Que vestem-se de letras, com as palavras
Amo-te, sonhei contigo a noite inteira
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No expoente de todo o meu sentimento
Onde o meu beijo desaguou na tua boca
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O teu olhar me fez viajar, ao ir além dum sonho
Sonho lentamente, numa tarde com palavras
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Que suporta qualquer destino, sem horizonte
Outono gracioso, apaixonado, quente tão nosso
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Que marchariam a nu, todos os poemas ousados
Num futuro que será sempre nosso, muito mais do que
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Posso explicar a escrever com a cumplicidade
Desde o meu respirar ao bater do meu coração
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Sabendo que sou só tua em cada acorde dum violão
Nas notas que toca uma sinfonia linda, uma sinfonia antiga.
Imersos em minh'alma
estarão sempre os meus versos,
com a fragilidade e ingenuidade de um beija-flor...
batendo as asas e colorindo sonhos
e acreditando sempre que a vida é amor!
Você sempre teve nome, e eu não sei se é ventania ou brisa, fúria ou calmaria...
Nos meus versos te chamo Amor.
EM BRANCO
Seria só uma página a mais.
Em branco.
Os versos pululavam sem fim,
Ferviam dentro de mim, mas eu
Não conseguia escrever nada.
Nada mesmo acontecia ou saía.
Tentativas mil.
Inválidas.
Sobrava só um imenso vazio.
Uma sensação de intenso frio.
Outras tantas quantas.
Nada menos um.
Densa, tensa,
Descobri o medo.
Não sabia do quê.
Procurei em mim.
Me revirei, não achei.
O que seria?
Logo eu, que
Sempre tão rápido
Raciocinei, que tão
Ágil um livro inteiro
Em um mês aprontei?
Não sei...
E agora o que faço
Com este vácuo?
Com o tudo deste nada,
Com o prenúncio desta dor,
Com a proximidade da saudade
Que já me bate e invade por saber
Que é chegada a hora da despedida,
De dar o ponto final na última linha da
Página do livro que abriu a minha vida!
Guria da Gaúcha Poesia
Lavando a Alma,
Página 49
1989
A Poesia
Na Poesia sem encontram varios versos
E Os seus temas porem são diversos,
Assunto do mais simples aos mais complexo!
Na poesia se encontram aventuras
Como também amores que não passaram de loucura!
Tambem se encontram queixas,desavenças e alegrias,
Como também se acha um universo de intriga.
Pode ser proferida pelo mais ignorante dos homens
E pode ser compreendida pelo mais sábio dos animais!
Na poesia se tem contradições,
Como também são repletas de revelações!
A poesia e algo agradável de se ouvir,
Como também e de se falar!
A poesia esta presente aqui,
A poesia esta em todo lugar!
Amor,
Guarde meus poucos versos
Para ti direcionado
Pois mesmo em todos meus pensamentos diversos
Existe sempre um você relacionado
Tormentas...ventos!
Arrastam-se no murmurar secreto das tormentas
o eco dos versos recheados de anseio
que escureceram no calor distante dos corpos ausentes...
dos translúcidos afagos...
Memórias devastadas pelo tempo..
E que sempre arrasto pela vida...
Onde pernoitam fragmentos de segredos entorpecidos...
De repente ruíram os sonhos...hoje...
Deixei de ver o teu vulto desenhado em minha retina...
Eu tenho versos nos dedos
e um poema no coração
mulheres despidas na mente
sol a pino na caatinga
rimas de despedidas
feridas abertas
é minha sina
penso que sou poeta...
Olhos vermelhos
Versos que vêm
Lágrimas cortam o rosto de alguém
Que não quis acreditar
Que o amor pode um dia acabar.
Liberdade De Expressão!
Os
versos,
que nascem de mim...
Não são meus!
São do mundo!!
Pois a eles,
dou asas,
para que
possam voar!
Para que encontrem,
a "liberdade de expressão"!!
Dayse Sene
Defumando versos
Tirou do violão, talvez a derradeira nota.
A voz não respondeu.
Mudo, apoiou o rosto no próprio instrumento.
O fogo ainda o aquecia.
A parede da alma amarelada.
O tudo de mãos dadas com o nada.
A fumaça aumentava
Preenchendo cada vazio da poesia da sua vida,
Defumando os versos, provocando tosse na rima.
O pensamento mal cavalgava lembranças
De um alfabeto extinto.
De súbito soprou a vela
Percebendo a complexidade escura do labirinto.
Apenas vestígios de carvão.
Nas cinzas, o destruído eterno.
Nada mais das chamas galopantes
Vistas pouco tempo antes.
De costas deitou-se no chão.
Cobriu o rosto com o próprio chapéu.
De qualquer forma não viria o céu.
Nos olhos apenas nuvens formando véus.
Quero que os meus versos
sejam humildes
como humilde foi o meu nascer:
cinco letras gritando
na boca da minha mãe
cinco letras sorrindo
nos olhos do meu pai
Távola de Estrelas - Poema Barquinhos de papel
Barquinhos De Papel
Quero que os meus versos
sejam humildes
como humilde foi o meu nascer:
cinco letras gritando
na boca da minha mãe
cinco letras sorrindo
nos olhos do meu pai
Quero que os meus versos
sejam humildes:
cinco letras entranhadas
no corpo da minha amada
Cinco letras vivendo
no meu filho eternizadas
Sim!
Quero que os meus versos
sejam humildes :
cinco letras apagadas
pela terra que as guardará
E... a chuva impertinente
a levar os barquinhos de papel
no tempo
de quem (não) me viu
Fonte: Távola de Estrelas