Coleção pessoal de AnaStoppa

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De tanto contar
Estrelas
A alma
Daquela menina
Vestiu-se
De luz intensa
Feito a chama
De mil velas
Até que
Em um entardecer
No auge
Da primavera,
Inebriada
De amor
Transformou-se
Em uma delas.

Varal da Ilusão

No longo varal da ilusão
Recolho hoje os sonhos
Amarelados de pranto
Desbotados de encanto
Esquecidos sob o sol
Da primavera distante.

Presos em muitos nós
Finos fios de seda fria
Projetos outrora vivos
Sepultados ao acaso
No angustiante ocaso
Permeado de descaso.

Desfio fios de imagens
Revisito paisagens
Incrustradas na saudade
De o que foi felicidade
Recolho as últimas linhas
Entre as ervas daninhas.

Já não estendo esperança
Tampouco velhas cortinas
Experimento o amargo
Desta dor que desatina
Farrapos da solidão
No longo varal da ilusão.


.

Tudo tem um tempo

Tudo tem um tempo
Até mesmo o próprio tempo
Tudo tem uma razão de ser
A dor... ao amor...
O teimoso sobreviver.
Tudo é cíclico...
E este mesmo fugaz tempo
Implacável emudece corações
Estende a lona do vazio
Mostra a estrada escura
Por onde se deve seguir
Sem medo ou qualquer recuo.
Tudo tem um tempo
A esperança, os sonhos, o amor
E as pessoas sem perceber
Se sentem como náufragos
Despidos da esperança
D encanto
Da chama do amor
Dos sonhos...
Da razão do perene existir.
Tudo tem um tempo...
Para a vida se mover
Alheia às nossas vontades
As chegadas, as partidas,
As adiadas despedidas.

A morte dos sonhos

Quando o encanto vai embora carrega consigo todos os sonhos - os sonhados, os vividos e os jamais experimentados. Ana Stoppa.

Abandono
Os filhos são educados no seio da família através dos exemplos e do comportamento de seus pais. Por isso, prudente se revelam aqueles que não medem esforços para retribuir o que amorosamente receberam dos seus genitores no passado, para que um dia, no correr de tempo, possam ser tratados por seus filhos como trataram os seus pais. Em outras palavras, diariamente estamos ensinando os mais jovens como queremos ser tratados no futuro, porque todos os que abandonam, invariavelmente um dia serão abandonados.

Caminhada

Se a vida te indicar outra estrada, siga sem medo a nova caminhada.

Incertezas do tempo

A vida é tão passageira que não vale a pena aprisionar os sonhos. Vivencie-os agora, corra atrás, porque, diante das incertezas que permeiam o etéreo tempo, amanhã pode ser tarde demais .

Cultive, os sonhos. Valorize as conquistas,
não perca a esperança de vista!

Estrada incerta
A vida é uma estrada incerta... ora sinuosa, ora serena. Se mostra inquieta em busca de tantas respostas, em um mundo às vezes de costas!
Na perenidade, ou por receio, insegurança ou temor, deixamos perdidos no meio do caminho os sonhos, o amor, a esperança e a garra para seguirmos enfrente. Deixamos de ser o condutor desta vida etérea, e assim, sem darmos conta, nos abandonamos feito as placas de sinalização empurradas pelo vendaval da realidade, completamente perdidas nos acostamentos do ontem.

" Ao invés de agradecer pelo que tem, não raras vezes o ser humano se perde nos inúteis lamentos almejando o que não tem, sem se dar conta de aquilo que alcança, muitas vezes é infinitamente melhor do que deseja."

"Tudo é cíclico, tudo é transitório e todo poder é ilusório."

A verdadeira Justiça, aquela que emana da ações praticadas por pessoas éticas, íntegras, capacitadas e preparadas por Deus, sempre prevalecerá, independente do tempo. E tal qual o rio que segue rumo ao mar, serena se impõe, posto que jamais se submeterá às vontades ou manobras daqueles que se abrigam sob o roto traje da ilusória impunidade. Ana Stoppa.

Sonhos & Realidade

Quanto espaço que existe entre aquilo que sonhamos e o que a vida nos dá?

Quanta coragem é preciso, para se perder o juízo em busca do insano desejo?

Quanto tempo se espera para saber que quimeras fazem parte do passado e assim sem pedir licença, poder sonhar acordado.

Quantos palavras esperamos para sentir a afeto, ou será que o silêncio abriga todos os versos, de um poeta enamorado a escrever para a lua?

Quantos abraços perdidos à espera de outros braços para poder compartilhar a estrada, o amor, o cansaço...

Sob a chuva da esperança e bom caminhar descalço, enfrentar com altivez todos tipos de percalços, até encontrar a razão para que a alma compreenda, que não se faz harmonia com remendos do passado.

Quanto tempo ainda temos, para ser desperdiçado, com quem não vale a pena, para ser mal-empregado com quem se acomoda no ontem?

Assim no pouco espaço, entre sonhos espaçados, por vezes criamos coragem, mudamos a paisagem, partimos em busca do novo.

Assim esquecemos a mentira, os amores imaturos, perdemos medo do escuro porque descobrimos as estrelas.

Aprendemos com o silêncio a buscar novos caminhos, deixamos de vez a mesmice, não é bom estar sozinho.

Nos banhamos de esperança na chuva das emoções, buscamos a serenidade para todos os contratempos, e assim, devagarinho nesta vida que se esvai, descobrimos que a bondade, nos traz a felicidade, e que o maior dos amores é saber se amar de verdade.

O ano mal começou...

Por isso ainda dá tempo para preencher todos os dias de sua vida com serenidade, amor, paz e encantamento.

Ainda dá tempo de encontrar um tema, escrever um poema, cantar uma canção, sorrir sem pensar e amar por amar.

O ano mal começou, por isso ainda dá tempo de apagar os rabiscos indesejáveis do passado, de estancar o pranto, de ter em si mesmo confiança, de abraçar a esperança.

Ainda dá tempo de plantar uma flor, de deixar de lado o mau humor, de ver a beleza da simplicidade, de encontrar um amor de verdade.

Que este começo de ano seja realmente o recomeço que a sua alma procura, que você tenha tempo e preste atenção para as sinfonias do coração.

O tempo passa indiferente às lamentações, a vida se vai e a gente não percebe, por isso abrace, sorria, espalhe a alegria, esqueça a nostalgia e nada de pessimismo.

Conte estrelas, procure o arco-íris, perceba as fases da lua, tome banho de chuva, ande descalço na areia, inspire-se no Sol, coloque brilho em sua vida.

Compartilhe a felicidade, ouça aquela canção antiga, coma jujubas, algodão doce, beijus, caramelos, picolés, bala de goma e assim relembre um pouco de sua infância, porque nestas lembranças vivem os sonhos.

O ano mal começou, por isso ainda dá tempo de criar um projeto, de estipular metas, vencer desafios, tomar banho de rio, pintar um quadro, abraçar uma causa social, fazer um trabalho voluntário.

Não fique parado, porque o tempo não espera, e daqui a pouco, num piscar de olhos, este ano termina, sem você ter feito absolutamente nada por você mesmo, pelo próximo, pelo meio ambiente.

A mesmice cansa até as pedras.

Por isso mesmo, pare de deixar sua vida a esmo, esqueça alternativas, se faça prioridade, busque a felicidade!

Ainda dá tempo!

Loucura

Loucura é deixar morrer a esperança
É esquecer a cor e o som dos sonhos
E deixar fugir a felicidade por pouco.
Quem se habitua ficar louco, é louco.

Loucura é dar ibope para o negativo
Lamentar seguidamente sem motivo
Passar pela vida sem roteiro ou rumo
Tentar restaurar amor fora do prumo.

Loucura é barganhar os sentimentos
Para receber as tais moedas da ilusão
Pagar promessa sem ter feito pecado
Gastar o tempo pensando na solidão.

Loucura é aceitar paixões alternativas
E se contentar com migalhas de afeto
Calar o coração impedindo-o de pulsar
Sepultar a esperança sob a luz do luar.

Quem se habitua a ficar louco é louco
Reflita assim ao menos por um pouco
Descerre de vez as cortinas do pranto.
Banhe-se no doce mar do encanto!

Pauta e pausa, pausa e pauta, que confusão!

Emoção - serenidade, agitação - delicadeza, felicidade - tristeza.

Nesta dualidade o tempo arrasta a vida, desbota a cor dos sonhos, subtrai a esperança, traz o pranto e a agonia.

Ousado, ignora a alegria, a importância da paz, da fé e da solidariedade. Indiferente consome os segundos, as horas, os dias e a breve vida, entre as frias paredes pintadas com todos os tons da não raras vezes amarga realidade.

Hoje...pausa, porque na pauta não há espaço, cansaço...

Pausa...para que a primavera possa renascer e assim desenhar aquarelas em todos os galhos adormecidos na frieza do inverno.

Uma vida...

Uma vida sem sonhos, projetos ou perspectivas se revela extremamente vazia.

Uma vida sem a prática da solidariedade, a troca de conhecimentos, a crença em Deus e a confiança na esperança, mostra-se vegetativa.

Uma vida sem a valorização da família, dos amigos, das oportunidades, da simplicidade, da fé e da harmonia, está longe da alegria.

Uma vida sem se perceber a importância do perdão, as mensagens que os erros trazem, o desafio de cair e se levantar e a possibilidade de todas as manhãs acordar, é o mesmo que viver sem amar.

Uma vida cercada de bens materiais, calcada no consumismo, sem se preocupar com a grandeza do amor fraternal, é tão escura quanto a ácida tortura.

Uma vida sem a consciência da transitoriedade não é capaz de encontrar a felicidade.

Mas, pior do que a ausência de virtudes, sentimentos, práticas ou projetos, e ser e praticar isso tudo, e ainda assim, viver por viver.

Distribua abraços, sorrisos, esperança, solidariedade, fé, perdão, paz e caridade. Lembre-se de que aqui tudo é passagem, e que no para a casa do Pai carregaremos apenas as boas obras, segue o que somos, fica o que temos, por isso nada de temer o amanhã, pensar em amealhar riquezas materiais, alcançar altos pedestais. Muitas vezes a coxia é bem mais confortável do que o palco e aplausos demais ensurdecem. Vaidade demais enlouquece, tudo o que se paga perece.

Nem todo mundo está preparado para as conquistas. Muitos enquanto buscam o caminho, obviamente auxiliados por tantas pessoas, posto que ninguém faz nada sozinho, revelam um comportamento, normalmente de admiração e gratidão aos bobos da corte que lhes estendem as mãos. Mas basta alçarem o ilusório patamar da efêmera glória para se rebelarem do nada,pisando sem cerimônia por cima daqueles que um dia, por intermédio da vontade de deus saciou-lhes a fome - da educação, do alimento, do apoio e do amor fraternal. Perdoar é divino, desejar o bem também, no mais mera reflexão ao cair da tarde enquanto muitos com este perfil festejam o ouro de
tolo amealhado, espreitando através das janelas podres do egoísmo as chamas fracas das velas amareladas da solidão que se avizinha.

Só existem os espertos porque existem os bobos. Isso é fato. E os oportunistas, os mal-agradecidos, os que se esquecem o quanto foram ajudados, continuarão a tosca trajetória em busca de facilidades. Isto porque tão logo se veem privados de vantagens rebelam-se sem qualquer motivo contra os provedores e vestidos como manto fétido da ingratidão estampam na face sorrisos vazios como se fossem eternos. Já escreveram... A semeadura é livre, porém a colheita obrigatória. Reflexões ao cair da tarde, enquanto muitos com este perfil frequentam ardorosamente os templos sagrados em busca da hóstia para alimentar suas bocas famintas de paz.