Versos de Melancolia
AGOSTO NO CERRADO ....
Não é sempre está melancolia
o morno mormaço, esta fereza
de agosto, a secura que tristeza
no cerrado, agridoce dura poesia
Bela diversidade a sua natureza
um vendaval de cores e de magia
devaneio, como é vária sua beleza
e seu renovo, insistente teimosia
Dia e noite, noite e dia, feitiça fonte
vencedor de borrasca e de empeço
e lá se tem o pôr do sol no horizonte
Tão inarrável, encarnado, inconfesso
o qual da glória doura-me a fronte
ao arrostá-lo, pasmo e fulvo excesso ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/08/2020, 18’01” – Triângulo Mineiro
Hoje acordei
sob um ataque severo
de melancolia.
Sinto que o tempo
não se mobiliza em mim.
Ouço a amputação das horas
a crepitar neste tácito sentimento.
Esta intensa e indefinida vontade de existir.
Dias de sol trazem energia, os nublados nostalgia, os chuvosos melancolia, mas hoje é um daqueles dias que a janela da vida trouxe arco íris me fazendo sentir vontade de viver mais a cada dia...
@paulaaraujo.
Melancolia,...
Não estão recebendo
comida,
Agonia infinita,...
Não estão aceitando
roupas limpas,
A água?
Só pode ser entregue
esporadicamente.
Você acha isso justo
ou normal?
O quê está acontecendo
com o General?
Infinita melancolia,...
Ir aos fatos e perguntar
não ofende,
Ele continua preso
injustificadamente.
Infinita agonia,...
Ninguém sabe de nada
a pelo menos três
semanas simplesmente.
MELANCOLIA
Cai a tarde lenta em brasa,
Num céu de mar ondulante,
Enquanto este vai e vaza,
Meu coração está distante
Pensando em ti, ó sereia
Que vi uma vez ao luar,
Em noite de lua cheia
Nas águas de prata, a rolar.
Que saudades sobre o mar
Meu coração lá deixou;
Tristezas de fazer chorar...
Enquanto eu não encontrar
Esse amor que lá ficou,
Farei na areia um altar...
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Triste Por Escrever, em 08-03-2025)
As manhãs tem esse "quê" de melancolia
Talvez por na maioria das vezes chegarmos até elas cansados demais, descansados demais,
atônitos demais, pensativos demais,
felizes demais ou tristes demais .
A verdade é que as manhãs nunca são serenas, só elas nos sopram nossas próprias verdades.
Encontramo-nos no acaso, ou destino traçado,
para mitigar a melancolia que nos aflige.
E assim, no reflexo de olhos tristes,
surgem sorrisos mais radiantes,
como astros que brilham na noite da vida,
quando nossos olhares se encontram.
Outros Tempos da Velha Direita Nova
Um doce
De melancolia
De tardes
De domingo
De antigamente
Na
Rua Direita
Mormaço
De sol poente
Com preguiça
De segunda
Pela frente
Inda ontem
Era sábado
Dia de banho
De corpo inteiro
Na bacia grande
À noite
Cinema
De Romeu
Coboiaço
E seriado
À saída,
Cafezinho
Com
Pão de queijo
No Dormival...
Eram tempos
De
Se ter tempo
Outros tempos!
Para Que Vieste
Levai vossos Cantos
Minhas pobres mágoas
Na melancolia de teus olhos
Nos frios espaços de seus braços
No anseio de teu misterioso seio
Com meu cardume de anseios
Náufrago entregue ao fluxo forte
Da morte
Teu silêncio
Teu trêmulo sossego
Da minha poesia extraordinária
Esse riso
Que
É tosse de ternura
Quanto mais tarde for
Mais cedo a calma
É o último suspiro da poesia
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
A melancolia é o eco silencioso das histórias que nossa alma esqueceu de contar — e que insiste em sussurrar nas noites vazias.
EduardoSantiago
#MELANCOLIA
O dia e a noite são iguais por dentro...
Campo florido de saudades...
Estranha taça de venenos...
Despede o sol em último clarão...
Entre sombras, vagamente...
Na amplidão do eterno...
Minha alma voa livremente...
Surge o vento e me pergunta...
Aonde me levará minha jornada...
Um olhar triste nada responde...
Na melancolia...
Uma alma fadada...
Desde o sinal das auroras...
Se há dias maus, também há os felizes...
A vida é uma bela jornada...
A taça em minha mão ainda é cheia...
Num olhar profundo e ardente...
O espírito se cala, se aquieta...
O horizonte é o futuro...
Tal é na hora o presente...
Uma estrela tremula no firmamento...
E eu...
Em minha paz alcançada...
Aos pés do Criador me deito...
Sorrindo...
Sonolento...
Sandro Paschoal Nogueira
#A #DAMA #PRATEADA
Em minha rua, ao anoitecer...
Há tal melancolia...
Que desperta em mim o desejo de sofrer...
Sentado à mesa em um bar devasso...
Lhe contemplo dama prateada...
Nas vertigens do vinho que me encontro...
Perco-me em qualquer abraço...
Nessa Babel em que sobrevivo...
Cantando os amores...
Escondendo os conflitos...
Em tudo o que sinto...
Sinto-me cada vez mais perdido...
Ergo o meu coração aos céus...
E lhe olho suspirando...
Não mais me reconheço...
Sou total abandono...
Tantos se foram...
E tão poucos chegaram...
Atrás de meu pálido sorriso me escondo...
Disfarçando meu embaraço...
Se fosse, por acaso, por ti contemplado...
Apenas um desejo eu queria...
Em poder mudar minha sorte...
Ter aqui ao meu lado...
Os muitos que amei...
E por quem muito fui amado...
Mas o tempo é ingrato...
E lentamente se esvai...
Amanhã já não mais estarás no céu...
E eu aqui continuarei com meus ais...
Sandrinho Chic Chic
facebook.com/conservatoria.poemas
#MELANCOLIA
Anjo que sem asa...
Em ruas escuras e desertas vaga...
Úmido vento que lhe floreia...
Pesadas nuvens ocultam a lua cheia...
Orvalho na face...
Teu pé tropeçou....
Num longo soluço tremeu e parou...
Que tens?
Por que tremes assim?
Disseste-me que antes sonhou...
E que agora chora...
Pelo que o tempo varreu...
Apagou...
Compreendi...
E aceitei seu pesar...
Ao anjo me juntei...
Quem me quiser...
Que me chame...
Ou que me toque com a mão...
O tempo para mim...
Também se foi...
E é o que mais me dói...
Há tal melancolia...
Despertando um desejo absurdo de sofrer...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
melancolia
Não há quem queira ouvir o que eu tenho pra falar.
Sob o céu cinza, as sombras que me acompanham, dançam silenciosamente à minha volta, ecoando a melodia triste da minha solidão.
As memórias desaparecem como folhas secas ao vento, deixando um vazio profundo no coração.
Entre choros e risos, o tempo me faz escrever saudades que soam como murmúrios melancólicos na alma, enquanto o crepúsculo se despede em tons alaranjados.
Na consciência, os ecos do passado ressurgem como fantasmas silenciosos. Sussurram lembranças entrelaçadas com tristeza.
As lágrimas, deslizam pelas linhas do rosto da criança interior, carregando consigo o peso das despedidas não ditas, dos abraços não aproveitados, dos beijos não dados.
Entretanto, a liberdade tece sua teia, envolvendo o coração em sombras de um lamento eterno.
Tantos gênios que acham que não são gênios porque alguém disse "você não é capaz";
As palavras são armas, que não deveriam ser manuseadas por qualquer um.
Sou prosa... sou poesia
No silêncio da madrugada sou o caos e a bonança.
Sufocada por nova crise.
Dormindo feito criança.
Ora tempestade… ora calmaria.
Às vezes sou chuva tensa… chuva densa.
Às vezes sou sereno o mais sereno.
Sou alegria.
Sou melancolia,
Ora sou paz total.
Ora, guerra mortal.
Sou prosa… sou poesia.
Nesse mar de variação… vivo inteira o meu dia a dia…
Dualidade da Vida
Vida em dualidade, bela e dor,
Máscaras sussurram verdades ocultas,
Rio de luz, sombras que me envolvem,
Melancolia revela a alma sepulta.
No cerne das máscaras, segredos guardados,
Lágrimas sussurram silêncios antigos,
A vida é pintura em tons desbotados,
Reflexões mergulhadas em vales sombrios.
Desvendar a vida, desvendar a dor,
A poesia revela segredos esquecidos,
Palavras como fios de melancolia,
Teço a trama dos sentimentos perdidos.
Em cada verso, um eco de saudade,
Em cada pausa, a melodia da solidão,
Vida bela e dolorosa, contradição,
Onde a tristeza se mescla à eternidade.
MORTIFICADO
Por que senhor, por que me fizestes tão quebradiço ? Quando essa sequência de derrota há de acabar ? Mesmo não crendo em ti, sei que tua maldade não seria tão grande com teu filho. Há tempos que não vejo lágrimas descendo sobre meu rosto, a solidão que antes me afligia e me dava medo, hoje já não me assusta.
Nem o remédio mais forte, a cirurgia mais precisa ou a terapia mais intensa tirariam os pensamentos lastimosos que venho tendo. Eu não queria refletir com tal profundidade, mas agora é tarde demais, o demônio da dúvida se sentou no meu ombro, e agora papeia comigo sobre tudo.
Já não reconheço semblante estampado em meu rosto, já não me sinto mais o mesmo, já não tenho mais a sede de viver. Acho que a fonte da vida, um dia seca para todos.
O ódio mata, mas e o amor?
Sempre me falaram:
"O ódio dá câncer no peito."
Mas e o amor? Onde ele dorme?
Onde ele dá câncer?
Por que nunca se fala
da maior dor de amar,
mas se fala do ódio?
Eu não amo pessoas o suficiente
para deixar que toquem minhas cicatrizes,
pois sei que vão tocar
com mãos cheias de sal.
Todas as minhas feridas
foram por amar demais.
Ninguém fala como o amor mata
mais do que o ódio.
Pois o ódio nunca vem sozinho.
Antes de odiar, havia amor.
Antes de odiar alguém, você a amava.
Mesmo sem conhecer, você amava
por não conhecer.
Agora que conhece, odeia.
Então, quem mata não é o ódio.
Quem mata é o amor.
Ele é uma doença invisível para os intensos
e, para os superficiais, uma brincadeira.
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