Coleção pessoal de andre_gomes_6

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⁠A verdadeira consciência e' aquela que não se permite ferir - uma consciência resiliente.

⁠A poesia e' a arte da fé, e' preciso que você creia nela, exerça todos os sentidos; tenha um olhar mais aguçado - tocando na mais pura imagem, sem ao menos abrir os olhos - uma animação pura.

⁠MINHA AMENDOEIRA

Um dia fui até que [ por demais feliz],
Lembro-me de uma velha castanheira.
Embaixo dela brincava no tempo de minha
Infância.
Chamava-a pelo nome de castanheira, mas,
O que se comia era a amêndoa [ o fruto].
Certo dia dessas distrações de criança,
Pus-me a brincar num balanço improvisado.
De maneira meio solta e leve com a vida, como
A quem não deve nada e não sabe de nada.
Comecei numa pressa de viver o momento
Que só e' peculiar 'as crianças.
Na primeira balançada foi um vai e vem
Esplêndido, e na segunda vez foi uma atirada
Um pouco mais ousada,

⁠Escrever como hobby – pensar como oficio.

Fim de verão
( haicai )

Mato cansanção
Aloe vera - um adeus.
Alô outonal!

Paixão ( haicai)

⁠Bate o coração!
'A primeira vista gela_
Amor sentinela.

AMOR ( haicai)

⁠Pra falar de amor
A vergonha desvanece_
Canto pras estrelas.

PERNILONGOS ( haicai)

⁠Na luz ofuscada
Pernilongos dançarinos.
Finda a leitura...

VAGALUME ( haicai)

⁠Veio com o vento
Assentou-se no tapume.
Diz ser vagalume.

⁠HAIKAI

O haicai fez moda:
Agasalhe seu coração_
Desnude sua alma.

⁠Inseto ( haicai)

Inseto noturno,
fala-me qual o seu nome.
Bate asas e some.

⁠Caça ( haicai)

Um coelho cai
ferido pela coral.
Sol escaldante.

⁠ ⁠Folha ( haicai)

Vi pela janela
Gotículas de orvalho.
Uma folha se move.

⁠Passarinho ( haicai)

Um Dia chuvoso
Um pardal levantou voo.
Uma pena cai.

⁠Picolé ( haicai)


Lambe o picolé
Menino veja lá o sol.
Lindo entardecer!

⁠Borboleta (haicai)


Borboleta azul,
Voando não é mais casulo.
Final de inverno.

⁠O Barco (haicai)

Vai dar tudo certo,
Deus está na ventania.
O barco andará.

⁠HAICAI

Não vivi o amor
Da calma primaveril.
Talvez no verão.

⁠"Em tudo sê nada, e em nada sê tudo."

AUTóPSIA


Loucos! O que procuram neste poema?
_Óbito bem definido - pode registrar.
No tempo jaz o bisturi de tal dilema,
Vossos corações podem aquietar.

O tal já vinha há tempos dissecado.
Ele chegou e repousou na maca jacente
Óbito bem definido foi o que eu disse.
A família dizia: _há tempos doente!

Salvem o poema! Alardeou alguém.
Mas já era tarde o mesmo jazia.
Sequer uma evocação promulguem!

Nunca se viu fato descomedido assim
O poema vive e levantando bradou:
Quem a esperança perdeu ou já amou?!