Textos sobre Tempo
É hora dos anjos dormirem,
não se preocupem com as rugas
que eficaz o tempo risca,
não se preocupem com as tribos,
com as queimadas, os seres da floresta;
a Amazônia renasce silenciosa e tranquila,
e os vultos sinistros que chacoalham a terra
e envenenam as águas, queimam e desmatam...
os demônios ganharão seus infernos
as forças divinas comandam a natureza
e os olhos de Deus orbitam no firmamento
é hora dos anjos dormirem
ninguém se oculta sob a luz da aurora
A VELHA POESIA
Modificou o tempo meu, está distante
Mas a velha poesia teima na saudade
Guardou cada rima dante e o instante
Daquele tempo, de poética felicidade
E agora, a velha poesia, claudicante
Passada... poetisa tudo sem vaidade
O sentimento, nos versos, arquejante
De tanto que penou e tanta soledade
Acho a velha poesia, então, tão igual
Mesmo envelhecida todos estes anos
Não perde aquele suspiro n’alma, real
De sensação cheia, cheia de fantasia
Ela peleja, ela nubla, tem desenganos
Mas, glorifica o amor, a velha poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 fevereiro, 2023, 18’46” – Araguari, MG
PEDAÇO DE CARINHO
O tempo de tudo se encarrega.
No tempo e momentos certos ele
coloca ao nosso lado um pedaço
de carinho que temos guardado
em nosso coração.
Assim ele fez comigo, sem que
por conta eu desse, colocou
junto a mim a suavidade dos teus
cabelos em meu rosto, o teu beijo
dado, o sentir de tuas mãos.
Foram momentos, que sem eu esperar
tive.
Gostoso momento.
O coração mais forte bateu, os
pensamentos multiplicaram-se.
E o amor, cresceu muito mais, se
espalhando pelo firmamento
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. Cabo Frio. R.J
Membro honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
"Seguir em frente"
O tempo passa como um rio sem fim
E com ele vão as lembranças que machucam
Mas o amor é mais forte que a dor
E mesmo longe, não se deixa esquecer.
Saudade aperta, dói no peito
Mas a vida segue, não tem jeito
É preciso enfrentar a tempestade
E encontrar a cura para a saudade.
O tempo não apaga, apenas ameniza
As cicatrizes que o amor deixou
Mas a ferida fecha, a dor alivia
E o coração segue em frente, renovado.
O amor é um presente que o tempo nos dá
E mesmo que doa, vale a pena amar
A saudade é a prova de que fomos felizes
E a cura é a certeza de que podemos seguir em frente.
Em algum momento até a poeira precisa partir.
Ao nosso tempo, sempre ao nosso tempo, precisamos escolher em desfazer do passado material que vai deixar o apego mental, também, mais fácil de ser transmutado.
O sonho, o novo que tanto desejamos precisa de espaço, e nos cabe escolher abrir esse cantinho da vida para a chegada plena dessa conquista.
Não tenho vontade,
olhos e tempo
para ficar buscando
OVNIs, balões
e cultivar emoções
que nada elevam;
Ando mesmo é
fugindo de inundações
e domando o ego
diante do calendário
em nome do que é certo.
Pierrôs e Colombinas
sobreviventes destes
tempos estranhos
buscando motivos
nos signos do Zodíaco
para comemorar
o Carnaval em Veneza
para dar a si mesmos
uma aparente trégua
num mundo que
a paz não mais venera.
E eu apenas sonhando
viver do nosso amor,
ganhar o seu beijo
com sabor de frutas frescas,
e quando chegar o destino,
sem pressa contar estrelas
no céu de Kabul contigo
e sem querer outra coisa
a não ser recíproco carinho
celebrando o quê é infinito.
A ampulheta
A ampulheta do tempo
Com seus grãos de areia.
Cada segundo; minuto; hora; ano
Pode ser perdido ou ganhado a cada grão.
Rodam sem parar.
A cada último grão o tempo passa.
Tudo que vi agora é passado.
Não posso voltar atrás, se eu à pudesse parar ficaria presa; paralisada.
Não há nada que posso fazer.
O tempo tem que passar.
Os grãos tem que cair.
E quando chegar o último grão
Estarei esperando...
Para que tudo se reinicie.
Para que tudo comece de novo.
Para que o ciclo continue.
Porque assim é a vida.
O tempo tem que passar.
E temos que vivê-lo...
Até o dia do nosso último grão...
Cair...
“O tempo cura tudo? Não!
O tempo somente cura o que já estiver decidido. No fundo, uma verdade bastante simples. Os fins só são superados depois de se tornarem fins. Machucados apenas cicatrizam quando decidimos nunca mais tocar os descasos que tanto nos feriram.
De nada vale esperar o tempo passar se insistimos em voltar para onde não deveríamos. Se continuamos revivendo as mágoas daqueles que não merecem mais um único instante das nossas vidas. Uma simples verdade, ainda assim tão difícil de ser vivida. Por quê? Talvez por medo. Talvez pelo receio da solidão e de perder algo que nunca nos pertenceu. De certa forma, nós sempre estaremos sozinhos. A solidão é inevitável.
O sofrimento não. Uma hora podemos simplesmente deixá-lo para trás. Podemos decidir seguir. Uma generosidade não apenas com nós mesmos, mas também com o tempo. Afinal, além de escasso, ele só cura o que já estiver decidido. Então, por favor, evite os desperdícios."
O TEMPO
O que é o tempo, senão uma onda de instantes
Maleáveis como as tardes frias de inverno,
Desprendidas de todas as leis e regras,
Puramente livres e, por consequência, poéticas.
Instantes que se enchem como um balde,
Que debaixo da goteira, ligeiramente e devagar,
Transborda por sua borda e molha o chão da sala,
Fazendo lembrar a importância de se consertar
O telhado antes que surja a tempestade das adversidades.
Ora, porém, o tempo não se mede em números,
Ora, porém, o tempo causa nó no próprio tempo,
Fazendo enganar-se aquele que o percebe assim,
Em um trajeto contínuo entre passado, presente e futuro.
Para além de mero algoritmo e rotina,
Superando os segundos, minutos e horas,
O tempo é, sobretudo, um sujeito romântico,
Sendo, portanto, para nossa sorte, uma incógnita,
Uma onda de instantes e infinitas possibilidades.
Me atrevo a imaginá-lo como um sujeito simples,
De passos calmos, sorriso largo e descalço,
Que, gentilmente, todos dias bate à sua porta, e convida:
Vamos ver o sol nascer hoje?
Trecho: O Tempo, parte I.
O TEMPO
Fugindo do tempo ou indo em sua direção,
O caminho se faz a beira do mar,
Numa manhã de domingo, sol e verão,
Ou em uma tarde fria de inverno,
Com os pelos do corpo arrepiados
Pelo toque das brisas marítimas.
Por natureza, um caminho que se faz em companhia,
Na companhia de si, da felicidade que aflora na liberdade,
Nutrida na vital sensatez de causa e efeito.
E com sorte, sem pressa, a companhia de um par,
Um afago para o peito de uma dança a dois,
Uma atração irresistível entre corpos,
Um chamego (e)terno entre almas.
Ah, o Tempo...
Que não espera, não pausa e não volta,
Apenas se permite existir enquanto houver porquê.
Trecho: O Tempo, parte II.
Eu juro que dessa vez eu tentei
Dediquei meu tempo
Minha paciência
Mas onde foi que eu errei
Não aguento mais sentir esse cansaço
N aguento mais sempre ter o msm trabalho
Conhecer pessoas novas
Me apaixonar
E no final ser feito de otário
Felizes sejam aqueles que encontram suas metades da laranja
E para aqueles que tem a esperança de viver o amor sem fim
Boa sorte para vocês
Pois talvez o amor não seja pra mim.
A vida me ensinou...
A vida me ensinou que aprendemos o tempo todo. E com isso...
Aprendi que na vida recebemos o que oferecemos.
Aprendi que se a gente perde é porque não valorizamos.
Aprendi que tudo que importa tem que ser conquistado e não ganhado.
Aprendi que se você não cuida, com o tempo se desfaz.
Aprendi que tudo que vai, volta, mas nunca da mesma forma foi.
Aprendi que amor é companheirismo, que paixão é prazer.
Aprendi que prazer se modifica com o tempo, que só cabe a nós apreciar cada etapa do prazer.
Aprendi que sem fé não chegamos a lugar nenhum.
Aprendi que tudo se renova, que só cabe a nós se adaptar a cada mudança.
Aprendi que a vida é uma constante evolução. Mas se você não sair da inércia a sua evolução pode ser num tempo menos veloz.
Aprendi que somos como as borboletas, precisamos passar pela metamorfose para criar assas e voar.
Enfim...
Aprendi, aprender, vivendo para viver.
Te encontrei
Te encontrei quando não quis
o tempo passou tudo mudou
Mudou as formas
Mudou os cachos e o compasso
Tudo mudou a não ser a vontade de tê-la pra mim
O tempo passou e me fez merecer
Na net eu a vi, persegui, insisti para ela me olhar
Luta constante o bastante para não me fazer desistir
Do alto como uma pomba grandes asas
veio de longe bem longe pra me ver
de um horizonte distante
Na fila da espera eu te encontrei
ninguém me disse quem era
mas eu estava ali olhando pra ela
com mesmo sorriso ela olhava pra mim
Tão diferente do amor que não juramos ter
Mas que a gente sabe
que sempre existiu.
Te encontrei.
As reticências ainda dormem
nas ruínas das destruições
do tempo estupido e visceral
Antenas anônimas captam
ruídos ruidosos da rua e as
câmaras indolentes
filmam a metrópole aflita
Respingos de caos e sombras
no muro baleado – imóvel -
grafitado de aflições efêmeras
ante os trilhos do destino
Só os egos não veem os fósseis
- Não só Judas, nem só Gení –
Empáfia máfia repugnante:
quem manda pode?
O sol já está lá fora
nem sei quanto tempo
Dias e horas esperando a porta se abrir
Então a luz sufoca a solidão
Os olhos se abrem novamente
e lentamente vou me encontrando por aí
Não tenho hora pra voltar
mas, se ficar com saudades,
sabe bem onde me encontrar
Talvez em um filme,
em um livro,
numa canção, quem sabe
Talvez no versos dessa melodia,
ou em uma poesia qualquer.
Socialmente, a alma é forçada a sorrir o tempo todo, vivemos uma falsa sensação de que tudo esta bem. No fundo todos sofremos com as mesmas angústias, discuti-las deveria ser o assunto de todas as conversas, o fato de desviarmos dessa necessidade cria problemas aos quais tentamos remediar com recursos financeiros. O único remédio da alma é gratuito, vem através da reflexão sobre si mesmo e do mundo que nos cerca.
Do que vivi na casa antiga
restou distância
e o tempo escondido
em momentos infantis
Daqueles amigos
dormem no peito
saudades e peraltices
Outros sonhos,
embarques sem fronteiras
tomados de esperanças
e desejos a realizar
A vida é um caminho
Alguns decolam fácil,
criando futuros novos,
oportunidades a mais
Foi ontem que nos despedimos
Em cada rosto vi saudade,
angústias de afastamentos,
certezas de esquecimentos
Cada um levou uma alma minha
A vida vai me dando outras
Mas as almas daquela época
foram-se todas (as que eu tinha).
Vestimos máscaras!
Máscara ao meu perceber são fugas e ao mesmo tempo o rebusque pra perceber quem somos nós.
O nó do tempo, da vida a nos confundir a retardar o grande e inevitável encontro, conosco.
Esse perceber de todas as máscaras, a dissolução das faces de nós mesmos.
Por sermos todos multfacetados.
Nas águas do mar me banhei ,pra renovar e vibrar .
O novo tempo chegou, com a bençãos da rainha do mar, com a força do astro rei, com a sutileza da areia, e toque do ar com cheiro de maresia.
Recarreguei-me deixando as bençãos chegar .
A natureza tão sábia com seus encantos e mistérios eu entrego e confio em dias ainda mais belos .
.
A MORTE
Quanto tempo leva-se para entender, de fato, que um dia iremos morrer? E quanto tempo requer para agimos como mortais? Talvez hoje, amanhã, talvez semana que vem, ou até alguns anos, mas quem se preste do papel impresso e que não me entregue o atestado de óbito!? Achamo-nos uma raça tão evoluída, mas vivemos acreditando no impossível controle da morte; alguns até anseiam pela sua vinda — quiçá por esquecer que um dia ela virá de qualquer forma — e que mesmo fugindo dela, no momento da fuga há também de lhe encontrar. É que a incerteza do que virá, pode até mesmo o olho cegar, vivendo como se a morte, não viesse a nos buscar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- 53 frases de reflexão sobre o tempo e a vida
- 57 frases sobre o tempo e a vida para pensar no propósito de tudo
- Frases curtas sobre o tempo para te motivar a não desperdiçá-lo
- Textos sobre a Passagem do Tempo
- 37 poemas sobre o tempo para pensar na passagem dos dias
- 63 frases sobre o tempo para aproveitar cada momento
- Frases sobre processo para compreender o tempo certo das coisas