Coleção pessoal de Madasivi

1 - 20 do total de 340 pensamentos na coleção de Madasivi

⁠Obviamente que tenho meu preço,
Mas não é tão baixo,
Tua mansão, teus cavalos, e tua jactância,
Basta de tantos dislates bestas,

⁠Minha língua está lavada com vinho,
Mas não é o teu,
Minha boca sente vontade de comer,
Mas não do teu prato,

⁠Não ouse oferecer uma moeda,
Pela minha consciência,
Não estou com uma placa no pescoço à venda,
Nada de mim,

⁠Não estou leiloando minha voz,
Tampouco o que penso,
A tinta da minha mão é inapagável e impagável,
Cor invisível da liberdade,

⁠És um finório,
Querendo me enganar,
Me faço de enganado para você enganador pensar que está enganando-me,
Arrogante, Velhaco,

Querendo me enganar,
Me faço de enganado para você enganador pensar que está enganando-me,

⁠⁠A leveza do tempo escorrendo numa barragem pesadíssima chamada vida,
É aí que nós acordamos fragilmente,
E reconhecemos nossa insensatez,
Refletida na solidez de uma ilusão cristalina,

⁠Absolutamente,
O dinheiro,
Tudo abocanha,
(Externamente),

⁠Sonho-me,
A vida indomesticável pode e deve tudo,
Menos ser uma facínora de sonhos,
Sonho-te,

Estou te escrevendo,
Está mensagem,
Escrita pelo próprio punho direito,
Para avisar que morri,

⁠⁠Eu acabei de trocar uma ideia com o Pedrão,

Santo piedoso da crise hídrica,

Falei pra ele espirrar só lá para as bandas das secas represas.

Mesmo rezingando,

Um tanto ressabiado,

Ele até que concordou,

Mas sabe como o velho é teimoso e esquecido né?

São Pedro é f...

Nem jogando pedra para o alto adianta agora,

Ele se esconde entre as jovens nuvens carregadas de impaciência com ele,

⁠Um fulcral gesto de educação não faz sangrar,
E muito menos mancar,
Como a flechada de Tamerlão,
Sutileza ainda é a melhor e inegociável etiqueta,
Para espantar o demônio que não dorme,
Como gárgulas,
E um delicioso bocado para todos os momentos,
Ainda,

⁠— Uma casta de uva preferida?
— A pisada, entaçada, brindada e engolida

⁠Agora não sei mais,
Quem é humano,
Quem é andróide,

⁠⁠Eu café,
Meu sangue é preto,
Meu espírito é cálido,
Minha alma cafeína é tudo,

⁠Vivo como uma personagem de um conto machadiano,

⁠⁠Pau que canta,
Árvore de outono,
Folha de asa,
Galho carregado,
Frutos verdes,
Maitacas maduras,
Pé de aves,

⁠Tofana possui admirável perdão,
De suas mãos,
Chegava a salvação,
Saciou com água tofana muita sede,
Inebriou toda gente,
Seus eflúvios de incomparável liberdade,
Distante das torturas medievais,
Que revelaram como somos infernais,
Inimagináveis horrores brutais,
Igualmente letal, mas Tofana de forma precisa,
Tinha a fórmula calculada,
Do misterioso, silencioso e jeito sem dor da ida

⁠Uma pandemia inimaginável,
Horror pandêmico,
Que contamina o pânico,
Deste isolado mundo assustado,
Que está acometido por um tempo ínvio,
Que adoece, mata, castiga, escabuja,
Coronavírus maldito, sorumbático, nefando,
Arranca pedaço para além-mundo,

Mas tudo pode ficar tão fácil,
Com um pouco de mel e colo,