Textos de Saudade

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⁠Há dias em que minha memória sente saudades daquele trem que, ao atravessar a ponte suspensa, me leva de volta a um tempo distante. Um tempo em que o cheiro do verde e da areia quente, misturado aos trilhos velhos e enferrujados, trazia um aroma doce e juvenil. Esse aroma penetra em mim, trazendo a nítida sensação de um “eu” puro e transparente, onde o medo não existia, nem permitia existir.

Inserida por yonnemoreno

⁠Sinto saudade daquele tempo em que o ar era puro, a brisa era leve e transparente, o cheiro doce do verde preenchia o ambiente, e as noites quentes eram perfumadas pela dama-da-noite. Agora, tudo o que vejo é um dia tingido de cinza, coberto de poeira. Não sinto mais a brisa, apenas um odor estranho no ar. Me pergunto: será que o mundo se transformou em um grande latão de lixo? Temo que o pior ainda está por vir.

Inserida por yonnemoreno

O Rio de Janeiro como cidade maravilhosa só existe nas letras das velhas cancões, nas saudades da memoria e nos velhos registros históricos do passado. Hoje ainda é uma das capitais brasileiras mais bonitas pela sua exuberante beleza natural mas triste, fantasma, insegura, suja, entre ruínas e abandonos tais como qualquer outra cidade devastada pelos escândalos financeiros políticos e a pobreza de sua infeliz população.

Inserida por ricardovbarradas

Cheguei por aqui só e vou voltar pra lá só. Algumas saudades de algumas pessoas e alguns lugares serenos e refrescantes mas levarei também muitas tristezas de muita gente que não entendeu por amor como é e deve ser a verdadeira vida passageira e insólita, por este mundo tão raso, tênue e nada profundo.

Inserida por ricardovbarradas

A saudade, a solidão, a indecisão e a tristeza não são doenças e nem comportamentos sócio-psicológicos doentios. A população urbana das grandes cidades do mundo inteiro devem sim resgatarem a observação e o aprendizado saudável da vida selvagem animal e dos ciclos naturais das águas e das matas.Com sorte reaprenderão a serem humanos e relativos.

Inserida por ricardovbarradas

Como seria bom se eu permanece se hoje como ainda eu era ontem.Já sinto uma forte saudade de como eu era e do pouco menos que sabia e entendia. Muitas das vezes passar a saber à verdade torna nossa convivência e nosso comprometimento mais difícil. Como entendo hoje o significado exato e doce do amor, dos sonhos e do silêncio dos inocentes. O relógio não caminha no sentido anti-horário logo já será amanhã.

Inserida por ricardovbarradas

⁠Tua ausência é como um membro arrancado ferozmente, cada átomo meu até o último vibram violentamente por ti. Você é caos e calmaria, você é oceano e tempestade, és a dúbia beleza da vida de ser e não ser. Quero meus demônios dançando com os teus, quero meus medos conversando com os teus. Nossos olhos transam e traçam desejos e sonhos nossos e final de tudo, só existirá apenas um corpo só, de nós dois juntos.

Inserida por fabricio_ferreira

⁠Pessoas vem e vão. O importante é assegurar que: as que vão deixam um gostinho de saudade ou o amargo sabor de “que bom que se foram”. As que ficam, ficam porque a vida nos presenteou e com certeza deixam aquele ar de “que bom que estão aqui”. Pessoas machucam ou curam, amam ou odeiam, depende da situação e da nossa aceitação.

Inserida por Rita1602

Só de pensar que o m lhor momento da minha vida foi no banco de trás de um uno. O vidro estava todo embaçado, era frio, nossos corpos se tocavam delicadamente, com toques firmes de respeito e entrega. Transamos por horas já nem sabíamos quanto tempo havia passado ou onde estávamos era gostoso era maravilhoso era perfeito te amo pra sempre minha garota.

S....

Inserida por Felipepp_psi

⁠#GERAÇÃO #SEM #MÚSICA, #GERAÇÃO #PERDIDA

As músicas acabaram...
O tempo se foi...
Como me causa pesar...
Como isso me dói...

Os dias já são tão chatos...
Tudo tão maçante...
Somente sendo saudosista...
Para me levar adiante...

Tive Bee Gees...
John Lennon...
Fred Mercury...
Michael Jackson...
Tina Turner...
Madona...
Carpenters...
Abba...
Que saudade...

Tantos outros...
Mas não esquecidos...
Ainda amo a todos...
E carrego comigo...

E os bailinhos?
De passos coreografados...
Dançar juntinho...
Ou como um pião desordenado...

Quem se lembra do primeiro amor?
Duvido alguém ter esquecido...
Dizem que o primeiro e o último...
São os mais fortes...
Os mais sentidos...

No meu primeiro porre...
Engoli tudo em um só gole...
O mundo girou...
E vomitando...
O chão me amou...

A ressaca...
Nossa um horror...
Pior era lembrar...
Do que tinha feito...
Na noite anterior...

Me lembro ainda...
Da fumaça do baseado...
De quem fumou ao meu lado...
Só o cheiro já me deixou dopado...
Desmaiei em minha cama...
E só me recordo...
De minha mãe arrancando meus sapatos...

Não era por ser jovem...
Que foi a era dourada...
Tudo era mais inocente...
Não tinha tanta maldade entre a gente...

Hoje o que vejo...
Fico abismado...
Já tantas vidas perdidas...
Sem mesmo ter começado...

Não ouço mais as músicas...
Que me faziam viajar...
Me embalavam...
Faziam-me sonhar...

Geração sem música...
Geração perdida...
Quais lembranças levarão...
Por toda sua vida?

Aonde isso se perdeu?
Serei eu o culpado?
Aonde tive o azar...
De ser tão descuidado?

Às vezes bailo aqui sozinho...
Junto às minhas flores e passarinhos...
Segurando nas mãos do vento...
Abandonando-me a esse sentimento...

Sei que nada mais retornará...
Passou...
E aqui estou...
Mas também sei....
Que continuo a sonhar...

Sonhar com o que de bom vivi...
Com quanto fui tão feliz...
Como o tempo passa rápido...
E dele fui aprendiz...



Sandro Paschoal Nogueira

http://conservatoriapoeta.blogspot.com

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⁠Nunca te esqueci.

Minha pequena, como pode isso..... não sei quem poderia explicar se existir alguma.

O resumo de tudo seria algo assim.....

A muitos anos nos conhecemos, em uma fase de nossas vidas que éramos jovens.

Como vc ao meu lado descobri o significado do que era o AMOR verdadeiro.

Com os dessabores da vida, de repente estávamos separados. Eu errei, você errou , mas como poderíamos acertar, como nossa juventude e inexperiência para enxergar e saber enfrentar os desafios da vida.

Você tocou a sua vida (e eu sempre ficava sabendo por outros).

Eu fiquei descompensado, sem chão, louco, pedi demissão e só chorava, ...enfim, minha vida desmoronou...e muito.

Dê repente, “morri” mas voltei, pois não poderia partir sem falar para vc o quanto eu a amo. ......nunca te esqueci.

Passei por coisas pesadas, dolorosas, quase ao ponto de desistir, pois me passou na cabeça varias vezes ... estava cansado......nunca te esqueci.

Anos se passaram, meu coração cada vez mais seco, peludo, sombrio e amargo......nunca te esqueci.

Até que, como magica, como um sonho impossível, vc veio me ver!!!

Mais ou menos 20 anos depois, vc apareceu em seu novo “cavalo branco” e eu sem acreditar que isso estava acontecendo, fui chegando perto, e só consegui dizer apenas um “ooiiii” e te abracei.

Não sei se te apertei muito forte, pois só sei que não queria te largar mais. Eu grandão e vc pequenina, só sentia nas minhas pernas tremer, e meu coração bater na garganta. ......nunca te esqueci.

Como pode, vc exerce uma força em mim que me entorta todo. ......nunca te esqueci.

E quando consegui roubar uma bitoca, e senti a sua boca, entrei em êxtase. ......nunca te esqueci.

E quando conversávamos, não conseguia conter as lagrimas......nunca te esqueci.

Quando vc acariciou meu peito, tirou toda a dor ali contida, pois como uma represa, ela sempre acumulou, mas eu senti uma paz .... uma coisa nova, mas ao mesmo tempo esquecida, porque? ...Porque!... ......nunca te esqueci.

Quando passou seus dedinhos em minha cabeça, não sei o que aconteceu, mas a escuridão de minha mente, ficou iluminada... ficou tudo branco, literalmente branco .... não sei explicar, mas porquê ......nunca te esqueci.

Quando nós nos tocamos, com carinho e amor, senti como se houvera soltado no tempo, pois seu gosto ainda é doce em minha boca, seu cheiro ainda é inebriante para mim, sua pele, ainda é como um veludo, com uma maciez inimaginável. Meu deus ......nunca te esqueci.

Ficamos 6 horas encostadinhos, nos amando, e eu não queria que o tempo passasse. Queria congelar aquele momento para sempre.

Pequena, pode ser que tudo isso tenha assustado vc como me assustou, as eu sempre imaginei, idealizei, sonhei com isso , porque ......nunca te esqueci.

Não me canso de falar, que vc é linda, a linda mais linda. Seu cheiro me entorpece, sinto cheiro de algodão doce, assim como o seu sabor,... o sabor que preenche a minha boca. O seu beijo doce e macio.

Quando você estava deitada e eu fazendo carinho, em sua pela, e olhava “ meu caramelinho” não existia pessoa mais feliz no mundo.

Poderia falar horas sobre isso. Pois é bom sentir tudo novamente, me sentir vivo.

Você é a dona do meu ser, dona da minha alma, dona do meu coração (e sem devolução).

Você é minha doce Jujubinha, minha Tranquerinha, minha Pentelhinha minha Droguinha que não vivo sem, minha Dona, minha Princesa, minha “Dama” !

Você é tudo que eu quero, tudo que sempre quis, tudo que idealizei, não sei viver sem ter você.

Mas quero que saiba que sempre te amei, te amo e sempre vou te amar. . Te amei ontem, te amo hoje e sempre te amarei!!!!

E lembre-se....................NUNCA TE ESQUECI

Inserida por RodrigoTadeuSS

Existem sentimentos que ficam irraizaidos dentro de nos...Que trazem lembrancas profundas....saudades... Bons momentos que ficaram marcados em nossas vidas... Alegrias vividas... palavras ditas... de amor... de carinho...Um olhar terno...Um sorriso de satisfacao...de prazer...Existem sentimentos que nao se explicam... Vivemos... sentimos... e que nos fazem imensamente bem... soam como melodia nos nossos coracoes...simone vercosa

Não é saudade, porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde. Nunca nos falamos, praticamente, nunca nos olhamos. Ficou só aquela vibração de silêncio, muito forte.

Inserida por julianap

Eu sabia, dês da primeira vez que você pôs os olhos em mim, o quanto você me odiava. Odiava minha voz, meio jeito de sorrir, minhas piadas sem graça, odiava o modo como eu pensava, como eu gritava, e insistia que sabia cantar. E talvez se na quela época eu parasse para pensar um pouquinho mais, teria chegado a conclusão de que você me odiava até quando eu respirava. A gente não se dava bem, não se completava, nem ao menos se suportava. E bem eu até poderia dizer que também te odiava. Suas palavras sempre coincidiam com suas ações, suas verdades sempre eram verdades, e o resto bem, que se tornasse mentira. Você não se importava, nem ao menos um pouco ligava. Porque eu não conseguia ser assim? Porque eu não conseguia jogar no mesmo jogo que você? Porque eu ligava e me importava? Você me dizia, tanto fazia. Dizia que o mundo não estava nem aí para ninguém e que eu provavelmente eu iria acabar sozinha. E que você provavelmente também. Dizia que pessoas como nós nasciam para viver sozinhas, e terminarem sozinhas. Fazia horrores com minha mente, trazia e criava lembranças das quais eu queria esquecer, você tornava o mundo mais difícil para mim. Você odiava meu cabelo. Não suportava vê-lo solto, dizia que o irritava. Não gostava quando eu começava a falar e sempre mandava eu calar a minha boca. E eu pensava, uau, que submissa eu. Me calando por um homem qualquer. Eu estava enlouquecida. Você estava me enlouquecendo, e me perguntava até aonde essa loucura iria. Até onde você chegaria com essa história mal terminada, até onde você me controlaria, até onde você iria me fazer agir sempre pensando em você, até quando você me deixaria, ou me agarraria para sempre. Você criticava meu modo de viver, e me dizia que eu iria morrer sem nada ter feito, enquanto na verdade eu pensava constantemente em que você iria morrer sem nada fazer. Eu criticava o seu jeito, seus defeitos, minha mente estava sempre posta para apertar o gatilho em sua direção. Meus medos de todos o maior era terminar sozinha. De envelhecer, e no fim de tudo, nada viver. Eu corria sempre para o inevitável, e queria mudar ser a mudança, e como sempre você me criticava dizendo que eu sonhava demais. Você afirmava que sim, eu não era ninguém. Mas bem, dias depois você me disse que eu estava te deixando louco, e que não aguentava mais dividir o mesmo comodo que eu por muito tempo. Você me odiava, me desprezava. Engraçado, achei que você tivesse dito que eu era um ninguém, gritei uma vez para ele. E bom, ele gritou de volta: “Você sabe e sempre soube que você não é nada, uma ninguém, mas isso só quando não está comigo.” E eu pensei, meu deus como eu odeio esse tipo de cara. A gente não se completava, não se controlava, nem se suportava. A gente não servia para nada, muito menos para ficar juntos. Mas bem, tínhamos algo em comum, nós dois odiávamos seguir regras.

Eu ficava confusa, me sentia uma intrusa, eu só queria desaparecer. Não entendia o porque de uma pessoa me fazer tão mal, pudesse me fazer tão bem, com ele eu sentia frio, eu me sentia quente. Eu tentava dar um sorriso, até ele estragar tudo, mas porque diabos horas depois lá estava ele tentando me fazer sorrir? A minha vida nunca esteve tão confusa, tão difusa. De um lado eu rezava para que ele ficasse longe, afinal, eu tinha amor próprio! Mas porque será então que toda vez que eu colocava um pé para fora do apartamento, lá estava eu imaginado mil lugares onde poderia encontra-lo? Eu disse que ia desistir, mas eu também nunca fui muito de tentar, sempre gostei de deixar tudo como está. Sou comodista, uma grande artista da preguiça, falo mais que faço, e faço menos do que preciso. Eu que sempre fui considerada a grande contradição, a pura confusão, e me deparei logo com um campeão dessa colocação. Já cogitei a possibilidade de uma continuação, afinal o dia e a noite fazem parte do mesmo mundo, porque eu e ele não? Eu já tentei de tudo para me desfazer, mas de tudo eu consegui menos de você… Eu me perguntava qual era seu problema, você dizia que era eu, e eu não entendia, tudo que eu fiz foi fingir que existia. E ta aí o problema, eu sou um dilema, uma inconstante, enquanto você sempre tão certo e tão distante. Criticava até a caneta que eu escolhia, dos filmes, livros e tudo que eu dizia. Roubava minhas coisas, roubou até a mim mesma. Eu já disse, não toque em mim! Eu já disse se afaste! Faz parte. Tudo faz parte. Lamento pelo seu estado, lamento pela sua loucura. Lamento por sua personalidade invasiva, e por seu critério existente, lamento por mim, que fui me sentir confusa logo por um cara que tinha uma personalidade tão difusa. E não fique achando que eu lamento de tudo por você, afinal eu te dei tudo, e você, não me deu nem um terço do que eu merecia ter.

Para que ser normal se podemos ser loucos? A loucura engana, ilude e muitas vezes destrói, mas traz felicidade. Um homem muito sábio uma vez disse que o amor nos leva à loucura. Tive que discordar, afinal apenas os mais loucos são capazes de amar. Então, por favor, diga-me que vivemos em um mundo de loucos, onde a lucidez é indagável e a normalidade inaceitável.

Sinto falta do seu cheiro impregnado em minhas roupas, sinto falta do seu perfume no ar, sinto falta do seu olhar, do seu modo de falar, das coisas que você me falava. Eu sinto falta de você. Mas muito mais do que isso. Eu sinto falta de nós. Da gente. Do plural. De quando saiamos e não tínhamos nenhum objetivo a não ser ficar juntos. De quando só a nossa presença importava, de quando um sorriso bastava, de quando eu não tinha ideia do futuro e só o presente importava. Tenho saudades de quando você sussurrava coisas no meu ouvido, de quando você um dia tentou cantar para mim, mesmo não sabendo cantar, só para me fazer feliz. Lembro que você me amava, e nem precisava dizer isso, eu lembro, eu via nos seus olhos. Lembro de quando a gente foi se afastando. De quando você foi me deixando me largando, me deixando cair no chão. Foi como se fosse ontem, você não correspondia mas meus olhares, um sorriso começou a não ser o suficiente. Eu não sei se você enjôo do meu jeito idiota, de minhas piadas sem graça, de minha risada sem motivo, dos meus choros por besteira, da minha falta de sensibilidade com coisas serias, da minha falta de cuidado com tudo. Talvez você tenha enjoado, talvez você nunca tive-se menos gostado. É talvez. Mas não muda o fato de que eu não enjoei, eu não deixo de pensar em você, de reparar em você, não deixo de sofrer, de te olhar de longe e sorrir, não deixo de pensar em mil motivos para fazer você me querer de volta. Não deixo de imaginar como seria ter você de novo comigo. É talvez seja assim, difícil mesmo perder alguém e saber que nunca vai poder ter de novo. E é nessa hora que você começa a ter um relacionamento com as memórias, aquelas reais e as que você mesmo cria para não piorar as coisas

O engraçado é que durante toda a minha vida, eu nunca fui de ninguém, e ninguém nunca foi meu. Quanta falta de adjetivos possessivos! Eu era tão singular… As vezes eu queria ter a chance de ser um pouquinho no plural. Eu era tão sem graça, que chegava até a ser engraçada. Eu tinha uns pedaços soltos por aí, e você devagarzinho venho juntando tudo… Chegando perto, se aproximando, me deixando sem fala, sem graça, me deixando ser sua. E eu adorava a ideia de ser pelo menos um pouco sua. Mal sabia você, que esse quebra cabeça que era eu, não possuía peça alguma que se encaixava. Não com você por perto, assim, de forma que eu possa ouvir sua respiração. Não com você com os olhos grudados no meu gritando que eu sou sua. Não com você se aproximando dessa forma perigosa. E quer saber? Eu nunca me senti tão bem vivendo em pedaços.

Outrora doce, outrora amarga. Outrora sua, outrora nada. Outrora quente, outrora fria. Outrora noite, outrora dia. Outrora, outra hora, outra alma, outro alguém. Outro dia, outro não. Outro amor, quem sabe, outro coração? Outrora amada, outra hora desarmada. Outrora desejada, outra hora despejada. Outrora loucura, outrora amargura, outra hora viver, outra hora existir. Outrora querida, outra hora esquecida… Outrora já fora alguém, hoje apenas um ninguém, outrora já sorriu com alma, Hoje apenas com os lábios. Outrora corria perigo. Mas quem sabe se salve outra hora?

Cheguei a uma grande conclusão, que já transparecia em minha frente: tudo é sobre você. Se eu olho para os lados enquanto caminho, é te procurando. Se fecho os olhos ao ouvir uma música que me toca a alma, é em você que penso. Por mais que sua imagem esteja tão apagada em minha mente... eu te vejo com todos os detalhes que consigo lembrar. Por mais distante que aquele momento esteja, eu me lembro exatamente a tonalidade de sua camisa, a textura e a cor de seus cabelos, a sua expressão séria e pensativa, os seus centímetros a mais do que eu, até o seu jeito de andar. E essas coisas eu nunca vou esquecer, por mais que o seu rosto esteja cada vez mais distante de mim.