Coleção pessoal de Cianelopes

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Em um dos momentos mais difíceis da minha vida, no qual tive de deixar para traz uma empresa que fora um sonho, um amigo me disse: você sabe como é a vida do caranguejo ermitão? Ele prosseguiu explicando que este tipo de crustáceo não possui carapaça e se abriga em conchas abandonadas por algum molusco, por isso, ao crescer, precisa por diversas vezes abandonar sua proteção e procurar outro abrigo que se adeque ao seu novo tamanho. E é exatamente assim que a vida é. Nos momentos difíceis, é preciso saber que a casa não serve mais, que é preciso abandona-la. Sair para procurar um novo lar é arriscado, o corpo frágil, desprotegido e suscetível aos predadores dá medo. Normal. Mas é neste momento também que se pode descobrir muitas outras formas de ser melhor que antes... Descobrir a coragem, a força... a Fé! A vida é assim. Para crescer é preciso também, mudar de casa!

Crescer doi. E quando a gente pensa que a dor passou, é hora de crescer de novo! ... Simbora!

Enquanto a chuva caía, eu, dentro do meu capacete, contemplava o show de luzes enfeitando a pista pelos faróis. Senti-me dentro de uma concha ouvindo minha respiração e resolvi cantar... "não temas, segue adiante e não olhes para traz, segura na mão de Deus e vai"... E assim eu fui. Ouvindo meu coração. Cantando uma canção entre mim e Deus.

Hoje eu prefiro: VALSA!
Há vantagens no transporte público. Ler um livro, ouvir histórias interessantes de desconhecidos que por alguns minutos pensam que você é um terapeuta ou um guru capaz de dar respostas prontas aos seus dilemas... e a mais valiosa na minha opinião: observar! Hoje, o que me comoveu foram os passos acelerados. A urgência em chegar! O som aos meus olhos era foxtrot mas a melodia do meu peito era bem outra. Hoje prefiro uma valsa. Minha única urgência é ser mais gentil com o meu próprio passo.

Há quem goste do inverno e há quem goste do verão, outono ou primavera. Eu gosto mesmo é de ver as estações mudarem. A natureza como a vida, se equilibra na mudança... no transitar. E como é bom saber que as coisas mudam. Que depois de um inverno rigoroso novas flores surgem e a raiz fica mais forte. Há beleza na passagem... no ciclo que se fecha e permite que outro surja. É pela benção da efemeridade que podemos ver a beleza em todas as estações que, ora nos permitem sorrir, ora aprender e eu comprei o bilhete da vida pra experimentar as várias "estações".

O SOL DO MEIO DIA NÃO TEM SOMBRA
Entre meu self e minha sombra resido.
Me encontro e me reconheço.
Me perdoo e perdoo o outro.
Entre meu self e minha sombra sigo sabendo, que ainda tenho muito a caminhar e eu só quero o sol do meio dia!

Adoro esta história de voltar ao estado bruto e fazer o novo! Não tenho medo de recomeços!

Pode chover. Não tenho medo de chuva! Voo de qualquer jeito!

Existe um lugar, dentro de cada um, feito de deserto e por certo, todos voltamos, sempre que a vida endurece.
Neste lugar a desilusão faz vigília e a desesperança é a companheira indesejada.
Nele, os sonhos são inalcançáveis e a tristeza é a visita inesperada e constante. Os pensamentos são ervas daninhas que quanto mais deixamos, mais acometem nosso plantio... é cômodo deixar-se acompanhado pela dor. Aos poucos, pode-se acostumar com a presença dela.
Quanto a mim, não me acostumei a estar neste lugar, mas não tenho medo de revisita-lo, mesmo que seja para ter a certeza que não é ali o meu lugar. E sim, eu posso escolher onde quero ficar.

Todo ano nos apresenta motivos para sorrir e chorar. Em minha vida, todos os anos passados serão anos que jamais esquecerei. Muitas dores, muitos desafios, muitas provas pessoais e profissionais...anos difíceis e também felizes.

Mas, eis que o calendário nos brinda com o Natal, que renova as nossas esperanças e nos faz enxergar tudo que passamos com aquele olhar iluminado, crendo no propósito de cada dor que passamos, cada pessoa que encontramos e cada momento em que nossa fé deixou de ser a base, para ser tudo que tínhamos.

Na minha bagagem trago dores, perdas, prejuízos, desilusão, solidão, despedidas, arrependimentos. Mas trago também, amizades, família, aprendizados, reforço de valores e princípios, encontros e reencontros, autoconhecimento e FÉ!

Sou uma otimista incorrigível. E desta forma que irei para Um novo ano, crendo no melhor!

Que venha um novo ano, com o espírito de Natal agindo em nós todos os dias!

Que novinho em folha, venha com a bagagem de sorrisos e lágrimas que suportemos carregar! Nem mais, nem menos, apenas o suficiente para nos fazer melhores que ontem.

Nosso coração é casa onde ninguém entra e sai, sem deixar marcas nas paredes.

Desde que me lembro, estou a buscar o melhor de mim. Tentando ser melhor.
Mas, ando cansada de nunca ser o bastante e ás vezes, o melhor é parar. Há barulho demais fora, quero silêncio dentro.

Amanhã? Eu não sei. O que eu tenho é só o agora.

Claro que é bom a gente se buscar...claro que é bom a gente procurar... claro que é bom a gente se perder e de vez em quando se achar!

Uma folha em branco!
Nada melhor para esvaziar a cabeça que fazer prosa e verso das alegrias ou tristezas...

DIA DOS NAMORADOS - eis a polêmica! Nunca vi tanta manifestação em torno de uma data tão simples. Encontro uns revoltados com a solteirice, outros se alugando, outros sendo alugados, mais alguns se declarando, outros ainda indignados pela data comercial. A meu ver, todos deveriam aproveitar a data para se apaixonar, mesmo que seja por si mesmos. Há tanta vida lá fora esperando por um toque apaixonado...contemple o sol, sua família, seus amigos, seus cachorros e seus grilos! A vida é linda...neste dia dê-se de presente a paixão, embrulhada num papel de seda colorido de alegria. E viva o dia dos namorados! Viva quem é apaixonado pela vida e por isso...sabe viver!

Deixe de lembrar que é preciso esquecer! Essa é a tal borracha do tempo que nunca consigo usar...

Tenho a impressão de que aquele que inventou esta história de que um amor verdadeiro requer que dois se tornem um só corpo e uma só carne está severemente enganado. 1+1 são dois! Cada um com seu cada um... Se cooperando... Se desejando... Se amando! Suspeito que dois quando querem ser um, se confundem... Se perdem... Se deixam pois, não reconhecem onde começam e onde terminam. 1+1 = um, não existe nem na matemática básica... Quanto mais neste complexo cálculo desse tal de amor!

Algumas páginas da vida a gente não vira, arranca!

Dizem que todos que passam por nossas vidas deixam um pouco de si e levam um pouco de nós... eu ando por aí juntando os cacos que deixei com ninguém e que ficaram pelo caminho. E assim, de caco em caco, me reconstruo e quem sabe volto a ser inteira...