Textos sobre Carnaval que capturam a magia dessa festa
se apresente CARNAVAL, traga a folia
venha de alma pintada, purpurina
chegue, ornado de samba e alegria
tire a tristura de sua rotina
que venha mais ousadia
mas, sem pressa
passe tal as marchinhas
que seja bom à beça
nas ruas ou pracinhas
beijos e calor
ritmos e promessa
e os segredos: - de amor
na quarta feira de cinzas, á Deus
o que resta
afinal!
fevereiro! é festa
é carnaval!...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/fevereiro/2020 - Cerrado goiano
"Vamos viver
Vamos viver no Carnaval e em todos os dias de nossas vidas, como protagonistas que somos nesse surpreendente e esplêndido espetáculo que é a vida, com leveza, doçura, com humildade, com solidariedade, com o brilho divino, com um colorido inigualável e com uma pitada intensa de amor."
OUTRO CARNAVAL
Longe do agitado turbilhão da rua
Eu, num oco silêncio e aconchego
Do quarto, relembro, num sossego
Os carnavais com a folia toda nua
Mas a saudade palia de desapego
De desdém, mas numa trama sua
De tal modo que a solidão construa
Lembranças, e assim eu fique cego
Teima, lima, este fantasiado suplício
Dum folião, com o seu efeito de ter
Que no tempo não tenho mais início
Porque a disposição, gêmea do querer
A alegria pura, tão inimiga do artificio
Agora é serenidade e fleuma no viver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A festa já acabou
É carnaval,
E a minha alma pula, inquieta,
Sem paz.
É carnaval,
E as alegrias só restaram nos carros alegóricos,
Nos enfeites brilhantes,
Nos comas alcoólicos.
É carnaval,
E as alegrias só ficaram
Nos instantes, efêmeros,
Intervalos
De dor.
É carnaval,
E a banda passa,
E a vida passa,
Diante dos seus olhos.
Acabou-se o carnaval,
E só restaram os confetes,
No chão.
É carnaval, tempo de alegria
Do sonho e da fantasia
De guardar no fundo do peito
A dor que a gente sente...
Esquecer tudo que tira a paz
Que teima mesmo na canção
Mostrar uma realidade
Que ficará para depois...
Afinal este é o país da alegria
Neste momento a fantasia reina
Trazendo alegrias e descontração.
CARNAVAL
Final de carnaval, rasgam-se as fantasias.
Isso virou tradição,amores de carnaval
também se vão.
Talvez, no outro carnaval voltem a se encontrar
e da mesma forma brincar para depois se despedirem.
Hoje, os amores em sua maioria são iguais aos de folia,
mal começam já acabam como o carnaval, são apenas euforia.
Amor real, brinca o carnaval,vive a páscoa,comemora o natal,
e espera o outro carnaval.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
E agora é carnaval
e agora é só folia,
no meio dos seus problemas, você encontra alegria.
Tudo agora é festa,
festa que contagia,
que empurra os seus pesadelos para baixo de uma alegoria.
E agora você se prepara pra se divertir, pra aproveitar.
E agora você só repara no que vai vestir, no que vai postar.
E no meio da multidão, com tanta música e tanta diversão, você vai parar e você vai lembrar que talvez a solidão te espere em casa quando voltar.
E no meio de tantas fantasias, você vai brincar de ter felicidade e relembrar, durante quatro dias, como é uma vida sem ansiedade.
Como é uma vida sem tanta pressão, como é uma vida sem tanta cobrança, como é viver sem ter preocupação, como é voltar a ter esperança.
E na quarta-feira, ao final da tarde, mesmo cansado, você vai lembrar dos últimos dias e sentir saudades desses momentos que não vão mais voltar. .
Pois volta a vida do jeito que é, volta o alarme de toda manhã, volta a rotina, volta o café, voltam as curtidas no seu instagram. .
O que não volta é a sua essência, que há algum tempo já ficou pra trás.
E o que volta é a sua procura por um pouco de justiça, por um pouco de paz.
E essa fuga da realidade é uma forma de seguir em frente, pois viver preso dentro da liberdade é a maior fantasia que criaram pra gente.
E volta tudo como tem que ser, como se sofrer fosse tão normal, e o alento é a gente saber que no próximo ano tem mais carnaval.
Carnaval:
Ah o Carnaval o tempo bom de esquecer a realidade, e se divertir sem se preocupar com a poluição causada pelos bloquinhos, a folia das pessoas ao jogarem suas bebidas no chão das ruas e estragar o meio ambiente alem de patrimônios tanto sagrados como publico e depois se perguntar, o por que de ninguém fazer nada para mudar isso, sendo que os causadores são eles mesmos sem ao menos perceberem.
Carnaval como você é momentâneo e só vale para o momento, porque depois disso somos obrigados a voltar para nossa triste e fria realidade não é mesmo?
Use fantasia o ano inteiro. Viva a vida na intensidade da alegria proposta pelo carnaval, mas tenha em mente que a realidade é uma quarta-feira de cinzas depois do meio dia. E ai de você que não tire nota dez no quesito ir à luta. Você é o destaque do carro alegórico que te transporta diariamente pelas avenidas e trilhos e que te faz sambar para pagar as suas contas. Ah, e se você quiser evoluir vai ter que rodar a baiana de vez em quando, porque a comissão de frente deste país trabalha para que você atravesse o samba de um enredo que é sempre o mesmo - harmonia com a corrupção e descaso com a população.
Abram alas para a realidade passar
SONETO DE MARÇO
Março, das findas águas de verão
Do até mais ao carnaval de fevereiro
Em ti o refresco do calor de janeiro
O mês da poesia em comemoração
Das férias a labuta é o mês fronteiro
Do Jobim atar em chuvas a estação
É pau, é pedra, caminhos e canção
Do calendário gregoriano o terceiro
Mês dos piscianos na constelação
Rebento do outono caírem no terreiro
Tapetando de secas folhas o chão
Do dia oitavo a mulher é palavreio
Exaltada pelos poetas na inspiração
De devoção a José, do mês padroeiro...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2017 - Cerrado goiano
Hora da folia chegou mais um carnaval,
Porém, aqui em dez dias não se constrói um hospital.
A massa está ansiosa com o grande feriado para se festejar,
No sambódromo é meio difícil é só para quem pode pagar.
Gringo vem aqui se diverte e vai embora,
Como a entrada é meio cara a ralé fica de fora.
A festa de qualquer forma não deixará de acontecer,
Os problemas que existem também não vão desaparecer.
Quase uma semana de festa e tudo parece tão legal,
É uma bela maquiagem tudo parece estar normal.
Quando a maquiagem cai e retiram-se as fantasias,
Como em um passe de mágica acaba-se toda a euforia.
Tanta conta em janeiro muitas delas jogadas no cartão,
Fevereiro o mês da grande festa a maioria aqui não tem um tostão.
Isso é o que mais acontece com a maioria da população,
Terão que ver a grande festa só se for pela televisão.
AMOR DE CARNAVAL
Dentro meu coração,
Serpentinas, colombinas enfeitando as ILUSÕES .
Traz SAUDADE do passado,
FLORES pro jardim solitário.
E no MADEIRA DO ROSARINHO
Vou frevar devagarinho sem ter que lhe complicar.
Dentro de uma multidão
Vi passar um rosto lindo
De um olhar sereno e fino,
Não deu trégua e foi embora
Procurando o MENINO que na tarde ia chegar.
Dentro do meu coração
Vou direto para o TERÇO
Relembrando as batucadas
Que são marcas de um tempo ímpar
Assim como as colombianas
Retratando felicidade.
Que todas as mulheres fiquem de máscara tal qual o carnaval veneziano!!! Que as suas bocas sejam ilhas ainda inexploradas, na vigília do penhasco ansiando pelo mais bravo navegador errante, cercadas de emoção e de amor por todo o lado. E que nós homens possamos enfim perceber a infinita magnitude de uma mulher por completo. Desnuda. Pervertida. Desadornada. Desenfestada.
Mas ainda assim: de máscara!
Quando a dor atenuar, e o mito da peste nós a ele imunizar, quero Festejar.
Quero carnavalescar!
Dias e meses ovacionar.
Entoarei aos quatro céus cantos e Hinos aos Deuses.
E neles constará palavras de Fé e Gratidão!
Porque é isto que viemos emitir aos que retornaram ao Cosmos, ao Criador obrigado.
...e, é isto que ensejamos ao Divino, que as circunstâncias nos deram, e fizeram à todos como seres Humanos!
CARNAVAL FORA DE ÉPOCA
Acho que foi nesse período
Percebi-me e não gostei do que vi
Não era o que esperavam de mim
Assustei-me, chorei e comecei a morrer
Calado, com medo e com dor
Dor na alma, nos olhos, no corpo
Solitário, perdido, sem respostas
Diferente, tornei-me indiferente a mim
Meus desejos eram contrários e contraditórios
Como meu corpo e mente
Meus beijos impossíveis
Meus abraços duvidosos
Meus olhares maliciosos, vindo de olhos
Que deveriam ser arrancados
Tentava respirar num mar cada vez mais profundo
E turvo e turbulento
Um turbilhão
E morri no maior dos meus medos
Que hoje eu entendo
O mar
Sempre achei que tal temor vinha de outra vida
Mas hoje consigo enxergar que morri nessa
Aos sete anos de idade
E para continuar
Tive que renascer respirando outra essência
Que não era minha
A minha era proibida e ainda malvista
E condenada
Pelos que te matam
Sorrindo
Aceitando
Fingindo
E rindo
Da tua dor disfarçada
Muitas vezes numa alegria forçada
Numa roupa fantasiada
Num gesto sinuoso, ridículo, engraçado, exagerado
E provocante de defesa
Não me mataram
Me mal-trataram
Mas não me mataram
Fizeram com que eu me matasse
Tirando deles a culpa
Disfarçada em palavras amigavelmente mentirosas
Por mais que alguns pensaram estar sendo verdadeiros
Foram sempre traídos pelos olhares questionadores,
Reprovadores
E na sua grande maioria disfarçados para não magoar
Porém cortantes e risíveis
E generosamente cortantes
Assumo
Ninguém me matou
Eu não me matei
Fiz pior
Deixei-me matar
E renasci
Com medo
Receio
Raiva
Pena
Vontade
Sonhos
Desconfiança
Insegurança
Força
E máscara.
CARNAVAL, só que não ...
A turba dentro de casa, privado carnaval
Em tempo da peste, calma é a rua a fora
Marchinhas e dos blocos nenhum sinal
É o mascarado de uma troça que chora...
Silêncio na rua até que venha a aurora
O surdo do samba, num gemido final
Apavora a inação, tomou conta agora
De toda folia e, não vai ter Carnaval!
Quieta a colombina, toda alva de cal
Pierrô chora, e teus olhos tão baços
Sem os passos é, não tem carnaval!
Os quatro dias ausentes de cortejo
Passistas fora dos seus compassos
Fica pro ano que vem, o folião beijo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/02/2021, 06’46” – Triângulo Mineiro
Então tá, né, começou 2021. Valendo. Afinal, o ano só começa depois do carnaval.
Mas como assim se, na prática, nós não saímos de 2020!!!!
Pandemia, descaso com a importância da vacinação, desprezo pelas vidas, desrespeito pelas mortes.
O esgoto político federal continua a céu aberto. A podridão da politicagem continua sendo o norte dos covardes com poder de direcionar a vida do país e dos brasileiros. A democracia sendo descaradamente ameaçada e grande parte da sociedade segue firme, integrada, participativa e feliz sob os efeitos da alienação explícita que, há décadas, dita as regras do entretenimento, já na tenra idade dos novos anos.
Sempre sonhei com um amor discreto, sem euforia de Carnaval
Que houvesse leveza e não um vendaval
Sem a necessidade de ter preocupação, mas que pudéssemos dialogar os caminhos do coração
Sem brigas que não haja sentidos
Para que não tenhamos os sentimentos feridos
Somente um amor sereno
Que quando olharmos um para o outro
O amor fique sabendo...
O amor é mesmo a perfeição
Brigando e consertando... Não conseguimos ficar longe dessa paixão!
"MÊS DA MULHER"
O ano só começa pra valer
Quando passa o carnaval
Venha março trazer paz
Precisamos vencer.
Traga novas possibilidades
Queremos energias renovadas
Mudanças positivas
Com chuvas de felicidades.
Março mês da tranquilidade
Enfim é dedicado a mulher
Que possamos gritar
Dando viva a liberdade.
Que todo o mês seja de alegria
Com momentos mágicos
Na suavidade do outono
Toda mulher é uma poesia.
Autoria Irá Rodrigues
Era um entardecer de céu avermelhado
Na Praia de Abaís
Findando fevereiro
É carnaval, é emoção
É saudade
Dos pierrots, colombinas e arlequins
Do Abaísanas
Da alegria dos foliões
Abram alas para o amor
O calor e as cores de verão
Na beira do mar
O bar do pescador
Água de côco, aratu e moqueca peixe
O melhor lugar é aqui...
...ABAÍS.
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