Textos sobre Carnaval

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Restos do Carnaval

Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano. E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.

No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.

E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.

Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança. Mas eu pedia a uma de minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça - eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável - e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.

Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com os quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.

Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga - talvez atendendo a meu mudo apelo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel - resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.

Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas - àidéia de uma chuva que de repente nos deixasse, nos nossos pudores femininos de oito anos, de combinação na rua, morríamos previamente de vergonha - mas ah! Deus nos ajudaria! não choveria! Quando ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.

Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.

Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge - minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa - mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil - fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.

Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido, sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.

Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos já lisos de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Terminado o Carnaval, eis que nos encontramos com os seus melancólicos despojos: pelas ruas desertas, os pavilhões, arquibancadas e passarelas são uns tristes esqueletos de madeira; oscilam no ar farrapos de ornamentos sem sentido, magros, amarelos e encarnados, batidos pelo vento, enrodilhados em suas cordas; torres coloridas, como desmesurados brinquedos, sustentam-se de pé, intrusas, anômalas, entre as árvores e os postes. Acabou-se o artifício, desmanchou-se a mágica, volta-se à realidade.

Cecília Meireles
Depois do Carnaval, Quatro Vozes, 1998

Vai, não finge que não percebeu. Foi mais que carnaval e momento. Você tem o encaixe perfeito das minhas mãos e não abriu mão de provar isso. O que fez um cara como você notar uma garota como eu não foi coincidência, não.
Tantas diversões fáceis e seu interesse pela menina fria e calada que não gosta de axé em pleno trio elétrico. Tanta beleza para você reparar naquela eterna insatisfeita da estética.
É, não finge que não viu. Eu percebi o tom de voz dos seus amigos.Não vem dizer que também não sentiu. Que não fez falta meu jeito desajeitado de não saber beijar, minha frieza por não saber me apegar.

Quarta-Feira de Cinzas ou Poeiras

Queira ou não queira, terminou o Carnaval.
Para alguns ou muitos, agora é que começa o ano oficialmente. Para outros, como eu, já estou vivendo o novo ano um bom tempo. Várias emoções, momentos, desilusões, ilusões, visões e certezas.
Bem, para quem ainda pensa que o ano ainda não começou, comece agora e tente recuperar o tempo "off" que acabou passando. Ame o dobro, beije o dobro, abrace o triplo e viva multiplicando-se.

Que venham outros feriados.

Para o Carnaval

Todo ano é a mesma coisa: você chega, fica aqui três dias e aí vai embora. Volta um ano depois, todo animadinho, querendo me levar para a gandaia. Olha, honestamente, cansei.
Seus amigos, bando de mascarados, defendem você. Dizem que sempre foi assim, festeiro, brincalhão, mas que no fundo é supertradicional, de raízes cristãs, e só quer tornar as pessoas mais felizes.
Para mim? Carnaval, desengano... Você recorre à sua origem popular e incentiva essas fantasias nas pessoas, de que você é o máximo, é pura alegria, mas não passa de entrudo mal-intencionado, um folguedo, que nunca viu um dia de trabalho na vida.
Acha-se a coisa mais linda do mundo e é cafonice pura. Vive desfilando pelas ruas, junto com os bêbados, relembrando o passado. Chega a ser triste.
Carnaval, você tem um chefe gordo e bobalhão que se acha um rei, mas não manda em nada. Nunca teve um relacionamento duradouro. Basta chegar perto de você e temos que aguentar aquelas fotos de mulheres nuas, que são o seu grande orgulho.
Você não tem vergonha, não?
Sei que as pessoas adoram você, Carnaval, mas eu estou cansada dos seus excessos e dessa sua existência improdutiva. Seja menos repetitivo, proponha algo novo. Desde que o conheço, você gosta das mesmas músicas. Gosta de baile. Desculpa, mas estou pulando fora.
Será que essa sua alegria toda não é para esconder alguma profunda tristeza? Será que você canta para não chorar? Tentei, várias vezes, abordar essas questões, e você sempre mudou de assunto. Ora, chega dessa loucura. Reconheça que você se esconde atrás de uma dupla personalidade.
Cada vez mais e mais pessoas ficam incomodadas com essa sua falsa euforia, fique sabendo. Conheço várias que fogem, querendo distância das suas brincadeiras.
Você oprime todo mundo com esse seu deslumbramento excessivo diante das coisas, sabia?
Por exemplo, essa sua mania de camarote. Onde os vips podem suar sem que isso pareça nojento. Onde se pode falar torto sem que seja errado. Todos vestidos de uniforme, senão não entram. Todos doidos para passar a mão na bunda um do outro.
Essa é a sua idéia de curtir a vida?
Menos purpurina, Carnaval. Menos bundas, menos dentes para fora. A vida é linda, mas a “lindeza do lindo mais lindo que há no lindíssimo” é um saco. Um pouco de calma e autocrítica nunca fez mal a ninguém. Tudo muda no mundo – por que você insiste em continuar o mesmo?
A harmonia vem da evolução, não das alegorias. Chegou a hora de rodar a baiana para não atravessar na avenida.
Como será amanhã? Responda quem puder.

MEU CARNAVAL É VOCÊ!

Neste carnaval
minha escola de samba será você!
Vou te fantasiar na minha pele
e nossa ala se chamará Prazer!

E na grande avenida
nosso carro alegórico será um grande coração!
Todo o público de pé
cantará nosso refrão!

Dos nossos corpos suados
rastros de amor ficarão pelo chão.
A cor da nossa escola será vermelha
pra representar nossa paixão!

A grandiosa bateria
tomada de comoção,
tocará com maestria
o tum-tum-tum do coração!

Chegado o momento
de encerrarmos o carnaval
ficará em nossos corpos
um desejo sem igual!

E certos de que o amor
contagiou toda avenida
por anos a fio ouviremos:
-Foi a escola mais bonita!

O carnaval está bem próximo e eu estava ouvindo uma música do engenheiros (como sempre rs) e olha só a coincidência, um trechinho dela:

[b]Quem me vê sempre parado, distante
garante que eu não sei sambar
tou me guardando pra quando o carnaval chegar
eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando
e não posso falar
tou me guardando pra quando o carnaval chegar...

Eng.Hawaii

Carnaval Olinda e Recife
Deixa o povo brincar, no colorido das ruas deixa o povo pular, no sobe e desce ladeiras deixa o povo suar... Recife e Olinda fervendo deixa a gente frevar e as orquestras tocando deixa a gente cantar... A vida do povo já é tão dura, deixa a gente sonhar, se iludir, mesmo que por alguns dias deixa o povo ser feliz.

⁠Flerte de carnaval

Todo carnaval existe aquela paixão, sabe como é; euforia, bebidas, doses de auto estima, sedução de fantasias, sim fantasias que a coragem de usa-las é somente naqueles pouquíssimos intensos dias. Ela com a sua farda e em seu horário de serviço, ele bermuda florida uma camiseta e cavanhaque e olha a ironia, ele acha que ela está fantasiada e pede um atendimento e por sequência de situações ela acha que ele simula um corte e nesse exato momento começa o flerte, ah o flerte que coisa gostosa não é? Então ela se dá conta que ele realmente está com o pé cortado e nesse momento que é observado que realmente é uma socorrista em pleno carnaval.
O primeiro dia de carnaval, um corte, um socorro e um flerte, ela com toda sua eficiência e profissionalismo começa o primeiro atendimento, ele todo destemido e com um sorriso olhando nos seus olhos enquanto ela olhava seu pé, ele pensa porquê não? E sim, ela pensa :
- Por que sim ?
Perguntas por pensamentos e sorrisos como resposta enfim acaba atendimento e cada um para seu lado. No mesmo dia questão de minutos ou horas se reencontram no hospital e sim dessa vez ele não perdeu tempo e tomou a atitude, trocaram telefones e ele como sempre todo assanhado e safado e fala :
Só faltou aquele beijo ela sorrir e diz :
- Você é louco !
Hoje existem alguns meses que o carnaval acabou porém o flerte continua só que agora está além de momentos, existe amizade, cumplicidade, existe carinho e cuidado e olha é de surpreender em um momento onde nada e se levado a sério existe um pós que onde tudo pode existir e agora me diz o que o destino nos reserva.

Sempre tristíssimas estas cantigas de carnaval
Paixão
Ciúme
Dor daquilo que não se pode dizer

Felizmente existe o álcool na vida
e nos três dias de carnaval éter de lança-perfume
Quem me dera ser como o rapaz desvairado!
O ano passado ele parava diante das mulheres bonitas
e gritava pedindo o esguicho de cloretilo:
- Na boca! Na boca!
Umas davam-lhe as costas com repugnância
outras porém faziam-lhe a vontade.

Ainda existem mulheres bastante puras para fazer vontade aos viciados

Dorinha meu amor...
Se ela fosse bastante pura eu iria agora gritar-lhe como o outro:
_____________________________________[- Na boca! Na boca!

- Nesse carnaval, previna-se -

Eu não queria me prevenir.
Teimoso como sou, ignorei esse aviso.
Prevenção tira a sensibilidade e esconde quem sou.
Expus meu coração sem medo da contaminação.
Eu fui seu folião e vi meu bloquinho preferido passar, você.
E passou.
Eu, eu, eu.
Falando sempre em primeira pessoa e ficando em segunda.
Me colori e virei bolinhas pra te alegrar.
Abri o pacotinho que me protegia, para ser jogado pro alto e deixado no chão.
Pobre confetinho, pensou ser carnaval, mas era só ilusão.

(MEU DEDICADO POEMA ÁS.... sabemos quem)
"Hoje dia da mulher, ontem carnaval...
"Amanhã... Bem, amanhã elas passam a falar do inverno",
"das lubricidades do relacionamento"
"das comodas e tranquilas vidas que irão agora se deleitar diante da maturidade que só o frio de cwb consegue despertar"
"Suas vastidões de balburdias, que esconde o amargo 9 meses de um repleto ritual de acasalamentos desmedido,
"Agora serenas, serias, e frias"
"frieza que desperta, suas eloquentes e quentes personalidades, aquecidas nos palcos dos combos da futilidade"
"Cegas por sua necessidade de perder, queimar, diminuir, jogar e expulsar tudo que se diz peso ou excesso",
"não percebe que esse é seu, e nada nem ninguém consegue esconder sua sutileza que aos palcos chamados de academias",
"iniciam suas novas e fadadas história que repetem ao que podemos dizer"...
TUDO QUE O DINHEIRO COMPRA É BARATO...
Afinal, mulher, se essa definida em uma única data, ou lembrada em uma única data, ou respeitada em uma única data, ou seja como foi essa sua forma de se ENALTECER...
"pois bem... pede mais uma dose, que vou ficar até fechar, vai que sobra uma beirinha"...

CORDÃO DO BOLA PRETA - O VERDADEIRO CARNAVAL CARIOCA


Às nove horas de terça-feira no Rio de Janeiro,
Na Capital da Cidade Maravilhosa, toda airosa,
O calendário marcava o dia vinte e dois de janeiro,
Lágrimas transformadas em chuvas são dolorosas.

Espinhos traiçoeiros que exterminam a alegria,
O Cordão do Bola Preta é ceifado com despejo,
Oficiais de Justiça cumprem ordem judicial,
Emanado da trigésima oitava vara cívil.

Entregam a posse mansa e pacífica ao Condomínio,
O guardião mais antigo bloco carnavalesco do Rio,
Derramam nos semblantes noventa anos de glórias,
Recolhem seus pertences olhando as belezas do Rio.

Dívida se paga com o dinheiro e a cultura com a educação,
Nem mesmo o Estado e tão pouco a Prefeitura de César Maia,
Detentores de todos e quaisquer galardões, silenciaram,
A morte súbita do Patrimônio da Cidade do Rio de Janeiro.

Não importa o mérito da questão e tão pouco a malsinada decisão,
Que aflorou em pleno mês de carnaval todos os foliões,
Desencadearam no Terceiro andar da Rua 13 de maio, frustrações,
No Quartel General do Carnaval Carioca, é puríssima traição.

Oh Cordão do Bola Preta nem mesmo a dinheirama valeu,
Lastreado pelo entusiasta Francisco Brício, não tivera valor,
Com dignidade e bravura no ano cinqüenta, ele comprou,
E o Condomínio do Edifício Municipal com invídia arrematou.

Detentores de todos e quaisquer galardões, silenciaram,
É por isso que vamos cantar neste carnaval a marchinha,
Em homenagens aos Imperadores Tibério e Calígula,
“Se você fosse sincera, ôôô – Aurora”


Mais o sonho não acabou o Bola Preta vai às Ruas,
Os deuses do Olimpo abre-alas no Rio de Janeiro,
Nos clubes, botecos, bairros, avenidas e shoppings,
Porque Nelson Barbosa e Vicente Paiva ordena a marcha.

Então vamos cantar, pular e agitar,
O Hino glorioso do Cordão do Bola Preta

Quem não chora não mama

Segura, meu bem, a chupeta
Lugar quente é na cama
Ou, então, no Bola Preta
(bis)

Vem pro Bola, meu bem, com alegria infernal
Todos são de coração, todos são de coração
Foliões do carnaval, foliões do carnaval sensacional!



Se o leitor quiser cantar e pular,
Aqui está a minha marchinha: uma tentação.



VEM, MOÇA BONITA (marcha de carnaval)

http://www.shallkytton.com/visualizar.php?idt=163742

Blaf, blef, blif, blof, bluf
É você que vou amar

Blaf, blef, blif, blof, bluf
É você que vou amar

Na hora que você chegar
Eu vou logo lhe chamar
Vem, pro Bola Preta
Vem, pro meu carnaval
Do Rio de Janeiro
O ano inteiro é tradicional.

Blaf, blef, blif, blof, bluf
É você que vou amar

Vem, moça bonita
Vem, pular o carnaval
Tô te esperando no Bola Preta
E não demora que vai ser muito legal.

Blaf, blef, blif, blof, bluf
É você que vou amar

Vem, moça bonita
Vem, pular o carnaval
Tô te esperando no Bola Preta
E não demora que vai ser muito legal

Blaf, blef, blif, blof, bluf
É você que vou amar

Blaf, blef, blif, blof, bluf
É você que vou amar

Quanto riso, ó quanta alegria...??

Carnaval, festa de sonhos e fantasias, sonhos que vão com os foliões e fantasias que estão na cabeça e no corpo, enfeitando o desejo de ser feliz.
No carnaval se encontra a chance de uma conquista á muito buscada e á cada ano em cada carnaval se renovam as esperanças.
No balancê de cada roda, se encontra a alegria e empolgação que unida ao desejo de ser feliz, realiza a satisfação do carnavalesco na avenida.
Como diz a letra da velha canção, "mais de mil palhaços no salão", palhaços do riso, do choro, da alegria exagerada e muitas vezes vítimas de suas próprias palhaçadas.
Não tem como conter a alegria de foliões exaltados, se na avenida estão todos seus sonhos e desejos, sentimento de liberdade, com sabor de amor e amizade.
Carnaval é assim, um pouco de tudo, e tudo muito assimilado á mais emocionante das tradições, se os romances são mais acentuados no carnaval, as desilusões vem no mesmo ritmo; rítimo esse que é difícil ser controlado por pessoas desprovidas de cautela.
Felicidade acima dos níveis de cuidados, sem parâmetros para a alegria, como se no carnaval valesse tudo, se não vale!! folião bom é folião apaixonado.
Na virtude do carnaval se encontram os poetas das passarelas que embalam a festa fazendo seus enredos e lavando o carnaval ao nível das grandes obras.
Quem sabe, é o que deixa a melhor impressão do carnaval, seja no talento de artistas muito bem inspirados pela alegria, ao fazer sua vida dar uma volta sem precedentes.
Ao menos a beleza de mulheres com corpos exuberantes, fazendo da avenida uma passarela com o glamour da beleza feminina, levantando o desejo de todos alí presentes.
Carnaval é isso, é uma bateria com milhares de participantes á sincronizar um rítimo que embala desde os simples brincantes aos mais sérios e elegantes.
Um trabalho de mestres que sem temer o resultado final confia na sua equipe e faz do seu trabalho uma bela resposta aos ouvidos mais afinados.
Dentro da festa não existem somente um rei uma rainha, todos reinam em uma adversidade sem fim, como fazendo um pacto para a felicidade não escapar ao som do tamborim.
Seria então um acumulo de ações em prol da alegria, uma legião de “alegretes” pulando e se divertindo numa felicidade sem fim.
Realmente a felicidade reina nesse lugar, pois o mais problemático dos homens em plena passarela da alegria se vê transformado em senhor da euforia, que domina seus sonhos como uma fantasia real, mesmo sendo a realidade desleal.
Carnaval é isso, meninas ainda criança num sonho de gente grande, senhoras balzaquianas num sonho de adolescente, e assim a alegria toma conta do coração, levando consigo todo uma perspectiva de no final sair feliz, completa e plenamente.
Uma festa que é sinônimo de alegria, sobre tudo o carnaval joga pra longe o entristecer que a rotina do dia-dia os coloca, mas é uma alegria momentânea e sem fundamentos para a vida.
Uma vida que é vivida através da expectativa de outros carnavais, com a felicidade se fazer presente, o amor ser um participante e ter a alegria como amante.
Carnaval é assim, toda grandeza de uma esplêndida apresentação, muito brilho, muita animação, mas na quarta feira, retorna o inferno e a queimar se vê toda a alegria com a chegada da realidade num imenso caldeirão, devolvendo a rotina da vida ao coração.

enviada por anônimo
CARNAVAL CHEGANDO E VOCÊ AÍ NAMORANDO ? Que sorte a sua, continue namorando, afinal o carnaval pode durar de 4 a 5 dias, e seu namoro pode durar a vida toda! Idiotas são aqueles que terminam seu namoro querendo curtir, depois choram por ter perdido alguém que poderia curtir todos os momentos ao seu lado não apenas alguns dias que passam ...

ETERNO CARNAVAL
Sidney Santos

Meu Carnaval tem samba
O ponto é alegria
Tem surdo e pandeiro de bamba
Confetes e fantasia

Carnaval de circo e marmelada
De bonde que não tem trilho
Carona da molecada
Na fachada, só brilho

Do Sol até o Luar
Alegria do povo
Se na terça-feira terminar.....
Na quarta, começa ... de novo

⁠"Era a última noite daquele carnaval,
nosso encontro foi especial.
Meu Pierrô tomou - me pela mão,
dançamos a noite inteira, acima de nós
um chão de estrelas.
Eu sua Colombina,
o admirava pela desenvoltura.
Encantada estava,
diante de tamanha formosura.
Com ternura me abraçou,
com doçura me beijou...
Desde aquela noite mágica,
juntos estamos.
A idade avançou,
o amor somente aumentou...
Multiplicou!
Para sempre serei sua Colombina,
e ele sempre será o meu amado Pierrô.
A cada dia vivenciamos,o
Nosso Eterno Carnaval de Amor... "

⁠Meu carnaval tem
cores, sabores...
Tem amor!
Tem você!
Meu carnaval tem
confete, serpentina...
Com você não tem rotina
e eu entro no clima.
Meu coração bate
no ritmo da bateria.
Contigo tudo é alegria!
Que bela parceria!
Mas Amor, o melhor
carnaval sou eu quem
faço dentro do seu abraço.

⁠As vezes sou amarelo
Ou cor de caramelo

Já fui roxo fosco
Misturado ao azul anil
no carnaval fui lantejoulas
parafraseando o Brasil

Já pintei-me nas cores
do poema de Drumond

Me embelezei dos versos
que Osvaldo Montenegriou
Até rimei melodias
que o triste palhaço me ousou.

Os minutos serão eternamente melancólicos e carnavalescos sem a sua presença.
Minh'alma chora com a sua ausência; os planetas do meu universo se desalinham sem teu amor, ainda que seja por um segundo sequer.
Sentirei sua falta, por favor não crie caos onde te cedi morada, por favor, volte para o mundo que jurou governar e que por ti as terras sangram.